Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 31 de março de 2023

Lusofonia - Associação das Universidades de Língua Portuguesa realiza encontro em São Tomé e Príncipe em Junho

A Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) realiza o seu XXXII Encontro sob o acolhimento da Universidade de São Tomé e Príncipe, em São Tomé e Príncipe, entre os dias 26 e 28 de Junho.


De acordo com nota de imprensa enviada às redacções ontem, a agenda do encontro abordará diversos aspectos em torno do tema central que é “Ambiente e Economia Azul”, sendo este distribuído por várias sessões: Desafios ambientais; Benefícios da Economia Azul; Educação, Língua e Desenvolvimento Inclusivo.

A organização abriu ainda a possibilidade à submissão de artigos académicos – com formatos específicos – sobre o tema, cujos resumos podem ser submetidos até dia 21 de Abril. As notificações de aceitação serão realizadas até 28 de Abril e a submissão dos artigos finais terá de ser feita até 15 de Maio.

Recorde-se que Macau tem como membros titulares universidades e institutos de ensino superior, bem como instituições de investigação, nomeadamente a Universidade de São José (USJ), a Universidade Politécnica de Macau (UPM), o Instituto de Formação Turística de Macau (IFT), a Universidade de Macau (UM), a Universidade da Cidade de Macau (UCM) e o Instituto Internacional de Macau (IIM). O Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM) e a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses são membros associados da AULP. Já a Fundação de Macau (FM) é uma das entidades parceiras e a AULP tem ainda um protocolo firmado com a Fundação Escola Portuguesa de Macau, no âmbito da estratégica de defesa da Língua Portuguesa no Oriente.

De acordo com os corpos sociais eleitos para o triénio 2021-2024, João Nuno Calvão da Silva, reitor da Universidade de Coimbra, é o presidente da AULP, sendo Rui Martins, vice-reitor da UM, um dos vice-presidentes da entidade – e igualmente membro honorário tal e qual o último Governador de Macau, Vasco Rocha Vieira – e Im Sio Kei, reitor da UPM, segundo vogal do Conselho Fiscal. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto Final”


Cabo Verde - Recuperado mais um canhão de forte secular no ilhéu da Boa Vista

A reabilitação em curso no secular Forte Duque de Bragança, construído num ilhéu para proteger a ilha cabo-verdiana da Boa Vista dos piratas, vai envolver a conservação dos sete canhões, um dos quais agora recuperado de uma colecção privada.


De acordo com informação divulgada pelo Instituto do Património Cultural (IPC) de Cabo Verde, responsável pela obra de reabilitação e musealização do Forte com mais de 200 anos, do período colonial português, o restauro dos canhões vai decorrer até 06 de Abril, através de profissionais de conservação da instituição que se encontram no ilhéu.

“De referir que um destes canhões foi restituído no quadro desta missão, já que tinha sido apropriado há vários anos por um particular”, acrescentou a mesma fonte.

O Forte, construído durante o período colonial português, em 1820, no ilhéu na baía do porto da vila de Sal Rei, tinha a função de defesa do ancoradouro contra os então frequentes ataques de piratas à ilha da Boa Vista.

A um quilómetro da ilha da Boa Vista e da cidade de Sal Rei, sobreviveram até aos dias de hoje apenas os canhões e algumas muralhas, que ainda recordam as guerras do passado e a protecção da exportação de sal, pastel, algodão, gado, cal e cerâmica na altura.

A reabilitação em curso no Forte desde 2022 vai permitir a instalação de um centro interpretativo daquela área, conforme anunciou anteriormente o ministro da Cultura.

“Quando reconstruímos lugares como estes estamos a reconstruir parte da nossa própria história”, disse o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente, durante uma recente visita à Boa Vista.

“Apresenta-se também, a partir deste Forte, o berço da ecologia de uma reserva natural da marinha a todo o mundo a partir de um património que serve como alavanca para a construção para contar a história da Boa Vista. Teremos, ainda, uma espécie de centro interpretativo para contar a história do ilhéu, da infra-estrutura, e uma plataforma que se ligará ao Centro Interpretativo do Museu da Arqueologia Subaquática, com uma sala dedicada ao ilhéu”, acrescentou.

Trata-se de uma obra avaliada em 4,2 milhões de escudos cabo verdeanos (38 mil euros), co-financiada pela Direcção Nacional do Ambiente através do programa da Bio-Tur e com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O Forte já foi anteriormente alvo de trabalhos de prospecção arqueológica e neste momento as obras têm como foco a consolidação dos restos arquitectónicos, em sítios onde se revelem necessários, para que possa impedir a contínua degradação, aliás visível neste momento.

Após a conclusão da reabilitação, o objectivo do Governo cabo-verdiano é integrar o monumento na rota do turismo local, sendo esta a segunda ilha mais procurada pelos visitantes do arquipélago.

Segundo o IPC, o projecto, além de permitir reabilitar um Forte histórico para o arquipélago, vai ainda gerar indirectamente uma nova fonte de rendimento para os pescadores locais, que garantem o transporte entre a ilha do Sal, onde prospera o turismo internacional e o ilhéu da Boa Vista. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau com “Lusa”


Macau - Mestre de Feng Shui prevê 50 mil habitantes de ascendência portuguesa em 2025

Actualmente existem cerca de 42000 habitantes da ascendência portuguesa em Macau. Nos últimos 20 anos, o número médio destes habitantes foi de cerca de 45000. A principal razão para a diminuição é que alguns deles regressaram temporariamente a Portugal com os pais devido à pandemia. A partir de 2025, o número de habitantes da ascendência portuguesa terá um salto. Nesta série mensal, em exclusivo para o JTM, o mestre de feng shui infere que a população dos habitantes da ascendência portuguesa chegará aos 50 mil. Leia como e porquê

Macau é étnica e culturalmente diverso, com a etnia chinesa representando mais de 97% da população. Os restantes são macaenses, filipinos, nepaleses e alguns da Ásia Central e do Sul. Após a transferência da Soberania sobre Macau, o número de bebés nascidos em Macau diminuiu significativamente e não foi por causa de qualquer política de controlo de natalidade. Impulsionada pelo aumento e dimensão dos resorts turísticos com casinos, a vida da sociedade ganhou um ritmo mais frenético e os casais passaram a pensar mais neles do que nos filhos. Uma situação que não é nova nas sociedades mais desenvolvidas, um pouco por todo o Mundo.

Esta situação leva a algumas questões: a taxa de natalidade de Macau diminuirá nos próximos anos? A população dos habitantes da ascendência portuguesa vai diminuir ou aumentar? Quais são as razões?

Eu analisarei estas questões sociais na perspectiva do Feng Shui.

Os cinco elementos do Feng Shui são Metal; Madeira; Água; Fogo e Terra, que interagem entre si. Os elementos são atribuídos ao mapa de vida da entidade humana ou não humana no momento do nascimento.

Existem quatro pilares do Destino: Ano, Mês, Dia e Hora. Cada pilar é separado em duas partes, o Tronco Celestial e o Ramo Terrestre. No geral, esses são os oito caracteres dos elementos do Feng Shui na vida de uma pessoa.

A hora da transferência de Soberania é considerada como a hora do nascimento da RAEM-Região Administrativa Especial de Macau, que ocorreu às zero horas do dia 20 de dezembro de 1999. O gráfico do Feng Shui neste momento é己卯 Jimao (pilar do ano)、丙子Bingzi (Pilar do Mês)、丙午Bingwu (Pilar do Dia)e戊子Wuzi (Pilar do Tempo).

A haste do terceiro pilar (o pilar do Dia) representa o eu. É a origem do estudo do mapa, e estudamos as suas relações com os outros sete elementos para ler o destino. “丙午 é um elemento fogo, de modo que podemos ver a Região Administrativa Especial de Macau como Fogo. Uma vez que o Fogo se transforma em cinzas e depois se deposita na Terra, podemos interpretar a Terra como o bebé do Fogo, então a Terra é a estrela infantil do RAE de Macau. “Madeira” restringe “Terra” e “Terra” é a Estrela Criança de Macau.

Os Cinco Elementos podem gerar uns aos outros como uma cadeia, enquanto também se restringem como outra cadeia. Descobrimos que a RAE de Macau pertence ao elemento “Fogo”, que precisa de “Madeira” para queimar. A “Madeira” queima o “Fogo” e então o “Fogo” gera a “Terra”. No entanto, a “Madeira” restringe a “Terra”. Para a Região Administrativa Especial de Macau, “Terra” é a estrela infantil. Se a “Madeira” for muito forte, a criança (Terra) aleija-se.

O inverso da vida é a interação do ciclo de sorte de dez anos e o mapa astral. De 2005 a 2014, o Ciclo da Sorte é “丁丑, o Fogo no caule e a Terra no Ramo. O Fogo no topo gera a Terra, a estrela infantil de Macau. O fenómeno do Fogo que cresce na Terra ressoa com o aumento significativo no número de nascimentos de 3671 para 7360 durante esses dez anos.

De 2015 a 2024, a RAE de Macau entrou no ciclo da sorte de “戊寅, que é a Terra como o Caule e a Madeira como o Ramo. A Madeira restringe a Terra. Mais uma vez, a Terra representa as crianças para a RAE de Macau. Podemos ver que a taxa de fertilidade diminuiu. De acordo com as estatísticas da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos de Macau, o número de recém-nascidos foi de 7055 em 2015, depois de 7146 em 2016, seguido de 6529 em 2017, caindo ainda mais para 5026 em 2021. A taxa de natalidade caiu nos últimos oito anos porque o poder da madeira restringe a Terra. Existe um jargão chamado: “梟神奪食, que significa que a Coruja está a prejudicar a criança.

A partir de 2025, haverá uma mudança significativa no ciclo celeste. Isso é chamado de “O Feng Shui na Nona Sorte”, que traz forte elemento “Fogo” para todo o mundo, gerando “Terra”. O número de nascimentos em Macau vai aumentar dois anos depois. Porque o poder da estrela infantil “Terra” é fortalecido pelo Fogo trazido pelo novo ciclo Celestial da Nona Sorte. O autor estima que, de 2025 a 2030, a população de Macau atinja os 745 mil, e a taxa de natalidade em cinco anos aumente 1,24%.

Entre os residentes de Macau, existe um grupo excepcional, nomeadamente os habitantes da ascendência portuguesa. Habitantes da ascendência portuguesa é o nome dado pela população de Macau às crianças mestiças nascidas e aí residentes de origem portuguesa. Muitos deles também têm ascendência chinesa.

“Filhos da Terra” referem-se a ter nascido e crescido em Macau, usando o português como primeira língua e assumindo o português como sua identidade cultural. Mas uma coisa a notar é que se um português vem estabelecer-se em Macau, não o chamamos de “habitante de ascendência portuguesa”. Em vez disso, apenas as pessoas em que, pelo menos um dos progenitores é português, podem ser chamadas de “habitantes da ascendência portuguesa”.

Existem actualmente cerca de 42000 habitantes da ascendência portuguesa em Macau. Embora sejam uma minoria racial representando apenas cerca de 2% de toda a população de Macau, eles formam um grupo significativo da sociedade. Nos últimos 20 anos, o número médio de habitantes da ascendência portuguesa foi de cerca de 45000. A principal razão para a diminuição é que alguns habitantes da ascendência portuguesa regressaram temporariamente a Portugal com os pais, devido à pandemia e seus efeitos.

A partir de 2025, o número de habitantes da ascendência portuguesa terá um salto. Pelas razões acima escritas, na perspectiva do Feng Shui acredito que a população dos habitantes da ascendência portuguesa chegará aos 50000. Mickey Hung – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


quinta-feira, 30 de março de 2023

Angola - Rapper Kid MC lança uma música em homenagem ao moçambicano Azagaia

O rapper angolano, Kid MC, lançou, no passado dia 23, a sua nova música intitulada “Para Sempre Azagaia” em homenagem ao Edson da Luz, mais conhecido por Azagaia, que perdeu a vida no passado dia 9 de Março.

Nesta música, Kid MC traz um resumo da vida e obra do Azagaia em forma de barras, com flow e rimas que o caracterizam, assim como reconhece a sua grandiosidade e influência para o hip-hop moçambicano e angolano.

Lançada sob a chancela da produtora Cave Play, a música “Para Sempre Azagaia” contou com Palavra Bastha na produção, New Mendes na captação, assim como Camufingo na mistura e masterização, e já está disponível em várias plataformas digitais. In “Moz Entretenimento” - Moçambique

 

Guiné Equatorial - Confirma 13 casos do vírus Marburg

O surto do vírus Marburg declarado na Guiné Equatorial em meados de Fevereiro acumulou até agora 13 casos confirmados, incluindo nove mortes, anunciou ontem o Ministério da Saúde do país, na rede social Twitter, citado pelo Notícias ao Minuto.


“Treze casos positivos desde o início da pandemia, incluindo dois hospitalizados com sintomas ligeiros. Um paciente recuperou. Nove mortes confirmadas por laboratório”, lê-se na comunicação.

De acordo com as autoridades sanitárias, sem avançar detalhes, desde o início da epidemia foram seguidos um total de 825 contactos.

Os novos números oficiais foram divulgados após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter apelado às autoridades da Guiné Equatorial a comunicação de eventuais casos do vírus Marburg, devido ao receio de que esteja mais disseminado do que o anteriormente comunicado.

O alerta foi feito pelo director-geral da agência das Nações Unidas, Tedros Adhanom, que acrescentou que as autoridades de Malabo notificaram oficialmente nove casos, com óbito de sete dos pacientes.

“Estes casos provêm de três províncias, a cerca de 150 quilómetros de distância, sugerindo uma transmissão mais ampla do vírus”, salientou Tedros Adhanom.

“A OMS tem conhecimento de casos adicionais e pedimos ao governo que comunicasse oficialmente estes casos”, acrescentou. In “O País” - Moçambique


Suécia – Apesar dum recorde de produção de energia eólica, o país é repreendido pelo aumento de emissões de gases de efeito de estufa

Mais de um quarto da eletricidade da Suécia vem da energia eólica por dois meses consecutivos, mas um novo relatório alertou que as emissões de gases do país podem aumentar em breve.


A Suécia gerou um recorde de 27% de eletricidade a partir do vento em fevereiro, batendo por pouco o recorde de 26% estabelecido em janeiro deste ano.

De acordo com uma análise do think tank da energia Ember - esta é a maior participação de geração de energia eólica no país.

O marco ocorre após anos de investimento em energias renováveis ​​– um impulso que está “a compensar”, diz Nicolas Fulghum, analista de dados de energia e clima da Ember.

“A maior geração eólica torna a rede da Suécia mais resiliente contra as secas e protege os consumidores dos altos custos”, afirma.

“Com uma grande ambição política de expandir ainda mais a energia eólica, a Suécia está pronta para obter mais benefícios em custos, segurança e clima.”

No entanto, o país também deve aumentar as suas emissões de gases de efeito de estufa, de acordo com um relatório de avaliação anual do Conselho Sueco de Política Climática.

“Ao invés de reduzir rapidamente as emissões, as alterações decididas e anunciadas até agora irão, ao contrário, segundo avaliação do próprio governo, aumentar as emissões no futuro próximo”, afirma o relatório.

Como a Suécia estabeleceu um novo recorde na produção de energia eólica?

A Suécia tem metas ambiciosas de energia limpa e pretende atingir 100% de produção de eletricidade renovável até 2040. Até 2045, o país pretende não ter emissões líquidas de efeito estufa. Estas metas foram estabelecidas sob o governo social-democrata, que foi substituído em novembro por uma aliança de três partidos de centro-direita.

Para atingir esses objetivos, a Suécia tem investido dinheiro em energia limpa. Desde 2018, a sua capacidade eólica duplicou e o país agora possui quase 5000 turbinas.

Elas geraram cerca de 4 terawatts de energia em fevereiro - 27% da procura de eletricidade do país.

Em 2022, a Suécia instalou 2,4 GW de capacidade de energia eólica. Apenas a Alemanha instalou mais, à volta de 2,5 GW. Um gigawatt pode alimentar cerca de 750 mil casas.

“Com a ambição política de expandir ainda mais a energia eólica, a Suécia está pronta para obter mais benefícios em custos, segurança e clima”, diz Fulghum.

“Outros países europeus podem alcançar o mesmo se seguirem o exemplo.”

Como outros países da UE podem comparar-se à Suécia em energia eólica?

As emissões globais de gases de efeito estufa atingiram 58 mil milhões de toneladas em 2022 - um recorde. Mas as energias renováveis ​​têm o potencial de reduzir esse total preocupante.

A energia eólica produz apenas 0,02% das emissões de CO2 por unidade de energia quando comparada ao carvão.

À medida que os preços globais da energia continuam a subir - alimentados pela guerra da Ucrânia - a construção da capacidade de energia limpa é cada vez mais urgente.

A energia eólica é uma opção particularmente boa, pois não é ameaçada pela seca da mesma forma que a energia hidroelétrica.

Mas muitos países europeus estão a ficar para trás.

Em 2021, a UE implantou 34 GW de capacidade eólica e solar combinada. De acordo com a análise da Ember, as adições anuais precisarão de aumentar para que as metas climáticas permaneçam dentro do objectivo. O bloco precisará de ter um total de 76 GW até 2026 para manter o aquecimento global dentro de 1,5 graus Celsius.

Com as taxas de implantação previstas, apenas quatro dos 27 países da UE (Finlândia, Croácia, Lituânia e Suécia ) alcançarão aumentos anuais suficientemente altos na capacidade eólica para atingir essa meta.

Por que a Suécia está a ser criticada pelo aumento das emissões?

Apesar do seu sucesso na produção de energia eólica, a Suécia tem um longo caminho a percorrer no clima.

O novo governo de coligação de centro-direita não é ambicioso em relação ao clima, afirmou Cecilia Hermansson, presidente do Conselho de Política Climática da Suécia, no lançamento de um novo relatório.

“Perdemos o ímpeto e vamos seguir na direção errada se as políticas não forem alteradas”, alertou.

“As políticas apresentadas até agora não são suficientes para atingir a meta de 2030. As mudanças nas políticas que foram anunciadas são projetadas para aumentar até mesmo as emissões de gases de efeito estufa no curto prazo”.

Se as emissões aumentarem, será a primeira vez em duas décadas que elas crescem no país escandinavo. Charlotte Elton – Reino Unido in “Euronews.green”


CPLP – Comércio externo dos países membros e da Região Administrativa Especial de Macau e respectivos comércios bilaterais com Portugal

O blogue “Ecopor - Economia Portuguesa”, que se encontra em evidência na lateral da página do “Baía da Lusofonia, da responsabilidade do Eng. Walter Marques, apresentou nas últimas semanas um conjunto de trabalhos correspondentes ao comércio exterior nos últimos cinco anos dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Região Administrativa Especial de Macau que através do Fórum de Macau coordena as relações comerciais com os Países de Língua Portuguesa. Em cada um dos países da CPLP e do território da RAEM poderá encontrar o respectivo comércio bilateral com Portugal. Aceda em baixo aos conteúdos. Baía da Lusofonia  

 

quarta-feira, 29 de março de 2023

Goa - Quando os artistas encontram 'Poesia em Cores'

Exposição 'Poesia a Cores' está a decorrer no Centro de Língua Portuguesa do Camões


Por ocasião do Dia Mundial da Poesia e do Dia Internacional da Cor, o Camões – CLP acolheu 'Poesia a Cores', uma sessão exposição-poesia.

Esta iniciativa partiu de artistas e poetas goeses em colaboração com o Centro de Língua Portuguesa de Camões.

A inauguração

Na ocasião, Damodar Mauzo foi o principal convidado do evento.

O programa contou com duas sessões de leitura de poesia – a primeira foi uma homenagem aos escritos de Laxmanrao Sardessai e Manoharrai Sardessai, interpretada por Pritha Sardessai, arquiteta praticante e entusiasta do património.


Os poemas

A segunda sessão de leitura foi para celebrar o centenário do nascimento de um dos mais celebrados e traduzidos poetas portugueses, Eugénio de Andrade, também conhecido pelo seu próprio nome, José Fontinhas.

No total foram lidos cinco poemas em português, inglês e italiano. Os leitores dos seus poemas foram o Maestro Matteo Fraboni, (músico de jazz – percussionista, compositor) Jeanette Barbosa Noronha, professora assistente de português na Universidade de Goa e Ruth Beatriz Costa, escritora e educadora.

A noite inaugural terminou com uma apresentação de poesia da poeta Spoken Word, Rochelle D'Silva, interpretando a sua poesia.

Próximas atividades

O Centro de Língua Portuguesa de Camões vai agora realizar uma sessão interativa com o poeta português Rui Cóias em conversa com Delfim Correia da Silva sobre 'Eugénio de Andrade e a Poesia Portuguesa Contemporânea'.

No 1º de abril de 2023, haverá uma actuação 'Mai in me – Empowered Earthivism ' - um desempenho do artista multidisciplinar Pushpanjali Sharma com leitura de poesia de Salil Chaturvedi em resposta ao trabalho de Miriam Koshy na exibição 'Mhadeianjali' com acompanhamento musical de Jatin Vidyarthi. In “Gomantak Times” - Goa




Macau – Último Governador português defende fomento do diálogo entre Portugal e instituições na RAEM

Vasco Rocha Vieira, último Governador de Macau antes da transferência, defende que Portugal deve dar maior atenção à Escola Portuguesa de Macau, nomeadamente através do fomento do diálogo com as instituições portuguesas no território. Foi o que defendeu em declarações aos jornalistas, observando que a Língua Portuguesa é um “trunfo”, uma vez que se está a “afirmar” no mundo e que a China tem nela cada vez maior interesse. Disse ainda que a visita do Chefe do Executivo a Portugal “é um grande sinal das boas relações” entre as duas partes


Cerca de três anos depois de ter estado pela última vez no território, o último Governador de Macau durante a administração portuguesa, Vasco Rocha Vieira, regressou agora a Macau a propósito da atribuição, pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (UCTM), de um doutoramento honoris causa em Ciências Sociais. “Voltar a Macau é sempre muito agradável. Todas as pessoas que aqui estiveram, viveram e trabalharam têm Macau no coração, como eu tenho, portanto, voltar aqui nestas circunstâncias é muito agradável”, começou por dizer aos jornalistas.

Rocha Vieira falou depois do desenvolvimento da RAEM e da integração do território na China continental – a este propósito, disse não ter receio de que a cada vez maior aproximação ao Continente chinês possa interferir com as garantias acordadas entre Portugal e a China aquando da transferência. O ex-Governador de Macau considera ainda que o facto de haver “relações tão boas” com a China, principalmente devido à história com Macau, é um “trunfo” para Portugal no seio da União Europeia. Defendeu também que deve ser dada à Escola Portuguesa de Macau (EPM) uma maior atenção por parte de Portugal. “O Português é um trunfo muitíssimo grande”, observou.

“Acho que da parte de Portugal tem de haver mais interesse pela Escola Portuguesa, porque o Português está-se a afirmar no mundo, a China está interessada em que o Português se desenvolva, em que as pessoas conheçam Portugal, mas é também a maneira de, no mundo, a China poder ter, através de Portugal e neste caso da nossa história, uma relação mais estreita com os Países de Língua Portuguesa. O Português é um trunfo muitíssimo grande, devemos orgulhar-nos de que o Português seja cada vez mais uma língua internacional”, afirmou Vasco Rocha Vieira.

Em concreto, o também curador da EPM disse que “é preciso incrementar o diálogo entre Portugal e as instituições portuguesas que estão aqui em Macau”. Uma das que é “talvez a mais importante” é a Escola Portuguesa, frisou, “que tem feito um trabalho notável, reconhecido”. Rocha Vieira recordou depois que há hoje muitas universidades chinesas que ensinam a língua de Camões, um número que tem “crescido nos últimos anos”, e que, por isso, “temos de tirar partido desse grande trunfo para Portugal que é o conhecimento da Língua Portuguesa”. Durante a sua visita ao território, Rocha Vieira estará, de resto, com os elementos da Direcção da EPM e também da Fundação da EPM.

Autonomia não pode ser “fechada”

Questionado sobre se receia que a cada vez mais visível integração de Macau no país possa corroer algumas das garantias acordadas entre Portugal e China aquando da transferência de soberania, Rocha Vieira foi peremptório, disse não estar apreensivo quanto a esta questão.

“Creio que as garantias são dadas pelo trabalho de todos nós, por aquilo que pensamos, dizemos, sentimos e podemos dar. E, portanto, é um compromisso de todos – das autoridades chinesas, dos portugueses que aqui estão e das instituições portuguesas. Sendo certo que Macau é um território único no mundo exactamente pela miscigenação de culturas, pelo respeito mútuo das diferenças que existem e isso é um valor extraordinário para Macau e que é reconhecido internacionalmente”, prosseguiu.

Afirmando que a autonomia “não pode ser uma coisa fechada”, Rocha Vieira acrescentou que com o desenvolvimento que o território tem tido, principalmente nos últimos anos, Macau está em condições de o fazer. “Dentro da orientação geral da China existe a Grande Baía, acho que Macau está vocacionado para a Grande Baía muito mais do que para a Faixa e Rota, e que é importantíssima. (…) Macau fechado não é nada, ou é muito pouco. Portanto a abertura de Macau que se está a verificar é extremamente importante. Acho que as coisas estão a correr bem”.

Ainda assim, o antigo Governador frisou que “se pode sempre dizer que pode ser melhor” – “E ainda bem que pode ser melhor, porque isso é um desafio para que lutemos para que seja melhor”. Segundo disse, na agenda da sua passagem pelo território está também agendada uma visita de um dia a Hengqin e à região da Grande Baía.

Rocha Vieira sublinhou depois ser “muito optimista” em relação ao futuro, apontando que “Macau é um exemplo para o mundo inteiro”. “Entre Portugal e Macau houve sempre uma relação muito estreita de cooperação, de amizade e de respeito. E isso prolonga-se no tempo e é um valor imenso”.

Neste sentido, defendeu que “Portugal ter relações tão boas com a China resultantes, no fundo, principalmente de Macau, é também um trunfo para Portugal”. Na sua opinião, Portugal pode ser “uma voz, não no sentido de influenciar destinos, mas no sentido de dar opiniões, de aconselhar e pôr a sua experiência, amizade e conhecimento que tem da China ao serviço da União Europeia”.

Num mundo que hoje vive numa “instabilidade muito grande”, Rocha Vieira sublinhou que esse papel é “importante”: “É bom que haja entidades, neste caso países, que possam contribuir para que haja respeito, progresso e paz”. Rocha Vieira disse também que este papel de Macau, nas boas relações históricas sino-lusófonas continuará a existir.

“É muito bom” que Chefe visite Portugal

Por outro lado, em relação à visita oficial do Chefe do Executivo a Portugal, o general Vasco Rocha Vieira frisou ser “muito importante” que aquele seja o primeiro país a receber a visita de Ho Iat Seng, desde que tomou posse, em 2019.

“Isso é um grande sinal das boas relações e do respeito que essas relações merecem por parte dos dirigentes chineses em relação a Portugal e de Portugal em relação aos dirigentes chineses”, assinalou.

Apontando que a visita surge numa boa altura, Rocha Vieira – que se encontrará também com Ho Iat Seng em Portugal, durante a visita que decorrerá entre 18 e 22 de Abril – acrescentou: “É sempre bom estreitarmos relações, conhecermo-nos, falarmos”.

Também no território esteve ontem reunido com o líder da RAEM, com quem teve “sempre” uma “relação muito boa”. “Há aqui uma relação pessoal muito amiga e respeitosa, isso é bom porque é mais fácil as pessoas entenderem-se, falarem”.

Sem desvendar que mensagem levaria a Ho Iat Seng, Rocha Vieira disse apenas que, tendo em conta a relação entre ambos, seria um encontro com “verdade”.

“É aquilo que cada um sente e os propósitos são comuns: a aproximação entre Portugal e Macau e a resposta que temos de dar às possibilidades que se vão abrindo, porque a China também está num processo de desenvolvimento e de mudança muito grande. Isso merece respostas adequadas e nós estamos em condições [para as dar] porque conhecemos a China e a China também conhece a nossa maneira de ser”, continuou.

Rocha Vieira deixará no sábado o território rumo a Portugal, depois de ter vindo a convite da UCTM. Quanto ao doutoramento honoris causa que lhe foi atribuído, o antigo Governador de Macau disse ficar satisfeito por ver que o trabalho que os portugueses aqui deixaram é reconhecido.

A propósito, disse ainda que o facto de haver universidades como a UCTM e também a Universidade de Macau “contribuiu para a internacionalização” da RAEM. “A autonomia de Macau faz-se saindo das suas fronteiras também. O ranking que hoje as nossas universidades têm, quer a de Macau, quer esta [UCTM] é reconfortante e é fruto de um trabalho muito sério, de gente muito competente e muito devotada”, destacou. Catarina Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


Internacional – “Torne o feijão sexy”, o feijão é bom para si e ótimo para o planeta

Saiba por que deve comer mais feijão


A humilde leguminosa já é um alimento básico nas refeições em todo o mundo.

Mas uma coligação de grupos ambientalistas afirma que duplicar o consumo de feijão pode ajudar a proteger o planeta e a enfrentar a crise do custo de vida.

A iniciativa 'Beans is How' - coordenada pelo Centro de Advocacia dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS2) - foi lançada no ano passado.

Ela promove os alimentos como uma “solução única” para os desafios climáticos, de saúde e económicos do planeta.

“Todo mundo está preocupado neste momento – como podemos fazer refeições nutritivas para as nossas famílias quando o dinheiro não chega? Como podemos ajudar a enfrentar a crise climática?” disse Paul Newnham, Diretor Executivo do SDG2 Advocacy Hub.

"Como podemos fazer algo sobre os 3 mil milhões de pessoas neste planeta que estão desnutridas?"

O feijão poderia ajudar-nos a salvar o planeta?

A produção global de alimentos é responsável por um terço de todos os gases de aquecimento do planeta emitidos pela atividade humana.

Mas nem todos os alimentos são criados iguais. A carne responde por 60% do total de gás relacionado a alimentos, com um único quilo de carne bovina criamos 70 kg de emissões.

A criação de gado também é um grande fator de desflorestação, particularmente em ecossistemas vulneráveis ​​como a floresta amazónica.

O feijão liberta 90% menos gases de efeito estufa do que algumas proteínas animais. Eles também melhoram a saúde do solo, introduzindo nitrogénio no solo e reduzindo a necessidade de fertilizantes.

No entanto, em média, apenas 21g de leguminosas são consumidas por pessoa por dia, em comparação com 112g de carne.

Inverter este desequilíbrio poderia reduzir o stress no planeta, insistem os ativistas do Beans.


“Adoro feijão - faço feijão, planto feijão, como feijão. Nunca conheci um feijão de que não gostasse. Eles são pequenas pérolas de grandeza e têm o potencial de melhorar a vida das pessoas em todo o mundo”, disse Sam Kass, ex-Chef da Casa Branca e Conselheiro Sénior de Políticas de Nutrição.

“Se nos concentrarmos coletivamente neste produto que sabemos ser bom para nós, podemos realmente fazer a diferença. Para fazer isso, vamos precisar da ajuda de todos - vamos precisar de chefs para colocar mais feijões nos seus cardápios e torná-los atraentes”, acrescentou.

O feijão pode ajudar-nos a derrotar a fome?

43 milhões de pessoas em 38 países em todo o mundo correm o risco de cair na fome ou numa grave crise de fome, o que significa que o menor choque nos sistemas alimentares pode privá-los de sustento.

Mas o feijão é uma alternativa barata e rica em proteínas. O feijão seco custa em média apenas $ 1,00 (€ 0,96) por 500 gramas.

Novas variedades de feijão também estão a ser lançadas a todo o tempo. Nos últimos anos, os criadores de feijão da Pan-Africa Bean Research Alliance (PABRA) desenvolveram mais de 500 novas variedades, aumentando o valor nutricional da humilde leguminosa.

Quase um quinto da população de Ruanda come agora feijão enriquecido com ferro, que fornece 80% das necessidades de ferro das crianças pequenas e mulheres não grávidas

“Feijões, legumes, leguminosas e ervilhas existem em milhares de variedades. O feijão é uma cultura excelente para os agricultores cultivarem e é rico em proteínas e ferro”, disse a Dra. Agnes Kalibata, presidente da AGRA, ex-enviada especial para a Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU e defensora do feijão.

“O feijão é bom para si – toda a vez que come feijão, você está a ajudar uma família a ter um rendimento sustentável e uma nutrição melhor e está a ajudar a regenerar os solos. Esta é uma enorme colheita em todos os sentidos”, disse ela.

A campanha Beans Is How está a reunir um Conselho Consultivo especializado em Ciência e Inovação em Bean para determinar como a meta de duplicar o consumo pode ser medida e alcançada. Charlotte Elton – Reino Unido in “Euronews.green”




Portugal - Tese de doutoramento da Universidade de Coimbra recebe prémio internacional

A tese de doutoramento de Vanessa Magalhães, professora do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), uma investigação em gestão responsável, foi reconhecida internacionalmente pela EFMD Global com a atribuição do 2022 Outstanding Doctoral Research Award (ODRA).

A investigação premiada foi desenvolvida tendo como principais objetivos «contribuir para a compreensão do fenómeno das perdas e desperdícios alimentares ao longo das cadeias de abastecimento de produtos frescos e fornecer uma framework para orientar futuras investigações que procurem determinar as estratégias de mitigação mais promissoras», revela Vanessa Magalhães, docente e investigadora do DEM.

«Ganhar este prémio é uma grande honra e um reconhecimento do meu trabalho árduo, dedicação e excelência na investigação. Este prémio demonstra que a investigação contribuiu para a comunidade académica e potencialmente para a sociedade como um todo», considera a docente da FCTUC.

De acordo com Vanessa Magalhães, o seu trabalho de doutoramento «oferece metodologias multidimensionais e holísticas, aplicadas numa perspetiva de cadeia de abastecimento, para analisar as inter-relações entre as causas da perda e desperdício de alimentos e para avaliar e priorizar as estratégias de mitigação com vista à sua redução ao longo das cadeias de abastecimento de alimentos frescos».

Assim, no âmbito desta tese foi possível concluir que as questões logísticas são as principais razões das perdas e desperdícios alimentares nas cadeias de abastecimento de frutas, vegetais e carne bovina. Além disso, este trabalho evidencia ainda «o papel da gestão da informação para melhorar o fluxo de comunicação ao longo da cadeia de abastecimento e assegurar que o processo de tomada de decisão seja apoiado por informação suficiente e em tempo real, promovendo, desta forma, a redução das perdas e dos desperdícios alimentares ao longo da mesma», descreve a investigadora. 

Segundo a professora do DEM, «as conclusões obtidas neste trabalho são de interesse significativo para os profissionais, gestores e decisores políticos», uma vez que a partir desta investigação foi gerada «informação valiosa para a tomada de decisões sobre a implementação de estratégias para reduzir as perdas e desperdícios alimentares ao longo das cadeias de abastecimento de produtos frescos».

Além disso, «é também apresentada uma framework que pode ser replicada, passo a passo, para minimizar a perda e o desperdício alimentar dentro de qualquer negócio ou cadeia de abastecimento, permitindo a priorização de esforços rentáveis com os maiores ganhos ambientais e sociais relacionados», conclui.

Fundada em 1972, a EFMD é uma organização global, sem fins lucrativos, reconhecida internacionalmente como um organismo de acreditação para escolas de negócios, programas de escolas de negócios e universidades corporativas. Universidade de Coimbra - Portugal


terça-feira, 28 de março de 2023

Canadá - Programa de português da Universidade de Toronto nasceu há 75 anos

O programa de português da Universidade de Toronto, que comemora 75 anos de existência, continua a ser “único no Canadá”, permitindo não só o ensino da língua mas também das culturas lusófonas

“É um dos programas que tem mais alunos inscritos, principalmente nos níveis iniciais, é bastante robusto, com um investimento muito grande da Universidade de Toronto na manutenção do programa, que nos permite dinamizar e promover o ensino não só da língua portuguesa, mas também da história das comunidades lusófonas e das suas culturas e literaturas”, afirmou Anabela Rato, docente.

A professora de português na Universidade de Toronto, desde 2016, sublinhou ainda que para além de ser o programa com uma existência mais longa, ainda hoje “tem muita vitalidade, com muita projeção ao nível internacional”, sendo ainda o único programa no Canadá que oferece três níveis de especialização (Minor, Major e Specialist).

A língua portuguesa está a assinalar este ano lectivo o 75.º aniversário na Universidade de Toronto.

“O programa oferece muita variedade ao nível das disciplinas, que incluem a língua portuguesa, linguística, cinema, literatura, cultura e história. Permite a formação de profissionais especializados em estudos lusófonos, com uma forte componente em diferentes áreas. Ainda é um programa único no Canadá, embora tenhamos, como é evidente, outros programas de português, como é o caso da Universidade de York”, acrescentou.

A docente também enalteceu que é importante “continuar a apostar na promoção da língua e das culturas lusófonas, na internacionalização dos alunos e na interação com a comunidade lusófona, proporcionando experiências profissionais, para que os alunos possam ser integrados num meio profissional, bem como atividades de investigação”. 

“O futuro passa muito pelo reconhecimento da diversidade do português e do mundo lusófono, e com as variedades linguísticas com mais expressão em Toronto, o português e o português brasileiro”, destacou. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo


CPLP - Vai rever estatutos e regulamento dos observadores associados

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovou uma resolução sobre a alteração do regulamento dos observadores associados da organização, para atualizar os mecanismos e procedimentos referentes ao seu relacionamento com a organização.


A resolução foi aprovada na XVI Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, que decorreu em Luanda, e em que foi reconhecida “a importância de reforçar as parcerias com os observadores associados na prossecução dos objetivos da CPLP”.

Para tal, segundo o comunicado final da reunião, o comité de concertação permanente foi mandatado a apresentar uma proposta de revisão do Regulamento dos Observadores Associados da CPLP à XXVIII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros, com vista a atualizar os mecanismos e procedimentos referentes ao seu relacionamento com a organização.

Foram também aprovadas resoluções sobre a revisão dos estatutos da CPLP e sobre a criação da Direção de Assuntos Económicos e Empresariais no Secretariado Executivo da organização.

A nota reafirma o “compromisso com o aperfeiçoamento contínuo dos mecanismos e procedimentos internos da CPLP, promovendo emendas aos estatutos da CPLP, em matéria de recrutamento de pessoal, inscrevendo a representatividade equitativa e a igualdade de género como critérios”.

Refere ainda “que o cabal cumprimento das incumbências do Secretariado Executivo exige o reforço da sua capacidade operacional, adaptações no quadro de pessoal e a atualização dos normativos que regulam a sua atividade”.

Os ministros da CPLP congratularam-se com a obtenção do estatuto de observador consultivo da Conferência Ibero-americana, na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo realizada em 25 de março, e saudaram o anúncio do Governo português sobre um novo fundo financeiro para apoiar a cooperação triangular entre Portugal, os países da América Latina e de África.

Os ministros saudaram também a inscrição, nos estatutos da CPLP, do novo objetivo da cooperação económica e sublinharam a importância de implementar as ações preconizadas na Agenda estratégica 2022-2027 e a melhoria dos mecanismos de financiamento para o reforço da capacidade empresarial.

Por outro lado, a criação da Direção de Assuntos Económicos e Empresariais no Secretariado Executivo “contribuirá para o reforço do acompanhamento técnico das ações inscritas na Agenda Estratégica para a Consolidação da Cooperação Económica na CPLP”, refere o comunicado.

Na reunião foi reconduzido o diretor-geral do Secretariado Executivo da CPLP, embaixador Armindo de Brito Fernandes, para um segundo mandato (2023-2026).

A XVI Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa contou com a presença em Luanda dos ministros dos Negócios Estrangeiros de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, bem como do secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa.

Lei de Estrangeiros

O Conselho de Ministros CPLP ainda felicitou Portugal e Moçambique pela entrada em vigor das alterações à Lei de Estrangeiros e pelas medidas com vista à sua implementação. Esta é uma das conclusões lidas no final da XVI Reunião Extraordinária.

Os ministros “reiteraram que a aprovação do Acordo da Mobilidade entre os Estados-membros da CPLP pela XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo e a sua ratificação por todos os Estados-membros, significam um enorme passo no sentido de a CPLP se constituir como uma verdadeira Comunidade de povos, abrindo caminho, designadamente, à circulação de pessoas, cultura, valores, princípios e conhecimento”, lê-se num comunicado.

Os ministros da CPLP encorajaram ainda os Estados-membros a promover o diálogo “almejando a eventual celebração de instrumentos adicionais de parceria, nos termos do Acordo e do princípio da flexibilidade variável nele consagrado”.

A nova regulamentação da Lei de Estrangeiros em Portugal, aprovada em 2022, permite agilizar e flexibilizar os pedidos de vistos e de autorização de residência, com regime simplificado para estudantes e imigrantes empreendedores, bem como trabalhadores sazonais e introduz um novo regime para trabalhadores transferidos de outros Estados-membros, desde que estejam integrados nos quadros das empresas.

Noutro âmbito, congratularam Angola pelos esforços de mediação da paz na República Democrática do Congo (RD Congo) e saudaram o envio de um contingente militar de apoio às operações de paz das Forças Armadas Angolanas àquele país.

O comunicado expressa ainda o pesar e solidariedade para com as famílias vítimas do ciclone Freddy, que atingiu severamente o território de Moçambique e países vizinhos, bem como as vítimas dos sismos na Turquia, país observador associado da CPLP, e na Síria.

Os ministros reiteram a sua profunda preocupação com o conflito em curso na Ucrânia, e apelaram para o fim imediato do conflito, e retoma do caminho da paz e de relações pacíficas entre os Estados, com estrita observância dos princípios do direito internacional e respeito pela soberania e integridade territorial.

No comunicado manifestam ainda “apreço pela Iniciativa dos Cereais do Mar Negro impulsionada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que tem permitido mitigar os efeitos nefastos do conflito sobre a insegurança alimentar e o aumento dos preços dos bens essenciais”.

A reunião foi conduzida pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, na condição de presidente em exercício do Conselho de Ministros e anfitrião do encontro. In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”