Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Angola – Docentes do Ensino Superior vão ser obrigados a submeter-se a avaliação de desempenho

A partir do próximo ano, os docentes do Ensino Superior vão passar pelo crivo de uma comissão ad-hoc que vai fazer a avaliação do seu desempenho com base num regulamento publicado em Diário da República no dia 27 deste mês

De acordo com o regulamento, a avaliação do desempenho dos docentes é obrigatoriamente considerada para efeitos de contratação por tempo indeterminado, renovação de contrato a termo certo, progressão na carreira e atribuição de prémios de desempenho.

O objectivo é, segundo o decreto presidencial 121/20, "a promoção da qualidade do Ensino Superior, fazendo com que as instituições de ensino superior e os docentes desenvolvam, qualitativamente, os três pilares da sua missão, designadamente o ensino, a investigação científica e a extensão universitária".

São alvo da avaliação de desempenho os docentes das instituições de ensino públicas, público-privadas e privadas, que estejam integrados na carreira docente do Ensino Superior.

O docente, que passará também a ser avaliado pelos estudantes, e que obtenha uma classificação de "fraco" ou "insuficiente" no inquérito de qualidade, será alvo de um processo de averiguação.

"A obtenção de uma classificação final de inadequado, obtida em dois períodos seguidos, implica a rescisão do contrato ou a cessação do vínculo com a instituição de ensino para os docentes em regime probatório", refere o regulamento.

Em oposição, "a obtenção de uma classificação de excelente, obtida em dois períodos seguidos, confere o direito a uma menção e prémio de desempenho, possibilitando, assim, o concurso à categoria seguinte, desde que reúna os requisitos para progressão na carreira, definidos no Estatuto da Carreira Docente do Ensino Superior".

Esta avaliação de desempenho não inclui os docentes que exerçam exclusivamente cargos de gestão, designadamente, reitores, directores gerais e decanos que se encontram na categoria de professores catedráticos. Sandra Bernardo – Angola in “Novo Jornal”

Mercosul: que futuro?

A decisão do governo argentino de abandonar as negociações para a ratificação do Acordo de Livre-Comércio com a União Europeia, assinado no ano passado, deixou o Mercosul em xeque, pois, sem a assinatura de um dos quatro sócios – os demais são Brasil, Uruguai e Paraguai –, o tratado não terá validade. O governo argentino do novo presidente Alberto Fernández também não aprova as negociações para a assinatura de novos tratados de livre-comércio com a Coreia do Sul, Índia, Líbano e Cingapura, que vinham em andamento, sob a alegação de que, diante do caos mundial previsto em função da pandemia do coronavírus (covid-19), o melhor é aguardar para ver o tamanho da encrenca.

É o que se pode depreender do comunicado expedido pelo Ministério das Relações Exteriores daquele país, que prevê um “quadro desolador”, já que as organizações internacionais estimam queda do produto interno bruto (PIB) nos países mais desenvolvidos, uma queda repentina no comércio global de até 32% e “um impacto imprevisível na sociedade”. Em contrapartida, Brasil, Uruguai e Paraguai não admitem paralisar as negociações com aqueles países, já que há mecanismos legais que amparam a continuidade das tratativas sem a participação da Argentina.

Isso se dá porque, apesar dos insistentes alertas dos especialistas, o Mercosul não soube criar os mecanismos necessários para que o bloco blindasse a questão comercial da influência político-partidária, tanto de esquerda como de direita. Foi assim ao tempo em que o Partido dos Trabalhadores (PT) esteve à frente do governo brasileiro por 13 anos e meio e está sendo agora com o presidente Alberto Fernández, peronista de centro-esquerda, que, desde que assumiu, sempre se mostrou contrário à participação argentina no Mercosul. 

Seja como for, sem a Argentina, o Mercosul nunca será o mesmo. E parece caminhar em direção a sua flexibilização. Se esse for o caminho, nada melhor que o governo brasileiro aproveite o momento para buscar maior acesso à inovação e às tecnologias das cadeias produtivas globais, o que só será possível a partir do relaxamento das regras que proíbem os parceiros do bloco de assinar acordos bilaterais sem a aprovação dos demais. Nesse caso, se Paraguai e Uruguai, que têm governos afinados com o governo brasileiro, concordarem, os três parceiros ficam livres para buscar um relacionamento comercial mais aberto com outras nações.

Obviamente, se o governo brasileiro tivesse à frente do Itamaraty um diplomata especializado em comércio exterior, a situação não teria chegado a esse ponto, já que a Argentina até 2019 constituía o terceiro mais importante parceiro comercial  do Brasil no mundo e o principal na América Latina, respondendo por 5% das exportações brasileiras, atrás somente de China e Estados Unidos. E não se pode jogar fora um mercado como esse por causa de questiúnculas político-ideológicas, ainda que aquele país esteja à beira de entrar em moratória.

É claro que, mesmo sem a Argentina, o Mercosul pode continuar e manter os acordos vigentes com Índia e Israel e ratificar os tratados com Palestina, Egito e a União Aduaneira de Países do Sul da África (Sacu), bem como levar a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), que reúne 13 países latino-americanos, a se tornar uma área de livre-comércio, o que equivale a dizer sem tarifas. O que se espera é que o governo brasileiro leve adiante esse processo com a participação do setor privado, pelo menos com consultas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Já seria bastante. Milton Lourenço – Brasil


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Milton Lourenço é presidente do Grupo Fiorde (Fiorde Logística Internacional, FTA Transportes e Armazéns Gerais e Barter Comércio Exterior) e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional das Empresas Transitárias, Agentes de Cargas, Comissárias de Despachos e Operadores Intermodais (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br

Internacional - Estudo avalia o impacto da COVID-19 na exaustão parental

Um consórcio internacional, que reúne cientistas de 40 países, incluindo Portugal, está a estudar o impacto da COVID-19 na satisfação e exaustão parental no mundo. O objetivo desta investigação transcultural é aumentar a compreensão dos fatores que dificultam ou ajudam os pais e mães a lidar com o stresse resultante da necessidade de conciliarem múltiplas tarefas em situação de confinamento.

As implicações da pandemia que enfrentamos, «especificamente o confinamento a casa, o isolamento social, o encerramento das creches, jardins-de-infância e escolas, o teletrabalho, o lay off e os despedimentos, vieram colocar novos desafios ao exercício da parentalidade e da coparentalidade», afirma Maria Filomena Gaspar, investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES) e professora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), que coordena o estudo em Portugal, em conjunto com Anne Maria Fontaine, professora emérita da Universidade do Porto (UP).

Estes desafios, acrescenta a especialista em Psicologia da Educação da UC, «resultam das múltiplas tarefas que têm de conciliar (funções parentais habituais, apoio ao ensino escolar em casa, trabalho em casa, aumento das horas despendidas em tarefas domésticas) numa situação de confinamento que é nova e, para muitos pais, acompanhada de grandes desafios financeiros e da antecipação de dificuldades no futuro».

A equipa solicita a participação de pais e mães neste estudo através do preenchimento de um questionário, disponível aqui. É feito um apelo especial aos pais para responderem, «pois habitualmente são as mães que mais participam neste tipo de investigação, o que gera uma lacuna na compreensão da satisfação e exaustão parental dos homens». A única condição é ter pelo menos 1 filho(a) a viver em casa, qualquer que seja a idade.

Maria Filomena Gaspar explica que «há fatores que podem ajudar os pais e mães a lidar com o stresse resultante da necessidade de conciliarem múltiplas tarefas em situação de confinamento, enquanto outros podem dificultar. No primeiro grupo inclui-se a existência de um/a companheiro/a que partilha as tarefas e de momentos em que os pais/mães se autocuidam, por exemplo, enquanto no segundo grupo podemos considerar a existência de uma criança com problemas de comportamento ou hiperatividade ou uma mãe/pai muito autoexigente consigo mesmos».

Este é o segundo grande estudo conduzido pelo consórcio internacional que investiga o burnout parental (IIBP: Internacional Investigation of Parental Burnout) e que é liderado por Isabelle Roskam e Moïra Mikolajczak, da Universidade de Louvain, na Bélgica.

O objetivo deste grupo de cientistas é estudar a validade conceptual, prevalência e variação intercultural do burnout parental em todo o mundo (cf. https://www.burnoutparental.com/international-consortium). Universidade de Coimbra - Portugal

UCCLA - Apresenta iniciativa A Cantar em Português #FICOEMCASA





















Num contexto em que os espetáculos foram adiados, as exposições proteladas e a cultura, de uma maneira geral, está a passar por uma fase menos favorável, a UCCLA apresenta “A Cantar em Português #FICOEMCASA” numa iniciativa que tem como missão trazer música, com autores dos países de língua portuguesa, num momento em que milhares de pessoas se encontram em isolamento social, resultado da pandemia da Covid-19.

Os artistas que autorizaram a divulgação das suas canções foram Camila Masiso (Brasil), Cao Bei (China), Costa Neto (Moçambique), Guto Pires (Guiné-Bissau), Paulo de Carvalho (Portugal), Paulo Flores e Yuri da Cunha (Angola), Tonecas Prazeres (São Tomé e Príncipe) e Zézé Barbosa (Cabo Verde). Para acederem à música escolhida pelos cantores, basta clicarem em cima de cada fotografia.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Reino Unido – Universidade de Oxford acredita ter vacina para a Covid-19 em setembro

A Universidade de Oxford acredita que em setembro pode ter a vacina contra a Covid-19. Um grupo de investigação conseguiu resultados eficazes em macacos e até ao fim de maio vai testar o fármaco em seis mil pessoas

A liderança de Oxford na corrida para encontrar uma vacina contra a pandemia de Covid-19 explica-se pelo facto de no ano passado uma equipa de investigadores do Edward Jenner Institute for Vaccine Research (Instituto Edward Jenner para Investigação de Vacinas) ter conseguido demonstrar que no caso de outros coronavírus, as inoculações eram inofensivas para os seres humanos.

Agora, os cientistas vão avançar com testes em seis mil pessoas para verificar a eficácia da vacina, que já foi testada em macacos e com resultados promissores.

Em março, o fármaco foi administrado em macacos-rhesus, “os mais parecidos com os humanos”, contou Vincent Munster, responsável pelo estudo, ao “The New York Times”.

Do grupo de primatas, amplamente exposto ao novo coronavírus, os seis que receberam uma única dose da vacina mantiveram-se saudáveis mais de 28 dias e os que não receberam qualquer tratamento ficaram doentes. In “Milénio Stadium” - Canadá

Lusofonia – Primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa será comemorado em evento virtual

Mais de duas dezenas de personalidades lusófonas da política, letras, música ou desporto vão juntar-se num evento virtual para comemorar o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se assinala em 5 de maio.

A iniciativa resulta de uma parceria entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), representação portuguesa na UNESCO, ONU News e da RTP.

“Pela primeira vez, vamos comemorar o Dia Mundial da Língua Portuguesa e tínhamos planeado um evento com grande visibilidade, mas as circunstâncias ditaram que tivéssemos de adaptar o que estávamos a pensar para um formato virtual”, disse à agência Lusa o presidente do instituto Camões, Luís Faro Ramos.

O evento incluirá uma parte “mais institucional”, na qual serão reunidos testemunhos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro português, António Costa, do chefe de estado de Cabo Verde e presidente em exercício da CPLP, Jorge Carlos Fonseca, do secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, e do embaixador Sampaio da Nóvoa, representante de Portugal na UNESCO.

A estes, juntaram-se cerca de duas dezenas de outras personalidades lusófonas incluindo escritores, músicos, cineastas ou cientistas.

Entre eles contam-se os escritores Mia Couto (Moçambique), Germano Almeida (Cabo Verde) ou Manuel Alegre (Portugal) e os cantores Adriana Calcanhoto (Brasil), Dino Santiago (Portugal/Cabo Verde) ou Carminho (Portugal).

Participam também o futebolista Pedro Pauleta, o canoísta Fernando Pimenta (Portugal), o cineasta Flora Gomes (Guiné-Bissau), a cientista Maria Manuel Mota, o teólogo e cardeal José Tolentino de Mendonça (Portugal) ou o político timorense José Ramos-Horta, entre outros.

“Estes testemunhos são condensados num vídeo que transmite perspetivas muito diferentes, muito ricas, daquilo que representa para essas pessoas a língua portuguesa e a comemoração do Dia Mundial”, adiantou Faro Ramos.

A efeméride contará ainda com um espaço de concerto com os músicos do Aline Frazão (Angola), Ivan Lins (Brasil), Teófilo Chantre (Cabo Verde), Manecas Costa (Guiné-Bissau), Stewart Sukuma (Moçambique), João Gil (Portugal), Tonecas Prazeres (São Tomé e Príncipe) e Zé Camarada (Timor-Leste).

De acordo com Luís Faro Ramos, a data será também assinalada com algumas iniciativas na rede do instituto Camões no estrangeiro, com “um destaque adaptado às circunstâncias”.

“Teremos oportunidade de, em 2021, comemorar de outra maneira. Em 2020, é a comemoração possível. Dentro dos condicionalismos que estamos a viver, é multifacetada, digna e com a visibilidade possível”, disse.

O evento será difundido através das redes sociais do Instituto Camões.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou, em novembro do ano passado, o dia 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa, mediante proposta de todos os países lusófonos apoiada por mais 24 Estados, incluindo países como a Argentina, Chile, Geórgia, Luxemburgo ou Uruguai.

A UNESCO escolheu para a efeméride a data em que há uma década se celebrava o dia da língua portuguesa e da cultura da CPLP.

O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, ou seja, 3,7% da população mundial.

É língua oficial dos nove países-membros da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e Macau, bem como língua de trabalho ou oficial de um conjunto de organizações internacionais como a União Europeia, União Africana ou o Mercosul. In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”

Portugal - Medicamento da Bial para Parkinson aprovado nos Estados Unidos da América

O medicamento para a doença de Parkinson da Bial ONGENTYS foi aprovado pelo regulador do mercado farmacêutico norte-americano Food and Drug Administration (FDA) e deverá começar a ser comercializado naquele território até ao final do ano.

Em comunicado, a Bial avança que esta era a “aprovação essencial” para iniciar a comercialização do medicamento ONGENTYS (Opicapona) nos Estados Unidos da América (EUA).

Em fevereiro de 2017, a Bial e a farmacêutica Neurocrine Biosciences, Inc. assinaram um contrato de licenciamento exclusivo para o desenvolvimento e comercialização na América do Norte da Opicapona, prevendo-se agora que o seu lançamento seja até ao final deste ano.

Este fármaco, que é o segundo medicamento de investigação da Bial para o Parkinson, já tinha sido aprovado pela autoridade regulamentar europeia em 2016, estando, desde então, disponível no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal.

Além dos EUA, “perspetiva-se que, entre 2020 e 2021, [o ONGENTYS] possa vir a ser introduzido em outros países europeus, bem como no Japão e na Coreia do Sul”, adianta a Bial.

Citado no comunicado, António Portela, diretor executivo da Bial, afirma estar “satisfeito por ultrapassar este grande marco para o ONGENTYS”.

“Termos um segundo medicamento aprovado pelas autoridades regulamentares norte americanas é uma etapa muito relevante no reconhecimento do projeto de Investigação e Desenvolvimento da BIAL. Estamos muito motivados por poder, através do nosso parceiro nos EUA, a Neurocrine Biosciences, fazer chegar a todos os pacientes com Parkinson este nosso medicamento”, salienta.

A farmacêutica portuguesa, que aloca, em média, “mais de 20% da sua faturação anual à Inovação e Desenvolvimento”, tem atualmente filiais em nove países e vende os seus medicamentos para mais de 50, sobretudo na Europa, África e América. In “Mundo Português” - Portugal

Covid-19 – Evolução semanal do número de infectados a nível mundial às 24 horas do dia 28 de abril dos principais países afectados

Nos últimos sete dias (uma semana) que terminaram ontem, dia 28, houve 580748 novos casos de pessoas infectadas pelo covid-19. Para este mesmo período o Estados Unidos foi o país com maior número de novos infectados, 217021 que corresponde a 37,4% do total. Seguem-se a Rússia (40795), Reino Unido (32101), Brasil (29820), Espanha (27950), Turquia (19062), Itália (17548), Equador (13860), Peru (13353) e França (12380). Comparando esta lista dos 10 países com mais pessoas infectadas com aquela apresentada há quatro dias, temos a saída da Alemanha e a entrada do Peru.

Dos países membros da CPLP, para além do Brasil já mencionado e para igual período de tempo, sete dias, temos Portugal com 2943 novos casos de pessoas infectadas, uma substancial descida nos últimos quatro dias, seguem-se a Guiné Equatorial (232), Cabo Verde (46), Moçambique (37), Guiné-Bissau (23), São Tomé e Príncipe (4), Angola (3) e Timor-Leste (1).



























Baía da Lusofonia

terça-feira, 28 de abril de 2020

São Tomé e Príncipe – Anunciada a recuperação de 4 dos 8 casos confirmados de covid-19 e 63 pessoas estão sob vigilância médica



São Tomé – O governo são-tomense acaba de confirmar a recuperação de 4 dos 8 casos positivos do coronavírus [a Covid-19] no País, tendo anunciado um total de 149 testados, 63 contactos sob vigilância médica e nenhuma morte de acordo novos de dados divulgados esta tarde pela equipa do ministério da Saúde.

Quanto aos testes rápidos efetuados no País, foram realizados um total de 30 [testes rápidos], tendo resultado 24 negativos, quatros positivos e dois estão ainda a espera de se obter resultados definitivos.

Relativamente aos testes PCR, foram realizados um total de 119, sendo 24 em Portugal, 16 no Gabão e 80 na Guiné-Equatorial, resultando, 114 negativos, 4 confirmados [positivos] e um inconclusivo.

Novos dados revelam que já foram registados no País 8 casos, dos quais, 4 já foram recuperados da doença e outros 4 estão internados neste momento no principal hospital do País, Ayres de Menezes.

A nova actualização do relatório Covid-19 revela ainda até ao momento não se registou no País qualquer óbito resultante da doença, encontrando-se neste momento em isolamento domiciliar 63 pessoas sob vigilância das equipas médicas do Ministério da Saíde.

Nos dados do ministério da Saúde dão conta ainda da existência de 4 pessoas no que se refere aos pacientes suspeitos (sintomáticos respiratórios). Ricardo Neto – São Tomé e Príncipe in “STP Press”

Guiné-Bissau - Vai adquirir produto fabricado em Madagáscar para combater covid-19

A Guiné-Bissau vai adquirir um produto à base de plantas medicinais, fabricado em Madagáscar, para combater o novo coronavírus, disse hoje o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.



À margem de um discurso à nação em que anunciou a prorrogação, por mais 15 dias, do estado de emergência, Umaro Sissoco Embaló afirmou que já manteve contactos, por videoconferência, com o seu homólogo malgaxe, Andry Rajoelina, sobre a possibilidade de compra.

Na semana passada, Andry Rajoelina apresentou, publicamente, um chá, batizado de "Covid-Organics", preparado à base de artemísia, uma planta utilizada no tratamento da malária e que na Guiné-Bissau é conhecida por ‘nenebadaji' e outras ervas.

Embora a eficácia da substância não tenha sido comprovada em laboratório, o líder malgaxe, que bebeu o chá na presença de jornalistas e embaixadores, defendeu que curou duas pessoas que estavam infetadas pela covid-19.

Ao anunciar as diligências para a aquisição dos produtos, Umaro Sissoco Embaló exibiu para os jornalistas um trecho da videoconferência que manteve com Andry Rajoelina e da conversa ficou assente que é só a Guiné-Bissau mandar um avião a Madagáscar.

O Presidente guineense disse que, o mais tardar, até quarta-feira todas as diligências serão encetadas a partir de Bissau e indicou que outros países africanos já estão a fazer a mesma coisa.

"O doente experimenta qualquer medicamento que o possa curar", observou Embaló, enaltecendo a experiência de Madagáscar na produção de medicamentos a partir de ervas.

"Madagáscar é um país conhecido na produção de plantas medicinais, desde a Segunda Guerra Mundial […], hoje volta a demonstrar ao mundo que há possibilidade de curar esta doença", defendeu o presidente guineense.

A Guiné-Bissau regista 53 casos de covid-19 e confirmou a primeira morte.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 3 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Madagáscar tem um registo de 128 pessoas infectadas das quais 82 estão totalmente recuperadas. In “Angola 24 Horas” - Angola

África do Sul – Ajuda cubana no combate à covid-19

O Governo de Cuba enviou um grupo de 216 profissionais de saúde para África do Sul para ajudar na luta contra a covid-19, após um pedido de ajuda de Pretória à ilha.

O grupo, composto por 85 médicos, 20 enfermeiros e 111 profissionais de várias áreas da saúde, viajou num voo especial da South African Airways, que chegou domingo à base aérea militar de Waterkloof, em Pretória, anunciou o ministério dos negócios estrangeiros sul-africano.

A África do Sul é o quarto país africano a que acodem profissionais cubanos, devido à pandemia.

A brigada médica inclui especialistas de medicina geral, bioestatística, biotecnologia, técnicos e epidemiologistas, e faz parte do contingente internacional de emergências “Henry Reeve”, que durante os últimos 15 anos prestou assistência em desastres naturais e crises sanitárias em cerca de 20 países.

Cada profissional foi cuidadosamente seleccionado de acordo com a experiência e conhecimento na planificação, execução e gestão de casos clínicos, asseguraram as autoridades cubanas, citadas pela agência noticiosa espanhola EFE.

Os profissionais cubanos serão destacados em diversas províncias do país “segundo os planos estratégicos” do governo sul-africano, foi anunciado.

Cuba enviou pessoal médico para outros países africanos, como Cabo Verde ou Angola e Togo.

No total, quase 1500 especialistas cubanos saíram da ilha, desde o início da pandemia, para 21 nações da América Latina e Caribe, Europa, África e Médio Oriente, entre as quais Itália, Catar, México, Honduras, Venezuela, Haiti e Jamaica.

Segundo Havana, mais de 400 mil especialistas cubanos prestaram serviço em 164 países, até ao final de 2019.

Actualmente, há cerca de 37 mil profissionais de saúde em 67 países, muitos deles com casos de covid-19.

O contingente médico internacional “Henry Reeve” foi criado pelo falecido presidente Fidel Castro em 2005 para ajudar o Estado de Nova Orleans (EUA), após a devastadora passagem do furacão Katrina, mas Washington recusou a ajuda.

Há cinco anos, a brigada “Henry Reeve” ajudou a controlar a epidemia de Ébola em África e o seu trabalho foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com um prémio em 2017.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos a nível global e infectou mais de 3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

A África do Sul regista 4546 casos confirmados de infecção e 87 óbitos em resultado da covid-19. In “O Século de Joanesburgo” – África do Sul

Macau – Paciente em fase de recuperação volta a testar positivo

Ao 19.º dia consecutivo sem novos casos de infecção em Macau, as autoridades de saúde revelaram que um doente dado como recuperado, que já havia recebido alta hospitalar, voltou a testar positivo para a Covid-19 nos últimos dois testes de ácido nucleico, efectuados já no Centro Clínico do Alto de Coloane, onde o cidadão filipino se encontrava a cumprir os 14 dias de isolamento. Também ontem foi dada alta hospitalar a uma residente de 20 anos, que havia regressado do Reino Unido

Lo Iek Long, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, anunciou ontem mais uma alta hospitalar, no 19.º dia consecutivo sem novos casos de infecção, restando agora 13 internados. Na conferência de imprensa, o clínico revelou, contudo, que o paciente do 15º caso, que tinha recebido alta a 12 de Abril e se encontrava em fase de recuperação no Centro Clínico do Alto Coloane, voltou a testar positivo ao novo coronavírus nos últimos dois dias de quarentena. No primeiro dia de quatro dias da realização de testes de ácido nucleico para o corpo docente e não docente das escolas secundárias, Lo Iek Long estimava que, até ao final do dia de ontem, cerca de 1252 profissionais tivessem feito o exame.

Segundo indicou Lo Iek Long, o doente que voltou a testar positivo, tinha tido alta no dia 12 de Abril, altura em que foi encaminhado para cumprir a fase de recuperação no Alto Coloane. Nos dois exames de ácido nucleico, que lhe foram feitos nos dois últimos dias de quarentena, a 24 e 25 de Abril, os resultados deram positivo para a Covid-19. Actualmente, o paciente em questão – um trabalhador não-residente, de nacionalidade filipina, com 32 anos -, encontra-se clinicamente estável, e permanece no Alto Coloane. Lo Iek Long acrescentou que o doente não precisa de regressar ao hospital, a não ser que o seu estado se agrave. O clínico afirmou também que os critérios para autorizar a alta clínica respeitam os requerimentos propostos pela Comissão Nacional de Saúde, garantindo a qualidade das alas para quarentena e o afastamento da população.

“Habitualmente, os casos positivos tornam-se negativos dentro de três ou quatro semanas. Em alguns casos, pode demorar até cinco semanas. Quando o período de tratamento for mais extenso, é possível o paciente voltar a testar positivo”. Em relação à duração da quarentena, Lo Iek Long reiterou que 14 dias é o mínimo, o que justifica a necessidade de, depois de cumprida essa fase de recuperação no Alto Coloane, os pacientes terem de proceder à quarentena domiciliária, durante 14 dias, antes de voltarem ao contacto com a população.

Quatro dias de testes para docentes e não docentes

Tendo sido ontem o primeiro de quatro dias para a realização de testes de ácido nucleico, destinado ao pessoal docente e não docente das escolas do ensino secundário, que retomam a 4 de Maio, Lo Iek Long informou que, entre as 9h00 e 17h00 de ontem, foram testadas 758 pessoas. O clínico estimava que, ainda no dia de ontem, fossem realizados cerca de 1252 exames. O representante comentou a “boa ordem” que se verificou primeiro dia, mas assinalou que alguns dos profissionais chegaram ao local com muita antecedência. Para evitar a aglomeração de multidões, o médico aconselhou que os participantes se dirijam ao local na hora marcada, sendo que o exame demora menos de dez minutos. Com base na situação actual, Lo Iek Long espera que sejam feitos diariamente cerca de 2000 testes de ácido nucleico, e referiu que o Governo irá colaborar com outras instituições para a realização dos exames.

Questionado sobre a possibilidade de o Governo vir a declarar, tal como o fizeram ontem as autoridades da Nova Zelândia, a conclusão do trabalho de combate à pandemia, Lo Iek Long considerou “pouco prático” esse conceito de “se manter virtuoso sozinho”, assinalando que, tendo em consideração a evolução da pandemia, o combate mantém-se um trabalho contínuo.

A paciente que teve ontem alta hospitalar é o 13º caso confirmado de infecção em Macau, uma residente, de 20 anos, que estuda no Reino Unido, revelou o clínico. Até ao dia de ontem, havia 70 quarentenados nos dois hotéis designados para a observação clínica, segundo Inês Chan, chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo.

Em relação ao facto de, a partir de Maio, os locais para o levantamento de cartões de consumo electrónicos reduzirem para quatro, o que pode implicar um aumento de concentração de residentes, Ma Chio Hong, chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, referiu que serão distribuídos agentes policiais pelos locais designados para manter a ordem.

Quanto ao possível adiamento da reabertura das piscinas devido à pandemia, Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Prevenção de Contingência do Novo Coronavírus, explicou que, em princípio, será possível retomar o funcionamento, desde que se reúnam as condições de higiene pessoal e das piscinas, nomeadamente nas privadas que são mais frequentadas. Miguel Fan – Macau in “Ponto Final”

miguelfan.pontofinal@gmail.com

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Suíça - Vacina rápida para a Covid-19 está próxima, dizem cientistas suíços

Uma equipa de investigadores da Universidade de Berna espera ser a primeira a produzir uma vacina contra a Covid-19 e a inocular toda a população suíça em outubro.

"Temos uma possibilidade realista de sucesso", disse Martin Bachmann, diretor do departamento de imunologia da universidade suíça, através de uma conferência na internet com a ACANU, a associação de imprensa das Nações Unidas. "A Suíça tem uma história de pragmatismo e está mais interessada em encontrar um compromisso para obter a vacina mais rapidamente".

Desde o início do surto do coronavírus e a sua designação pela Organização Mundial de Saúde como Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional (PHEIC) no final de janeiro, a maioria dos especialistas e autoridades de saúde internacionais alertam que uma vacina dificilmente estará disponível em menos de um ano ou 18 meses, no mínimo.

Abordagem original

Bachmann, que também é professor de vacinologia no Instituto Jenner da Universidade de Oxford, disse que essa sua projeção adiantada pode ser em parte justificada pela potencial facilidade de produção, onde o equivalente a 200 litros de bio fermento bacteriano, que é necessário para as injeções, poderia produzir de 10 a 20 milhões de doses.

"A vacina é única por causa da enorme escalabilidade. Ela tem a capacidade de produzir milhões de doses num curto espaço de tempo", disse Bachmann.

A vacina em desenvolvimento pela equipa suíça tem uma abordagem diferente dos outros laboratórios, utilizando as chamadas partículas semelhantes ao vírus, que não são infecciosas - ao contrário de quando se utiliza o próprio vírus - e que proporcionam uma boa resposta imunológica. Um protótipo foi desenvolvido em fevereiro, apenas semanas após a identificação do novo coronavírus na China, e teve sucesso nos testes em ratos de laboratório, quando o soro neutralizou o vírus.

Gary Jennings, CEO da empresa Saiba Biotech, que está a trabalhar com a Universidade de Berna, disse que as autoridades suíças estão cientes da importância de aprovar o desenvolvimento da vacina. "Nós podemos fazer isso se o governo suíço e os reguladores também estiverem dispostos. Se eles quiserem ver essa vacina disponível ao público neste período de tempo, então ela será feita".

Para obter aprovação

A Swissmedic, autoridade nacional responsável pela aprovação e supervisão terapêutica, confirmou que já vem oferecendo assessoria científica ao projeto e está ciente de como a pesquisa está a progredir.

O porta-voz Lukas Jaggi disse à swissinfo.ch que "nesta situação excepcional, temos que contar realisticamente com oito a 14 meses até termos uma vacina contra o novo coronavírus SARS-CoV-2".

Numa declaração por e-mail, o assessor de comunicação escreveu que "a Swissmedic dá alta prioridade ao tempo. Mas a segurança e a tolerância da vacina vêm em primeiro lugar. Por isso, é importante que as empresas e grupos de pesquisa entrem em contato com a Swissmedic num estágio inicial, para que possamos acompanhá-los e apoiá-los no seu desenvolvimento antes de submeterem um pedido de autorização".

O desenvolvimento da vacina até ao ponto em que ela possa ser produzida em grande escala exigirá o investimento de CHF 100 milhões (US$ 103 milhões), segundo a Saiba Biotech, que Bachmann co-fundou. Enquanto a Fundação USZ, organização beneficente do hospital universitário de Zurique, manifestou interesse em apoiar a pesquisa, Jennings disse que a Saiba já esteve em conversas com as gigantes farmacêuticas Novartis e Lonza. Paula Dupraz-Dobias – Suíça in “Swissinfo”

Moçambique – Atribuição do selo “Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique”

O Ministério da Indústria e Comércio concedeu, na sexta-feira, 24 de Abril, o direito de uso do selo “Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique” a um total de cinco empresas da província de Maputo, por se ter comprovado que reúnem requisitos para a sua elegibilidade à luz do Regulamento de Uso do Selo (Decreto 10/2012, de 11 de Maio), tais como a utilização significativa de recursos nacionais nos processos de produção, o cumprimento da legislação aplicável no País e a adopção de uma cultura de qualidade, através da implantação de sistemas de gestão de qualidade. Trata-se das empresas Afritubo-Tubos e Acessórios, Strides Pharma Mozambique, Prochem, Divina e C&C Neves, que se vão juntar às outras 59 certificadas com o selo “Made In Mozambique” ao nível daquela província.

Para o ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, a atribuição do selo “Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique” constitui um reconhecimento do Governo a estas empresas, por contribuírem para a valorização dos produtos e serviços nacionais e, igualmente, por estarem comprometidas com a melhoria contínua das práticas de negócio, uma vez que a elegibilidade deverá ser mantida por todo o período de validade da concessão da marca, que é de cinco anos. Por isso, “é louvável o passo dado pelas empresas, às quais apelamos a serem criativas e a esforçarem-se para que continuem a merecer a confiança e o carinho de todos os moçambicanos”, disse Carlos Mesquita, que instou às empresas distinguidas a tirarem proveito do crescimento do mercado nacional e das oportunidades de exportação resultantes das facilidades de circulação de pessoas e bens, bem como da liberalização do comércio.

Num outro desenvolvimento, o ministro da Indústria e Comércio desafiou as empresas nacionais, em particular as de pequena e média dimensão (PME), a apostarem na produção massiva de alimentos e produtos de higiene, optimizando o uso de recursos nacionais.

Por seu turno, a secretária de Estado da província de Maputo, Vitória Diogo, considerou, na ocasião, que a concessão do direito de uso do selo faz jus ao crescimento do tecido empresarial da província, não só em número mas também em qualidade.

“Este é um sinal objectivo de que, como província, estamos a contribuir para a criação, inovação e produção no País, assim como para a geração de renda e criação de mais postos de trabalho”, referiu Vitória Diogo.

Intervindo em representação das empresas distinguidas, António das Neves sublinhou que o selo “Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique” reconhece o contributo do tecido empresarial nacional para o desenvolvimento do País, devendo, por isso, significar uma mais-valia efectiva para os seus detentores.

“O selo deve constituir um instrumento de promoção de negócios sustentáveis, que satisfaça às expectativas do consumidor e que contribua para o crescimento da produção nacional e desenvolvimento económico e social do País”, afirmou. In “Olá Moçambique” - Moçambique

Internacional – Universidade de Coimbra lidera consórcio para estudo pioneiro sobre a resiliência psicológica durante a pandemia COVID-19

A Universidade de Coimbra (UC) lidera um consórcio internacional que vai estudar a compaixão, conexão social e resiliência perante o trauma durante a pandemia COVID-19.

Coordenado por Marcela Matos, do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), este estudo, pioneiro pelo foco da análise e pela abrangência multicultural da equipa de investigadores e da população-alvo, envolve investigadores de 18 países de todo o mundo - Portugal, Espanha, Itália, França, Reino Unido, Dinamarca, Eslováquia, Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Japão, Argentina, Chile, Colômbia, Perú, Uruguai, México e Brasil -, provenientes de instituições académicas, empresas e organizações sem fins lucrativos, como a The Compassionate Mind Foundation (Reino Unido).

Considerando que a crise associada à COVID-19 tem efeitos nefastos tanto na saúde física quanto na saúde mental das pessoas em todo o mundo, o objetivo, explica Marcela Matos, «é examinar o impacto psicológico desta pandemia e compreender que fatores podem ser protetores contra as suas consequências negativas ao nível da saúde mental».

«Pretende explorar, ao longo do tempo e em diferentes países/culturas, os efeitos da pandemia COVID-19 na nossa sensação de segurança e ligação aos outros, sintomas psicopatológicos (como a ansiedade, depressão e trauma), procurando determinar de que modo as pessoas lidam com esta situação e se a mesma pode ser fonte de crescimento pessoal pós-traumático. Um dos aspetos mais inovadores consiste na investigação do possível efeito protetor da compaixão e da autocompaixão», explicita a coordenadora do consórcio.

A compaixão «tem sido definida como a sensibilidade ao sofrimento no próprio e nos outros, capaz de gerar esforços concretos para aliviar ou prevenir esse mesmo sofrimento. Este projeto investigará, de modo transcultural, se a compaixão desempenha um papel protetor relevante na atenuação dos efeitos nocivos da pandemia na saúde mental dos indivíduos», acentua.

Este estudo tem como população-alvo indivíduos da população geral (com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos), profissionais de saúde e pessoas em cargos de chefia em empresas e instituições. A participação envolve o preenchimento anónimo e confidencial de um questionário online.

Mais informações sobre o projeto e como participar podem ser encontradas aqui. Universidade de Coimbra - Portugal

Macau – 25 de Abril, Sempre!

Apesar da pandemia, o 25 de Abril foi assinalado em Macau, com o palco das comemorações “instalado” nas redes sociais. Dois vídeos sobre uma data que “não pode passar em branco” tiveram feedback “positivos”. Numa data muito emotiva, Manuel Geraldes apontou que as redes sociais ajudaram a encurtar o distanciamento social. Por outro lado, Amélia António sublinhou que a iniciativa levada a cabo pela Casa de Portugal constituiu um sucesso e serviu de aprendizagem para o futuro



As celebrações em Macau do “Dia da Liberdade” deste ano foram condicionadas pela pandemia, mas a Casa de Portugal não quis que isso fosse motivo para “saltar a data”, pelo que gravou um vídeo comemorativo. Combinando um espectáculo de marionetas, um momento musical e narrativas sobre a Revolução dos Cravos, o vídeo foi produzido pela equipa da associação e divulgado nas redes sociais.



A presidente da Casa de Portugal disse ao Jornal Tribuna de Macau que sentiu as pessoas “perceberam que o trabalho foi feito com calor humano e empenho”. “Acho que, dentro do que era possível fazer foi um esforço bem recebido e bem feito. Pelas reacções das pessoas que nos mandaram ‘feedback’ e pelo movimento que teve o Facebook acho que despertou interesse e que as pessoas gostaram”, afirmou Amélia António.

Apesar do sucesso, reconheceu ter sido difícil levar a cabo este projecto. “Foi uma experiência muito em cima da hora, porque havia outras coisas a acontecer. Nós não tivemos, até muito tarde, a certeza do que podíamos fazer e portanto quando se decidiu que tinha de ser este formato foi já com muito pouco tempo”, contou, acrescentando que “estas coisas parece que são todas muito simples, mas dão muito trabalho”.

Segundo Amélia António, entre os elogios o público destacou especialmente a atenção dada ao público infantil “que é uma coisa pouco comum”.

Por outro lado, a responsável lamentou que esta celebração não decorresse como nos anos anteriores. “É triste que tenha de ser assim, não é um 25 de Abril que nos encha a alma”, lamentou Amélia António, porém, sublinhando que “serviu de aprendizagem para próximos projectos”.

“Isto não substitui a presença física nem o encontro entre as pessoas, mas alivia essa falta”, pelo que no futuro este formato voltará a funcionar, mas como complemento.

A Casa de Portugal arranca agora com a preparação de “Junho, mês de Portugal” e retomará os trabalhos interrompidos nas futuras instalações do restaurante no Tap Seac.

Conforme noticiámos na edição de sexta-feira, a “Comissão Ad Hoc 25 de Abril”, também produziu um vídeo musical que foi partilhado nas plataformas pela Associação 25 de Abril. Em declarações ao Jornal Tribuna de Macau, Manuel Geraldes salientou que a interpretação de várias obras de Zeca Afonso por parte de José Li Silveirinha, jovem pianista de Macau, mereceu rasgados elogios.

“É um momento musical brilhante, lindíssimo. E claro que é isso que as pessoas dizem nas redes sociais”, afirmou.

A data “que não deve ser esquecida” é sempre um dia muito emotivo para Manuel Geraldes que mesmo com o confinamento social não deixou de o partilhar com “os de sempre”.

“Passei o dia em casa a ver um filme e a falar com as pessoas em Portugal. Recebi os telefonemas habituais desta altura, ainda estou cansado de ontem”, confessou, realçando que “com as redes sociais permitem-nos esta troca e partilha apesar das circunstâncias e da distância entre Macau e Portugal”. Sofia Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”