As
inscrições para o Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa 2023
começaram neste 6 de março, e segue até 9 de abril, nesta edição que
terá dois vencedores, um na categoria de poesia e outro para obras em prosa e
dramaturgia.
Num
comunicado, a Associação Oceanos e o Itaú Cultural, que administram o prêmio,
destacaram que poderão ser inscritos romances, livros de poesia, de conto, de
crônicas e obras de dramaturgia, editados em qualquer lugar do mundo desde que
escritos originalmente em língua portuguesa e publicados entre o 1.º de janeiro
e 31 de dezembro de 2022.
Pela
primeira vez, porém, o prêmio terá inscrições divididas em duas listas, uma de
poesia, outra de prosa (romance, conto, crônica) e dramaturgia, contando com
júris específicos para a avaliação das obras e, portanto, o prêmio passa a ter
dois vencedores, um para cada lista.
“O
prêmio Oceanos tem organicidade e deixa ainda mais translúcida a diversidade
dos povos e nações que conferem à nossa língua a sua força e beleza. Por isso o
Oceanos precisa e é vocacionado a se adequar e ampliar os horizontes de todos
as formas de escrever literatura em língua portuguesa”, disse Eduardo Saron,
presidente da Fundação Itaú no comunicado.
Manuel
da Costa Pinto, curador brasileiro do Oceanos, considerou que a decisão de
criar dois grandes campos também ocorreu naturalmente.
“Após
vários anos durante os quais livros de diferentes gêneros concorriam entre si,
esta decisão decorre de uma percepção, consensual na teoria literária, de que a
criação poética aponta para um trabalho formal diferente daquele que
encontramos nas demais linguagens”, disse.
“É
claro que isso não cancela a avaliação do uso de recursos poéticos na prosa, da
dramaturgia na poesia etc., mas contaremos com jurados plenamente capazes de
contemplar também esse aspeto, tão presente na produção contemporânea”,
acrescentou Costa Pinto.
Outra
novidade da edição 2023 diz respeito ao valor do prémio, que passa a ser de 300
mil reais (54 mil euros), divididos entre os vencedores de poesia e de
prosa/dramaturgia 150 mil reais (cerca de 27 mil euros), para cada um.
Todo
o processo será organizado pelos curadores Manuel da Costa Pinto, do Brasil,
Isabel Lucas, de Portugal, Nataniel Ngomane, de Moçambique, e Matilde Santos,
de Cabo Verde, com coordenação da gestora cultural luso-brasileira de Selma
Caetano.
Neste
ano, ainda, o anúncio dos vencedores, em dezembro, volta a ser feito a partir
do Brasil, onde não era realizado desde 2019. Em 2020, a transmissão foi ‘on-line’,
devido à pandemia de covid-19. Em 2021, a cerimônia aconteceu em Portugal,
seguido de Moçambique, no ano passado.
As
inscrições são gratuitas e o regulamento completo está disponível no sítio do Prêmio Oceanos na Internet.
A
edição 2022 do Oceanos teve 2452 livros inscritos publicados em sete países:
Angola, Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Moçambique e
Portugal.
O
anúncio dos três vencedores – a portuguesa Alexandra Lucas Coelho, o
moçambicano João Paulo Borges Coelho e a brasileira Micheliny Verunschk –
aconteceu em Maputo, capital de Moçambique.
O
Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura pelo Ministério da Cultura
do Brasil, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro,
dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa; com o apoio do Itaú
Cultural, do Ministério da Cultura e do Turismo de Moçambique, do Ministério da
Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e o apoio institucional da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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