Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Internacional - Projectos em países lusófonos são exemplos do Guia de Cooperação Sul-Sul da ONU

A rede ePORTUGUÊSe, de divulgação de informações técnicas e científicas para profissionais de saúde dos países africanos de língua portuguesa (PALOP) é um dos exemplos de “Boas Práticas na Cooperação Sul-Sul”, um guia lançado oficialmente pelas Nações Unidas.

O Brasil é um dos países mais activos na proposta e realização de parcerias com nações do hemisfério sul, mas Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe também são indicados no livro como exemplos de beneficiários deste tipo de projectos de desenvolvimento, segundo o guia, lançado esta quarta-feira pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul (UNOSSC).

Um dos projectos mais completos é a rede ePORTUGUÊSe, desenvolvida desde 2005 com o apoio da Organização Mundial da Saúde, nos países africanos de língua oficial portuguesa.

A rede ePORTUGUÊSe foi criada para divulgar informações técnicas e científicas de saúde em língua portuguesa, procurando “preencher uma procura a longo prazo de profissionais de saúde nos países Africanos de Língua Oficial Portuguesa que têm expressado, de forma contínua, as suas necessidades de acesso melhorado a informações e conhecimentos de saúde no seu idioma”, indica o UNOSSC.

Assim, a ePORTUGUÊSe é uma plataforma digital que agrega informações e permite aos profissionais de saúde da lusofonia aceder a conhecimentos técnicos.

Para além desta rede, São Tomé e Príncipe beneficiou directamente de outros dois projectos desenvolvidos com outros países de língua portuguesa, em temas de educação e saneamento.

Em matéria de saneamento, a UNOSSC destaca um projecto que ainda está em progresso, iniciado em 2016, em que “Guiné-Bissau apoia o saneamento total liderado pela comunidade em São Tomé e Príncipe”, com o objectivo de “reduzir a defecação a céu aberto e promover práticas seguras de saneamento e higiene nas comunidades rurais”.

Um outro projecto, na área da educação, envolveu o Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Comunicação de São Tomé e Príncipe, a Universidade Católica Pontifícia do Rio de Janeiro (UCP-Rio), e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), realizado entre os anos 2013 e 2017 para melhorar a oferta educacional para crianças em idade pré-escolar em São Tomé e Príncipe.

Outro projecto que foi também realizado com participação do Brasil foi a “cobertura de Saúde Universal na Região do Grande Chaco da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai”.

Cabo Verde fez parte de uma iniciativa com o Senegal e Camarões em tecnologias de micro jardinagem como solução de “fornecimento de alimentos alternativos” e diversificação de fontes de rendimento da população, com uma série de ‘workshops’ e formações.

O guia apresenta uma série de projectos realizados a nível regional em diferentes continentes, em que a África é o mais frequente para a implementação de parcerias para o desenvolvimento.

O livro de boas práticas, de 230 páginas, foi traduzido em português e nas seis línguas oficiais das Nações Unidas (inglês, árabe, chinês, espanhol, francês e russo) e, para além das descrições de todos os projectos, inclui a lista dos 17 objectivos de desenvolvimento sustentável adoptados pela ONU e as metas previstas em cada um dos objectivos.

Desta forma, cada projecto do livro é também associado a uma ou mais metas de desenvolvimento. In “Inforpress” – Cabo Verde com “Lusa”

Moçambique - Cabo Delgado tenta captar investimento sul-africano

As autoridades provinciais estão a tentar captar investimento sul-africano para Cabo Delgado, destacando as oportunidades ligadas aos investimentos em gás natural, anunciaram num encontro com empresários.

"Esperamos que este encontro promova oportunidades e estreite relações e conhecimento acerca dos negócios locais", destacou António Mapure, dirigente provincial de Cabo Delgado, citado hoje pelo departamento governamental de Indústria e Comércio da África do Sul, após receber investidores na região.

"A missão empresarial chegou numa altura importante", em que a província do norte do país já é palco de obras das infraestruturas de processamento de gás, referiu – áreas que deverão entrar em funcionamento dentro de quatro a cinco anos. A África do Sul "sempre foi um parceiro privilegiado de Moçambique. A sua participação no sector agrícola é muito activa, o que é motivo de interesse nesta província", acrescentou, além do sector do gás.

A missão sul-africana, que está a visitar Moçambique durante uma semana e que vai seguir para sul, em direcção a Maputo, é acompanhada pelo alto-comissário no país lusófono, Mandisi Mpahlwa, que garantiu que os empresários "estão atentos", ao mesmo tempo que "todo o mundo" olha para Cabo Delgado.

"Achamos que podemos contribuir com produtos e serviço de qualidade" para "construir o futuro", sublinhou. A par dos investimentos em gás e da atenção de empresários, Cabo Delgado está desde há um ano a sofrer com uma onda de violência que atinge locais remotos. Desde há um ano, segundo números oficiais, já terão morrido cerca de 100 pessoas, entre residentes, supostos agressores e elementos das forças de segurança. A violência ganhou visibilidade após um ataque armado a postos de polícia de Mocímboa da Praia, em Outubro de 2017, em que dois agentes foram abatidos por um grupo com origem numa mesquita local que pregava a insurgência contra o Estado e cujos hábitos motivavam atritos com os residentes, pelo menos, desde há dois anos. Depois de Mocímboa da Praia, os ataques têm ocorrido sempre longe do asfalto e fora da zona de implantação da fábrica e outras infraestruturas das empresas petrolíferas que vão explorar gás natural, na península de Afungi, distrito de Palma. In “Olá Moçambique” - Moçambique

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Angola - É absolutamente determinante que a nova realidade seja verdade

O filósofo Fernando dos Santos Neves manifestou o desejo de que "a nova realidade de Angola com democracia, com João Lourenço na Presidência, seja "uma verdade que se torne numa certeza".

Fernando dos Santos Neves, autor do livro «Quo Vadis Angola?», apresentado na União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em Lisboa, afirmou que "é absolutamente determinante que esta nova realidade seja verdade".

"Não foi um acaso que a última palavra de João Lourenço, no discurso da tomada de posse como Presidente de Angola, foi democracia, que é uma das necessidades maiores", referiu o autor do livro, que aborda o ecumenismo em Angola no período de 1967 a 2017.

Considerado o pai teórico da Lusofonia, Fernando dos Santos Neves notou que "é preciso começar, o que não significa começar de novo a fazer Angola".

"É preciso começar simplesmente, porque há todo um país para fazer e espero que seja verdade esta nova realidade nos tempos futuros. É o meu desejo, o meu voto e gostaria que fosse uma certeza", reforçou.

"Esta nova realidade em Angola é absolutamente necessária por causa das dificuldades do país", sustentou.

Fernando dos Santos Neves aludiu ao papel de Portugal "para ajudar na construção de Angola, sem entrar em novos colonialismos e sem complexos".

O autor da Declaração de Luanda de 2002 - feita à imagem da Declaração de Bolonha -, declarou que também a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) "deve fazer alguma coisa por Angola".

"A CPLP, que tem sido mais um nado-morto do que outra coisa qualquer, tem de ter um papel mais activo", frisou, salientando que a organização deve também "preocupar-se com tudo aquilo que diz respeito ao desenvolvimento deste espaço lusófono".

O secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, que prefaciou a obra "Quo Vadis Angola?", salientou "o profundo conhecimento de Fernando dos Santos Neves da realidade de Angola".

Ramalho realçou "a inevitabilidade da mudança em Angola", referindo-se à saída de José Eduardo dos Santos, depois de mais de três décadas no poder e ao emergir de João Lourenço.

"João Lourenço transmitiu já à opinião pública mundial um conjunto de princípios aceites pela comunidade internacional, entre os quais o combate à corrupção", disse o secretário-geral da UCCLA.

Vítor Ramalho lembrou que o pensador "tomou posições em defesa da liberdade e da independência de Angola e isso conduziu-o a ter de ser exilado, em Paris e em Roma". In “Novo Jornal” – Angola com “Lusa”

China - Aeroporto de Xian terá plataforma entre Lisboa e Macau

Cidade de Xian


O Aeroporto Internacional de Macau (MIA) anunciou ter inaugurado uma rota para Xian, cidade no noroeste da China, que poderá ter ainda este Dezembro um voo directo para Lisboa. “Actualmente, existem 47 destinos operados através do MIA, dos quais 23 estão nas rotas da China continental”, sublinhou o aeroporto em comunicado.

Em Outubro, a companhia aérea chinesa Capital Airlines pediu autorização às autoridades chinesas para iniciar um voo directo entre Xian e Lisboa, depois de ter suspendido, naquele mês, a ligação a partir de Pequim. Segundo um comunicado da Administração da Aviação Civil da China, a que a agência Lusa teve acesso, a empresa quer arrancar com o novo voo em Dezembro deste ano. A informação detalha que o voo terá duas frequências por semana e ficará a cargo dos aviões Airbus A330, com capacidade máxima para 440 passageiros.

O pedido da Capital Airlines surge no mesmo mês em que suspendeu o voo directo, entre Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, lançado a 26 de Julho de 2017, com três frequências por semana. In “Ponto Final” - Macau

Moçambique – A moda africana está a fervilhar

A moda é uma das áreas de maior destaque na África actual, a criatividade e a ambição não têm parado de crescer em todo o continente.

África está claramente gravada no futuro do sector, e também da indústria e do retalho. As belíssimas paisagens e a exótica vida selvagem são associadas por muitos ao continente, e os designers usam-nas como fonte de inspiração.

Relembrando a influência da cultura africana na moda, temos marcas premium como a Yves Saint Laurent, Dior e Alexander McQueen, entre outros, que já homenagearam a cultura Africana nas suas colecções. Yves Saint Laurent apresentou ao mundo uma colecção de alta-costura inspirada em África, em 1967, e a sua marca alcançou fama mundial e fez história na moda. No ano seguinte, apresentou o famoso casaco safari e espalhou o perfume do continente por várias gerações de estilistas.

Actualmente a importância de África no sector é cada vez maior. Os peritos da área dizem que o continente tem já um «nome próprio» na área da moda e que dita tendências.

Em 10 anos, a África subsaariana cresceu 51% – o dobro da economia mundial. A população do continente é maioritariamente jovem, e também mais jovem que a do resto do mundo.

O crescimento económico, a juventude e a sensação de que o mundo tem cada vez mais os olhos postos no continente contribuem para impulsionar a criatividade e o nascimento e crescimento de novas ideias. Em nenhum outro lugar o empreendedorismo é tão grande e tão forte. E, neste cenário, também a moda está a «fervilhar».

Os estilistas/designers de moda africanos são cada vez mais. As marcas de roupa também. Trabalham não só a tradicional capulana, como sedas, linhos, peles, entre outros materiais nobres. Criam novas texturas, novas formas e com design inovador. Crescem assim em número e em qualidade os nomes do setor, alcançando, a pouco e pouco, espaços de destaque noutros pontos do mundo, como já são exemplo algumas marcas de roupa que marcam presença em pontos de venda nas principais cidades da moda, peças de decoração com design único e exclusivo em exposição em Paris, não esquecendo a arte, a cultura e a música que já está presente na vida dos cidadãos do Mundo. Tudo aponta para que o setor continue a crescer dentro de portas e em breve se comece a espalhar definitivamente pelo mundo, porque…”O futuro está em África”. In “Olá Moçambique” - Moçambique

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Brasil - Chineses demonstram interesse em investir na Ferrovia Transnordestina e no Terminal de Minérios do Porto de Suape


Em viagem a São Paulo nesta semana, o presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Carlos Vilar, reuniu-se com Lin Li, CEO da gigante CCCC (China Communications Construction Company), e os diretores Eduardo Viegas, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios, e Helder Dantas, diretor executivo, para retomar as negociações com o grupo chinês quanto ao interesse em investir no Porto de Suape. Os empresários chineses se disponibilizaram a iniciar as tratativas sobre a conclusão da Ferrovia Transnordestina, no trecho Salgueiro-Suape, uma vez que o grupo também pretende concorrer para construir o terminal de minérios, cuja viabilidade do projeto depende do funcionamento da ferrovia.

Em reunião anterior, quando estiveram na sede do porto pernambucano, o presidente Vilar apresentou o projeto do futuro terminal de minérios. “Nós não podemos ficar parados, esperando que o empresário procure o porto. Vi que eles já haviam feito uma avaliação, entre 2010 e 2012, por meio de uma empresa pertencente ao mesmo grupo, sobre esse projeto, mas que ficou parada muito em função da não conclusão da Transnordestina”, disse Vilar.

De acordo com o presidente, Suape está aberto às negociações e aos investimentos do grupo chinês que já atua neste setor no Brasil há algum tempo, a exemplo do Porto de São Luís, no Maranhão, e as recentes negociações com o Terminal Graneleiro de Babitonga (TGB) em São Francisco do Sul (SC), com investimentos de R$ 1 bilhão.

Em Pernambuco, há uma enorme preocupação quanto à retomada dos trabalhos para a conclusão da Ferrovia Transnordestina e a chegada ao seu destino no estado, que é o Porto de Suape. Segundo o novo cronograma da obra, divulgado pela concessionária Transnordestina Logística (TLSA), será priorizado o trecho Piauí-Porto de Pecém (CE), com término previsto para 2021, enquanto que o trecho Salgueiro-Suape só seria concluído em 2027. Na avaliação do presidente Vilar, isso inviabiliza investimentos tanto do setor público quanto privado no porto pernambucano, com perdas incalculáveis para a economia e o desenvolvimento socioeconômico do estado.

“Suape está pronto para lutar sem medir esforços para conseguir que a Transnordestina seja concluída também na parte que contempla o complexo industrial portuário do estado. Devemos nos reunir nos próximos dias com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro para discutir as demandas do porto e, principalmente, buscar ajuda quanto a esta questão da ferrovia”, concluiu Vilar.

Para o CEO do grupo CCCC, Lin Li, essas negociações com o governo são importantes para viabilizar todo e qualquer investimento. Será necessário, ainda, procurar o grupo de mineradoras instaladas no Estado do Piauí, de onde deverão partir os trens com o minério - carga que justificaria o investimento - com destino à ilha de Cocaia em Suape, onde deverá ser construído o terminal, numa área de aproximadamente 75 hectares. Lin Li sinalizou forte interesse em concretizar a parceria com Porto de Suape.

Ao fim do encontro, o presidente Carlos Vilar se viu otimista quanto à reunião e o avanço da retomada das negociações com os chineses. Segundo ele, há um positivismo a partir do novo governo, tanto estadual, com a renovação do mandato do governador Paulo Câmara, quanto na esfera federal, com o governo Jair Bolsonaro, no qual acredita que vai colaborar com a abertura necessária aos investimentos nos portos brasileiros, e Suape se encontra inserido nesse contexto. In “Complexo Industrial Portuário de Suape” - Brasil

Moçambique - Parque Nacional da Gorongosa eleito pela National Geographic Travel para as Melhores Viagens de 2019

O Parque Nacional da Gorongosa faz parte da lista dos 28 Melhores Lugares para visitar em 2019, de acordo com os Editores e Exploradores da National Geographic Traveler



Com a publicação da sua edição anual Melhores Viagens, a revista National Geographic Traveler revelou os seus 28 destinos e experiências de viagem imperdíveis para 2019. Juntos, os Editores da Traveler e os Exploradores da National Geographic seleccionaram os seus principais lugares para viajar em quatro categorias: Cidades, Natureza, Cultura e Aventura - e o Parque Nacional da Gorongosa foi seleccionado na categoria NATUREZA.

A lista das Melhores Viagens deste ano é relevante, surpreendente e inspiradora, destacando uma mistura de destinos global que vão desde a Amazónia Peruana até Kansas City, Missouri.

"A nossa edição das Melhores Viagens apresenta 28 destinos e experiências que podem inspirar-nos, mudar as nossas perspectivas e conectar-nos com culturas, lugares e ideias importantes para o mundo". - diz George Stone, Editor-chefe da National Geographic Traveler. "A edição está repleta de fotografias espectaculares da National Geographic e é impulsionada pela nossa missão de explorar, conservar, respeitar e interagir com o nosso planeta."

“O Parque Nacional da Gorongosa é o tesouro de Moçambique e cientistas de todo o mundo consideram a Gorongosa como um dos parques nacionais mais especiais e únicos da Terra, um local repleto de 'biodiversidade', um local que deve ser preservado para as gerações futuras.” - diz Pedro Muagura, Administrador do Parque do Parque Nacional da Gorongosa.

Os destinos eleitos pela National Geographic para Melhores Viagens em 2019 são:

CIDADES: Dakar (Senegal), Salvador (Brasil), Kansas City (Missouri, EUA), Toronto (Canadá), Matera (Itália), Perth (Austrália), Cidade do México (México)

NATUREZA: Amazónia (Peru), Montenegro, Belize, Parque Nacional da Gorongosa (Moçambique), South Walton County (Florida, EUA), Fanjingshan (China), Tahiti (Polinésia Francesa)

CULTURA: Cairo (Egipto), Hoang Lien Son (Vietname), Galway (Irlanda), Bauhaus Trail (Alemanha), Oakland (Califórnia, EUA), Vervey (Suíça), Dordogne (França)

AVENTURA: Gronelândia, Bisti/De-Na-Zin Wilderness (Novo México, EUA), Isla de los Estados (Argentina), Macedónia, Canterbury Region (Nova Zelândia), Caño Cristales River (Colômbia), Oman

A edição de Dezembro / Janeiro de 2019 da revista Traveler está agora disponível nas bancas de jornais e on-line em NatGeoTravel.com/BestTrips 2019.

A experiência digital das Melhores Viagens inclui destaques de cada destino seleccionado para a lista, bem como fotografias icónicas da National Geographic que transportam os leitores para as localidades escolhidas. Os visitantes podem mergulhar ainda mais fundo em quatro dos destinos para Melhores Viagens - Cidade do México, Tahiti, Dordogne e Oman - com reportagens nesta edição.

A National Geographic Traveler publica seis edições por ano e é a revista de viagens mais lida do mundo, com 18 edições internacionais. A National Geographic Travel compartilha o seu conteúdo digital inspirador e autêntico, incluindo sugestões de destinos, notícias de viagens, galerias de fotos e muito mais com a sua comunidade @NatGeoTravel de mais de 50 milhões de pessoas. In “Olá Moçambique” - Moçambique

Brasil - As térmitas criaram no Brasil uma cidade subterrânea do tamanho da Grã-Bretanha

As térmitas 'Syntermes dirus' medem apenas um centímetro, mas durante quase quatro milénios criaram no Brasil uma rede subterrânea de túneis, cujas escavações deixaram 200 milhões de montes de terra numa superfície do tamanho da Grã-Bretanha



"É o maior exemplo conhecido de bioengenharia e construção na superfície da terra por uma só espécie (para além do ser humano), e tudo feito por um inseto de mais ou menos um centímetro de comprimento", explica à AFP Roy Funch, biólogo americano naturalizado brasileiro.

Toda esta obra de engenharia animal estende-se numa superfície de 230 000 km2, no nordeste do Brasil. Funch e outros três investigadores (dois americanos e um britânico) publicaram a sua descoberta na semana passada na revista científica Current Biology.

Eles detalham no artigo que a área escavada por estes insetos para criar uma estrutura como essa equivale a "4000 pirâmides de Gizé", no Egito, também elas milenares.

Os habitantes do lugar conhecem desde sempre como "murundus" estes montes de 2,5 metros de altura e nove metros de diâmetro, cobertos pela vegetação da 'caatinga', o bioma semiárido do nordeste brasileiro.

Mas a desflorestação por ação humana deixou mais visíveis os termiteiros, e o uso de imagens de satélite permitiu concluir a área que cobrem. Mais de 90% pertence ao estado da Bahia. "Ficou então clara a sua extensão, e a importância científica do fenómeno", acrescenta Funch.

As imagens divulgadas no estudo mostram vastas extensões de terra pontilhada por estes montes cónicos, praticamente idênticos e com uma distribuição regular, separados por cerca de 20 metros uns dos outros.

O desenho da cidade

Para determinar a antiguidade da obra, os cientistas recolheram amostras do solo de onze montes e verificaram qual foi a última vez que estiveram expostas ao sol. A amostra mais antiga tinha 3820 anos. Estas idades são comparáveis às das térmitas mais antigas do mundo, na África, diz a publicação.

Agora que foi determinado que estes termiteiros são parte de uma grande "cidade" subterrânea, a ideia dos cientistas é continuar a investigar a sua distribuição e funcionamento. Sabe-se, por exemplo, que os termiteiros têm um túnel vertical que conecta os canais subterrâneos com a superfície.

Os montes de terra que ficam na superfície são simplesmente a terra removida pelas térmitas para realizar a sua obra. "Os montes aparentemente não têm a função de abrigar os ninhos das térmitas. Servem somente como lugares de 'despejo' do material retirado dos túneis que estes animais cavam, continuamente, debaixo do chão", explica Funch.

Sabe-se também que estas estruturas subterrâneas servem para esses insetos se protegerem do "meio inóspito (e perigoso) da superfície". Segundo o estudo publicado, os túneis nunca ficam abertos ao meio ambiente exterior, de modo que não se trata de um sistema de ventilação, mas de uma via de comunicação.

À noite, quando há comida disponível, grupos de 10 a 50 'trabalhadores' e 'soldados' emergem dos montes através de tubos temporários de oito milímetros de diâmetro, escavados a partir de baixo. Depois de usados, os túneis temporários fecham-se hermeticamente.

"Não temos ideia da arquitetura das 'cidades' dos insetos. Devem ter um salão da rainha, 'berçários', espaços para guardar comida, etc., e muitos túneis a conectar tudo, mas é tudo ainda desconhecido para a ciência", acrescenta o biólogo. In “Sapo 24” - Portugal

terça-feira, 27 de novembro de 2018

A arte do azulejo em Portugal e no Brasil

                                                          I
Considerada arte menor ou apenas decorativa, a azulejaria ganha agora foro de expressão artística com o estudo Desenhadores & Azulejeiros – Ensino e Aprendizagem, Arquitetura e História (Rio de Janeiro, Synergia Editora, 2018), de Clara Emília Sanches Monteiro de Barros Malhano e Hamilton Botelho Malhano (1947-2017), que resgata a história de vida de dois artistas portugueses – José Colaço (1868-1942) e Manuel Félix Igrejas (1928) –, além de analisar o ensino das Belas Artes no Brasil, o que inclui a azulejaria, e a sua relação com a arquitetura neocolonial e modernista. Para tanto, o trabalho, segundo definição dos autores, procura entender as “técnicas artesanais, manufatureiras e industriais da produção cerâmica azulejeira luso-brasileira em relação a outras produções de azulejos enquanto arte de caráter internacional”.

Nascido no Tânger, Marrocos, Colaço, de origem aristocrata, com formação acadêmica, pensou em emigrar para o Brasil e chegou a adquirir bilhete de viagem, mas deixou de fazê-lo porque a morte o alcançou antes, já na idade madura. Deixou atrás de si uma série de trabalhos, dos quais os mais famosos são os painéis de azulejos que decoram o grande átrio da Estação de São Bento, no Porto, desde 1915, e até hoje encantam os passageiros que por lá passam pela primeira vez ou não, e a parede de uma sala na Casa do Alentejo, próxima aos Restauradores, em Lisboa, de 1918.  No Brasil, porém, é mais conhecido pelos painéis da fachada principal do Estádio de São Januário, do Clube de Regatas Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, que produziu na década de 1930.

Caricaturista e pintor de fama à época, Colaço esteve no Brasil em 1908 para participar da Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário  da Abertura dos Portos do Brasil às Nações Amigas de Portugal e Algarves, onde se encontrou com o arquiteto português Ricardo Severo (1869-1940), seu amigo, ligado ao famoso escritório Ramos de Azevedo, de Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851-1940), de São Paulo, responsável pela construção de muitas casas e edifícios, que haveria de indicá-lo para vários trabalhos. Estabelecido temporariamente no Brasil, Colaço haveria de realizar a azulejaria do edifício-sede da Granja Guarany, em Teresópolis, da casa César Rabelo, em Petrópolis, da varanda do palacete Ortigão, no Cosme Velho, no Rio de Janeiro, e de algumas residências em Belo Horizonte e São Paulo, algumas projetadas por Ricardo Severo e Ramos de Azevedo. A casa de Ricardo Severo, a chamada “casa lusa”, na rua Tanguá, na capital paulista, também receberia painéis do artista, bem como a sua casa de praia no Guarujá.

De volta a Portugal, haveria trabalhar na Fábrica de Cerâmica Lusitânia, em Lisboa, fazendo painéis para várias residências particulares, como a do historiador de arte e etnógrafo açoriano Luís Bernardo Leite de Ataíde (1883-1955), atual Convento de Nossa Senhora de Belém, em Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, nos Açores. O prédio do Aquário Vasco da Gama, no Dafundo, no município de Oeiras, próximo a Lisboa, embora tenha sido inaugurado em 1898, só em 1931 receberia no frontão um painel de Colaço, em que se vê Netuno em carro puxado por cavalos marinhos em meio ao mar.

Em 1934, Colaço haveria de ir a Pangim, em Goa, trabalhar o tema “Os Lusíadas” para a entrada do Instituto Vasco da Gama, atual Instituto Luís de Meneses Bragança. De acordo com os autores, Colaço seria também o primeiro pintor de azulejos a utilizar a técnica de serigrafia ou silk screen na decoração azulejar de um conjunto de painéis executados para uma vila no Alentejo. Seus painéis iriam também decorar residências e edifícios em Angola e Moçambique. Em 1937, o conde António Dias Garcia (1859-1940) haveria de encomendar três imensos painéis a Colaço sobre a Escola de Sagres e o infante D. Henrique (1394-1460) a fim de ofertá-los ao Liceu Literário Português, do Rio de Janeiro.

                                               II
Já Manuel Félix Igrejas, autodidata, nascido na vila de Melgaço, no Alto do Minho, Norte de Portugal, próximo à fronteira com a Galiza, província da Espanha, emigrou em 1952  para o Brasil, passando a morar no Rio de Janeiro, onde deixou uma extensa folha de serviços prestados com vários de seus trabalhos expostos nas paredes de instituições luso-brasileiras, inclusive também na antessala da diretoria do Vasco da Gama no Estádio de São Januário e no Liceu Literário Português.

Depois de comandar a direção cultural da Casa do Minho, no Rio de Janeiro, por largos anos, Igrejas mudou-se em 2015 para a cidade de Campinas, ao lado da esposa, para ficar mais próximo da filha mais velha. Infelizmente, muitas das obras azulejares de Igrejas, bem como as de Colaço, no Brasil foram destruídas não só pela incúria do tempo como pela estupidez e ganância humanas e, especialmente, por dirigentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que, segundo os autores, haveriam de promover uma “caça predatória aos exemplares de arquitetura neocolonial”.

Em entrevista com o pintor de azulejos, a professora Clara Emília pôde reconstituir com maiores detalhes a sua trajetória, desde a infância na vila de Melgaço, onde o pequeno Manuel se punha a imitar o irmão António Eduardo, oito anos mais velho, que já gostava de desenhar. Ambos se valiam de um espólio de esboços, pinturas e desenhos deixado por um irmão, Ventura (1906-1928), primogênito, que, aos 16 anos, deixara a pequena localidade por sentir que ali não haveria muito futuro para si e sua arte. Seguiria para a África e, dois anos mais tarde, iria para Belém do Pará, onde morreria ainda muito jovem.

Da infância, Igrejas recorda de abrir com sofreguidão um suplemento de desenhos coloridos intitulado Mickey, baseado no personagem do criador norte-americano Walt Disney (1901-1966), que saía encartado no diário O Primeiro de Janeiro, do Porto, o que era possível porque um de seus tios fazia a assinatura do jornal. Da adolescência, lembra de quando, aos 14 anos de idade, fez a sua primeira exposição mostrando trabalhos executados a carvão e a pastel. Aos 19 anos, já fazia cartazes para o cinema da vila.

Sem perspectivas, Igrejas, em meados de 1952, decidiu aceitar uma passagem sem volta para o Rio de Janeiro oferecida por um tio. Chegaria ao Brasil no começo de setembro e procuraria outro tio que era atacadista e tinha uma loja de casimiras no centro da cidade e morava no Catumbi. Lá, o azulejista viveria até 1954, quando haveria de se casar. Teve vários empregos até que conheceu um empresário do ramo, para quem passou a trabalhar num atelier que produzia ornamentos em louças e azulejos.

A partir de então, a carreira de Igrejas como azulejista foi rápida e em ascensão. Logo estaria fazendo painéis para o salão do Clube Carnavalesco Fenianos, na Lapa. Na mesma época, faria quatro painéis de grande porte para um hotel em Assunção, no Paraguai. Imagens de santos da Igreja Católica, da Sagrada Família e dos meninos Cosme e Damião, entre outras, povoariam os seus azulejos, sem contar os painéis votivos de maior monta, “além de figuras de baianas na lavagem da escadaria do Senhor do Bonfim”. Segundo os autores, a sua pintura reproduz efeitos de aquarelas, pastéis e óleos, “utilizando-se de todas as técnicas acadêmicas”.

Enfim, como observa o arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti, doutor em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no prefácio que escreveu para este livro, a partir da trajetória desses dois profissionais diferenciados, Clara Emilia e seu marido Hamilton Malhano construíram uma obra de grande importância para a história da arquitetura e da cidade do Rio de Janeiro. De fato, daqui para frente, esta obra torna-se referência incontornável para quem quiser estudar a arte da azulejaria em Portugal e no Brasil.

                                               III
Clara Emília Sanches Monteiro de Barros Malhano obteve título de doutora em História Social pelo IFCS/UFRJ, assim como o de mestre em História e Antropologia da Arte pela Escola de Belas Artes da mesma Universidade. Foi pesquisadora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro.

É autora dos livros: Aldeamento de São Fidélis; o sentido do espaço na iconografia (Ministério da Cultura-MinC/Iphan, 1995); e Da materialização à legitimação do passado: a monumentalidade como metáfora do Estado - 1920-1945 (Lucerna/Faperj, 2002). Escreveu e organizou outros livros em co-edição e publicou vários artigos em revistas especializadas. Em 2013, publicou o livro Sobragy dos Baronetes e da Saudade, obra sobre a produção de café na Zona da Mata Mineira no período de 1850 a 1950. Com Hamilton Botelho Malhano, escreveu também São Januário-Arquitetura e História (Mauad/Faperj, 2002).
Hamilton Botelho Malhano obteve os títulos de mestre em História e Antropologia da Arte pela Escola de Belas Artes da UFRJ e de doutor em História Social pelo IFCS/UFRJ. Etnólogo, atuou em áreas indígenas e realizou estudos e pesquisas na área de museologia e museografia. Publicou o projeto “Construção do espaço de morar entre os Karaja do Araguaia: aldeia, casa, cemitério” no Boletim do Museu Nacional, nº 55, de 1986. Foi autor de verbetes para a Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World, publicada pela Cambridge University Press, em 1997. Com o falecimento de seu esposo, a professora Clara Emília Malhano é responsável agora pela Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World, que está sendo reeditada e atualizada pelo escritório VMSA (Victor Mestre e Sophia Aleixo), de Lisboa. A nova edição será bilingue (português- inglês). Adelto Gonçalves - Brasil

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Desenhadores & Azulejeiros: Ensino e Aprendizagem, Arquitetura e História, de Clara Emília Sanches Monteiro de Barros Malhano e Hamilton Botelho Malhano, com prefácio de Nireu Cavalcanti. Rio de Janeiro: Synergia Editora, 1ª edição, 494 páginas, R$ 80,00, 2018. E-mail: comercial@synergiaeditora.com.br   Site: www.synergiaeditora.com.br
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Adelto Gonçalves é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002), Bocage – o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003), Tomás Antônio Gonzaga (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Academia Brasileira de Letras, 2012),  Direito e Justiça em Terras d´El-Rei na São Paulo Colonial (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2015) e Os Vira-latas da Madrugada (Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1981; Taubaté-SP, Letra Selvagem, 2015), entre outros. E-mail: marilizadelto@uol.com.br

Brasil - Porto de Santos em expansão, apesar de tudo

SÃO PAULO – Levantamento estatístico da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) mostra que o porto de Santos, apesar do abalo provocado pelos desdobramentos da operação da Polícia Federal que apura suspeitas de fraude em licitação e corrupção em contratos da estatal de R$ 37 milhões nas áreas de tecnologia da informação, dragagem e consultoria, segue em ritmo célere de crescimento, tendo o complexo portuário ultrapassado, pela primeira vez, a marca histórica de 100 milhões de toneladas de cargas movimentadas entre janeiro e setembro de 2018. Foram 100,3 milhões de toneladas, ou seja, 2,8% a mais, em comparação com os nove primeiros meses de 2017, quando o porto movimentou 97,6 milhões.

Entre as cargas de maior destaque, está a de soja, cuja movimentação atingiu 24,2 milhões de toneladas, quando somadas as variedades em grãos e farelo do produto. O crescimento é de 19,8% em relação à movimentação registrada entre janeiro e setembro do ano passado. Entre as importações, o adubo foi a carga de maior destaque. Até setembro, 2,8 milhões de toneladas entraram pelo porto. Apesar de expressivo, o movimento foi apenas 0,5% maior do que o registrado em 2017.

Só nos embarques de açúcar é que houve um decréscimo (26%). Já a movimentação de contêineres atingiu a marca de 3 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), com uma evolução de 9,4% em relação a 2017. Nesse período, o fluxo de navios foi de 3.646, um aumento de 0,3% em relação aos três primeiros trimestres de 2017.

Tudo isso mostra que a diretoria que substituiu aquela que foi afastada depois das investigações da Polícia Federal terá muito trabalho pela frente para colocar o complexo portuário em condições de atender a uma demanda que cresce a cada ano. Dentro desse contexto, são de fundamental importância as obras da nova entrada da cidade de Santos, que neste ano tiveram grandes avanços com o prosseguimento das intervenções de responsabilidade da Prefeitura municipal e o início das que competem ao governo do Estado. Agora, a expectativa é que o governo federal, que assume a partir do dia 1º de janeiro de 2019, comprometa-se com o avanço da obra e também dê início à parte de revitalização que é de responsabilidade da União.

De grande importância também seriam as obras de dragagem, que tiveram início já ao final do atual governo e abrangem os quatro trechos que compõem o canal de navegação, da Barra até a Alemoa, numa extensão de 24 quilômetros, mais as bacias de evolução e os trechos de acesso aos berços de atracação. A previsão era que um total de até 4,3 milhões de metros cúbicos de sedimentos seriam retirados do fundo do canal. Com isso, esperava-se que os calados máximos de operação (13,2 metros) fossem restabelecidos, o que permitiria que o porto voltasse a operar sem restrições, proporcionando mais produtividade à principal zona portuária a serviço do comércio exterior e da economia nacional. No entanto, agora, diante das irregularidades constatadas pela Polícia Federal, já não se sabe se esse trabalho de dragagem terá continuidade.

Aliás, como esse trabalho equivale mais a encher um saco sem fundo, pois a sedimentação sempre volta em pouco tempo, melhor seria se o novo governo federal estudasse a possibilidade da construção de novas plataformas operacionais no porto de Santos, até mesmo offshore (longe da praia), que permitissem a atracação de navios post panamax, ainda que essa iniciativa tenha de ser entregue a uma empresa estrangeira com tecnologia e suporte financeiro para suportar tamanho empreendimento. Com isso, com certeza, em pouco tempo, seriam triplicados os atuais números da movimentação de cargas no porto santista. Milton Lourenço - Brasil


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Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Alemanha - Organização alemã (DASP) quer potenciar negócios com países africanos de língua portuguesa

Berlim – A Sociedade Alemã para os Países Africanos de Língua Portuguesa (DASP) trabalha há mais de trinta anos na divulgação de informação e no fortalecimento das relações entre a Alemanha e países como Angola ou Moçambique.

Helmut Siepmann, presidente da DASP desde 1998, admite que, na Alemanha, “há pouco conhecimento sobre os países africanos de língua portuguesa, e ainda há pouca gente envolvida em negócios com eles”. Os que existem, acrescenta, “ainda não estão bem relacionados com o público geral”.

“O que fazemos na DASP é convidar estas pessoas do comércio, do negócio e da política a contactar com o público. Por isso fazemos publicações, colóquios e conferências em várias cidades alemãs, não só em Berlim, mas também em Colónia ou Aachen”, revela o também professor universitário de românicas, com especialização em literatura portuguesa, da Universidade Técnica da Renânia do Norte-Vestefália em Aachen.

A Sociedade Alemã para os Países Africanos de Língua Portuguesa nasceu há mais de três décadas.

“Foi fundada porque tínhamos pouca informação sobre as antigas colónias portuguesas em África, tivemos a nossa necessidade de informar o público alemão sobre o que acontece e acontecia nestes países. Tentamos procurar informação desde várias vias”, esclarece Helmut Siepmann.

Além de um a dois colóquios por anos, e de várias conferências em diferentes universidades do país, a DASP produz quatro publicações por ano, disponíveis online ou em papel.

“Para cada país africano de língua portuguesa (PALOP) temos uma crónica alfabeticamente organizada e, em cada número, damos os acontecimentos de um período de três a quatro meses que são interessantes para o público, na Alemanha. Acompanhamos estas crónicas com publicações sobre política, comércio, indústria, medicina, nos diversos países”, revela o presidente da associação.

Cada publicação é distribuída pelos membros da sociedade, em algumas livrarias e também em instituições alemãs e de países como a Holanda, Áustria ou Suíça.

“Desta forma temos a possibilidade de multiplicação das nossas ideias, das nossas informações e atingimos um público muito vasto, até a diplomacia alemã. O Ministério dos Negócios Estrangeiros recebe continuamente as nossas publicações”, explica Helmut Siepmann.

O presidente da DASP realça a importância do desenvolvimento dos negócios e dos contactos com África, sendo para isso necessário “diversas reflexões e estudos”.

“A melhor possibilidade de desenvolver e multiplicar os contactos, seria começar naturalmente um comércio geral com estes países, que possuem as riquezas do petróleo, por exemplo. Nós temos o conhecimento da técnica e da otimização dos meios naturais que existem em África. Combinar estes dois aspetos seria o melhor”, concluiu o presidente da Sociedade Alemã para os Países Africanos de Língua Portuguesa.

A DASP tem cerca de meia centena de membros e organiza nos próximos dias 28 e 29 um colóquio com o tema “a condição das mulheres nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”. In “Inforpress” – Cabo Verde com “Lusa”

Estados Unidos da América - Baterias de lítio quase prontas para serem impressas



Bateria por impressão 3D

A maioria das baterias de lítio no mercado vem em formas cilíndricas ou retangulares.

Por isso, quando um fabricante está projetando um produto - como um telefone celular - é necessário dedicar um certo tamanho e forma à bateria, o que nem sempre permite uma otimização do espaço ou a liberdade de design que os projetistas gostam.

A boa notícia é que está sendo desenvolvido um método para imprimir baterias de íons de lítio em 3D, permitindo que elas tenham praticamente qualquer formato.

Teoricamente, as tecnologias de impressão 3D podem fabricar um dispositivo inteiro, incluindo a bateria e componentes estruturais e eletrônicos, em praticamente qualquer formato. Na prática, contudo, os polímeros usados para impressão 3D, como o poli-ácido lático (PLA), não são condutores iônicos, criando um grande obstáculo para a impressão de baterias.

Christopher Reyes e seus colegas da Universidade Duke, nos EUA, conseguiram agora desenvolver um processo para imprimir baterias de íons de lítio completas e usando apenas uma impressora 3D barata.

Condutividades elétrica e iônica

Reyes aumentou a condutividade iônica do PLA infundindo o polímero com uma solução eletrolítica. Além disso, ele aumentou a condutividade elétrica da bateria, incorporando grafeno e nanotubos de carbono de paredes múltiplas no anodo e no catodo, respectivamente.

Para demonstrar o potencial da bateria impressa, a equipe imprimiu uma pulseira de LEDs e óculos de LCD com baterias de íons de lítio integradas - eles fabricaram tanto baterias planares, quanto circulares, do tipo botão.

Segundo Reyes, mantidas as devidas proporções volumétricas - a bateria impressa é muito fina -, a capacidade de sua primeira geração de baterias de lítio impressa em 3D é cerca de duas ordens de magnitude menor que a das baterias comerciais, o que ainda é muito baixo para um uso mais amplo.

No entanto, ele afirma já ter várias ideias para aumentar a capacidade, como substituir os materiais baseados em PLA por polímeros imprimíveis em 3D. In “Inovação Tecnológica” – Brasil


Bibliografia:

Three-Dimensional Printing of a Complete Lithium Ion Battery with Fused Filament Fabrication
Christopher Reyes, Rita Somogyi, Sibo Niu, Mutya A. Cruz, Feichen Yang, Matthew J. Catenacci, Christopher P. Rhodes, Benjamin J. Wiley
Applied Energy Materials
DOI: 10.1021/acsaem.8b00885


domingo, 25 de novembro de 2018

Fácil














Vamos aprender português, cantando


Tudo é tão bom e azul
calmo como sempre
os olhos piscaram de repente
um sonho

As coisas são assim
assim quando se está amando
as bocas não se deixam
e o segundo não tem fim

E um dia feliz
às vezes é muito raro
falar é complicado
quero uma canção

Fácil, extremamente fácil
pra você, e eu e todo mundo cantar junto
fácil, extremamente fácil
pra você, e eu e todo mundo cantar junto

Tudo se torna claro, claro
pateticamente pálido
o meu coração disparado
quando eu vejo o teu carro

A vida é tão simples, é tão simples
e dá medo de tocar
as mãos se procuram sós
como a gente mesmo quis
como a gente mesmo quis

E um dia feliz
às vezes é muito raro
falar é complicado
quero uma canção

Fácil, extremamente fácil
pra você, e eu e todo mundo cantar junto
fácil, extremamente fácil
pra você, e eu e todo mundo cantar junto.

Diz fácil, extremamente fácil
fácil, extremamente fácil
pra você, e eu e todo mundo cantar sempre junto

Jota Quest - Brasil