Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Brasil - Federação Internacional de Arquivos de Cinema preocupada com Cinemateca Brasileira

A Federação Internacional de Arquivos de Cinema (FIAF) manifestou “grande preocupação” com os danos causados pelas chuvas nas coleções da Cinemateca do Brasil, em São Paulo, e com a falta de financiamento à instituição, nos últimos anos.

Sem esquecer outras instituições do patrimônio audiovisual que sofreram cortes com o governo brasileiro, a FIAF sublinha que instituições como a Cinemateca do Brasil só conseguem cumprir a função de reunir, proteger e partilhar a herança cinematográfica, que “é incrivelmente rica“, se lhes for permitido operar num ambiente estável e favorável.

“Os profissionais altamente qualificados que trabalham para essas instituições — arquivistas, técnicos, educadores, curadores e administradores — são os verdadeiros guardiões dessa herança única (…) mantêm viva a memória da nação brasileira e de suas diversas comunidades e, como tal, seu trabalho deve ser reconhecido e valorizado”, lê-se numa nota da Federação.

“Quaisquer medidas que diminuam o financiamento da Cinemateca ou que a sujeitem a instabilidade política ou administrativa não reconhecem a natureza de longo prazo de seu trabalho”, prossegue a mensagem da FIAF, que acrescenta: “Prejudicar a Cinemateca constitui uma ameaça direta sobre o patrimônio cultural além de que priva as futuras gerações de brasileiros de se ligarem ao país, ao seu passado cultural e artístico”.

Como membro da FIAF desde 1948, a Cinemateca Brasileira faz parte de uma comunidade global de 169 instituições sem fins lucrativos, líderes em 75 países em todo o mundo, todas fortemente dedicadas à preservação e celebração do patrimônio mundial do cinema.

“Estamos com firmeza com nossos colegas em São Paulo e instamos o público brasileiro e os funcionários e os decisores do país a garantir que essa instituição, altamente respeitada, possa continuar a operar de forma profissional e imparcial, no seu espírito de missão”, conclui a FIAF.

Nos passados dias 09 e 10 de fevereiro, a cidade de S. Paulo, a mais populosa do Brasil, registou o maior volume de chuva para o mês de fevereiro dos últimos 37 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A tempestade que fustigou São Paulo paralisou praticamente os transportes, inundou as principais estradas e colapsou o tráfego de veículos.

As chuvas provocaram também deslizamentos de terras, inundações, quedas de árvores, suspensão do serviço de algumas das linhas de elétrico. In “Mundo Lusíada” - Brasil

Timor-Leste - Formador de professores considera sistema de educação frágil

Díli - O formador de professores Domingos de Deus Maia disse no passado dia 22 de fevereiro que o sistema de educação de Timor-Leste (TL) regista debilidades, a começar pela formação dos professores.

“Começámos por fundar todo o sistema de educação a partir das bases ou de alicerces muito frágeis. Mostrámos apenas boa vontade. Depois da independência, devemos responsabilizar-nos pelo andamento do setor da educação”, afirmou Domingos aos jornalistas do Timor Post, na sua residência, no Palapaço, Díli

O atual formador de professores timorenses do Instituto Nacional de Formação de Docentes e Profissionais da Educação de Timor-Leste (INFORDEPE) referiu ainda que o país tem enfrentado a falta de recursos, nomeadamente de professores qualificados e infraestruturas mais adequadas, numa altura em que a nova geração necessita de aceder a uma educação de qualidade.

“Todos querem aprender, apesar de as condições serem mínimas, impedindo, assim a sua aprendizagem. Temos um elevado número de professores com poucas competências. Não temos sabido dado atenção à sua qualidade. Embora a lei garanta o direito a educação de todos os cidadãos, a nossa capacidade é limitada”, referiu.

Segundo o ex-docente, Timor-Leste necessita de mais tempo para melhorar determinados aspetos, como a metodologia e a didática de ensino. Acrescentou, no entanto, que, para se alcançar esta meta, seria necessária a ajuda de outros países, como os da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Passados 20 anos, o nosso espírito em criar novas escolas caiu significativamente nos últimos tempos.  Agora as pessoas consideram que o setor da educação está mais frágil, pois a remuneração que auferem os professores é insuficiente para fazer face às despesas diárias. É, por isso, difícil incutir nas pessoas vontade em trabalharem neste setor”, afirmou.

Questionado sobre o facto de alunos da universidade não possuírem competências de escrita e compreensão académica, o professor referiu que a raiz do problema reside sobretudo na sua base, porque “quando os professores não dominam os princípios de metodologia, terão muitas dificuldades em lecionar adequadamente”.

“Existe ainda a questão ligada à literacia e numeracia. O que está em causa é a capacidade da leitura, a forma como se deve ler, a própria compreensão da leitura e explicar às outras pessoas”, sublinhou.

De acordo com o docente, embora os estudantes que ingressam na Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL) saibam ler, não o sabem fazer de forma crítica, interpretar as ideias contidas no texto por falta de bases sólidas”, concluiu. In “Timor Post” – Timor-Leste

Guiné-Bissau - Conselho de Segurança renova último mandato de missão política

O Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou esta sexta-feira por unanimidade a extensão do mandato do Escritório Integrado de Construção da Paz da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, até 31 de dezembro.

A resolução 2512/2020 prevê que a missão política termine o mandato em território guineense este ano. Em 1999, a ONU iniciou as operações neste formato com o então Escritório de Apoio à Construção da Paz das Nações Unidas na Guiné-Bissau.

Prorrogação

O projeto de resolução foi elaborado pelo Níger. Em discurso no Conselho, o embaixador nigerino junto à organização, Adbou Abarry, falou da preocupação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, com a atual situação política.

Destacou que a prorrogação do mandato até ao fim do ano envia um bom sinal ao povo da Guiné-Bissau e pediu “um jogo limpo” aos políticos.

Dois meses após a segunda volta das eleições presidenciais, ainda se aguarda o desfecho do processo eleitoral.

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, reclamou sobre irregularidades ao Supremo Tribunal de Justiça. A instituição deu ordens à Comissão Nacional Eleitoral, CNE, para a recontagem dos votos. O PAIGC defende que as autoridades eleitorais não cumpriram totalmente as ordens judiciais.

Nesta quinta-feira, agências de notícias informaram que ocorreu uma “cerimónia simbólica” de tomada de posse do candidato Umaro Sissoco Embaló, declarado pela CNE como vencedor da eleição.

Tensões

Na resolução, o Conselho revela preocupação com a situação política e apela aos envolvidos que se abstenham de “ações e declarações que possam atrapalhar o processo político, aumentar tensões ou incitar discriminação, ódio ou violência”.

O documento destaca que o órgão está disposto a tomar as medidas apropriadas para responder a novos eventos. A resolução destaca ainda o compromisso do órgão em fazer uma possível avaliação das sanções, com base nas recomendações do relatório do secretário-geral.

Nos próximos cinco meses, um parecer do chefe das Nações Unidas deve incluir dados sobre a implementação desta resolução, o processo de levantamento a ser feito e a transição do Uniogbis.

A resolução incentiva o apoio internacional aos esforços da Guiné-Bissau para abordar as causas profundas da instabilidade no processo de transição, a criação de uma plataforma para análise conjunta e compreensão dos desafios do país.

Defesa e Segurança

O Conselho incentiva o governo a implementar reformas da Constituição, da Lei Eleitoral, do Quadro Legal sobre Partidos Políticos, do setor de defesa e segurança e da justiça.

A resolução apoia os esforços contínuos do governo da Guiné-Bissau para garantir um eficaz controlo civil e supervisão de forças de segurança destaca que é importante continuar nessa direção para garantir o funcionamento das instituições. ONU News – Nações Unidas

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Nações Unidas – Conferência do Oceano 2020 em Lisboa

Metas do evento internacional de Lisboa incluem a promoção de soluções com base científica para dinamizar ação global sobre temas ligados aos oceanos



Portugal convidou os representantes mundiais presentes na 43ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos a preservar as condições para o bem-estar das próximas gerações, promovendo o uso responsável dos oceanos. O evento acontece até 20 de março em Genebra, na Suíça.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, relacionou essas ações aos direitos humanos, ao convidar os Estados-membros a participar na Conferência sobre os Oceanos que será realizada na capital portuguesa.

Lisboa

“Honrar o nosso compromisso para com a salvaguarda do direito das gerações futuras implica também proteger o planeta e os recursos naturais coletivos. Portugal irá coorganizar com o Quénia a Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano. Terá lugar em Lisboa de 2 a 6 de junho deste ano. A conservação e a utilização responsável dos oceanos, mares e recursos marinhos são fundamentais para o Desenvolvimento Sustentável do planeta e, portanto, para a realização dos direitos humanos das gerações futuras. Esperamos contar com a presença de todos em Lisboa para esta conferência.”

O foco da Conferência dos Oceanos é apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 14, sobre a Vida na Água.



Impacto

Uma das expectativas da ONU para o encontro é que a ação ambiental para a próxima década tenha maior impacto. A Conferência deve impulsionar soluções com base científica para a atuação global em questões ligadas aos oceanos.

O encontro será um dos principais eventos ambientais marcados para a recém-lançada Década de Ação para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

Conheça mais pormenores sobre o evento clicando aqui. ONU News – Nações Unidas

Organização Mundial de Saúde - Considera irracional usar máscara e gel desinfectante

A directora de saúde pública da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Neira, assegurou ontem que é “irracional e desproporcionado” que se esgotem as máscaras e os desinfectantes nas farmácias por medo do coronavírus. Em declarações à emissora espanhola RAC-1, Neira recordou que as máscaras são para uso do pessoal de saúde e sublinhou que a diminuição de vítimas e contagiados que está a registar-se na China “poderá significar que a epidemia chegou ao cume e atingiu o pico epidémico”. Neira afirmou que a medida mais efectiva para prevenir o contágio é lavar as mãos com frequência e insistiu que não se justifica que se esgotem as máscaras e os geles desinfectantes, referindo que a situação se baseia no “medo e na angústia das pessoas”, o que deve ser evitado. A responsável explicou que o uso de máscaras é para pessoal de saúde e apelou para que se evite o uso de forma irracional.

Sobre a situação na China, onde teve origem o surto, Neira indicou que há já “quase a confirmação de que o número de casos parece ter atingido o topo”. “Nos últimos dias, temos visto uma descida na incidência e no número de mortos”, acrescentou. Globalmente, afirmou, o vírus circula, mas em quantidades muito racionais, pequenas, e os casos têm uma sintomatologia entre “leve e moderada”, semelhante a uma gripe sazonal. A directora geral de saúde pública da OMS disse que as medidas tomadas em Espanha, onde se diagnosticaram oito casos nos últimos dias, são totalmente proporcionais. “Oitenta por cento das pessoas que estão em contacto com o vírus não desenvolvem qualquer sintomatologia. Cerca de 15% terá uma sintomatologia leve a moderada. Entre 4% a 5% requer assistência clínica mais sofisticada”, referiu a especialista.

Também ontem, o director geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reconheceu que alguns países afectados pela epidemia de Covid-19 não estão a partilhar informação com este organismo, pelo que os instou a fazê-lo imediatamente. “Um dos maiores desafios que enfrentamos é o facto de demasiados países afectados não estarem a partilhar os seus dados com a OMS”, sublinhou o director etíope durante o encontro semanal com missões diplomáticas em Genebra sobre a actual situação relativamente ao coronavírus.

Tedros Ghebreyesus, que não citou nenhum país em concreto, afirmou que a OMS está em contacto com vários ministérios da saúde para resolver a situação e “apela a todos os países para partilharem informação imediatamente” com o organismo. “Não podemos fornecer recomendações sanitárias adequadas sem dados detalhados” ou listas de dados completos dos pacientes afectados, acrescentou durante a sua intervenção. In “Ponto Final” - Macau

11º Congresso Ibérico de Estudos Africanos




O 11º Congresso Ibérico de Estudos Africanos (CIEA11) vai realizar-se em Lisboa, nos dias 2 a 4 de julho de 2020, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O CIEA11 será organizado pelo Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa).

Desde 1991 e ao longo de dez edições, o Congresso Ibérico de Estudos Africanos (CIEA) constituiu-se como um espaço singular de encontro, partilha e questionamento sobre a produção académica ibérica e internacional no domínio dos Estudos Africanos. O CIEA10 realizou-se em Granada, em janeiro de 2018, e foi organizado pelo AFRICAInEs: Investigación y Estudios Aplicados al Desarollo, Universidade de Granada.

O 11º CIEA adota como lema: Trânsitos Africanos no Mundo Global: História e Memórias, Heranças e Inovações.

Funcionamento do 11º Congresso Ibérico de Estudos Africanos – CIEA11

• O Programa do CIEA11 inclui sessões plenárias – 3 oradores principais e 3 mesas-redondas – e sessões simultâneas de painéis propostos pelos participantes sob o tema do Congresso: Trânsitos Africanos no Mundo Global: História e Memórias, Heranças e Inovações.
• Está prevista uma sessão plenária final para discutir a criação de uma Associação Ibérica de Estudos Africanos.
• Será divulgado em breve um Programa Cultural.

Convidam-se professores e investigadores, estudantes e outros interessados pelo tema do CIEA11 a apresentarem uma proposta de painel ou uma proposta de comunicação a integrar num painel aprovado.

• Chamada para comunicações: até 01 de março de 2020


Comunicações aprovadas: 9 de março 2020
Divulgação do Programa Final: 23 de março 2020
• Inscrição antecipada para coordenadores com painéis aceites: 9 de dezembro de 2019 a 30 de abril de 2020
• Inscrição antecipada para os restantes participantes: 24 de março a 30 de abril de 2020
• Inscrição posterior: 4 de maio a 5 de junho de 2020

Condições especiais

O Comité Organizador acordou com a TAP Air Portugal a oferta de um desconto aos participantes que façam a reserva do voo e comprem o seu bilhete exclusivamente através do site da TAP Air Portugal. Para mais informações clique aqui. In "Centro Histórico da Universidade de Lisboa" - Portugal

Guiné Equatorial - Gorila da planície, uma espécie ameaçada, reaparece no Parque Nacional Monte Álen

As imagens de gorilas selvagens das planícies ocidentais foram capturadas por câmaras de armadilha nas selvas da Guiné Equatorial continental, marcando a primeira vez que os gorilas da região foram capturados num filme em mais de uma década.



As câmaras de armadilha implantadas por protectores com o apoio da  Sociedade Zoológica de Bristol (BZS)  e da  Universidade do Oeste da Inglaterra (UWE) também em Bristol, tiraram as fotos no Parque Nacional Monte Álen, localizado no centro de Rio Muni, região continental da Guiné Equatorial.

As comunidades locais relataram terem avistado gorilas na região, mas os protectores não tinham visto os animais por si mesmos até agora.

As fotografias foram tiradas no Parque Nacional Monte Alén e são significativas porque confirmam a existência continuada de gorilas, apesar da forte pressão de caça.



O gorila da planície ocidental é uma das duas subespécies reconhecidas do gorila ocidental, a outra subespécie é o gorila do rio cruzado (gorila diehli). A população de gorilas das planícies ocidentais no Parque Nacional Monte Alén é considerada de particular importância para a sobrevivência das espécies, classificadas como ameaçadas de extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os gorilas das planícies ocidentais podem ser encontrados em quase todas as áreas protegidas e em muitas concessões madeireiras em toda a sua extensão, incluindo também Angola, Camarões, República Centro-Africana, Gabão e República do Congo.

Segundo a IUCN, o número de gorilas ocidentais das planícies diminuiu quase 20% entre 2005 e 2013. Estima-se que havia pouco mais de 360 mil indivíduos a partir de 2013, mas o seu número continuou a diminuir, atingindo uma estimativa 316 mil indivíduos até ao final de 2018. O número de gorilas presentes hoje é desconhecido devido ao facto de que eles vivem em algumas das florestas tropicais mais densas e remotas da África. In “Guinea Informarket” – Guiné Equatorial

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Senegal - Há cerca de 50 mil estudantes a aprender a língua portuguesa

Neste momento existem dois centros de língua portuguesa no Senegal, país onde há cerca de 50 mil estudantes de português em 300 escolas, disse à o presidente do Instituto Camões



«Estamos a pensar ampliar os nossos centros de língua portuguesa, tanto em Ziguinchor como em Dakar», adiantou à Lusa Luís Faro Ramos, adiantando que as duas estruturas são «largamente frequentadas» e atraem «muita curiosidade» por parte de jovens senegaleses.

O presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (IC) falava à agência Lusa, por telefone, a partir do Senegal, onde terminou esta quarta feira uma visita de trabalho.

Luís Faro Ramos disse ter já a concordância dos reitores das universidades Cheikh Anta Diop (Dakar) e Assane Seck (Ziguinchor) - onde estão instalados os referidos centros - com os quais se encontrou durante a visita de dois dias.

«Agora vamos trabalhar para isso», disse.

Luís Faro Ramos, que esteve na capital senegalesa, Dakar, e em Ziguinchor, na região de Casamansa, próximo da fronteira com a Guiné-Bissau, disse ainda que Portugal vai manter o apoio ao Senegal na formação de professores.

«A finalidade da visita era verificar 'in loco' este interesse enorme pela língua portuguesa. Temos no Senegal cerca de 50 mil estudantes no ensino de português ao nível do secundário e superior, em 300 escolas por todo o país e com mais de 400 professores», indicou Faro Ramos.

O presidente do IC assinalou o facto de os professores que lecionam português no país serem «todos senegaleses», sublinhando «o esforço notável» de promoção da língua portuguesa «levado a cabo pelas autoridades senegalesas».

O IC tem nas duas universidades centros de língua e um leitor de português, que faz «formação de professores», mas o «esforço é sobretudo do Senegal», disse.

«Naquilo que diz respeito ao ensino do português como língua estrangeira, o Senegal é um farol da língua portuguesa nesta região de África e, dentro do Senegal, Casamansa e, sobretudo, Ziguinchor, é o farol regional», acrescentou.

Em Ziguinchor, há atualmente mais de 13 mil estudantes a aprender língua portuguesa, em 90 estabelecimentos de ensino e com cerca de 100 professores.



O Camões tem desde 2018 um centro de língua portuguesa na universidade Assane Seck, em Ziguinchor, onde Luís Faro Ramos, acompanhado do embaixador de Portugal, foi recebido com o hino nacional de Portugal cantado por jovens senegaleses que estão a aprender português no ensino secundário.

«Não podia sair mais satisfeito com o que vim encontrar neste país. Há uma apropriação no Senegal do ensino da língua e uma atividade cultural vibrante», disse Faro Ramos.

Neste contexto, adiantou que o IC vai apoiar a participação, em maio, de três artistas plásticos portugueses na bienal de arte contemporânea DacArt.

Por outro lado, apontou, há «trabalho a fazer na área da cooperação», anunciando para breve «a recolocação» de um técnico de cooperação na Embaixada de Portugal em Dakar. In “Revista Port. Com” - Portugal




Internacional – Evolução do coronavírus COVID-19 a nível mundial pela Universidade Johns Hopkins

Acompanhe o trabalho realizado pela Universidade Johns Hopkins que, várias vezes ao dia, actualiza o evoluir do COVID-19 a nível mundial. Procure a situação no seu país na ligação seguinte:







Timor-Leste - Relatório do Programa Alimentar Mundial mostra que a maioria da população consome alimentos pouco nutritivos

DÍLI – O Relatório Fill the Nutrient Gap (FNG) do Programa Alimentar Mundial (PAM) e Conselho Nacional de Segurança e Soberania de Alimentos e de Nutrição em Timor-Leste (KONSSANTIL, em tétum) lançado no Hotel Timor, indica que a esmagadora maioria dos agregados familiares timorenses, principalmente as mulheres, crianças e adolescentes, consome alimentos pouco nutritivos e com pouca variedade.

O documento é o resultado da análise feita sobre o tipo de alimentos consumidos por parte da população timorense mais vulnerável, com destaque para o acesso aos alimentos ricos em proteínas.

“As mulheres grávidas e as que amamentam estão em risco de má nutrição, enquanto as adolescentes podem sofrer da deficiência de micronutrientes”, refere a nota do PAM.

Apesar dos dados avançados, o relatório mostra que o Governo timorense tem posto em prática uma política que visa combater a má nutrição e fortalecer a proteção social no país.

“O KONSSANTIL e o WFP esforçar-se-ão para apoiar o Executivo a fim de erradicar a fome em Timor-Leste. Esperamos que o relatório possa constituir uma espécie de guia que permite ao Governo timorense criar uma política mais efetiva de modo a que seja melhorada a situação nutritiva e a segurança alimentar da população”, referiu Dagen Liu, representante do PAM.

Já Justino dos Santos, Secretário do KONSSATIL, mostrou-se convicto de que o relatório permitirá ao Governo a execução de medidas que visam proporcionar aos diferentes agregados familiares o acesso a alimentos nutritivos.

O estudo foi patrocinado por várias organizações mundiais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização Mundial da Saúde (OMS), União Europeia (UE), Agência Coreana de Cooperação Internacional (KOICA) e Agência de cooperação norte-americana (USAID). Antónia Gusmão – Timor-Leste in “Tatoli”

Portugal - Investigadora da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto lidera invenção de bateria revolucionária

A investigação está a ser vista como muito sólida e a tecnologia anunciada tem fortes possibilidades de ser industrializada rapidamente



O artigo publicado na revista Energy & Environmental Science está a criar grande entusiasmo junto da comunidade científica internacional e a razão prende-se essencialmente com o facto de se poder estar perante uma nova geração de baterias sólidas, capazes de armazenar muito mais energia do que as de ião de lítio, com uma vida muito mais longa, mais seguras e não poluentes. A garantia chega-nos através de Maria Helena Braga, investigadora do Departamento de Engenharia Física da Faculdade de Engenharia da U. Porto (FEUP), que há mais de dois anos se dedica ao estudo de materiais para o armazenamento de energia em baterias.

A principal inovação destas novas baterias é fazer depender a capacidade de armazenamento de energia a partir do ânodo, em vez do tradicional cátodo, através de um eletrólito sólido de vidro, que permite a utilização de um ânodo construído em metais alcalinos sem a formação de “dendritos” (curto-circuitos internos). Estes elementos podem surgir em baterias de lítio tradicionais, que usam eletrólitos líquidos, levando a curtos circuitos internos que provocam incêndios rápidos e até mesmo explosões.

A tecnologia de eletrólitos em vidro foi desenvolvida por Maria Helena Braga e tem ainda a vantagem de poder operar em temperaturas muito baixas, outro benefício relativamente às baterias de lítio atuais. Isso poderá revolucionar todo o paradigma dos carros elétricos, por exemplo, uma vez que com estas novas baterias vão poder operar a temperaturas de -60 graus celsius.

Maria Helena Braga, 45 anos, publicou pela primeira vez sobre a tecnologia de eletrólitos de vidro em 2014 quando desenvolvia investigação na FEUP. De imediato recebeu inúmeros telefonemas e pedidos de contacto, um deles de Andy Murchison, investigador norte-americano da Universidade do Texas, que conhecia bem John Goodenough, o inventor das baterias de iões de lítio. Com 94 anos de idade e ainda no ativo, Goodenough desafiou a investigadora portuguesa a trabalhar com ele de maneira a provar que a tecnologia de eletrólitos de vidro funcionava, de facto.

“Durante um ano vim muitas vezes a UT-Austin e em fevereiro de 2016 pedi equiparação a bolseiro para fazer trabalho em baterias com lítio-metálico que não podia fazer na FEUP porque à data não tinha laboratório e muito menos caixa de luvas que é absolutamente essencial para este trabalho, uma vez que o lítio reage violentamente na presença de humidade e oxida facilmente”, explica Maria Helena Braga.

Até julho, o objetivo será aproveitar esta estadia nos EUA e a possibilidade de trabalhar de perto com tecnologia e equipamento de ponta. A adaptação correu bem, a forma de fazer investigação não é muito diferente da que se faz na Europa, o que realmente faz a diferença é “a velocidade a que as coisas acontecem”, admite a investigadora. “Fui muito bem-recebida pelo Prof. Goodenough. Ele, apesar dos seus 94 anos é um exemplo de abertura a novas ideias! O Andy também sempre acreditou no que fazíamos”, conclui.

Apesar de os anúncios sobre novas tecnologias de baterias serem frequentes, esta investigação está a ser vista como muito sólida e a tecnologia anunciada tem fortes possibilidades de ser industrializada rapidamente, de acordo com o comunicado divulgado pela Universidade do Texas.

Com a possibilidade de entrar para a história mundial da engenharia física com esta inovação e de a sua vida poder dar uma volta de 180 graus, Maria Helena Braga quer voltar a Portugal e continuar o seu trabalho a partir daqui. No entanto, não deixa de ser crítica do sistema português no que toca à progressão na carreira docente: “As universidades/faculdades têm que reconhecer os talentos antes que as notícias venham de fora… Dito isto, têm que fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proporcionar condições a quem quer fazer. Quando sentimos que estão a fazer o que podem por nós, respondemos imediatamente com um sentimento de lealdade… As Universidades teriam que ter mais poder discricionário para poder dar condições a quem quer trabalhar em Portugal. Talvez por exemplo, reduzindo a carga horária e atribuindo mais licenças sabáticas a quem quer fazer investigação”. Universidade do Porto “Faculdade de Engenharia” - Portugal

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Cabo Verde – Agricultores do município de Santa Cruz receberam painéis solares de ONG espanhola

Assomada – Os agricultores de Cova de Barro, em Ribeira dos Picos, no município de Santa Cruz, receberam 28 painéis solares, com capacidade de produção de 35 volts, doados pela associação espanhola “Ayuda de Contenedores”, avaliados em 30 mil Euros, pouco mais de três mil contos.

A iniciativa, que contou com envolvimento da Associação “Nós Saúde”, beneficia 30 agricultores dessa ribeira considerada uma das ribeiras com “maior” potencial agrícola de Cabo Verde, que visa ajudar os homens do campo na mitigação da seca e reduzir o custo da energia eléctrica.

Segundo o representante da associação espanhola “Ayuda Contenedores”, Daniel Borges, filho de cabo-verdianos, que lidera a ajuda para o arquipélago, essa iniciativa é um exemplo para as ribeiras onde se pratica a agricultura e que enfrenta problema de falta de água.

Daí que pediu o envolvimento do Governo e da Câmara Municipal de Santa Cruz para que juntos possam abranger mais camponeses.

Na ocasião, lembrou que essa é a segunda entrega efectuada, recordando que em 2019 foram instalados mais 36 painéis solares em Ribeira dos Picos.

Os agricultores, que a partir de agora passam a utilizar o sistema fotovoltaico para a irrigação, destacaram a redução nos custos com a energia eléctrica.

Aliás, os contemplados não têm dúvidas de que se fossem ajudados na implementação do sistema gota-a-gota os produtos vão chegar ao mercado a “preços acessíveis”.

O acto da entrega oficial do sistema fotovoltaico para a irrigação em Cova Barro contou ainda com a presença do vereador da Agricultura, Belmiro Fonseca, e do presidente da Associação “Nós Saúde”, Raimundo Monteiro.

Estes responsáveis manifestaram a intenção de continuarem a procurar mais parceiros para a execução desse projecto que visa melhorar as condições de vida dos homens do campo, reduzir custos com a energia eléctrica e aumentar a produção sem prejudicar o meio ambiente. In “Inforpress” – Cabo Verde

Fundação Calouste Gulbenkian - Candidaturas para a 2ª edição dos estágios científicos avançados em Matemática para os PALOP

Dirigido a:

Docentes e investigadores do ensino superior dos PALOP

Candidatura aberta

Concurso para a realização de estágios científicos avançados de curta duração (3 ou 4 meses) para docentes e investigadores do ensino superior, nacionais e residentes nos PALOP que pretendam efetuar estágios científicos avançados em instituições de ensino superior e centros de investigação em Portugal.

Os estágios deverão ser selecionados com base nas opções apresentadas no documento “Lista de Estágios”. Devem ter início até 14 de setembro e estar concluídos até 20 de dezembro de 2020.

Apoio

A Fundação Calouste Gulbenkian assegura as despesas com a viagem de ida e volta entre o país de origem e Lisboa/Porto, seguro de viagem e acidentes pessoais e uma bolsa mensal.

Candidaturas

As candidaturas devem ser obrigatoriamente submetidas através do formulário online, disponível de 13 de janeiro a 6 de março 2020, conforme Regulamento.

Faça login para criar uma conta (guarde os seus dados para posteriormente acompanhar o seu processo)

Leia atentamente o regulamento e junte toda a documentação necessária antes de submeter a candidatura.

As candidaturas só são aceites até dia 6 de março de 2020. Aconselhamos a que não deixe a sua candidatura para os últimos dias do prazo. Fundação Calouste Gulbenkian Portugal

Brasil - Cátedra da Unesco analisa relações de gênero nas universidades

A professora Nina Ranieri coordena a Cátedra Unesco de Direito à Educação, da Universidade de São Paulo. Ela conversou com Ana Paula Loureiro sobre o funcionamento das Cátedras e os temas desenvolvidos na universidade brasileira, como liberdade acadêmica e disparidade de gênero



Bem, para começar eu queria que você explicasse o que é a Cátedra Unesco de Direito à Educação.

A Cátedra Unesco foi criada em 2008, no conjunto de várias Cátedras criadas no mundo inteiro. Esse ano de 2008 marcou a criação da Unitwin, que é uma rede de cátedras universitárias, que se interconectam nessa rede Unitwin. Portando nós temos 12 anos de existência. Dessa cátedra inteiramente dedicada a estudar educação do ponto de vista do Direito. O que o Direito pode fazer para melhorar a qualidade da educação, para oferecer uma educação equânime para todos. As nossas atividades são sobretudo atividades acadêmicas. São cursos de pós-graduação, seminários, workshops. E a grande maioria das pessoas que nos procuram trabalham diretamente com Direito. Como juízes, promotores, defensores públicos, advogados. E o que é muito bom e muito importante, porque a legislação de educação no Brasil é muito complexa, muito detalhada, exaustiva, é praticamente um Pantanal. Então pra você saber andar naquilo, precisa uma certa experiência. Então a gente se dedica a isso, a ensinar a legislação de educação para aqueles que vão aplicá-la. E além disso, nós procuramos melhorar essa legislação, propondo novas legislações para assegurar qualidade para todos.

E qual é o foco da Cátedra agora? O que está sendo desenvolvido lá por vocês?

Olha, nesse último ano de 2019, nós tivemos como foco liberdade de ensino. Isso porque alguns alunos me procuraram tendo em vista diversos acontecimentos no país, do ponto de vista de censura, censura de livros, censura dentro das universidades. Eu não sei se você se lembra, no último turno da eleição de 2018, houve uma determinação da justiça eleitoral para que nas universidades não fizessem nenhum tipo de reunião com finalidade política. E foi isso que desencadeou esse desejo dos alunos de entender melhor o que significa essa liberdade de ensino, pesquisa, manifestação dentro das universidades. E depois, ainda acentuando esse desejo de conhecer os limites jurídicos da liberdade, de expressão e liberdade acadêmica, o fato daquele projeto de lei que você deve ter ouvido falar da “Escola Sem Partido”, onde se estabelece um decálogo, uma série de regras que os professores devem seguir para não transmitir para os alunos nenhuma opinião que possa ser considerada digamos assim politicamente incorreta. E com isso, nós no ano passado nos dedicamos no primeiro semestre a estudar essa temática, e produzimos um livro que a Unesco publica até o final do ano que se chama “Liberdade de Ensino Em Perspectiva Comparada”. Então tem a pesquisa de diversos alunos, e além disso artigos de diversos colaboradores de outras Cátedras no exterior. Então a gente tem colaboração da Austrália, do Chile, dos Estados Unidos, de Portugal, pensando a liberdade de ensino. Qual é o objetivo prático? É fornecer, para quem vai aplicar o direito, um guia que deve ser entendido como liberdade de Cátedra. Até onde ela vai, o que pode ser feito. E depois no segundo semestre, nós partimos para um assunto inesperado, de uma certa forma, novo, que são as relações de gênero dentro da escola. Tanto no que diz respeito à educação básica, quanto no que diz respeito às universidades. Começamos e já temos material pronto em relação à USP, especificamente em relação à faculdade de Direito, pensando a trajetória das mulheres como alunas e como professoras. E o que nós sentimos, mas que ficou comprovado, é que continua sendo uma escola majoritariamente masculina e majoritariamente presa a padrões masculinos. E agora o nosso objetivo é entender bem essa questão e trabalhar para que ela seja superada. ONU News – Nações Unidas



França – Peça de teatro portuguesa na região parisiense



No próximo dia 8 de março, um domingo, às 15h45, o grupo de teatro “Os Teimosos” fará a sua estreia na região parisiense – mais precisamente em Nanterre, na Maison de la Musique (8 rue des Anciennes Mairies) – com a peça “Os vizinhos do rés-do-chão”, uma comédia escrita em 1947 por Fernando Santos e Almeida Amaral e logo nesse ano transformada em filme pelas mãos do realizador espanhol Alejandro Perla, uma película que teve a participação de Eunice Muñoz.

A primeira parte do espetáculo, que antecede a entrada em palco de “Os Teimosos”, está a cargo do humorista “frantuguês” José Cruz. Será, então, como está fácil de ver, uma tarde de muitas gargalhadas.

O grupo teatral “Os Teimosos”, fundado em 1989, pertence à Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense, da vila de Montelavar, no concelho de Sintra, e esta vinda a Nanterre serve também para comemorar os 130 anos da Sociedade.

A vinda de “Os Teimosos” a Nanterre é promovida pelas associações ARCOP (Association Récréative et Culturelle des Originaires du Portugal) e APAPF (Association pour la Promotion des Artistes Portugais en France).

Os vizinhos do rés-do-chão” que subirá ao palco no dia 8 é encenada por Gil Matias, ator com uma vasta experiência na área do teatro de revista e que apareceu em alguns formatos televisivos, embora a sua grande paixão sempre tenha sido o teatro e a revista portuguesa. Entretanto começou a encenar vários grupos de teatro do concelho de Sintra, nomeadamente os “Cintrões”, o grupo de teatro de Almoçageme e, claro, “Os Teimosos”.

Os vizinhos do rés-do-chão” é uma comédia típica dos anos 40 portugueses onde se retrata a vida num prédio onde vivem três famílias de classes sociais distintas: a aristocrata vive no primeiro andar, a de classe média no rés-do-chão e a proletária na cave. As três famílias vão vivendo juntas, apesar dos preconceitos e das óbvias diferenças na instrução, cultura e tendências, mas sempre no mútuo “respeitinho” e nos brandos costumes idealizados pela ditadura católica e conservadora de Salazar. Um mundo em que os mais pobres eram sufocados pela opressão do regime de extrema-direita e obrigados a aceitar o status quo, tal como se a impossibilidade de sair da pobreza fosse um fado, a ordem natural das coisas. Nesta peça, todavia, disfarçado de humor e de ligeireza, surge um elemento quase “subversivo” sob a forma de o amor entre jovens de diferentes origens sociais. É então que o “respeitinho” é mandado às urtigas e rompem as hostilidades em forma de “luta de classes”… Mas, como se trata de Portugal, país de “brandos costumes” – ou, dir-se-á hoje, país de “brancos costumes” – tudo é sanado graças a um cristianíssimo perdão recíproco, mantendo-se tudo igual, sem ondas, na paz dos anjos.

Será então sob a batuta de Gil Matias que entrarão em palco os onze atores e atrizes que darão corpo às personagens. Uma delas é Graziela, que ganhará vida graças à jornalista e atriz Joana Marques Alves.

Joana o que significa para “Os Teimosos” esta viagem até Nanterre?

Para nós é uma oportunidade única! É uma forma de levar o nosso grupo de teatro além-fronteiras e de poder pisar um palco internacional. Nem todos os grupos têm essa sorte e nós estamos muito entusiasmados e felizes com isso! Mas temos também a noção do peso da responsabilidade: além de estarmos a representar as nossas raízes – a Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense e a vila de Montelavar em si -, queremos também trazer um bocadinho de ‘casa’ à Comunidade portuguesa que reside em Nanterre e arredores. Queremos que recordem o que era Portugal nos anos 40 e 50 e que façam uma viagem no tempo connosco.

Esta peça foi escrita há quase 75 anos. Qual é a sua atualidade?

Apesar de ser uma peça com alguns aninhos, continua a ser atual. Se pensarmos bem, continua ou não a existir um fosso entre classes? Continua ou não a haver preconceito em relação a todas as classes? Mas as relações humanas conseguem ou não ultrapassar tudo e todos? Esta peça continua a fazer todo o sentido. Seja hoje, seja daqui a 100 anos.

Fale-nos um pouco de Graziela.

A Graziela é como todas as meninas de hoje em dia, quer crescer rápido, ter a sua independência e procurar a sua felicidade fora de portas. Mas as coisas nem sempre são fáceis e a relação entre pais e filhos pode por vezes ser um pouco conturbada. Como vê, poderia ser um retrato de uma jovem de hoje em dia. Nuno Garcia – França in “LusoJornal”

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Timor-Leste – Presidente pede ao Parlamento que aprove Lei Anti-Corrupçăo


DÍLI – O Presidente da República timorense, Francisco Guterres “Lú Olo”, pediu ao Parlamento Nacional (PN) que fosse aprovado o projeto da Lei Anti-Corrupção (LAC).

“Eu peço aos deputados que aprovem rapidamente o projeto da LAC, que se encontra em cima da mesa do Parlamento Nacional, desde o dia 09 de julho de 2018”, disse o Chefe de Estado, no seu discurso, no âmbito dos dez anos da existência da Comissão Anti-Corrupção (CAC).

Questionado sobre o assunto relacionado com o reforço do combate à corrupção, Lú Olo referiu ser necessário dar enfoque à agenda nacional, ao plano estratégico de desenvolvimento nacional bem como dar orientações a cada instituição do Estado no sentido de cooperar com a CAC.

Francisco Guterres reconheceu ainda dificuldades no que toca à luta contra a corrupção, pelo que, apelou, em nome do Estado de Timor Leste, a todas as instituições para se responsabilizarem pelos seus atos em prol do desenvolvimento com vista ao combate da corrupção.

Segundo Lú Olo, cabe ao CAC prestar apoio aos órgãos de soberania, nomeadamente ao PN que cumpre os seus deveres como fiscalizador e legislador.

O Chefe de Estado recomendou ainda a todas as entidades que dessem prioridade às instituições do Estado que têm sido alvo de críticas no que diz respeito à sua gestão. Deu como exemplo os serviços de alfândega, o trabalho de aprovisionamento, infraestruturas e investimento público, pelo que, como refere Lú Olo, a CAC necessita da participaçăo de todos os intervenientes, em particular da sociedade civil, média e setor privado. Cipriano Colo – Timor-Leste in “Tatoli”

Cabo Verde – Peça de teatro “Chiquinho” do grupo Fladu Fla estreia no dia 13 de Março em Portugal



Cidade da Praia – A companhia de teatro Fladu Fla vai estrear a peça adaptada da obra de Baltasar Lopes, “Chiquinho”, no próximo dia 13 de Março no Festival Periferias, em Sintra, Portugal.

A peça, cuja apresentação em Cabo Verde está agendada para 26 de Março, é uma co-produção com o grupo de teatro Chão de Oliva, de Sintra, estabelecida em 2017 no Festival do Atlântico realizado em Cabo Verde.

Em declarações à Inforpress, depois de mais um dia em ensaio no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na cidade da Praia, o presidente do grupo Sabino Baessa disse estão a “limar arestas” e que os actores já começaram a incorporar as personagens.

“O público que irá assistir essa peça em Portugal vai ficar satisfeito com esse trabalho porque trata-se de uma grande responsabilidade e desafio dos actores e dos produtores trabalhar a obra de Baltasar Lopes”, apontou.



Para Sabino Baessa, sendo um dos clássicos da literatura cabo-verdiana, tiveram que assumir o padrão da qualidade da obra Baltasar Lopes “que é um dos pioneiros da literatura cabo-verdiana”.

O responsável explicou que trabalhar um dos clássicos da literatura cabo-verdiana, insere-se dentro da dinâmica de sensibilizar a nova geração para a prática da leitura e promover a identidade cabo-verdiana.

A encenadora de Chão de Olíva, Suzana Gaspar informou que essa parceria tem incidido principalmente na troca de espectáculos e que a co-produção de Chiquinho pode ser o início de outros projectos.

Suzana Gaspar disse ainda que Portugal entra nessa parceria para homenagear esta obra literária que se identifica muito com o povo cabo-verdiano e também apresentar Baltasar Lopes com um autor que criou um novo registo na literatura cabo-verdiana.



“Chiquinho” é um romance de Baltasar Lopes da Silva, publicado em 1947 e está dividido em três partes: “Infância”, “São Vicente” e “As águas”.

O livro é dedicado à memória do filólogo Leite de Vasconcelos, professor do autor. In “Inforpress” – Cabo Verde