Lisboa
– O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Correia Monteiro, considerou em
Lisboa, que no País, pode-se afirmar que há mais produção artística e cultural
na diáspora do que no território nacional.
O
representante diplomático fez essa afirmação na abertura da sessão musical e
cultural, denominada “Canções com cores cabo-verdianas – Chansons Françaises
aux couleurs cap-verdiennes”, no âmbito da Festa da Francofonia 2023, que
decorreu no CCCV, com sala completamente cheia.
“Hoje
Cabo Verde pode dizer que tem mais produção cultural e artística na sua
diáspora do que no território nacional, por isso faz todo o sentido ter este
centro em Portugal e no concelho da cidade de Lisboa”, considerou o embaixador,
lembrando que São Bento, onde fica o CCCV, no passado, “foi muito frequentado
por cabo-verdianos e onde vários artistas se expressaram na música”.
Segundo
ele, o CCCV procura acolher iniciativas de quase todos os países, sublinhando
que no município de Lisboa existe uma comunidade cabo-verdiana muito
significativa, em termos de números, mas também muito activa e com uma
expressão social e cultural “muito intensa”.
“O
CCCV é um espaço de diálogos entre culturas e para nós essa é uma função
importante”, disse Eurico Monteiro na sessão que contou com a presença da
embaixadora de Luxemburgo em Portugal e vários representantes diplomáticos de
diferentes países, em Lisboa.
Para
o embaixador de Cabo Verde, esta é uma “importante iniciativa de cooperação
entre os dois países”, num espaço que se quer fazer a “afirmação da cultura”
cabo-verdiana e lusófona, mas, particularmente, “partilhar” todas as culturas.
No
evento promovido pelo CCCV e as embaixadas de Cabo Verde e do Luxemburgo em
Portugal, e que contou com actuações de Carla Correia e Lucibela, acompanhadas
por Humberto Ramos no piano, Eurico Monteiro lembrou que o CCCV é o resultado
de uma cooperação “muito estreita e muito intensa” com o município de Lisboa.
De
acordo com a organização, “Canções com cores cabo-verdianas – Chanson française
aux couleurs cap-verdiennes”, é um evento de “celebração da amizade” entre Cabo
Verde e o Luxemburgo, e da Francofonia, que foi honrada com algumas melodias da
“Chanson Française”, misturado com toques dos países organizadores”.
Canções
com cores cabo-verdianas – Chanson française aux couleurs cap-verdiennes” surge
do trabalho comum entre o Luxemburgo e Cabo Verde, sendo que esse país europeu
é membro fundador da Organização Internacional da Francofonia (OIF), fundada em
1970 e Cabo Verde juntou-se em 1996.
O
concerto na sessão musical e cultural foi seguido de uma recepção gastronómica
onde o público saboreou as especialidades de todos os países da Francofonia.
Este
ano, a celebração da Festa da Francofonia, que acontece sempre em Março, tem
como tema “Une semaine à tous les temps?”, tema que convida todos a reflectir
sobre a percepção e relação com o tempo, em particular jogando com as palavras
francesas que o exprimem.
Em
Portugal, será prestada uma homenagem à Roménia, que está a celebrar 30 anos de
participação na OIF, representado por parceiros e 13 países, nomeadamente
Andorra, Bélgica, Cabo Verde, Canadá, Costa do Marfim, Egipto, França,
Luxemburgo, Marrocos, Moldávia, Roménia, Senegal e Tunísia. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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