Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Cabo Verde - “A Cor do Papel Verde” é título do quarto livro de Gualberto do Rosário


Cidade da Praia - “A Cor do Papel Verde” é o título do quarto livro de Gualberto do Rosário apresentado ao público na Praia pela editora e livraria Pedro Cardoso.

Segundo o autor, o livro insere no seu projecto literário, como homem dedicado às letras e literatura, que tem uma perspectiva de literatura cabo-verdiana inserida num contexto mundial, onde o arquipélago possa ser o ponto de partida e de chegada, mas onde o mundo está presente.

A obra narra a “incrível e surpreendente história do último tangomau”, aquele que jurou, com as mãos impostas a Gran Cruz de São Filipe, exposta no altar-mor, corrigir o crasso erro de Amílcar Cabral. Jurou e, milimetricamente, cumpriu”, aponta o autor, em comunicado.

Gualberto do Rosário considerou que a editora e livraria Pedro Cardoso tem estado a fazer um “trabalho notável”, com publicações fora de Cabo Verde, condição essencial para internacionalização da literatura cabo-verdiana conquistar espaços a nível mundial.

Gualberto de Rosário é natural da ilha de São Nicolau, membro da Academia Cabo-verdiana de Letras e ganhou o gosto pela literatura ainda na pré-adolescência, altura que começou a escrever poesia.

Publicou no jornal “Mar Alto”, da Figueira da Foz, Portugal, “Folhas Verdes”, criada nos finais dos anos 70 do século XX, na cidade da Praia e na revista “Artes &Letras”.

Em Dezembro de 2002, deu a estampa a primeira obra de ficção intitulada “Hora Minguada”, seguiu-se “Ilha Imaculada” em 2004 e “A Herança de Chaxiraxi” em 2012. In “Inforpress” – Cabo Verde


 

Estados Unidos da América - Bateria sólida de sódio supera 1000 ciclos pela primeira vez


Baterias sólidas

Especialistas afirmam que já não é mais uma questão de "se", mas de "quando" as baterias de sódio começarão a substituir as baterias de lítio.

Essa possibilidade ficou ainda mais próxima da realidade com o desenvolvimento de um novo condutor para baterias de sódio de estado sólido, uma das tecnologias mais promissoras nesse campo - existem ainda protótipos de baterias de íons de sódio, baterias sódio-ar e baterias de sódio-enxofre.

Erik Wu e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Diego criaram um eletrólito sólido de alta voltagem que melhorou dramaticamente as marcas registradas até agora por essa tecnologia.

Um protótipo de bateria construído com o novo material superou os 1000 ciclos de carga e descarga - o patamar considerado necessário para se chegar a um produto comercial - e ainda retendo 89,3% da sua capacidade, um desempenho não alcançado até agora por nenhuma outra bateria de estado sólido.

As baterias de estado sólido são mais seguras, mais baratas e mais duráveis. A química de íons de sódio é particularmente promissora porque o sódio é barato e abundante, ao contrário do lítio das baterias atuais, que é raro e tem ficado cada vez mais caro. O objetivo é construir baterias que possam ser usadas em aplicações de armazenamento de energia em rede em grande escala, especialmente para armazenar energia gerada por fontes intermitentes, como solar e eólica, para lidar com os picos de demanda.

Bateria de sódio

Para chegar ao novo material, Wu executou uma série de simulações computacionais usando um modelo de aprendizado de máquina para selecionar qual química teria a combinação certa de propriedades para uma bateria de estado sólido com um cátodo de óxido de sódio.

Depois que um material foi selecionado como um bom candidato, a equipe sintetizou-o, testou e caracterizou experimentalmente para determinar suas propriedades eletroquímicas.

Em idas e vindas entre os resultados experimentais e as simulações, a equipe selecionou uma classe de condutores de haleto de sódio composta de sódio (Na), ítrio (Y), zircônio (Zr) e cloro (Cl). O material, que agora responde pelas iniciais de seus componentes - NYZC - mostrou-se eletroquimicamente estável e quimicamente compatível com os catodos de óxido usados em baterias de íons de sódio de alta voltagem.

"A indústria quer que as baterias em nível de célula custem de US$ 30 a US$ 50 por kWh, cerca de um terço a um quinto do que custa hoje," disse a professora Shirley Meng, coordenadora da equipe. "Não vamos parar até chegarmos lá." In Inovação Tecnológica” – Brasil

Bibliografia:

Artigo: A stable cathode-solid electrolyte composite for high-voltage, long-cycle-life solid-state sodium-ion batteries

Autores: Erik A. Wu, Swastika Banerjee, Hanmei Tang, Peter M. Richardson, Jean-Marie Doux, Ji Qi, Zhuoying Zhu, Antonin Grenier, Yixuan Li, Enyue Zhao, Grayson Deysher, Elias Sebti, Han Nguyen, Ryan Stephens, Guy Verbist, Karena W. Chapman, Raphaële J. Clément, Abhik Banerjee, Ying Shirley Meng, Shyue Ping Ong

Revista: Nature Communications

Vol.: 12, Article number: 1256

DOI: 10.1038/s41467-021-21488-7


 

Portugal - Start-up cria uma solução para produção de bioetanol

A start-up portuguesa Stex criou uma solução inovadora que aproveita os resíduos florestais e agrícolas e os resíduos sólidos urbanos para produzir bioetanol. A empresa pretende construir em Portugal, nos próximos dois anos, a primeira biorrefinaria da Península Ibérica

A Stex criada em 2019 depois de quatro anos de investigação científica no Brasil, desenvolve tecnologias verdes para a produção de biocombustíveis líquidos, pré-bióticos e proteínas a partir de biomassas residuais ou resíduos em escala industrial.

A empresa desenvolveu uma solução inovadora que aproveita os resíduos florestais e agrícolas e os resíduos sólidos urbanos para produzir bioetanol, que tem de ser incorporado nos combustíveis do setor dos transportes para responder a diretiva europeia ‘Renewable Energy – Recast to 2030 (RED II)’.

A start-up foi distinguida com o prémio ‘Born from Knowledge (BfK) Awards’, atribuído pela Agência Nacional de Inovação, no âmbito da sétima Edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola.

O administrador, Lucas Coelho, destaca que a start-up opera uma planta piloto dentro das instalações da Unidade de Bioenergia e Biorrefinarias do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) coordenado por Francisco Gírio e pretende lançar no espaço de dois anos a primeira biorrefinaria da Península Ibérica.

A solução da Stex assenta numa unidade industrial, a biorrefinaria, para transformar resíduos florestais, agrícolas ou lixo urbano em bioetanol. “Trata-se de um biocombustível avançado, uma vez que é feito a partir de matéria celulósica residual e não compete com a produção de alimentos”, informa a empresa num comunicado enviado ao ‘Mundo Português’.

Bagaço de azeitona e podas de oliveiras

Após quatro anos a desenvolver a tecnologia no Brasil, os fundadores decidiram mudar-se para a Europa, onde existe legislação madura para a transição energética e para uma sociedade neutra em carbono até 2050.

Em 2019, abriram a Stex, uma empresa 100% portuguesa, e instalaram no campus do Lumiar do LNEG, em Lisboa, a unidade piloto que mantinham do outro lado do Atlântico. A unidade está em operação, sendo uma das maiores da União Europeia e a maior da Península Ibérica. A empresa já validou o processo para resíduos florestais de bagaço de azeitona e podas de oliveiras e resíduos sólidos urbanos através de uma parceria com o LNEG.

“Neste momento está em busca de parceiros para implementar as biorrefinarias em Portugal e na Europa”, informa ainda no comunicado. Nos próximos dois anos, o objetivo é construir em Portugal a primeira biorrefinaria da Península Ibérica, e, em 10 anos, 10 no território ibérico. O restante mercado europeu também está nos seus horizontes

Em 2018, a União Europeia aprovou a RED II, que obrigará o setor dos transportes a incorporar até 2030, um mínimo, de,5% de biocombustíveis que provenham de resíduos. A Stex partiu dessa norma da UE para desenvolver um processo que, ao contrário do que acontece nas soluções maioritariamente adotadas, não parte de açúcares (Brasil) ou hidratos de carbono (Europa e EUA). “Estas alternativas, além de não serem as mais sustentáveis, ainda competem com a produção de alimentos, o que aumenta os seus preços”, explica.

Com a procura por este tipo de biocombustível a aumentar nos próximos anos, a empresa prevê, na Europa, um potencial de mercado que pode chegar a 15 mil milhões de euros. Ana Pinto – Portugal in “Mundo Português”


Feminina









Vamos aprender português, cantando

 

Feminina

 

Não quero saber, não pedi conselho a ninguém

só quem quero ser e quem eu sou

às vezes não convém

 

Chamar a atenção

mostrar o que é meu, o corpo são

lutar quando sofro e vou ao chão

por ser mulher a mais

 

De cabelo curvo sou rapaz, e posso corar

tenho muitos medos para contar

sou igual a ti

 

Quero ser

o que quiser

ser feminina

ser forte e ser jasmim

 

Quero ser

o que quiser

ser feminina

ser forte e ser jasmim

 

Roupa, purpurina, aconchegam o que posso ser

na vida tento usar o pormenor

para ser o meu melhor

 

Chora quando sentes, que chorar é desabafar

continuas forte e a tentar

ser homem só para nós

 

Quero ser

o que quiser

ser feminina

ser forte e ser jasmim

 

Quero ser

o que quiser

ser feminina

ser forte e ser jasmim

 

Quero ser

o que quiser

ser feminina

ser forte e ser jasmim

 

Beatriz Pessoa - Portugal 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Itália - Arqueólogos descobrem carro de cerimónia romano em Pompeia

O parque arqueológico de Pompeia anunciou este sábado a descoberta de um grande carro para cerimónias, encontrado em excelente estado, poucas centenas de metros ao norte do famoso sítio cultural italiano


"Um grande carro de cerimónias de quatro rodas, com os seus elementos de ferro, bonitas decorações de bronze e estanho, restos de madeira mineralizada, digitais de elementos orgânicos (até mesmo cordas e restos de decorações de plantas), foi encontrado quase intacto", afirma um comunicado divulgado pela direção do parque arqueológico.

O carro foi descoberto diante de um estábulo onde, em 2018, foram encontrados os restos de três equídeos, lembra o comunicado.

A descoberta aconteceu na Civita Giuliana, um bairro a a centenas de metros ao norte do parque arqueológico de Pompeia. A localização ocorreu em meio à luta contra ladrões de tumbas, especialmente concentrados nesta região da Itália, repleta de tesouros arqueológicos que ainda não foram descobertos.

"Pompeia continua a surpreender-nos com as suas descobertas e assim será durante muitos anos, com outros 20 hectares que estão por serem escavados", disse o ministro da Cultura, Dario Franceschini, citado em comunicado.

"Trata-se de uma descoberta extraordinária para o conhecimento do mundo antigo. No passado encontramos em Pompeia veículos de transporte (...), dois carros (...) mas nada parecido com o carro de Civita Giuliana", celebrou o diretor do parque arqueológico, Massimo Osanna.

"É um carro de cerimónia (...) não se utilizava para a vida quotidiana nem para o transporte agrícola, e sim para acompanhar os momentos festivos da comunidade, dos desfiles e das procissões", garantiu o especialista.

Assim como a maioria dos sítios culturais italianos, Pompeia, sepultada por uma erupção do Vesúvio no ano 79 D.C., permaneceu fechada nos últimos meses por causa da pandemia de COVID-19 e só abriu portas no passado dia 18 de janeiro.

Em 2019, o lugar recebeu mais de 3,9 milhões de visitantes, o que o torna o terceiro local mais visitado da Itália, depois do Coliseu de Roma e do museu dos Uffizi em Florença. In “Viagens Sapo” - Portugal


Guiné-Bissau - Instituto Politécnico Nova Esperança e Associação Bissau Arte assinam acordo no domínio de formação em Artes Plásticas

Bissau – O Instituto Politécnico Nova Esperança (IPNOVE) e Associação Bissau Arte assinaram na quinta-feira um acordo de parceria no domínio de formação em artes plásticas, que começa a vigorar no ano lectivo 2021/2022.

Segundo a Rádio Sol Mansi, no acto de assinatura do referido acordo, o Presidente do IPNOVE Malam Sissé manifestou a sua satisfação com a conclusão do acto e disse que será uma mais-valia para o país.

“Com a assinatura deste acordo, os artistas plásticos terão a oportunidade de ter os certificados de modo a poderem ser reconhecidos em outras partes do mundo como conhecedores da matéria”, disse aquele responsável.

Malam Sissé sublinhou que o custo de formação será acessível para facilitar a adesão dos artistas plásticos na formação.

Por sua vez, o Presidente de Associação Bissau Arte, Roberto Mendes defendeu que é da responsabilidade do governo a criação de uma Escola de formação para artistas plásticos.

“Sabemos que artistas plásticos têm sempre um conhecimento natural, mas também não devemos ignorar o mundo científico. Porque, a associação do dom divina e da ciência é que torna o saber mais profundo, por isso, este acordo é de louvar tendo em conta a sua importância para o nosso trabalho”, disse Roberto Mendes. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

 

Portugal - Jovens entregam cabazes para ajudar alunos cabo-verdianos da Universidade de Évora

Évora – Cerca de 60 cabazes com bens alimentares de primeira necessidade e material escolar e roupa de inverno foram reunidos por um grupo de jovens e entregues a estudantes cabo-verdianos carenciados da Universidade de Évora.

A entrega dos cabazes realizou-se na quinta-feira, numa iniciativa promovida por um grupo informal de jovens, denominado “Perceptions”, sediado em Évora e inscrito no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ).

“Estamos sempre muito atentos ao que se passa em Évora, apercebemo-nos de que existiam jovens que precisavam de ajuda e começámos a fazer a recolha”, disse à agência Lusa o porta-voz do grupo de jovens, Rafael Matos.

Este elemento dos “Perceptions” indicou ter começado a seguir com mais atenção a situação de um grupo de cerca de 60 estudantes cabo-verdianos da Universidade de Évora depois de ter visto nas redes sociais o apoio dado pela Câmara de Évora, também com a entrega de cabazes.

“É uma situação complicada. Quando às pessoas lhe falta comida ou precisam de ajuda convém ser o mais urgente possível”, sublinhou, notando que em pouco mais de um mês o grupo de jovens conseguiu juntar alimentos, material escolar e roupa de inverno.

Rafael Matos, aluno da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus da Universidade de Évora, contou que os “Perceptions” começaram por juntar “aquilo que cada um podia dar” para constituir os cabazes.

“Um quilo de arroz aqui, um quilo de massa ali e todos conseguimos dar um bocadinho”, explicou, acrescentando que, depois, também recorreram “às redes sociais” para pedir donativos e “a pessoas e instituições” que “gostam de ajudar”.

O porta-voz do grupo de jovens referiu que para que seja dada “uma ajuda mais regular” aos estudantes cabo-verdianos, o grupo já os sinalizou junto de instituições, como Caritas, Banco Alimentar Contra a Fome e Misericórdia.

“São jovens que vem estudar para Portugal e, mesmo que tenham bolsa, [o valor que recebem] não cobre metade das despesas que têm e isso leva ao ‘stress’ financeiro”, notou o também estudante de enfermagem.

Rafael Matos salientou que os estudantes internacionais têm “muitas despesas”, alegando que o valor da propina “é mais alto” e que os quartos em Évora “são caros”, havendo rendas de “300 euros e 400 euros, muitas vezes, sem condições”.

A Câmara de Évora entregou, no início de Janeiro deste ano, 50 cabazes com bens essenciais a alunos cabo-verdianos que frequentam a universidade local.

Na altura, o município explicou que a entrega dos cabazes inseriu-se no projecto “Cabo Verde na UÉ”, criado há três anos por um estudante de doutoramento em Bioquímica para apoiar os alunos deste país que frequentam o ensino superior na cidade alentejana. In “Inforpress” – Cabo Verde com “Lusa”

 

Macau - Aeroporto Internacional de Macau aposta em afirmar-se como uma “porta internacional” para a Grande Baía


Em mais um ano que se antevê marcado pelos efeitos da pandemia, o Aeroporto Internacional de Macau aposta em afirmar-se como uma “porta internacional” para a Grande Baía. O objectivo, que passa pela abertura do Segundo Terminal, foi reafirmado ontem pelo presidente do Conselho de Administração da direcção da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, Mao Iao Hang, durante um almoço de celebrado do Ano Novo Lunar.

“O projecto da infra-estrutura do Segundo Terminal foi desenhada e construída para melhorar o espaço e serviços do Aeroporto Internacional de Macau. Também o terminal do Pac On vai ser construído como centro de integração de transportes terrestres, marítimos e aéreos para prestar melhores serviços aos residentes de Macau e da Grande Baía”, afirmou Ma Iao Hang. “Vamos cooperar com o plano nacional do desenvolvimento de Macau e para consolidar a posição de Macau como uma porta internacional”, acrescentou.

Apesar do contexto difícil, até ao final do corrente ano o aeroporto vai ter capacidade para receber cerca de 10 milhões de passageiros por ano, o que se deve à expansão da Zona Sul do Aeroporto. Só em 2019, ainda sem as infra-estruturas mais recentes, houve um total de 9,6 milhões de passageiros a utilizar o aeroporto de Macau. “A construção da estrutura principal da expansão Sul do aeroporto já chegou ao topo e prevemos que esteja completa no final do ano. Vai permitir receber 10 milhões de passageiros por ano”, indicou o presidente do Conselho de Administração.

Impacto “enorme”

Em 2020, o número de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau sofreu uma quebra de 88 por cento de 9,1 milhões para 1,2 milhões. Já o número de partidas e chegadas foi de 16.962, o que é uma quebra de 78 por cento. Por isso, a companhia reconheceu ontem que o caminho no futuro vai continuar a ser difícil.

“A pandemia da Covid-19 atingiu enormemente e de uma forma global a indústria da aviação. Ao olhar para este último ano, o Aeroporto Internacional de Macau implementou as medidas de prevenção da pandemia […] e enfrenta uma nova dinâmica […] e todos os tipos de dificuldades e desafios”, foi reconhecido.

Apesar disso, a empresa gestora do aeroporto diz que está preparada. “O Aeroporto Internacional de Macau sofreu meses consecutivos com perdas de receitas […] Porém, os princípios de gestão da tesouraria fazem com que haja fundos para responder às necessidades das operações”, foi vincado.

Na mensagem de Ma Iao Hang foi ainda sublinhado que entre 2015 e 2020 a empresa pagou aos accionistas, entre empréstimos e distribuição de dividendos, cerca de 1,3 mil milhões de patacas.

A CAM é detida em 55,2 por cento pelo Governo da RAEM e 34,5 por cento pela Sociedade de Turismo e Diversões da Macau. O restante capital e detido por outras empresas e investidores individuais, como os herdeiros de Winnie Ho, irmã falecida de Stanley Ho. João Filipe – Macau in “Hoje Macau”


 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

França – Therouanne, descobertas placas com fotografias de soldados portugueses da I guerra mundial


Na sequência da compra de uma casa, há cerca de 3 anos, na localidade de Thérouanne, o comprador encontrou cerca de 300 placas num cesto. O novo proprietário nem tentou vender o achado e depositou as placas na Mairie de Thérouanne, solicitando que o donativo ficasse registado como tendo sido feito por uma pessoa anónima.

O Maire Alain Chevalier sabe de que casa vem o espólio e descobriu através de algumas placas onde eram feitas a maior parte das fotos.

Três anos volvidos, as placas, em parte, foram limpas, digitalizar e algumas fotos foram editadas em papel. Fotos que servem para a realização da exposição atualmente patente na Mairie de Thérouanne e que integra numerosas fotos de soldados portugueses, aliás a exposição é consagrada aos soldados do CEP.

Para assinalar a descoberta, o tratamento das placas e mostrar a exposição, o LusoJornal fez uma reportagem a partir de Thérouanne e falou com o historiador Hugues Chevalier, filho do Maire Alain Chevalier, que também foi entrevistado e Alban Simon, o profissional que está a recuperar as placas fotográficas.

De realçar que Hugues Chevalier deslocou-se a Portugal para apresentar a descoberta. “Uma instituição portuguesa mostrou-se interessada em adquirir o espólio, contudo a transação acabou por não se realizar, o Maire e os seus Adjuntos considerando a descoberta demasiado importante para a história” da pequena aldeia de Thérouanne.

O trabalho continua. Limpar, preservar, digitalizar, são etapas minuciosas e cuidadosas, sobretudo se quisermos tirar proveito da magistral descoberta. Este trabalho foi confiado a Alban Simon e à sua empresa Pro$Cie situada a Blendecques. Segundo Alban Simon, dado na época poucas pessoas serem possuidoras de aparelhagem fotográfica, as fotos devem ter sido executadas, provavelmente, por um fotógrafo profissional.

O Cônsul honorário de Portugal em Lille, Bruno Cavaco, honrou pela sua presença a exposição na manhã de quarta-feira, 17 de fevereiro.

As fotografias já recuperadas e aquelas que poderão ainda sê-lo, “a curto prazo estarão acessíveis pela internet”, porque esta é a vontade do Maire de Thérouanne, Alain Chevalier, “para que familiares de soldados portugueses possam, através das fotos colocadas à disposição, encontrar familiares dos soldados do CEP e que estes possam manifestar-se junto da Mairie”.

Alain Chevalier mostrou-se contente com a descoberta das placas de fotografias e realçou a importância das trocas entre os diversos países, entre a França e Portugal, “países que contribuíram para a paz”. Mostrou-se igualmente interessado em manter e desenvolver intercâmbios com Portugal.

Therouanne estava situada nas traseiras das trincheiras. Ali se treinavam os soldados, ali vinham-se repousar, ali perto estava, em Blessy, no lugar chamado Les Tourbières, as oficinas mecânicas do CEP. Podemos ler em «Memórias dum expedicionário a França – com a 2da Brigada d’Infantaria 1917-1918» de Humberto d’Almeida, editado pela Tipografia Sequeira em 1919: «A malta das trincheiras, a grande sacrificada desta guerra única, tinha levado a efeito uma árdua e cruenta tarefa. Havia oito meses que sofria com valor a horrível vida das trincheiras!… Tinha sido muito pesada a tarefa, por isso já devia estar fatigada e necessitava de repouso. Assim, pelos meados do mês de novembro começou a rendição da minha Brigada. Íamos para Les Tourbières, na proximidade do Aire sur La Lys». António Marrucho – França in “LusoJornal”

A Mairie de Thérouanne decidiu prolongar a exposição até dia 4 de março.

A exposição está patente ao público na Mairie de Thérouanne

1 place de la Mairie

62129 Thérouanne

Infos: 03.21.95.51.87

therouanne.mairie@wanadoo.fr

www.communedetherouanne.fr

Veja a reportagem do LusoJornal em Thérouanne aqui.


 

Timor Leste – Distribuídas ambulâncias a municípios


Díli – O Ministério da Saúde (MS) procedeu à distribuição de 11 ambulâncias destinadas aos municípios de Timor-Leste, um apoio concedido pelo Banco Mundial (WB). A entrega das viaturas destina-se aos municípios de Aileu, Baucau, Bobonaro, Covalima, Díli, Lautém, Manufahi, Manatuto, Liquiçá e Viqueque.

A Ministra da Saúde, Odete Belo, afirmou que os respetivos veículos irão ser geridos pelo Serviço Nacional de Ambulâncias.

Já o Diretor-Geral do Serviço Cooperativo do MS, Marcelo Amaral, disse, no âmbito da pandemia provocada pelo novo coronavírus, que o BM prestou apoio, disponibilizando 11 ambulâncias e oito viaturas operacionais no montante de 942857 dólares americanos.

Marcelo Amaral afirmou ainda que dos oito veículos em causa, dois se destinam ao Ministério das Finanças e os restantes ao MS.

Recorde-se também que o MS já efetuou, em agosto de 2020, a distribuição de 16 ambulâncias para reforçar os serviços de saúde nos 12 municípios e na Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno (RAEOA).

O ministério adquiriu as 16 ambulâncias, cujo orçamento rondou os 800 mil dólares americanos provenientes do Fundo Covid-19. Maria Auxiliadora – Timor-Leste in “Tatoli”


 

São Tomé e Príncipe - Instituto Marquês de Valle Flôr e Governo renovam acordo de assistência médica


São Tomé – As autoridades são-tomenses acordaram na passada segunda-feira, na cidade de São Tomé, com a ONG portuguesa, Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), a assistência sanitária ao país por mais 12 meses.

Segundo Ahmed Zaky, Director de Projectos do IMVF, após um encontro na cidade de São Tomé, capital do arquipélago, com o ministro da Saúde, Edgar Neves, o acordo por mais 12 meses vai compreender o “reforço de assistência médica tendo em conta a conjuntura mundial da pandemia do Covid-19”.

Neste âmbito, Zaky, afirmou que a sua organização agendou para breve a oferta de mais um auxílio sanitário para o reforço do combate à pandemia do Covid-19 em São Tomé e Príncipe.

Disse que além de assistência global, as partes discutiram nomeadamente a assistência na especialidade no hospital central e principal unidade sanitária do país, “Hospital Central Dr. Ayres de Menezes”, mormente a formação de quadros, telemedicina, imagiologia e outros serviços afins.

Criada em 1951 como instituição privada lusa de utilidade pública, o IMVF é uma fundação para o desenvolvimento e a cooperação internacionais em múltiplas dimensões e iniciou a sua actividade como ONGD em 1988 em São Tomé e Príncipe.

E destas intervenções no arquipélago são-tomense, destaque para o conhecido projecto de cariz nacional, o “Projecto Saúde Para Todos”. Manuel Dênde – São Tomé e Príncipe in “STP-Press”  


 

Macau - Conferência sobre as oportunidades de cooperação académica entre a China e os países de Língua Portuguesa no âmbito da Grande Baía

O coordenador do Centro Internacional Português de Formação do IPM destacou ontem as vastas oportunidades que as instituições académicas dos países lusófonos vão encontrar no âmbito da Grande Baía, sobretudo em termos de inovação em áreas como serviços financeiros “verdes”, economia marítima, saúde e turismo. Joaquim Ramos de Carvalho descreveu a inclusão da Grande Baía no programa de circulação dos estudantes dos países lusófonos e o reconhecimento de qualificações como “mecanismos úteis” para ultrapassar os entraves no grande processo da integração


O Instituto Politécnico de Macau (IPM) acolheu uma conferência sobre as oportunidades de cooperação académica entre a China e os países de Língua Portuguesa (PLP) no âmbito da Grande Baía, com Joaquim Ramos de Carvalho, coordenador do Centro Internacional Português de Formação do IPM, como orador.

Antes da conferência, Joaquim Ramos de Carvalho lembrou aos jornalistas que as Linhas Gerais para o Planeamento e Desenvolvimento da Grande Baía publicadas em 2018 incluem muitas referências específicas aos PLP – não apenas sobre o comércio e investimento, mas também inovação, aplicação de ideias científicas na indústria e atracção de jovens talentos. Na sua visão, tal significa uma oportunidade para as instituições académicas dos PLP, que podem, através da RAEM, participar no desenvolvimento desta região que será uma das “mais dinâmicas” do mundo.

Para o coordenador do Centro Internacional Português de Formação, os talentos, incluindo os lusófonos, serão muito procurados no futuro com esta estratégia nacional da China. “O plano da Grande Baía tem uma série de plataformas previstas e instrumentos que visam facilitar isso especificamente para os PLP através de Macau, de modo que eu acho que vai haver muito interesse dos jovens e das instituições académicas dentro das instituições daquelas entidades que procuram promover o empreendedorismo, a inovação, a internacionalização dos graduados. Acho que vai haver um potencial enorme”, previu.

Com o desenvolvimento da Grande Baía, o antigo vice-reitor da Universidade de Coimbra acredita que a formação de quadros bilingues vai continuar a expandir-se em Macau, pelo que haverá cada vez mais procura e oportunidades para os que dominam Chinês e Português.

Na sua perspectiva, as áreas com mais potencial de desenvolvimento na Grande Baía serão os serviços de apoio ao comércio e investimento, financeiros, sobretudo economia verde, economia marítima, saúde, turismo e lazer. “Há muitas potencialidades que também vejo na área da saúde, por exemplo, na medicina tradicional chinesa e na sua cooperação com a medicina ocidental”, detalhou.

“Há muitas áreas em que Macau está muito bem posicionado dentro da Grande Baía. E seguramente que do lado dos PLP, vai haver muito interesse nessas áreas”, defendeu.

“Mecanismos úteis” para quebrar entraves

Por outro lado, o orador da conferência recordou que as instituições académicas estão a enfrentar desafios como “superar a situação da pandemia e meter as pessoas com contextos em que podem comunicar e fazer circular a informação”. “Prevejo que vai haver muita apetência de informação sobre a Grande Baía no mundo académico dos PLP”, afirmou.

Mas, neste aspecto, Joaquim Ramos de Carvalho disse ser preciso encontrar os canais para as informações chegarem às “pessoas certas” nas instituições que têm vontade de procurar novas oportunidades para cooperar com esta região.

O académico também antevê dificuldades no processo de integração regional “como aconteceu na Europa ou na América do Sul”, em relação a “colocar as instituições académicas e as pessoas a comunicar”.

“Mas, por isso sabemos também quais são os mecanismos que são úteis, como mobilidade curta, mobilidade de estudantes e professores, mas também funcionários, reconhecimento de formação que os estudantes possam fazer parte do curso ou parte dos seus créditos do curso noutra instituição”, sustentou, apontando estas medidas como mecanismos para superar as dificuldades.

Quanto ao reconhecimento de qualificações, o responsável do IPM encarou como “um passo em frente” o facto da Associação das Universidades de Língua Portuguesa ter criado um programa de mobilidade dos estudantes dentro dos PLP. Mesmo assim, alertou para a importância de “ver detalhes”, em particular, a hipótese de incluir a área da Grande Baía no programa de circulação dos estudantes dos países lusófonos. “Porque os problemas nessa área são sempre de detalhe, a vontade de fazer é muito forte”, ressalvou.

Nesta vertente, apelou a que “as pessoas sejam responsáveis pelos programas académicos, pelos reconhecimentos das qualificações, pela conversão das notas” e que, “essas pessoas juntas acordem métodos para que sejam atraentes para os estudantes”. Rima Cui – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

FESTin, 12º Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa


Cidade da Praia – A organização do Festival de Cinema Itinerante de Língua Portuguesa (FESTin) informa que estão abertas até 31 de Março as inscrições para a 12ª edição do festival do cinema da lusofonia, realizado anualmente em Lisboa, no Cinema São Jorge.

Em comunicado, a comissão organizadora do FESTin avança que desde o ano passado, o evento passou a ser realizado no formato online, através da plataforma de streaming FESTin ON (https://festinon.com) e que o referido festival tem se constituído como referência no sector, por ser o único evento permanente em Portugal dedicado exclusivamente à cultura cinematográfica dos países de língua portuguesa.

De acordo com a nota, a programação é composta por produções oriundas dos nove países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Nesta edição, o festival tem quatro mostras competitivas e uma programação diversificada de mostras paralelas, como a tradicional Mostra Cinema Brasileiro, Mostra Festinha (dedicada à infância), Mostra FESTin+, entre outras.

O regulamento para candidaturas de produções cinematográficas nos formatos longas-metragens de ficção/animação, longas documentário, curtas-metragens e filmes infantis pode ser conferido aqui.

A mesma fonte informa ainda que, para candidatarem-se, os filmes precisam ser falados em língua portuguesa (predominantemente), terem sido finalizados de Agosto 2019 a Março 2021, e serem inéditos na cidade de Lisboa.

O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa é um evento internacional que busca fomentar a difusão, a interculturalidade, a inclusão social e o intercâmbio cultural, através da realização de um evento comprometido com a divulgação de diferentes culturas e práticas de respeito à diversidade presente na matriz da língua portuguesa.

Ao longo de sua história o FESTin já exibiu quase 900 filmes, trouxe a Lisboa mais de 240 realizadores, actores e produtores, e fez 22 itinerâncias por diversas cidades de Portugal e no exterior. Sua programação é constituída também por actividades paralelas voltadas ao diálogo, a difusão e a formação no âmbito do audiovisual, como o Conexões FESTin, com painéis, workshops e sessões de pitching.

Em 2020, o FESTin lançou sua plataforma streaming com o objectivo de ampliar a difusão e promoção do conteúdo audiovisual de todos os países falantes de língua portuguesa, para além dos ecrãs dos cinemas. O festival passa, desde então, a decorrer em formato presencial e online. In “Inforpress” – Cabo Verde


 

Moçambique - Organização Médicos Sem Fronteiras alerta para milhares de deslocados em Cabo Delgado

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou para a situação de milhares de deslocados de guerra dispersos em áreas de “acesso impossível”, devido à insegurança, na província moçambicana de Cabo Delgado, defendendo uma abordagem inclusiva na assistência humanitária


“Temos quatro distritos de acesso impossível para a assistência humanitária a milhares de deslocados em Cabo Delgado”, afirmou Alain Kassa, representante da MSF em Moçambique.

Alain Kassa falava num seminário sobre a situação humanitária em Cabo Delgado, organizado pelo Instituto de Estudos Económicos e Sociais (IESE), uma entidade moçambicana de pesquisa independente.

Os distritos de Mocímboa da Praia, Muidumbe, Macomia e Quissanga, na província de Cabo Delgado, região norte, são os que acolhem refugiados sem acesso a nenhum tipo de assistência humanitária, porque são os mais duramente atingidos pela ação de grupos armados, afirmou.

Citando dados das Nações Unidas e do Governo moçambicano, o representante da MSF apontou que mais de 600 mil pessoas fugiram dos distritos afetados pelo conflito armado para distritos seguros na província de Cabo Delgado e nas províncias vizinhas de Nampula e Niassa, norte, e Sofala e Zambézia, centro.

“A assistência humanitária que tem sido prestada aos deslocados em centros de reassentamento é insuficiente, porque não têm sido canalizados apoios à altura das necessidades”, destacou.

A alimentação, água, cuidados de saúde, higiene, atividades de geração de renda e abrigo constituem os bens necessários com maior urgência para os deslocados da violência armada em Cabo Delgado, apontou Alain Kassa.

Kassa referiu igualmente a necessidade de vacinação dos deslocados de guerra, contra várias doenças, como outras das carências com que as vítimas da guerra naquela região se debatem.

Sobre as necessidades financeiras para a assistência humanitária às vítimas do conflito armado, o representante da MSF apontou dados das Nações Unidas, cuja última atualização fixou em 35,5 milhões de dólares (29 milhões de euros) o montante necessário para uma resposta humanitária rápida.

Por seu turno, Fonseca Mateus, padre e antropólogo residente na cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado, defendeu a necessidade de criação de condições de ocupação para adolescentes e jovens, visando impedir o seu recrutamento por grupos armados na região.

“Se se diz que o desemprego e falta de ocupação foram favoráveis ao recrutamento de jovens para os terroristas, então tem de se proporcionar ocupação aos jovens e adolescentes obrigados a fugir dos distritos afetados pela violência”, declarou Fonseca Mateus.

A situação, prosseguiu, vai encorajar os jovens e adolescentes deslocados a abandonarem os locais de acolhimento e a entregar-se a atividades nocivas.

O número de deslocados devido ao conflito armado em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, subiu em dezembro para 670 mil pessoas, anunciaram as Nações Unidas na mais recente atualização de dados compilados pelas agências humanitárias.

Além das pessoas que fugiram das suas casas, na maioria crianças e jovens, muitas comunidades que os recebem estão sob pressão e estima-se que haja 950 mil pessoas “a enfrentar fome severa” nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula – sendo 242 mil crianças com desnutrição grave.

Os ataques armados crescem desde 2017, alguns foram reivindicados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico desde há ano e meio, mas não há certezas sobre quem está por detrás da violência organizada que tem sido combatida pelas Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM).

Cabo Delgado é uma região rica em pedras preciosas, madeiras e local onde avança o maior investimento privado de África, para extração de gás natural a partir de 2024.

Diversos relatórios internacionais indicam que a costa da província também faz parte de uma das rotas de tráfico de droga, sobretudo heroína. In “África 21 Digital” – Brasil com “Lusa”


Timor-Leste – Escola reabilitada e uma nova construção escolar no Município de Manatuto com o apoio do Japão

Díli – O Governo japonês disponibilizou, no âmbito do Programa de Assistência da Segurança para a Comunidade (GGP, em inglês), cerca de 182 mil dólares americanos para a reabilitação da Escola Técnico-Vocacional (ETV) de Dom Bosco de Fatumaca e do Ensino Básico Filial (EBF) de Fatulaun.

O Embaixador de Japão em Timor-Leste, Kinefuchi Masami, deu, no seu discurso, detalhes sobre as verbas alocadas para cada estabelecimento de ensino.

 “Alocámos 90909 dólares para [a ETV de] Dom Bosco de Fatumaca para a reabilitação do telhado, que será implementada pela própria escola durante um ano. Já 90781 dólares são destinados à construção de um novo edifício do EBF Fatulaun, em Laclubar, no Município de Manatuto. Este projeto estará a cargo da Fundação Leobatu, cuja duração prevista é de oito meses”, disse o Embaixador, esta terça-feira (23/02) no seu discurso, no âmbito da cerimónia de assinatura do contrato de subvenção, no edifício da Embaixada do Japão.

O diplomata pediu ainda aos dirigentes das escolas que prestassem maior atenção aos projetos de manutenção e construção destes estabelecimentos escolares de modo a beneficiar os estudantes e toda a comunidade escolar.

Já o Ministro da Educação, Juventude e Desporto (MEJD), Armindo Maia, agradeceu ao Governo nipónico o apoio incondicional a Timor-Leste desde a restauração da sua independência, principalmente no setor da educação.

O governante espera ainda que este apoio possa beneficiar as duas escolas, essencialmente a aprendizagem dos estudantes.

“O MEJD é um dos beneficiários destes projetos. Agradecemos o apoio do Governo do Japão. Cabe-nos a nós, agora, assegurar a manutenção das obras”, concluiu. In “Timor Post” – Timor-Leste

 

Vietname – Maior caverna do mundo está ameaçada

Son Doong, a maior caverna do mundo, é um modelo de ecoturismo aberto a visitas há oito anos no coração da selva vietnamita, mas está ameaçada por projectos turísticos


Escavado e erodido ao longo de milhões de anos, o labirinto subterrâneo de Son Doong chega a atingir 200 metros de altura nalgumas áreas, o suficiente para conter um bloco de arranha-céus de 40 andares. O interior abriga um túnel de mais de cinco quilómetros, uma barreira de calcita com 90 metros de altura – conhecida como a “Grande Muralha do Vietname” – e estalagmites e estalactites gigantescas.

Em 1991, Ho Khanh, morador da zona, descobriu a caverna por acaso, quando encontrou a entrada e ouviu o som de um rio no interior. Estava escondida no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang, Património da UNESCO. Quando tentou voltar à caverna, não conseguiu encontrar a abertura, escondida no meio da exuberante selva, e o lugar caiu no esquecimento durante quase 20 anos.

Em 2009, Khanh e uma equipa de investigadores britânicos localizaram a entrada e, quatro anos depois, uma parte foi aberta para turistas. Desde então, apenas uma agência de viagens, “Oxalis”, foi autorizada a explorar o local, para limitar o número de visitantes e, assim, evitar erros cometidos em locais emblemáticos do país, como a Baía de Ha Long ou as praias de Nha Trang, ameaçadas pelo turismo de massa.

Anualmente, apenas algumas centenas de visitantes entram em Son Doong, tendo de pagar cerca de 60 dólares por visita e 3.000 por quatro dias de exploração.

Ho Khanh, actualmente com 52 anos, diz aos jovens da região que o “seu principal dever é proteger o meio ambiente para que a exploração (do lugar) beneficie também os nossos filhos”.

O dinheiro arrecadado é uma bênção para a população desta região pobre do centro do país. Antes, os jovens iam ao parque nacional para cortar ilegalmente a madeira de agar, usada para fazer incenso. Outros caçavam civetas e porcos-espinhos, espécies ameaçadas de extinção. “Estávamos sempre sob a ameaça dos guardas florestais (e) não fazíamos nada de bom para a natureza”, admitiu à AFP Ho Minh Phuc, antigo lenhador que se tornou carregador de grupos autorizados a explorar a caverna.

Entre guias, carregadores e proprietários de pequenos alojamentos turísticos, cerca de 500 locais vivem graças a Son Doong e a outras cavernas gigantescas do parque nacional.

Contudo, a caverna enfrenta muitas ameaças, conforme alertou a UNESCO em 2019. Um projecto de teleférico para Son Doong foi abandonado, mas outro para chegar a uma caverna localizada a 3,5 km de distância ainda está em estudo. Isso provocará “uma mudança radical na natureza das ofertas turísticas propostas” e, “sem dúvida, haverá um impacto irreversível no meio ambiente, em grande parte preservado”, advertiu a UNESCO.

A pandemia atingiu severamente o turismo no Vietname, que, uma vez superada a crise sanitária, poderá ceder aos investidores e desenvolver infra-estruturas em torno das cavernas do parque, alertam os especialistas. As autoridades implementaram “políticas de protecção muito boas, mas muitas vezes ignoram-nas”, lamentou Peter Burns, consultor que trabalhou num projecto de turismo sustentável no Vietname.

Para o carregador Phuc, após a pandemia, é essencial não sucumbir ao turismo de massas em Son Doong. “Isso seria terrível. Esta maravilha natural seria reduzida no espaço de anos e o nosso sustento desapareceria”, frisou. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Agências Internacionais”


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Cabo Verde - OMS doa equipamentos hospitalares e informáticos para reforçar a luta contra a pandemia


Cidade da Praia – A Organização Mundial da Saúde (OMS) entregou hoje ao Ministério da Saúde e Segurança Social equipamentos hospitalares e informáticos para reforçar a luta de Cabo Verde contra a pandemia da covid-19 e apoiar no tratamento.

Durante a cerimónia de entrega, que decorreu esta tarde, na Cidade da Praia, o representante da OMS em Cabo Verde, Hernando Agudelo, afirmou que a doação insere-se no âmbito da capacidade de resposta ao novo coronavírus e esta avaliada em mais de 300 mil dólares (cerca de 24 mil contos).

Segundo explicou, trata-se de donativos que incluem aparelhos de oxigénio terapia, monitores, reagentes para laboratórios de virologia, computadores portáteis e acessórios que serão distribuídos aos hospitais e estruturas de saúde do país.

 Hernando Agudelo aproveitou a oportunidade para avançar que a OMS está a trabalhar no sentido de Cabo Verde adquirir a vacina no âmbito da iniciativa Covax, e mostrou a “total disponibilidade e abertura” em continuar a apoiar o Ministério da Saúde.

“Estamos a fazer todos os processos necessários para que a vacina possa chegar a Cabo Vede o mais rápido possível para começar com a campanha de vacinação, que inicialmente irá abranger as pessoas que estão na linha da frente da covid-19”, referiu.

Por seu turno, o ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, enalteceu a “excelente cooperação” e o apoio da OMS, que desde a primeira hora ajudou o país a nível do laboratório, dos recursos humanos e equipamentos, sempre em concertação e necessidades do arquipélago.

“Desde sempre, a OMS e as Nações Unidas têm apoiado os países como Cabo Verde por forma a reforçar e elevar o nível e a atenção da saúde, e isso tem-se traduzido sobretudo neste período de pandemia com apoio muito relevantes”, constatou o governante, que disse que além do esforço interno, Cabo Verde tem tido o apoio dos seus parceiros a nível da cooperação multilateral, mas também bilateral.

Arlindo do Rosário avançou que brevemente será anunciada a chegada das primeiras vacinas no âmbito da plataforma Covax, e assegurou que o Governo esta a evidenciar todos os esforços para adquirir mais vacinas através de outras vias e vacinar 60 por cento (%) da população em menos de dois anos.

“Não é um problema de financiamento, mas sim de disponibilidade das vacinas que existe a nível mundial”, sublinhou o governante. In “Inforpress” – Cabo Verde