Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Moçambique - CFM investe em locomotivas e vagões

A Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) investiu cerca de 33 milhões de euros na aquisição de cinco locomotivas novas e 300 vagões-plataforma



Uma fonte da empresa, citada pela “AIM”, adiantou que as locomotivas, que já se encontram em Maputo, têm capacidade para rebocar vagões carregados com 2 700 toneladas, contra as 1 800 toneladas conseguidas pelo equipamento actualmente em uso.

As novas máquinas foram compradas nos EUA, enquanto os vagões virão da vizinha África do Sul, esperando-se que cheguem a Moçambique dentro em breve.

A CFM não adquiria vagões há mais de duas décadas, sendo que durante os últimos anos manteve a actividade possível recorrendo a requalificações constantes do material circulante, uma solução tida como bastante onerosa.

Para minimizar o défice em material circulante, os CFM vinham também alugando equipamentos nos países vizinhos, especialmente no Zimbabué, o que, segundo a fonte da empresa, também irá cessar.

“Com esta aquisição, os CFM podem responder às necessidades dos clientes, tanto na Linha de Ressano Garcia, como na Linha de Limpopo, respectivamente, da Áfricado Sul e do Zimbabué”, disse. In “Transportes & Negócios” - Portugal

Macau - Comércio sino-lusófono no curso de tradução do IPM

O curso de Tradução e Interpretação Chinês-Português/Português-Chinês do Instituto Politécnico vai passar a incluir conteúdos sobre o comércio e serviços entre a China e os países de língua portuguesa, para dar resposta ao plano de desenvolvimento da Grande Baía, revelou Han Lili, directora da Escola Superior de Línguas e Tradução da instituição. No ano passado, 90% dos 150 graduados deste curso e do programa sobre as relações comerciais sino-lusófonas conseguiram encontrar empregos correspondentes ao que aprenderam



A Escola Superior de Línguas e Tradução (ESLT) do Instituto Politécnico de Macau (IPM) vai acrescentar gradualmente ao Curso de Licenciatura em Tradução e Interpretação Chinês-Português/ Português-Chinês elementos relacionados com o comércio e serviços sino-lusófonos, revelou ontem Han Lili. A directora da ESLT aproveitou a ocasião para sublinhar o papel chave da formação de quadros bilíngues para a consolidação da plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

“Macau pode aproveitar as suas vantagens para destacar também na Grande Baía o seu papel de plataforma comercial sino-lusófona”, analisou a directora, à margem do Fórum de Juventude das Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, realizado ontem no IPM.

De acordo com a imprensa em língua chinesa, Han Lili indicou que, no ano passado, 90% de um total de 150 graduados do Curso de Tradução e do Curso de Licenciatura em Relações Comerciais China-Países Lusófonos conseguiram encontrar emprego correspondente à natureza da licenciatura.

Entre esses licenciados, 70% são locais, sendo que a maioria candidatou-se a vagas na função pública. Ao mesmo tempo, uma parte pequena de graduados passou a exercer funções de coordenação em empresas de capital chinês que investem em Portugal.

Por sua vez, Li Yanlian, vice-presidente do Instituto Politécnico, adiantou que no futuro vai lançar mais medidas e programas de formação de quadros no âmbito das Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía. Nesse contexto, o IPM pretende, por exemplo, assinar mais acordos de cooperação e reforçar o intercâmbio com instituições de ensino superior das outras cidades da Grande Baía.

A vice-presidente garantiu que, actualmente, o IPM já colabora de forma próxima com muitas instituições de ensino superior da China Continental, tendo lançado em conjunto vários programas de intercâmbio de alunos. Rima Cui – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Moçambique – Celebrado acordo entre a Universidade de Oxford e o Parque Nacional da Gorongosa



O Parque Nacional da Gorongosa assinou um acordo de colaboração plurianual com a Universidade de Oxford para uma iniciativa denominada “Projecto Paleo-Primata”. O Projecto Paleo-Primata é liderado pela Dra. Susana Carvalho - Professora Associada de Paleoantropologia, na Escola de Antropologia e Etnografia de Museus, onde coordena os Modelos de Primatas para o Laboratório de Evolução Comportamental, no Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolutiva.

A Dra. Susana Carvalho está a liderar uma equipa interdisciplinar internacional de cientistas de renome das áreas da geologia, espeleologia, paleontologia, paleobotânica, arqueologia, primatologia, genética e biologia da conservação. O grupo de investigadores representa instituições de sete países (Moçambique, Reino Unido, Portugal, Alemanha, EUA, África do Sul e Chile). Nas suas investigações preliminares, já descobriram os primeiros fósseis de mamíferos do Mioceno do Vale do Rift de Moçambique, dentro do Parque Nacional da Gorongosa

A Dra. Susana Carvalho explica que identificaram vários sítios fósseis promissores no Parque da Gorongosa e iniciaram o que poderá ser um esforço de exploração e pesquisa de várias décadas que poderá produzir novas ideias sobre quando e como os nossos primeiros antepassados humanos evoluíram em África. A equipa também está a concentrar-se na ecologia moderna única do parque para desenvolver uma melhor compreensão dos ambientes onde os primeiros seres humanos evoluíram. Outro ramo poderoso deste projecto multidisciplinar único é o foco no estudo de primatas modernos, e as suas adaptações comportamentais à ecologia da Gorongosa, para modelar como, no passado, os nossos ancestrais humanos podem ter conseguido viver em habitats semelhantes. A Universidade de Oxford actualmente tem seis estudantes de doutorado e um pós-doutorando - em prestigiadas bolsas de estudo e investigação, incluindo Clarendon Fund da Universidade de Oxford, ESRC, AHRC e Leverhulme Trust - realizando os primeiros projectos primatológicos com os macacos-cães e macacos-de-cara-preta da Gorongosa (para ver mais sobre os projectos dos alunos: aceda aqui).

Em 2018, a Escola de Campo Paleo-Primata Oxford-Gorongosa teve o seu primeiro teste oficial. Actualmente, esta é a única escola de campo do continente africano que oferece formação interdisciplinar em Paleoantropologia, Primatologia e Ecologia. 50% dos estudantes são seleccionados nas universidades Moçambicanas de todo o país. A Dra. Susana Carvalho está actualmente a supervisionar dois estudantes de Licenciatura de Moçambique que desejam seguir a primatologia e a paleoantropologia. In “Olá Moçambique” - Moçambique


CPLP – Na 40ª sessão do Conselho de Direitos Humanos



Realizou-se, em 25 de fevereiro de 2019, na residência da Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra, um jantar de trabalho da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Além dos Representantes Permanentes dos países membros residentes em Genebra, participaram do jantar os respectivos Chefes de Delegação à 40ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH).

Foram homenageados na ocasião a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o Secretário Executivo da CPLP, Embaixador Francisco Ribeiro Telles. Entre outros assuntos, discutiram-se iniciativas conjuntas da CPLP durante a 40ª sessão do CDH. Entre elas, as declarações conjuntas nos temas de direitos da criança, direitos das pessoas com deficiência, abolição da pena de morte e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

As autoridades presentes reiteraram seu compromisso com os princípios e objetivos que regem a CPLP e com o fortalecimento e a ampliação da atuação coordenada de seus países no CDH e outros fóruns internacionais. A Comunidade tem cumprido papel importante em temas de cooperação multissetorial, atuando de modo concertado em distintas vertentes, como ciência e tecnologia, saúde, agricultura e direitos humanos, bem como na promoção e difusão da língua portuguesa e da cultura lusófona, inclusive no que se refere ao seu uso em organismos internacionais.

Fundada em 1996, a CPLP conta com nove membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Diversos países não lusófonos participam da Comunidade na condição de Observadores Associados. São eles: Andorra, Argentina, Chile, França, Geórgia, Hungria, Itália, Japão, Luxemburgo, Maurício, Namíbia, República Checa, Reino Unido, República Eslovaca, Senegal, Sérvia, Turquia e Uruguai. A Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) desfruta do mesmo status. CPLP

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Portugal - Equipa da FCTUC desenvolve ferramenta para integrar a Realidade Virtual na programação de robôs industriais

A inclusão da realidade virtual na robótica, especialmente na robótica industrial, pode ser vantajosa?

Pode, e muito, revela um estudo inédito realizado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em resposta a um desafio lançado pela DOLL Engineering, empresa alemã que desenvolve sistemas robóticos para a indústria.

Com recurso a dispositivos de realidade mista (como a usada no Microsoft HoloLens – óculos que juntam objetos de realidade virtual (hologramas) e de realidade aumentada), um grupo de investigadores do Laboratório de Robótica Industrial da FCTUC desenvolveu uma ferramenta robótica que tem tudo para «revolucionar a robótica industrial, designadamente a programação de robôs, porque estamos perante um novo conceito de interação Homem-máquina. Qualquer técnico vai poder programar um robô sem saber nada sobre ele», afirma Norberto Pires, coordenador do projeto.

Basicamente, partindo do potencial do equipamento HoloLens da Microsoft, que projeta hologramas (imagens tridimensionais) no ambiente real onde é utilizado, «o sistema desenvolvido permite que o utilizador extraia informação visual da peça real, por exemplo, do projeto em 3D dessa peça realizado numa ferramenta CAD, e a explore e manipule – visualmente em ambiente real – de acordo com a aplicação pretendida, através de simples gestos com as mãos. De seguida, transmite essa informação ao robô, que por sua vez a assimila e gera o código necessário para a realização das operações definidas, as quais podem incluir a produção da própria peça (por impressão 3D, por exemplo)», explicita o cientista da FCTUC.

Assim, esta nova ferramenta torna a programação de um robô «acessível a qualquer pessoa, uma vez que o programador deixa de ter de saber o código específico de cada máquina, como é que se programa um determinado robô, isto é, os seus detalhes, a linguagem específica usada, as características do robô, etc., ou seja, tudo isso pode ser escondido do programador, o qual se concentra somente nos aspetos operacionais», acentua Norberto Pires.

A equipa acredita que o sistema desenvolvido, em colaboração com a DOLL Engineering, terá «um vasto campo de aplicação num futuro próximo, mudando radicalmente a forma de programar robôs industriais. E, consequentemente, irá reduzir significativamente o tempo de projeção e de fabrico dos produtos, diminuindo os custos associados.»

A «integração da tecnologia de realidade virtual nos sistemas robóticos industriais atuais é, sem dúvida, um ponto de viragem na redução da complexidade para os utilizadores finais. A atual tecnologia de robôs ainda requer especialização avançada na programação», conclui Norberto Pires.

Este estudo foi publicado recentemente na revista internacional “Industrial Robot” da editora Emerald. Visualize de seguida a demonstração realizada no âmbito do projeto. Universidade de Coimbra “Faculdade de Ciências e Tecnologia” - Portugal



São Tomé e Príncipe - Equipa portuguesa está há oito anos a estudar a surdez nas crianças



Uma equipa de médicos e enfermeiros portugueses tem vindo a realizar missões humanitárias em São Tomé e Príncipe há oito anos. Objectivo: ajudar aquela população a ser auto-sustentável ao nível dos cuidados de saúde e investigar a prevalência de surdez nas crianças.

Foi em Fevereiro de 2011 que dois otorrinolaringologistas, dois enfermeiros e um audiologista portugueses rumaram a São Tomé e Príncipe naquela que seria a primeira de muitas outras expedições, no âmbito do projecto Saúde para Todos – Especialidades, desenvolvido pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF).

Os médicos previam encontrar vários casos de otites médias crónicas, ou seja, infecções persistentes do ouvido médio. Porém, depois de um primeiro contacto com a população, a equipa deu conta de um elevado número de surdez em crianças. Das 640 crianças observadas, 34% são surdas (13% das quais sofrem de surdez profunda) e 22% ouvem apenas de um ouvido (consideradas normouvintes), sendo que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um indivíduo é surdo se ambos os ouvidos tiverem surdez.

Regra geral, a surdez em crianças deriva de infecções e, como tal, é passível de ser tratada. No entanto, os médicos aperceberam-se de que muitos dos casos correspondiam a surdezes irreversíveis, pelo que decidiram dedicar-se ao estudo das possíveis causas desta patologia naquela população.

“Aquilo que verificámos na primeira missão é que, ao contrário do que estávamos à espera, que eram as tais otites médias crónicas, encontrámos muita surdez, mas com ouvidos normais, ou seja, não havia infecções. Tínhamos sobretudo a parte da surdez irreversível sem possibilidade de recuperação”, explica ao “Público” Cristina Caroça, investigadora da Universidade Nova de Lisboa e médica otorrino que liderou a equipa no terreno.

Desde a quarta missão até à penúltima, a 26.ª, mais de metade das crianças observadas, com menos de 15 anos, revelaram uma surdez com perda auditiva em pelo menos um dos ouvidos ou nos dois. “A grande maioria das crianças [mais de 50%] tem os dois ouvidos surdos ou uma surdez unilateral”, nota Cristina Caroça. No total, considerando a população toda da amostra (incluindo adultos e crianças), 32% dos indivíduos apresentam surdez bilateral neurossensorial, um tipo de surdez irreversível.

“Sabemos que a surdez condiciona muito o desenvolvimento socioeconómico de um país, porque um surdo não se integra tão facilmente numa sociedade ouvinte, não trabalha, fica isolado e não tem autonomia. Percebemos que, naquela população, este era um problema de saúde pública”, acrescenta a investigadora, cuja tese de doutoramento incidiu sobre a surdez em São Tomé e Príncipe.

Nas crianças, a “surdez apresenta um risco aumentado de baixa aprendizagem, abuso físico, social, emocional e sexual, podendo mesmo levar à morte”, escrevem os autores num artigo científico que resultou desta investigação, publicado em 2016 na Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial.​

Segundo os autores, em 2016 a OMS estimava que cerca de 5% da população mundial (360 milhões de pessoas) apresentava incapacidade auditiva, com elevada prevalência nos países em desenvolvimento da Ásia e África subsariana. Em Portugal, estima-se que existam mais de 26 mil surdos.

Quais as causas?

De forma a perceber quais os factores de risco que poderiam estar na origem da prevalência de surdez, os investigadores começaram a estudar as principais doenças que afectam a população de São Tomé e Príncipe.

Com base noutros estudos e nos dados recolhidos, os especialistas chegaram à conclusão de que a surdez nas crianças pode estar associada à ototoxicidade e a uma dose de medicação para a malária desadequada. “Aquilo que verificámos é que a surdez nas crianças associada aos antimaláricos é maior porque, muitas vezes, essas crianças fazem a medicação sem ser adequada ao peso”, explica ao “Público” Cristina Caroça.

Por outro lado, quando avaliaram a questão das vacinas e das doenças de saúde pública, os investigadores decidiram averiguar se a população estaria exposta ao vírus da rubéola (tendo em conta que a vacina não era administrada até ao final de 2017). Segundo a investigadora, quando uma mulher grávida é exposta ao vírus da rubéola, os filhos têm 60% de probabilidade de desencadear uma surdez neonatal.

À semelhança do que já tinha sido verificado em estudos anteriores, os dados revelaram uma possível ligação entre a rubéola e a surdez em crianças. “A relação da infecção pelo vírus da rubéola e a surdez é conhecida desde há longa data no âmbito da comunidade científica. Em São Tomé não se tinha conhecimento de diagnóstico da rubéola na comunidade, daí que o facto de se provar que existia rubéola [cerca de 80% da população abaixo dos 35 anos apresentava imunidade para esta infecção] levou à emergência da implementação da vacina”, explica a investigadora.

Outros dos factores de risco estudados dizem respeito às hemoglobinopatias (um conjunto de doenças de origem genética que podem ter implicações nos glóbulos vermelhos e causar anemia), que são prevalentes naquela região subsariana, e ainda ao défice de glucose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD), que “pode levar a consequências nefastas ao nível do sistema nervoso central logo nos primeiros dias de vida” e que está associado à icterícia neonatal grave e consequente surdez neurossensorial neonatal e alterações cognitivas, explica ainda a investigadora.

Os especialistas avaliaram também possíveis causas da surdez ao nível da influência genética de outros povos (oriundos de países como Portugal e países nórdicos) e da consanguinidade, mas os resultados não se revelaram significantes.

Deste trabalho no terreno surgiram vários artigos científicos, publicados em revistas nacionais e internacionais (como a BMC Public Health e a International Journal of Medical Research & Health Sciences), e um recente prémio no âmbito do programa Projectos de Investigação em Medicina, promovido pelo Consórcio Tagus Tank (parceria entre o Grupo José Mello Saúde e a Universidade Nova de Lisboa), que valeu um financiamento de 20 mil euros para continuar a investigação.

Uma componente humana

A última missão, já em Janeiro deste ano, foi já a 27.ª em São Tomé e Príncipe e a equipa garante que tem vindo a aumentar o seu espectro de acção. Cada missão dura uma semana e, anualmente, são realizadas entre três a quatro missões. “Ao longo destas 27 missões as equipas foram aumentando e fomos orientando mais com vista aos problemas que fomos encontrando”, conta Cristina Caroça. Em 2018, foi a vez de o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, ter conhecido de visita a este país algumas das pessoas por trás desta iniciativa.

Além das intervenções cirúrgicas e consultas médicas nos hospitais e centros e saúde, assim como rastreios nas escolas, a equipa de médicos portugueses tem vindo a pôr em prática um conjunto de medidas para ajudar a comunidade são-tomense. Até porque, garante a investigadora, estas missões não têm apenas um fim investigativo.

“Este projecto nasceu sobretudo pela componente humana. Nós só podemos ajudar se os ensinarmos, para eles fazerem as coisas, porque não podemos estar sempre ali ao lado. Temos de lhes dar instrumentos, para que se consigam desembaraçar”, explica Cristina Caroça, que salienta ainda o contacto com a população como um dos pontos-chave.

A formação de médicos e enfermeiros locais na especialidade de otorrinolaringologia tem sido “o passo mais importante”, nota a investigadora, além do apoio que prestam à comunidade através da telemedicina (que permite aos médicos portugueses estarem permanentemente em contacto) e da educação para a saúde com palestras, um workshop para enfermeiros sobre cuidados pré e pós-operatórios e jornadas anuais.

“Há uma necessidade de deixar algum legado e permitir que os médicos de São Tomé consigam ser auto-suficientes”, sublinha Cristina Caroça. Neste momento, existem dois médicos são-tomenses em formação para que, no futuro, sejam capazes de “realizar intervenções na ilha com segurança”.

O balanço é positivo, com um maior envolvimento dos profissionais de saúde locais e um crescimento favorável. “Nota-se uma evolução grande em termos de doentes com infecções dos ouvidos que estão cada vez menos activas e, por outro lado, os médicos estão mais conscientes da problemática e dos cuidados que devem ter”, garante a médica.

Além da aplicação da vacina da rubéola e da actividade cirúrgica, a investigadora destaca algumas medidas de sucesso postas em prática nos últimos anos, como o diagnóstico da própria surdez através de exames de audição, as sessões de terapia da fala (não só para a melhoria da voz, mas também para estimular a oralidade) e a adaptação de próteses auditivas a crianças e adultos jovens. Também a criação de uma língua gestual própria de São Tomé e Príncipe, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, permitiu uma maior integração dos surdos na comunidade e a criação de “um meio de contacto” entre eles, explica Cristina Caroça.

Por fim, a médica destaca a implementação do rastreio auditivo neonatal que teve uma cobertura de 16% no ano passado (num universo de cinco mil nascimentos), “de forma a detectar a surdez mais precocemente para também adaptar a criança à situação e integrá-la na sociedade”, tendo em conta as suas necessidades educativas e o estigma social.

Garante a investigadora que as missões irão continuar no futuro e o objectivo passa também pelo estudo do impacto que outras doenças como, por exemplo, a toxoplasmose têm naquela população. “Tudo medidas para evitar que haja um flagelo destas patologias que afectam o desenvolvimento das crianças”, conclui Cristina Caroça. E se dúvidas restassem, diz a médica, há já consultas marcadas para 2030. Filipa Mendes – Portugal in  "Público"

Brasil - Ação conjunta para o agronegócio

SÃO PAULO - O Ministério da Infraestrutura acaba de anunciar retomada do transporte ferroviário com a concessão de três novas ferrovias. Entre elas, está a licitação da Ferrogrão (EF-170), prometida ainda para 2019 ou início de 2020. Essa ferrovia deverá ligar os Estados do Mato Grosso e Pará, entre Sinop e o porto de Miritituba, em Itaituba, na margem direita do rio Tapajós, perto de Santarém, de onde os navios podem sair carregados pelo Rio Amazonas até o Oceano Atlântico, com destino à Europa e à Ásia, principais consumidores de grãos brasileiros.

Em março, segundo o Ministério da Infraestrutura, será lançada a licitação de uma linha férrea entre Porto Nacional-TO e Estrela d’Oeste-SP, que deverá ligar também o porto de Itaqui-MA ao Porto de Santos-SP. Com isso, a previsão é que até 2025 a participação do modal ferroviário na matriz de transporte venha a dobrar, desafogando o modal rodoviário.

Além colocar a Ferrogrão para funcionar, o Ministério pretende prorrogar contratos de concessão, usando outorgas devidas pela prorrogação dos contratos para construir novos segmentos. E o primeiro segmento previsto é a Ferrovia Integrada do Centro-Oeste, entre Água Boa-MT e Campinorte-GO, impulsionando o agronegócio no Vale do Araguaia.

Se não se tratar apenas de uma carta de intenções, iniciativa comum em começo de governo, a ação do Ministério da Infraestrutura vem em boa hora e será decisiva para acelerar o desenvolvimento do agronegócio, tirando caminhões das rodovias e, especialmente, diminuindo os gastos com transporte até os principais portos do País, que hoje, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), representam cerca de 30% do custo total dos produtores de grãos.

De qualquer modo, é necessário que essas iniciativas do Ministério da Infraestrutura sejam acompanhadas por outras que priorizem a utilização do modal hidroviário. Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostram que apenas 5% do que o Brasil produz é escoado pelos rios, volume que poderá ser bem maior, se houver maciços investimentos em obras para a construção de eclusas, correção de desníveis e eliminação de barreiras de pedras a fim de que as barcaças possam navegar com segurança.

Em outras palavras: é fundamental que sejam criadas condições que permitam baixar os altos custos da logística no País. Aliás, as commodities continuam a ser vendidas no mercado externo graças ao seu baixo custo de produção, aliado às elevadas cotações que permitem absorver o custo do frete gerado pela ineficiência da infraestrutura logística.

A título de exemplo, pode-se lembrar que, segundo dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em média, o custo do frete interno para a exportação de soja representa 25% do valor do produto. Já no caso do milho esse custo sobe para 50%, o que pode tornar em breve inviável economicamente sua exportação. É de se ressaltar também a vulnerabilidade que essa situação produz, pois, afinal, o Brasil não exerce qualquer controle ou influência sobre as cotações das commodities. Ou seja, uma eventual redução nos preços das commodities pode também inviabilizar as exportações.

Diante disso, torna-se importante igualmente a industrialização ou agregação de valor às commodities exportadas, o que, por enquanto, é quase impossível devido ao atual sistema tributário, que onera e adiciona custo ao produto durante o seu processamento industrial. Como se vê, para equacionar ou minimizar a questão, é imprescindível uma ação conjunta do Ministério da Infraestrutura com o Ministério da Economia que absorveu as funções dos antigos ministérios da Fazenda, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, do Planejamento e do Trabalho. Milton Lourenço - Brasil


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Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Guiné-Bissau – Forças Armadas recebem presente da República Popular da China

O Governo da República Popular da China ofereceu na passada quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019, às Forças Armadas da Guiné-Bissau, seis (6) máquinas agrícolas nomeadamente, tratores de lavoura, máquinas debulhadoras-cheiradora de arroz e milho, máquina bulldozer, pá escavadora, carregador de rodas e grade-charrua e cinco (5) máquinas de construção civil a fim de melhorar a produção do arroz.

A cerimónia da entrega dos materiais foi presidida pelo embaixador da China acreditado no país e decorreu no Estado Maior General das Forças Armadas, em Amura. Eduardo Costa Sanhá, Ministro da defesa nacional, disse que o cumprimento do papel das forças armadas em tempo de paz torna-se mais evidente quando as suas estruturas dispõem de condições necessárias para executar o papel que lhes é reservado pela Constituição da República e demais instrumentos jurídicos que regulam o seu funcionamento.

Aquele responsável assegurou que o apoio vai permitir às estruturas das forças armadas responder objetivamente aos desafios da modernização da produção e da engenheira militar, contribuindo assim na redução dos gastos do erário público para com as forças armadas.

Por seu lado, o Embaixador da República Popular da China, Jin Hong Jun, informou que as duas forças armadas, as da Guiné-Bissau e as China, têm uma relação muito antiga que começou desde os primórdios da luta de libertação, baseadas em profunda amizade, razão pela qual, após a independência, a China tem apoiado firmemente a Guiné-Bissau e troca continua de visitas de alto nível e na formação de quadros.

“A China é amiga e irmã da Guiné-Bissau, daí quando soubemos que as forças armadas guineenses estão com falta de maquinaria agrícola e de construção, respondemos pronta e positivamente à demanda do General Biaguê Nam Tam, trazendo 6 máquinas agrícolas e de construção civil. Estamos convencidos que estas máquinas vão contribuir positivamente para dar mais um passo firme em termos da fortificação das ações desenvolvidas”, espelhou. 

O Chefe de Estado das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Biaguê Nam Tam, garantiu que os materiais agora recebidos serão usados de forma cautelosa e racional, permitindo assim uma boa gestão dos mesmos. Adiantou ainda que neste momento as forças armadas guineenses dispõem de três campos agrícolas nomeadamente, Fá-Mandinga de 130 hectares, Bedinga Na Nhasse de 60 hectares e campo de Salato.

Importa salientar que os materiais agrícolas e de construção oferecidos pelo governo chinês foram orçados no valor de 385 milhões de franco CFA. Aguinaldo Ampa – Guiné-Bissau in “O Democrata”

Internacional - Relações Portugal-China marcam congresso em Aveiro

Os temas centrais das relações bilaterais entre Portugal e a República Popular da China vão estar abertos a debate com uma perspectiva internacional. Em Março decorrerá na Universidade de Aveiro a segunda edição de um congresso cujas atividades vão de exposições a análises sobre o impacto económico global da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”



Entre os dias 13 e 15 de Março realiza-se na Universidade de Aveiro a segunda edição do congresso internacional “Diálogos Interculturais Portugal-China”. O programa revela uma passagem por acontecimentos históricos, como os 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China (RPC), mas também se foca em pontos chave das relações entre os dois países na actualidade.

De resto, os 70 anos da proclamação da República Popular da China e os 20 anos da transferência de soberania de Macau são datas que a iniciativa pretende também assinalar. Organizado pelo Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, em parceria com outros departamentos da mesma instituição de ensino superior, o evento conta com personalidades internacionais para conferências, quatro painéis temáticos, exposições e workshops, entre outras actividades.

Entre os oradores dos debates encontram-se nomes conhecidos de Macau, como Carlos André, cuja intervenção se intitula “Má fortuna a Oriente: Camões em dois romances contemporâneos”, apresentando também a exposição “Deambulações pela China”, José Luís de Sales Marques, que vai abordar “O lugar de Macau no contexto actual da Política Externa da RPC”, ou os investigadores António Aresta e Beatriz Basto da Silva, com apresentações sobre “A presença de Confúcio na cultura portuguesa” e “Macau e os Labirintos da História”, respectivamente.

Caio César Christiano, do Instituto Politécnico de Macau, também vai estar presente para abordar o tópico “Falâ Portuguesado: Percepções sobre a língua portuguesa entre a comunidade maquista”. O professor está a desenvolver um estudo, acompanhado por uma outra docente que desenvolve os trabalhos junto com os participantes que falam cantonês, no qual procura perceber a importância da língua portuguesa para a identidade macaense.

“É um tema que suscita, sim, interesse. Porque o tema identitário dentro da sociolinguística e da análise do discurso é bastante importante. Obviamente estamos a falar de uma comunidade extremamente pequena, então não vai haver o mesmo interesse que comunidades muito maiores, como a diáspora portuguesa. Mas a simples presença de macaenses em Hong Kong, no Brasil, nos EUA, desperta o interesse de pesquisadores locais que dialogam sobre isso”, comentou à Tribuna de Macau.

Trabalhar com a comunidade macaense e o seu português pareceu-lhe “essencial neste momento”, que considera estar em transição, uma vez que há uma geração que cresceu a estudar português, mas já surge uma outra que muitas vezes se afastou da língua.

Actualidade marca painéis temáticos

Nos painéis temáticos dá-se um enfoque maior aos temas de relevância nas relações bilaterais entre os dois países. O primeiro é sobre a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, na qual Portugal tem procurado participar activamente. Nele pretende-se debater a relevância da iniciativa, bem como compreender o seu significado e impacto na economia global e nas relações entre os povos, nomeadamente entre a China, Portugal e os países de língua oficial portuguesa.

O ensino da língua também não foi esquecido, com o segundo tema em debate intitulado “Diálogos entre Línguas: Literatura, Tradução e Ensino”. Pretende-se aqui dar conta dos esforços de ensino das duas línguas, bem como da tradução nos dois sentidos, é explicado no programa. Por outro lado, ressalva-se que a China está presente na literatura portuguesa tanto em resultado das viagens dos navegadores portugueses como pela passagem de escritores ao longo do último século por Macau.

“Constitui, portanto, um tema de investigação o modo como os escritores portugueses têm percepcionado a cultura chinesa. De igual modo, afigura-se desafiador tentar perceber a visão que os chineses transmitem de Portugal”, é descrito na página online.

A cultura e o turismo constituem outro ponto chave, pretendendo-se uma análise dos testemunhos culturais da presença dos Portugueses na China e abordar o desenvolvimento das formas de turismo e lazer. Por outro lado, sobre os diálogos artísticos vai dar-se a conhecer projectos desenvolvidos nos domínios da música, do teatro, da dança, do audiovisual, da multimédia e do design. Salomé Fernandes – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Sabes mãe















Vamos aprender português, cantando





Paulo Praça – Portugal

Letra: Valter Hugo Mãe - Portugal



Angola - Descoberto diamante no Lulo com 128 quilates

A Lucapa Diamond Company anunciou a descoberta na mina do Lulo do seu 12.º diamante com mais de 100 quilates. Desta vez, nas mãos dos sócios da Sociedade Mineira do Lulo brilha um diamante com 128 quilates



Este diamante, bem como outra gema, rosada, de 7,5 quilates, foi encontrado pouco tempo depois de Angola ter realizado, no final de Janeiro, um leilão em que os promotores arrecadaram perto de 16,7 milhões de dólares norte-americanos com a venda de um lote de sete pedras de qualidade excepcional, entre elas um Type Illa D-Colour, de 114 quilates, e um diamante cor-de-rosa, de 46 quilates.

De acordo com informação divulgada pela Lucapa, que tem como sócios na exploração da Sociedade Mineira do Lulo a Endiama (concessionária) e os privados da Rosa & amp; Pétalas, estes diamantes de excepcional qualidade estavam guardados há já alguns meses para confirmar a melhoria substancial das condições de mercado geradas pela legislação aprovada recentemente para o sector.

Legislação essa, enquadrada pelo Decreto Presidencial de 19 de Junho, que colocou um ponto final na venda obrigatória a clientes preferenciais por parte dos produtores, como o Lulo, e ainda pela garantia de venda livre em mercado de até 60 por cento das suas produções.

O Lulo produziu, entre dezenas de outros grandes diamantes, os três maiores jamais encontrados em solo angolano, incluindo o de 404 quilates, que foi vendido em 2016, aos joalheiros de luxo suíços da de Grisogono, da empresária angolana Isabel dos Santos, por 16 milhões de dólares, tendo, no entanto, beneficiado dos descontos obrigatórios aos clientes preferenciais existentes na anterior legislação.

Foi ainda o Lulo que bateu o recorde global de preço por quilate nesse ano, em que os diamantes angolanos dali originários chegaram aos 2 983 USD/quilate, graças à fama que conseguiu este couto mineiro por causa da qualidade e da dimensão dos seus diamantes. In “Novo Jornal” - Angola

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Macau - Universidade de Macau sobe no ranking da Ásia Pacífico


A Universidade de Macau está na 60ª posição do ranking de universidades da região da Ásia-Pacífico. A instituição de ensino superior subiu dois lugares em relação ao ano passado. Nos lugares cimeiros, a chinesa Universidade de Tsinghua destronou a Universidade Nacional de Singapura que ocupou o topo da tabela nos últimos três anos



A Universidade de Macau (UM) voltou a subir no ranking dos estabelecimentos de ensino superior da região da Ásia-Pacífico, ocupando agora a 60º posição, segundo informação divulgada ontem pela Time Higher Education. A classificação obtida representa uma subida de dois lugares relativamente à avaliação realizada em 2018.

Já na tabela do ranking mundial, a UM encontra-se em 351ª posição, lugar que ocupa desde 2017. Em 2016, ocupava a 401ª posição.

A grande surpresa do ranking apresentado ontem foi a liderança regional da Universidade Tsinghua. O prestigiado estabelecimento de ensino superior chinês destronou a Universidade Nacional de Singapura que tem liderado a lista das melhores universidades da Ásia Pacífico nos últimos três anos. É de salientar que esta é a vez que uma universidade chinesa lidera o ranking da região. A Universidade Tsinghua ultrapassa, assim, a Universidade de Pequim, que caiu três lugares entre 2018 e 2019 encontrando-se agora na 6ª posição do ranking de universidades da Ásia-Pacífico.

Entre os dez primeiros lugares do ranking figuram ainda três universidades da região vizinha: a Hong Kong University of Science and Technology que ocupa a 4ª posição, a University of Hong Kong em 5º lugar e a Chinese University of Hong Kong na 9ª posição.

Troca de posições

Também a nível mundial, a Universidade de Tsinghua tem vindo a subido constante de posicionamento. Em 2017 estava classificada em 35º lugar, e no ano seguinte pulou para a 30ª posição da lista. Este ano é considerada pela Time Higher Education como a 22ª melhor universidade do mundo. Já a Peking University tem perdido lugares no ranking internacional. No ano passado ocupava a 27ª posição e este ano passou para 31ª posição.

A britânicas Universidade de Oxford e Universidade de Cambridge continuam a ocupar os dois primeiros lugares do ranking internacional, respectivamente, seguidas da americana Standford University.

UM - Faculdade de Gestão acreditada pela AACSB International

A Faculdade de Gestão da Universidade de Macau foi acreditada pela AACSB International, a mais antiga entidade na área dos negócios que estabelece uma rede entre estudantes, empresas e estabelecimentos do ensino superior, de acordo com um comunicado recebido ontem. “A acreditação da AACSB reconhece instituições que demonstraram excelência em todas as áreas, incluindo ensino, pesquisa, desenvolvimento de currículos e aprendizagem dos alunos”, apontou Stephanie M. Bryant, vice-presidente executiva da AACSB International, referindo-se ao bom desempenho da UM. Actualmente, existem 836 instituições em 55 países e territórios acreditadas por esta entidade. Em resposta Jean Chen, reitor da Faculdade de Gestão mostrou-se satisfeito, porque considerar que a acreditação representa o reconhecimento internacional. Por outro lado, com a distinção, a Faculdade de Gestão da UM fica numa “excelente posição para atrair melhores profissionais e mais alunos”. Sofia Mota – Macau in “Hoje Macau”

Indonésia – Redescoberta maior abelha do mundo



A maior abelha do mundo, desaparecida há décadas e que se admitia “perdida para a ciência”, foi redescoberta numa ilha remota da Indonésia, anunciaram ontem os investigadores que a descobriram.

“Foi de tirar o fôlego, ver este ´buldogue´ voando”, comentou o naturalista Clay Bolt, citado num comunicado da organização ambientalista norte-americana "Global Wildlife Conservation".

Bolt encontrou numa floresta tropical das ilhas Molucas, Indonésia, uma colmeia de abelhas de Wallace (Megachile pluto), afirmando agora que “foi incrível” ver o quão “grande e bonita” é a espécie e ouvir o som das suas “asas gigantes”.

Esta abelha, cuja fêmea pode chegar a ter quatro centímetros de comprimento e seis de envergadura de asas, é quatro vezes maior que a abelha comum e foi descoberta pelo britânico Alfred Russel Wallace em 1858. Mais de um século depois, em 1981, foi redescoberta em três ilhas do arquipélago das Molucas do Norte por um entomologista.



“Espero que esta redescoberta leve a novas investigações, que nos ajudarão a entender melhor esta abelha única e a protegê-la”, disse Eli Wyman, entomologista da universidade de Princeton, Estados Unidos, e que fazia parte do grupo que voltou a encontrar a abelha. Expedições anteriores à mesma região não tinham conseguido localizar a espécie gigante.

A Lista Vermelha das espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) classifica as abelhas de Wallace como “vulneráveis”, não ameaçadas de extinção, notando que o habitat remoto torna o seu estudo difícil.

Os cientistas sabem no entanto que as abelhas de Wallace fazem as colmeias em termiteiras instaladas em árvores e que utilizam resina que recolhem com as mandíbulas para proteger a colónia das térmitas.

Na página da organização ambientalista, Bolt descreve o processo que o levou às ilhas Molucas em Janeiro passado, pela mesma altura da viagem de Wallace e depois de Adam Messer, o último a ver a abelha em 1981. In “Hoje Macau” - Macau

Angola - Apoia criação de canal de televisão lusófono

A indicação foi dada pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Domingos Augusto, em entrevista à Euronews





O chefe da diplomacia angolana referiu que "a comunicação entre povos é fundamental, especialmente quando falam a mesma língua. Através dessa comunicação poderemos estar a par sobre o que cada um de nós faz e descobrir até oportunidades ou debilidades que podem ser depois objeto de empenho das autoridades e das respetivas sociedades civis para tornar a comunidade mais harmoniosa".

Em janeiro, a ideia de um canal de televisão lusófono foi referenciada pelo deputado português Jorge Lacão, à margem dos trabalhos da VIII Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), que decorreu na capital de Cabo Verde, Praia.

O canal lusófono, explicou, seria "partilhado pelos vários canais de televisão dos vários países, com uma dimensão à escala planetária".

A ambição da CPLP em criar um canal de televisão internacional já existe há pelo menos 12 anos, mas nunca saiu do papel. In “Plataforma” - Macau

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Portugal - “O Melhor do Mundo são as Crianças”

Há um espetáculo que vai fazer com que os miúdos se apaixonem por Fernando Pessoa. “O Melhor do Mundo são as Crianças” acontece nos dias 23 e 24 fevereiro no Templo da Poesia e a entrada é livre



“O Melhor do Mundo são as Crianças”. Alguém tem alguma dúvida disto? E é mesmo por isso que artistas se juntaram para apresentar um espetáculo com este nome. Vai estar em cartaz em Oeiras nos dias 23 e 24 de fevereiro. Uma combinação de música, teatro e poesia ligadas ao universo de Fernando Pessoa é o que pode esperar o público no Templo da Poesia, às 15h30. A entrada é livre.

O evento quer despertar nos miúdos o interesse e a curiosidade sobre a obra do famoso escritor português. A proposta é mostrar o trabalho do poeta de forma lúdica. Vai haver leitura de poemas e serão apresentados alguns factos biográficos e curiosidades sobre Pessoa.

A dupla de músicos João Afonso e António Lago Pinto está à frente da apresentação com canções inéditas relacionadas à vida e obra do escritor. O espetáculo é uma produção da QUANTA acontecimentos culturais. O seu fundador, António Terra, é o responsável pela encenação e o espaço cénico do evento, que está a ser organizado pela Câmara Municipal de Oeiras.

A grande proposta do espetáculo é, através dos elementos cenográficos, da iluminação teatral e da narrativa sonora e visual, levar os miúdos a um mundo de faz de conta e unir o encantamento da infância com a literatura de Fernando Pessoa.

O evento é gratuito e está sujeito à lotação da sala. Haverá uma distribuição de senhas uma hora antes do espetáculo na receção do Templo da Poesia. O espaço fica na rua José de Azambuja Proença, dentro do Parque dos Poetas, em Oeiras. Juliana Soares – Portugal in New in Oeiras”

Internacional – Está a votação a Árvore Europeia do Ano 2019

Termina a 28 de fevereiro a votação a nível mundial para eleger a Árvore Europeia do Ano de 2019 (European Tree of The Year 2019)



A Azinheira Secular do Monte Barbeiro, no Alentejo, é a árvore que representa Portugal, está neste momento, em terceiro lugar na preferência do público, e a organização em Portugal está a apelar ao voto de todos.

A votação está disponível em "TREE OF THE YEAR".

“Entramos amanhã na última semana do período de votações do concurso ‘European Tree of The Year 2019’, que termina a 28 de fevereiro. A Azinheira Secular do Monte Barbeiro, árvore que representa Portugal no concurso, ocupa o terceiro lugar com 21 610 votos”, refere um comunicado na União da Floresta Mediterrânica (UNAC), entidade organizadora do concurso a nível nacional.

Ao final da tarde de quarta-feira, 20 de fevereiro, estava em segundo lugar a Amendoeira de Snowy Hill em Pécs, Hungria, com 21 647 votos, e em primeiro lugar encontrava-se o Carvalho de Abramtsevo, da Federação Russa, com 29 197 votos.

A partir de hoje, dia 22, e até ao final das votações os resultados estarão ocultos.

Uma árvore com 150 anos

A Azinheira Secular do Monte Barbeiro tem 150 anos e está plantada em Mértola, no Alentejo.

A azinheira é uma árvore resiliente que faz parte de um sistema de produção mediterrânico único, que sustenta a economia de territórios frágeis e contribui para a biodiversidade.

“A melhor forma de perceber a grandiosidade desta Azinheira Secular é efetivamente pela sua sombra, ao nos sentarmos debaixo da sua copa que faz com que o calor abrasador do Alentejo nos pareça suportável e nos permite contemplar a vastidão da planície envolvente respirando a sua tranquilidade”, apresenta a UNAC.
A Azinheira Secular do Monte Barbeiro foi nomeada ao concurso pela Câmara Municipal de Mértola.

O concurso Árvore Europeia do Ano procura eleger a árvore com a história mais interessante. As votações decorrem entre 1 e 28 de fevereiro de 2019.

Quem votar pode selecionar sempre duas árvores. Os resultados serão anunciados na cerimónia de entrega de prémios, em Bruxelas, Bélgica, a 19 de março, onde os vencedores serão premiados. In “Mundo Português” - Portugal