Os
dados foram avançados pelo Governo em resposta a uma interpelação escrita do
deputado Che Sai Wang, que pediu um maior e melhor uso da língua portuguesa nos
serviços públicos, bem como mais formação de quadros bilingues qualificados nas
línguas chinesa e portuguesa. Ao mesmo tempo, refere ainda o Executivo, desde
2018, “tem-se realizado, de forma contínua, cursos práticos e técnicos
destinados aos intérpretes-tradutores efectivos”.
A
Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) revelou, em
resposta ao deputado da Assembleia Legislativa (AL) Che Sai Wang, que instou o
Executivo liderado por Ho Iat Seng a melhorar a formação e o uso da língua
portuguesa nos serviços públicos, que “desde 2005 e até à presente data, foram
formados mais de 100 intérpretes-tradutores das línguas chinesa e portuguesa”.
Numa
resposta assinada pelo director dos SAFP, Kou Peng Kuan, o organismo garantiu
que o Governo da RAEM “tem cumprido rigorosamente as disposições legais e, em
relação às informações que necessitam de ser emitidas nas línguas chinesa e
portuguesa, os serviços públicos competentes têm procurado, tanto quanto
possível, fornecer simultaneamente os documentos nas duas línguas oficiais, ou
seja, versões bilingues em chinês e português; mesmo que não seja possível
fornecê-las ao mesmo tempo, tentam disponibilizar a tradução o mais rápido
possível”.
O
mesmo responsável referiu que, relativamente à formação de
intérpretes-tradutores das línguas chinesa e portuguesa, o Governo da RAEM, em
cooperação com a Direcção-Geral de Interpretação da Comissão Europeia, tem
organizado uma série de programas de formação de tradução e interpretação.
“Além disso, desde 2018, tem realizado, de forma contínua, cursos práticos e
técnicos destinados aos intérpretes-tradutores efectivos, nomeadamente cursos
de técnicas de tradução nas línguas chinesa e portuguesa na área administrativa
e jurídica, terminologia, conhecimento, expressão oral, interpretação, tradução,
assim como intensificação das práticas de tradução jurídica, para que os
intérpretes-tradutores de diferentes categorias possam inscrever-se de acordo
com as suas necessidades de trabalho, sendo que, até 2022, houve cerca de 300
participantes em todos estes cursos de formação”, pode ler-se na resposta dos
SAFP, que acrescentou que o Executivo “acompanha de perto a eficácia dos cursos
de formação, procedendo à sua revisão e alteração sempre que se revela
oportuno”.
Não
esquecendo as oportunidades tecnológicas, referem também os SAFP, a
Administração “aproveita também os meios tecnológicos, como o sistema auxiliar
de tradução chinês-português/português-chinês de documentos oficiais, para
apoiar o trabalho quotidiano dos intérpretes-tradutores, aumentando a uniformidade
e a exactidão das traduções”, garantindo que “continuará a analisar e
aproveitar os recursos, por forma a aumentar ainda mais a qualidade e a
eficiência dos trabalhos de tradução nas línguas chinesa e portuguesa”. Gonçalo
Pinheiro – Macau in “Ponto Final”
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