Lisboa
– O município de Burela, em Espanha, acolheu hoje, terça-feira, o 1º Dia da
Literatura Cabo-verdiana, promovido pelo Instituto Perdouro e com foco na obra
“Chiquinho” do escritor cabo-verdiano Baltasar Lopes da Silva.
De
acordo com a organização, o evento quer assinalar os 75 anos (1947-2023) de
“Chiquinho”, de Baltasar Lopes, convertendo o município espanhol, por um dia,
na “capital cultural da expressão galego-lusófona”.
Ao
todo, foram quase duas centenas de pessoas que reuniram-se na Biblioteca do
Instituto Perdouro para fazerem uma leitura continuada do “Chiquinho” durante
oito horas, ou seja, das 10:00 às 18:00, entre alunos, nomeadamente de origem
cabo-verdiana, escritores, politóloga, linguística, historiadores, e
professores, entre os quais Lourenço Gomes, da Universidade de Cabo Verde
(Uni-CV), que interviu por videoconferência.
“Ao
longo das quase oito horas de leitura continuada houve um autêntico rosário de
momentos especiais”, explicou a organização, frisando que “’Chiquinho’ reuniu
na mesma mesa duas autoridades da cultura em Burela: Rocío Rivera Seara, da
Asociación Cultural Ledicia e Antonina Semedo, uma das fundadoras de ‘Batuko
Tabanka’”.
A
escritora cabo-verdiana Amália Faustino, inspectora educativa já reformada, interviu
a partir de Lisboa, num encontro em que Argentina, Portugal, Brasil, Senegal e
Cuba também estiveram representados.
Para
a organização, este tipo de evento constitui, num município como Burela, onde
existe uma comunidade cabo-verdiana muito grande, o encontro constitui uma
“ferramenta necessária para a aproximação entre culturas”.
A
Biblioteca do Instituto Perdouro tem actualmente uma secção dedicada a livros
de temática cabo-verdiana e a sala de exposições do Auditório Municipal tem
aberta uma exposição de pintura sobre a língua e literatura cabo-verdiana.
A
abertura do evento foi feita pela adida cultural da Embaixada de Cabo Verde em
Espanha, Odete Alves, juntamente com representantes da Câmara Municipal de
Burela e da comissão organizadora.
O
encerramento do encontro no município de Burela, onde a presença da comunidade
cabo-verdiana já tem 45 anos, esteve a cargo do deputado da nação pela
diáspora, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição),
Francisco Pereira. In “Inforpress” – Cabo Verde
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