Vai
decorrer, no dia 2 de março, às 16 horas, o primeiro ciclo de
cinema moçambicano no âmbito da “Moçambi-Cá - Exposição de artistas plásticos
de Moçambique”, na UCCLA. Os filmes “Kalunga” realizado por Lara Sousa e “The
Sound of Masks - A Dança das Máscaras” realizado por Sara CF de Gouveia serão
os primeiros a serem dados a conhecer no auditório da UCCLA.
As
próximas sessões terão lugar nos dias 16 e 30 de março.
Kalunga
De
um lugar longe de casa, Lara é conduzida por sonhos enigmáticos a cumprir um
ritual de nascimento espiritual que a levará ao lado de sua tia morta de volta
a África.
Biografia da realizadora:
Lara Sousa é
realizadora e produtora, fundadora da Kulunga Filmes, uma produtora cujo
principal objetivo é a produção de filmes (documentários e ficção) por
cineastas emergentes de países africanos de língua portuguesa e países da
região austral de África.
As
curtas-metragens que produziu e realizou ganharam vários prémios e foram
exibidas em vários festivais. Atualmente produz o seu documentário "O Navio e o
Mar", que foi selecionado para a Berlinale DocStation e ganhou o Prémio do
Fundo Idfa Bertha no Durban Film Market 2020 e foi financiado pelo Sundance
Documentary Programme 2021.
Lara
Sousa trabalha como coordenadora de formação para o Mercado MiradasDoc e
Festival do Documentário em Tenerife - Espanha. Recebeu o apoio do programa
HotDocs Blue Ice Fund, bem como do Programa Documentário Sundance.
The Sound of Masks - A Dança
das Máscaras
Atanásio
Nyusi, um cativante contador de histórias e um lendário dançarino de Mapiko,
leva-nos numa viagem visualmente dramática que cruza o passado colonial de
Moçambique e o presente do país. Utilizando a música e o corpo como memória,
revela a fealdade da guerra através da beleza da dança e da poesia. A dança
Mapiko foi usada como instrumento de crítica social e de desafio ao regime
colonial. Com o fim da guerra, o seu ressurgimento celebra a liberdade, a
identidade cultural e a memória coletiva. Misturando imagens atuais, material
de arquivo e sequências de dança contemporânea, o documentário de Sara Gouveia
cruza o limiar entre o real e o imaginário. Dois mundos paralelos que se
entrelaçam criando uma narrativa visual que liga o passado e o presente de Moçambique.
Biografia da realizadora:
Sara Gouveia é
uma realizadora premiada. Os seus filmes têm uma forte estética visual e
exploram a linha entre ficção e realidade. Sara participou no Durban Film
Mart, IDFA Summer School, Hot Docs Blue-Ice Lab, DocLisboa’s Nebulae e
Berlinale Talents.
O
seu primeiro documentário de longa-metragem, “The Sound of Masks”, teve estreia
mundial no IDFA 2018 e foi descrito na revista “Africa is a Country” como “uma
meditação visual sobre a natureza da memória em sociedades pós-coloniais”. O
filme foi selecionado para o Hot Docs 2019, New York African Film Festival
2019, Durban International Film Festival e DocLisboa 2019, entre outros.
Recebeu o prêmio de Melhor Documentário de Longa-Metragem no Festival
Internacional de Cinema de Plateau 2019 e o 14º Prêmio SAFTA Golden Horn de
Melhor Fotografia, bem como nomeações SAFTA de Melhor Documentário de
Longa-Metragem e Melhor Montagem em 2020. Em 2021, o filme recebeu os prêmios
de Melhor Filme Internacional Longa-Metragem e Melhor Direção no 7º Festival
Brasil de Cinema Internacional.
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