Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 31 de maio de 2020

Cabo Verde - Conserva e identifica imagens de santos descobertas na Cidade Velha

Arqueólogos cabo-verdianos ficaram surpreendidos com a descoberta de imagens de santos durante uma escavação na Capela Gótica da Igreja Nossa Senhora do Rosário, na Cidade Velha, e avançam que o próximo passo é a conservação e identificação do material



“O importante agora é conservar as imagens e, a partir dos elementos decorativos que nos ajudam para a iconografia de santos, vamos identificar qual o santo”, disse à agência Lusa a arqueóloga do Instituto do Património Cultural (IPC) de Cabo Verde Nireida Pereira Tavares.

Na semana passada, o IPC anunciou que, no âmbito de uma intervenção de urgência na Capela Gótica da Igreja Nossa Senhora do Rosário, na Cidade Velha, foram descobertas imagens de santos durante uma escavação.

A técnica daquele instituto disse que a descoberta foi feita por eletricistas, quando estavam a instalar a rede elétrica na capela, com cerca de 500 anos, cujo restauro em curso é financiado pelo instituto Camões.

“Começaram a identificar uma imagem de madeira e a partir desse momento a equipa de arqueologia foi chamada, e começou a fazer sondagens e registo e chegou a mais imagens enterradas no sítio”, descreveu Nireida Pereira Tavares.

A arqueóloga referiu que, após conversa com os padres e representantes da igreja, chegou-se à conclusão que se trata de imagens que representam um ritual católico que era praticado quando um santo deixava de ser utilizado.

“Em vez de ser colocado no lixo ou ser quebrado, era enterrado”, disse a mesma fonte, indicando que foram encontradas imagens de madeira e cerâmica, que no geral estão em mau estado de conservação.

“Mesmo assim, as de cerâmica estão mais bem conservadas do que as de madeira, o que é natural”, prosseguiu a técnica do IPC, garantindo que todas as imagens foram retiradas e que o próximo passo é fazer a sua identificação e conservação.

Uma dessas imagens já identificada é de Nossa Senhora, mas que está partida da cintura para baixo, explicou Nireida Tavares.

Para a arqueóloga, esta descoberta foi “uma autêntica surpresa”, não só a nível material, mas também a parte arquitetónica da igreja que estava enterrada, devido à não utilização ao longo dos tempos e das várias fases de construção.

“Tem sido engraçado ir percebendo e tentando reconstruir a história da construção do edifício”, continuou Nireira Tavares, dizendo que as informações vão permitir ter noção de tudo o que há ao redor da Igreja Nossa Senhora do Rosário.

O IPC avançou que a equipa de arqueólogos está agora “a escavar toda a área, tendo em conta a existência de outras matérias que vão surgindo, nomeadamente fragmentos de ossos humanos”.

Enquanto os trabalhos não terminarem, a arqueóloga do IPC não descartou a possibilidade de se encontrarem outros materiais, tal como poderá acontecer em toda a Cidade Velha.

“É uma autêntica surpresa e não descarto essa hipótese (de mais achados)”, reforçou, nas declarações à Lusa, lembrando que os níveis mais antigos da Cidade Velha estão “muito abaixo”, tendo em conta a evolução ambiental.

Construída em 1495, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, no concelho de Ribeira Grande de Santiago, integra um dos raros exemplos da arquitetura gótica na África subsaariana. Em termos arquitetónicos, o conjunto possui caraterísticas típicas da arquitetura quinhentista.

A intervenção global na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde pregou o Padre António Vieira e por onde terão passado Vasco da Gama e Cristóvão Colombo, iniciou-se em dezembro de 2018 e deverá estar concluída nos próximos meses.

A igreja é considerada o mais antigo edifício histórico da Cidade Velha que se mantém intacto.

O templo conta com uma “capela esplêndida de estilo manuelino” que é o seu elemento fundador, indicou anteriormente o IPC.

A Cidade Velha foi classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como Património da Humanidade em 10 de maio de 2009. Em 26 de junho do mesmo ano, obteve a classificação de uma das Sete Maravilhas do Mundo de origem portuguesa.

A reabilitação global da igreja foi financiada pelo Governo de Cabo Verde, através do Fundo do Turismo, e a intervenção na Capela Gótica suportada pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua. In “Expresso das Ilhas” – Cabo Verde com “Lusa”

Portugal - O livro de Herberto Hélder proibido pela ditadura chega às livrarias 52 anos depois

A edição original de "Apresentação do Rosto" surgiu em 1968, na Editora Ulisseia, e foi rapidamente apreendida pela PIDE, que destruiu os quase 1500 exemplares impressos. A obra não voltou a ser editada



"Apresentação do Rosto", um chamado "autorretrato romanceado" de Herberto Hélder, publicado em 1968 e de imediato apreendido pela PIDE, a polícia política da ditadura, chega às livrarias ao fim de 52 anos, na próxima quinta-feira, anunciou a editora.

"A presente edição, feita por iniciativa de Olga Lima, viúva de Herberto Hélder [1930-2015], segue o texto da publicação original, corrigindo diversos lapsos e erros tipográficos assinalados pelo autor, num exemplar de trabalho", escreve a Porto Editora, no anúncio da data de publicação.

Para esta edição, no entanto, "não foram tomadas em conta restantes anotações, cortes e sinais, que constam desse exemplar, por não estabelecerem claramente uma nova organização do livro, indicando apenas hipóteses de alteração textual ou as referidas deslocações de fragmentos para outras obras do autor", acrescenta a Porto Editora.

A edição original de "Apresentação do Rosto" surgiu em 1968, na Editora Ulisseia, e foi rapidamente apreendida pela PIDE, que destruiu os quase 1500 exemplares impressos. A obra não voltou a ser editada.

O despacho de proibição, datado de 22 de julho de 1968, descreve-a como "autobiografia do autor, que é de índole esquerdista, escrita em linguagem surreal e hermética, que como obra literária não mereceria qualquer reparo, se não apresentasse passagens de grande obscenidade".

Num artigo publicado na Página da Educação sobre a "Censura Fascista", em agosto de 2008, o editor Serafim Ferreira (1940-2015), ex-diretor literário do Círculo de Leitores, recordou o processo e o modo como um dos agentes da PIDE, que entraram na Ulisseia, disse haver na obra “uma evidente carga de pornografia, o que não podia de forma nenhuma ser tolerado”.

Em 1968, quando surgiu o seu livro, Herberto Hélder era condenado no âmbito do processo relacionado com a publicação de "Filosofia de Alcova", de Marquês de Sade, pelas Edições Afrodite, de Fernando Ribeiro de Mello.

Na altura, Herberto somava já perto de década e meia de atividade literária, desde a publicação dos primeiros poemas (1953/1954) e do primeiro livro, "O Amor em Visita" (1958). A sua bibliografia contava então com obras como "A Colher na Boca" (1961), "Os Passos em Volta" (1963), "Húmus" e "Retrato em Movimento" (1967), "O Bebedor Nocturno" (1968), além da primeira recolha, "Ofício Cantante 1953-1963".

"Apresentação do Rosto" é o livro em que explica: "Temos enfim o silêncio: é uma autobiografia. É algo que se conquista à força de palavras (...). E ele [Autor] realizará uma autobiografia ativa, uma sufocante acumulação do crime".

O livro prefigura-se assim como o processo de fazer ver um rosto, à partida impessoal, mas que ganha vida, um rosto que se apresenta em permanente transformação, e que se define na improbabilidade de o fazer: "Eu sou um movimento", escreve Herberto Hélder, em jeito de autorretrato.

Apesar de ausente das livrarias, "Apresentação do Rosto" tem sido alvo de estudos literários, de análise, de teses de mestrado e doutoramento, motivando múltiplas abordagens, como o livro "Uma Espécie de Crime - Apresentação do Rosto de Herberto Hélder", de Manuel de Freitas (&etc. 2001).

Sequências da obra estão também noutros títulos do poeta, como "Os Passos em Volta" (desde a 3.ª edição, de 1970), "Vocação Animal" (1971), "Retrato em Movimento" (nas versões de 1973 e 1981, para "Poesia Toda"), "Photomaton & Vox" (1979) e "Do Mundo" (1994).

A edição original de "Apresentação do Rosto" tinha capa do artista plástico Espiga Pinto (1940-2014).

Herberto Hélder, que a investigação literária e os seus pares colocam entre os maiores poetas da Língua Portuguesa, nasceu no Funchal, em 1930, e morreu em Cascais, aos 84 anos, em março de 2015.

Na altura, o presidente da Associação Portuguesa de Autores, José Manuel Mendes, referiu-se ao poeta como o criador "da obra mais fulgurante em Portugal".

O escritor Manuel Alegre considerou-o "um dos maiores poetas de todos os tempos".

O crítico Pedro Mexia identificou-lhe uma apropriação da palavra sem desconfianças, ironias ou cinismos e considerou-o, por essa força verbal, o maior poeta da segunda metade do século XX, tal como Fernando Pessoa o foi, na primeira.

Herberto Hélder, que deu a última entrevista em 1968, que recusou o Prémio Pessoa, em 1994 ("Não digam a ninguém e dêem o prémio a outro", disse ao júri), e editou o livro "A Morte sem Mestre", em 2014, foi "um mestre" para outros escritores, como o poeta Nuno Júdice admitiu.

Foi um "poeta tão diferente, tão vulcânico" que mostrou "tudo o que é mágico e inexplicável na poesia”, afirmou o professor Fernando Pinto do Amaral.

Herberto frequentou a licenciatura de Direito, na Universidade de Lisboa, que trocou por Filologia Românica, que deixou ao fim de três anos. Colaborou em periódicos como A Briosa, Renhau-nhau, Búzio, Folhas de Poesia, Graal, Cadernos do Meio-dia, Pirâmide, Távola Redonda e Jornal de Letras, Artes & Ideias.

No final dos anos de 1960, foi diretor literário da editorial Estampa.

Em 1971, partiu para África, onde realizou uma série de reportagens para a revista Notícias.

Entre os seus livros contam-se "Poemacto", "A Cabeça Entre as Mãos", "As Magias", "Última Ciência", "A Faca Não Corta o Fogo – Súmula & Inédita", "Servidões", "Poemas Canhotos".

Em 2016, surgiu "Letra Aberta", livro de inéditos recolhidos nos cadernos do escritor. Neles, elogia a "beleza sem gramática" e o "ferocíssimo esplendor" do poema. In “Contacto” – Luxemburgo com “Lusa”

Setembro














Vamos aprender português, cantando


Era Setembro
eu só te conhecia de te ver passar por mim
os dois estranhos
andando pelos corredores sem trocar olhar

O tempo foi passando
e nos aproximando
não demorou “pra” você tomar
conta do meu pensamento

Você pensa em mim
e eu também
mas “tá” tudo bem
a gente se encontra quando der

Você pensa em mim
e eu também
mas ‘’tá” tudo bem
a gente se conversa quando der

Eu só não sei por que lutar
contra esse sentimento que me tira
todo ar
ar, ar, ar, ar
me tira todo ar
ar, ar, ar, ar

Era Setembro
eu só te conhecia de te ver passar por mim
os dois estranhos
andando pelos corredores sem trocar olhar

O tempo foi passando
e nos aproximando
não demorou “pra” você tomar
conta do meu pensamento

Você pensa em mim
e eu também
mas “tá” tudo bem
a gente se encontra quando der

Você pensa em mim
e eu também
mas ‘’tá” tudo bem
a gente se conversa quando der

Eu só não sei por que lutar
contra esse sentimento que me tira
todo ar
ar, ar, ar, ar
me tira todo ar
ar, ar, ar, ar
me tira todo ar
ar, ar, ar, ar
me tira todo ar
ar, ar, ar, ar

Era Setembro
eu só te conhecia de te ver passar por mim

Dullia - Brasil


sábado, 30 de maio de 2020

Angola - Erros de português nos manuais escolares serão corrigidos até Julho

O Ministério da Educação, preocupado com os erros de português nos manuais escolares, criou uma comissão de especialistas, que até ao mês de Julho vai trabalhar na correcção da situação do ensino da língua portuguesa em Angola



A afirmação é da ministra da Educação, Luísa Grilo, que garantiu que os trabalhos da comissão vão incidir sobre as gralhas e erros de conteúdos programáticos que se verificam nos manuais escolares, distribuídos nas instituições de ensino do País.

"Em alguns casos são gralhas, outros são mesmo erros de ortografia, e outros de concordância", disse a ministra.

Segundo Luísa Grilo, é preciso restruturar os conteúdos programáticos e melhorar a apresentação dos próprios manuais, para serem mais atractivos.

A ministra teceu essas declarações aos jornalistas, no final da reunião da Comissão para Política Social do Conselho de Ministros, que foi orientado pela ministra de Estado para Área Social, Carolina Cerqueira, na terça-feira, 26.

De acordo com Luísa Grilo, o Ministério conta com uma equipa científica para avaliar e seleccionar a melhor proposta de livro, de forma a evitar erros nos manuais.

A ministra disse ainda que, após a correcção dos manuais, no final de Julho, o ministério irá entre os meses de Agosto e Setembro, entregar as gráficas para que os manuais escolares sejam apresentados em Dezembro, para o ano de 2021.

De recordar que em Dezembro de 2018, o Ministério da Educação, através do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação, corrigiu e actualizou os planos curriculares, programas das disciplinas, manuais escolares, cadernos de actividades, guias dos professores, cadernetas de avaliação e relatórios descritivos, que estava em vigor no sistema de Ensino Primário e Pré-Escolar desde 2004 e que continha inúmeros erros.

A título de exemplo, no livro de História da 6.ª classe, a morte do líder fundador da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição angolana, ocorrida a 22 de fevereiro de 2002, estava referenciada com o ano de 2004, o qual provocou controvérsia nos últimos anos, no País.

Ao Novo Jornal, o ex-director adjunto para área académica do ISCED-Luanda, e professor de literatura, Muanza Manuel, referiu que a questão deve ser vista em duas perspectivas: a da qualidade da escrita dos textos nos manuais e a da adequação dos conteúdos à que muitos chamam "política curricular" do Estado.

"Em relação à escrita, convém fazer distinção entre erros e gralhas. O material impresso está sempre sob o risco de conter gralhas, tais como salto ou inversão das letras, entre outras".

Muanza Manuel prossegue: "Erros em manuais para o ensino-aprendizagem não são perdoáveis. Devemos entender por erro a não observância da norma escrita, o atropelo aos códigos do funcionamento da língua como sistema".

Segundo o antigo director adjunto para área académica do ISCED-Luanda, e professor de literatura, o erro é evitável em materiais impressos, desde que a revisão de textos originais seja confiada a profissionais competentes.

"Suponho que os gestores do Ministério da Educação tenham negligenciado a intervenção de revisores competentes", referiu Muanza Manuel, que acrescentou: "É provável que os gestores tenham contratado alguns curiosos, não treinados para detectar incorrecções no texto, ou sem domínio da norma e sem prática de revisão dos escritos".

"Trata-se de um fenómeno inaceitável, uma vergonha nacional, pois Angola dispõe de bons revisores. Não têm necessariamente diplomas da Universidade. Por exemplo, temos uma geração de jornalistas, professores, sem esquecer revisores em dedicação exclusiva, que tratam com higiene sintáctica os escritos", referenciou. In “Novo Jornal” - Angola

Portugal - Concurso para construção do Museu da Língua Portuguesa em Bragança pronto para publicação

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, anunciou na passada terça-feira que o processo do concurso público internacional para a construção do Museu da Língua Portuguesa está concluído e prestes a ser publicado.

Trata-se da maior obra dos próximos anos na cidade de Bragança, com um valor de nove milhões de euros mais IVA, e de um equipamento único em Portugal, sendo este o segundo museu dedicado à Língua Portuguesa, depois do existente no Brasil, como destacou o autarca.

Depois de anos de polémica com o concurso de ideias, e sucessivos atrasos nas previsões, Hernâni Dias garantiu hoje que “o projecto do Museu da Língua está na fase de lançamento do concurso”, depois de na reunião de câmara de segunda-feira ter sido aprovado o programa do procedimento, desde o caderno de encargos à aprovação do júri.

“O que significa que vai ser colocado o concurso internacional, com um valor de cerca de nove milhões e meio de euros sem IVA, e que estará dentro de pouco tempo devidamente publicado para que os concorrentes possam vir a apresentar as suas propostas”, concretizou à Lusa.

O autarca acredita que estão reunidas as condições para se cumprir a expectativa do município, dono da obra, de iniciar os trabalhos em novembro, com um prazo de construção de 18 meses, o que significa que o museu deverá estar pronto em 2022.

O presidente da Câmara reconheceu que este processo, com mais de 10 anos, tem sido “complexo, desde a fase inicial, em que foi pensado o projecto até à aquisição do próprio espaço onde vai ficar instalado, nos antigos silos da EPAC, em Bragança”.

O município levou “cerca de um ano e meio, dois anos” a negociar a compra dos silos à Direção Geral do Património, que acabou por se concretizar com um valor de 613 mil euros.

Seguiram-se estudos e projectos e pelo meio o polémico concurso de ideias, em 2017, contestado por uma das empresas concorrentes.

O presidente da Câmara revelou hoje que a empresa seguiu com o processo para a via judicial e que, já em 2018, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela deu razão ao município.

O concurso que se segue é para a construção do equipamento que o autarca aponta como “marcante, não só para Bragança, para a região, e também para o país”.

“Porque estamos a falar de um equipamento único a nível nacional, com um volume financeiro para suportar a sua construção, relevantíssimo e a temática subjacente será seguramente algo de muito importante e que atrairá muita gente quando estiver construído”, afirmou.

Os estudos realizados estimam, segundo a autarquia, que “em 2025, se verifique um resultado global anual na ordem dos 3,3 milhões de euros” de impacto na economia local.

As expectativas do presidente da Câmara estão agora centradas nas propostas que irão chegar para construção do equipamento.

“Sabemos que é um processo exigente, nomeadamente ao nível dos conteúdos e também uma componente técnica ao nível da construção que obrigará a muitas especificidades, que estão vertidas já no projecto de construção, mas em obra é aí que veremos efectivamente aquilo que vai sair e a forma como a empresa que vier a ficar com o projecto conseguirá dar seguimento ao que está no papel”, indicou.

A ideia da criação deste espaço idêntico ao que existe no Brasil surgiu, em 2009, nos colóquios da Lusofonia organizados em Bragança.

O projecto contempla a recuperação dos antigos silos de Bragança, um novo corpo acoplado e conteúdo expositivo com financiamento comunitário assegurado para “50%” do custo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu o patrocínio da Presidência ao projecto, numa visita a Bragança, em 2016. In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”

Moçambique - Vai receber uma equipa de 60 médicos cubanos para apoiar o combate ao coronavírus

Moçambique vai receber uma equipa de 60 médicos cubanos para apoiar o Ministério da Saúde na luta contra o novo coronavírus, anunciou o embaixador de Cuba em Maputo.

“Eles estarão aqui até ao momento em que Moçambique vai controlar a pandemia”, disse Pavel Dias Hernández, citado pela Rádio Moçambique.

Os médicos cubanos vão chegar a Moçambique na próxima semana, na sequência de um pedido feito pelo executivo moçambicano.

“Recebemos a solicitação do Governo moçambicano para podermos reforçar a assistência médica para o momento mais crítico da pandemia”, acrescentou o diplomata.

Pavel Dias avançou ainda que o país africano vai receber também um total de 20 mil doses de “Interferon”, um medicamento cubano que reforça o sistema imunológico no organismo humano, impedindo que se agrave o estado de saúde dos pacientes.

Cuba enviou pessoal médico para outros países africanos, como África do Sul, Cabo Verde, Angola e Togo.

Segundo dados oficiais, quase 1500 especialistas cubanos saíram da ilha, desde o início da pandemia, para 21 nações da América Latina e Caribe, Europa, África e Médio Oriente, entre as quais Itália, Catar, México, Honduras, Venezuela, Haiti e Jamaica.

Com um total de 233 casos registados e dois óbitos devido à covid-19, Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril até finais de junho, após duas prorrogações.

As autoridades contabilizaram 90 pessoas recuperadas da doença.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infetou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”

Estados Unidos da América - Curta metragem “A Margem” de Rodrigo Tavares premiada no Indiex Film Festival, em Los Angeles

O diretor da companhia Teatraço – Teatro Amador de Tabuaço, Beto Coville, venceu o prémio de melhor ator secundário, pelo desempenho na curta metragem “A Margem”, de Rodrigo Tavares, no Indiex Film Festival, em Los Angeles, anunciou o certame



O Indiex Film Festival tem por objetivo a difusão e apoio a “projetos independentes, especialmente de baixo ou sem orçamento”, assim como a produções feitas em contexto escolar, “por alunos de cinema”, segundo o seu ‘site’. É organizado numa base bimestral, em Los Angeles, nos Raleigh Studios de Hollywood.

“A Margem” foi produzida com o apoio da Câmara Municipal de Tabuaço e esteve nomeada em mais duas categorias no Indiex Film Festival, de acordo com o comunicado da autarquia: melhor curta-metragem e melhor atriz de drama, Luísa Ortigoso.

“É sempre gratificante ver o nosso trabalho reconhecido. Vindo de fora é uma sensação diferente, porque ninguém nos conhece e só levam em conta o nosso desempenho. Se nos premeiam é sinal de que gostaram realmente”, reagiu Beto Coville, citado pela câmara.

O ator sublinhou ainda que “este filme é um trabalho de equipa” e, nesse sentido, partilha “o mérito” com Luísa Ortigoso e Rodrigo Tavares, sem esquecer o diretor de fotografia, Mário Melo Costa, e a estrutura da sua própria companhia, Teatraço.

A Câmara de Tabuaço recorda que já financiara outros dois filmes: “Tábuas com História” (2016), dirigido por Marcantonio Del Carlo, Melhor Filme Internacional, no Los Angels Brazilian Film Festival (LABRFF), e “Transfugo” (2019), também de Rodrigo Tavares, com elementos do grupo Teatraço e rodado em Tabuaço.

Na edição mais recente do Index Film Festival, o prémio de melhor ‘curta’ foi para “All That You Love Will Be Carried Away”, do norte-americano Thad Lee, enquanto o de melhor ‘curta’ estrangeira foi para “Il Vestito”, de Maurizio Ravallese, de Itália.

“A Strange Calm”, de Austin Rourke, dos Estados Unidos, venceu o prémio de melhor curta-metragem produzida em contexto escolar. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo


sexta-feira, 29 de maio de 2020

UCCLA - Mercado da Língua Portuguesa 2020



Homenagear a língua portuguesa e a união das várias culturas pelo mundo, divulgar o artesanato, a dança, a literatura, a música e os sabores de todos os continentes, é o objetivo principal do Mercado da Língua Portuguesa. Porque estamos confinados – reflexo da pandemia da Covid-19 – e porque não queremos deixar de homenagear a língua portuguesa e de apoiar quem se associou à UCCLA, nesta segunda edição fazemos um Mercado da Língua Portuguesa versão online.

Todos os detalhes foram tidos em conta e queremos privilegiar todos os que connosco estão neste espaço. Vamos percorrer o Mercado, sentindo os sabores das várias gastronomias, olhando para os diversos artesanatos, dos diferentes países, não descurando dar a conhecer um pouco mais de cada um.

Toda a informação sobre o Mercado da Língua Portuguesa versão online está disponível aqui.


Internacional – As larvas que devoram plástico e podem ajudar a salvar o Planeta

Com a ajuda de bactérias que vivem no seu sistema digestivo elas conseguem destruir poliestireno (plástico usado em embalagens ou copos descartáveis). A experiência foi descrita na última edição da revista científica Environmental Science & Technology.

Uma equipa de cientistas colocou 50 dessas larvas (que são vendidas em lojas de animais para alimento de répteis, peixes e aves) num pequeno espaço com poliestireno. Após 21 dias, as larvas tinham “comido” 70% desse plástico. Para chegarem a esta conclusão, os investigadores isolaram uma estirpe da bactéria Pseudomonas aeruginosa do sistema digestivo dessas larvas. Esta bactéria conseguia crescer na superfície de poliestireno e destruí-la. Finalmente, identificaram ainda uma enzima da bactéria – a serina hidrólase –, a grande responsável pela biodegradação.

No mês passado foi também descoberta uma enzina enzima mutante que recicla garrafas de plástico em poucas horas. A descoberta foi publicada na revista Nature. Já no ano passado, testes levados a cabo pela cientista Amanda Callaghan, da Universidade de Reading, no Reino Unido, descobriram que as larvas de mosquito que cresçam em água contaminada com plástico, acumulam este contaminante nos seus corpos. Quando crescem e se transformam em mosquitos adultos, alguns destes plásticos continuam nos seus corpos e acabam, depois, por contaminar os animais que se alimentam de mosquitos. In “GreenSavers Sapo” - Portugal

Timor-Leste - Secretaria do Estado para a Comunicação Social e o Camões, Instituto da Cooperação e da Língua estendem formação de português para jornalistas

Díli - A Secretaria do Estado para a Comunicação Social (SECOMS) e o Camões, Instituto da Cooperação e da Língua assinaram, esta quinta-feira (28/05), uma adenda ao protocolo de cooperação para extensão, até dezembro deste ano, do projeto “Consultório da Língua para Jornalistas” (CLJ), que tem como objetivo contribuir para a transmissão de informação fidedigna em língua portuguesa.

O Secretário de Estado Para a Comunicação Social, Merício dos Reis ‘Akara’, destacou a necessidade desta extensão.

“Hoje, assinámos [uma adenda ao] acordo da cooperação na área da comunicação social, sobretudo para apoio na questão da língua. Os nossos jornalistas precisam de adquirir conhecimentos e saber escrever notícias ou reportagens em língua portuguesa e ter acesso a relatórios. Este é um projeto muito importante para a SECOMS, cujos resultados têm sido bastante expressivos”, disse.

‘Akara’ recordou que as metas iniciais do CLJ de melhoria do domínio do português por parte de 190 profissionais da comunicação social timorenses foram ultrapassadas.

“Entre 2016 e dezembro de 2019, melhoraram as suas competências de língua portuguesa 211 formandos, entre eles 154 jornalistas e 57 profissionais do Governo. Foram também elaborados manuais específicos para os jornalistas de todos os níveis de língua portuguesa”, afirmou.

‘Akara’ recordou também que três revisores timorenses recebem diariamente formação e mais de nove mil notícias e reportagens foram revistas com o apoio deste projeto entre abril de 2017 e dezembro de 2019.

“Quero reforçar que a cooperação com Portugal é sólida e muito importante para a SECOMS. Temos todo o interesse e gosto em continuar a estreitar os laços que unem os nossos dois países e manter viva a nossa identidade comum com Portugal, sobretudo na língua portuguesa. Queremos continuar a informar em português. Para esse efeito, o ‘Consultório de Língua para Jornalistas’ tem desempenhado um papel de extrema importância”, sublinhou.

Também o Embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, referiu a relevância do projeto para a cooperação bilateral.

“É um acordo de cooperação que para nós tem muita importância e permite continuar a reforçar as competências em língua portuguesa dos profissionais da comunicação social de Timor-Leste”, disse.

“Agradecemos muito ao Secretário de Estado para a Comunicação Social o interesse que tem demonstrado também para com este projeto, que é muito importante na cooperação bilateral, entre Portugal e Timor-Leste, numa área que para nós é essencial, a comunicação social”, acrescentou.

José Pedro Machado Vieira lembrou ainda a importância do trabalho dos jornalistas na divulgação de informações relacionadas com a covid-19.

“Penso que o desenvolvimento das vossas competências como profissionais da comunicação social nos ajuda também a termos sociedades mais esclarecidas e mais informadas, principalmente no momento atual da pandemia da covid-19. A comunicação social tem também desempenhado um papel muito importante no esclarecimento e na divulgação das medidas do Governo de Timor-Leste e da Organização Mundial de Saúde”, concluiu.

Recorde-se o CLJ teve início em setembro de 2016 e terminou a 31 de dezembro de 2019, com extensão em 2020.

O Camões I.P. e a SECOMS dão, desta forma, continuidade à formação de língua portuguesa de jornalistas e de outros profissionais do Governo ligados à comunicação social bem como à formação de revisores e revisão linguística dos conteúdos informativos em português.

No total, já 211 profissionais da comunicação social frequentaram a formação de língua portuguesa e o projeto deu apoio linguístico, entre abril de 2017 e dezembro de 2019, à produção de mais de nove mil notícias e reportagens em português. In “Timor Post” – Timor-Leste

Macau – A música está de regresso com o grupo de jazz Dat Trio

Seis meses depois do último concerto, o grupo de jazz Dat Trio vai apresentar-se ao vivo no próximo domingo para um concerto intimista de 45 minutos na Livraria Portuguesa. Entre canções de Cole Porter e de João Gilberto, a banda de François Girouard, Rita Portela e Iat U Hong pretende celebrar o regresso aos palcos com um novo alinhamento de temas que vão do jazz à bossa nova, passando pela música portuguesa ou a pop de Alicia Keys



Os Dat Trio regressam aos concertos no próximo domingo, para um pequeno concerto na Livraria Portuguesa, que terá transmissão em directo nas redes sociais. O repertório de 45 minutos será tocado para uma plateia de 15 pessoas e irá contar com canções de Cole Porter, João Gilberto, Deolinda ou Alicia Keys.

“Preparámos juntamente com a Livraria Portuguesa um pequeno concerto com um set de apenas 45 minutos, para tocarmos alguns temas novos que temos vindo a trabalhar enquanto trio. Os temas são maioritariamente no espectro do jazz, bossa nova, música portuguesa e algumas canções da pop. Será um alinhamento muito variado”, começou por dizer Rita Cerqueira Portela ao Ponto Final.

Sem concertos há vários meses, o guitarrista canadiano François Girouard acrescenta que as expectativas de voltar a tocar ao vivo são altas. “Será divertido. Estamos ansiosos por voltar a tocar para as pessoas. Ensaiamos semanalmente e a última vez que tocámos ao vivo foi a 21 de Janeiro”, recordou Girouard, em alusão aos concertos com Rita Portela no Grand Lapa Hotel. “O último concerto enquanto trio foi já em Outubro do ano passado, num casamento”, acrescentou a vocalista dos Dat Trio.

Apesar do encerramento de vários espaços para concertos em Macau, desde o final de Janeiro, os Dat Trio não pararam de ensaiar semanalmente. Para o concerto de domingo, o grupo fez uma selecção especial de temas para assinalar o regresso aos palcos. “Na secção de jazz vamos tocar, por exemplo, o tema ‘Let’s Do It’, do Cole Porter, é um standard do jazz. Vamos tocar uma canção dos Deolinda, outra do Miguel Araújo. Vamos ter temas de bossa nova, uma canção da Alicia Keys, uma do João Gilberto, a ‘Lobo Bobo’. Vamos ter uma enorme variedade”, revelou Rita Portela.

“Será um alinhamento muito próximo do que costumamos tocar. Gostamos de tocar temas de jazz, bossa nova, música pop, música portuguesa. Às vezes gostamos de tocar fado. Para este concerto não temos temas de fado, mas para o resto há uma enorme variedade de possibilidades. Estamos entusiasmados porque vamos apresentar novos temas que nunca tocámos ao vivo, e muito felizes por finalmente podermos tocá-los ao vivo com público, em vez de os praticarmos na sala de ensaios”, completou François Girouard.

Devido às medidas de prevenção, as entradas para o concerto estão limitadas a 15 pessoas, sendo obrigatória marcação prévia. “Vai ser o nosso primeiro concerto depois de um longo período de tempo sem espectáculos, mas será com limitação de lugares. A Livraria Portuguesa terá um limite máximo de 15 pessoas para assistir ao concerto, mais de metade já estão reservados, e iremos transmitir o concerto em directo para a Internet”, explicou Rita Portela.

Já François Girouard assumiu que a banda não irá usar máscaras, ao contrário do público. “Em relação às máscaras em palco, creio que a Rita não vai poder usar pelas razões óbvias, e tanto eu como o baixista não vamos usar máscara porque é principalmente um concerto para ‘streaming’ na internet. Mas creio que o público terá de usar máscaras”, disse o guitarrista, acrescentando numa gargalhada que vão “correr risco de vida”. Constituído por músicos de três continentes, o trio de jazz irá tocar na Livraria Portuguesa às 18h00 do próximo domingo, rodeado de livros. Eduardo Santiago – Macau in “Ponto Final”

eduardosantiago.pontofinal@gmail.com

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Cabo Verde – Depois da Guiné-Bissau a Câmara Municipal de Oeiras e a Rede Aga Khan doam equipamento ao arquipélago para combate à covid-19

Cidade da Praia – Cabo Verde vai receber equipamento médico e de protecção individual da Câmara Municipal de Oeiras e a Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), de Portugal, para dar resposta à crise sanitária provocada pela covid-19.

Segundo informações avançadas na página oficial da autarquia de Oeiras, consta da lista de doação dois ventiladores, 10 mil máscaras cirúrgicas, 10 mil pares de luvas e 2 mil máscaras reutilizáveis.

Este gesto, insere-se na acção de cooperação entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Câmara Municipal de Oeiras e a Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) para apoiar os países a dar resposta à crise sanitária provocada pela covid-19, colmatando as necessidades sentidas no acesso a equipamento de tratamento médico e protecção individual.

A mesma fonte afirma que se trata de uma iniciativa solidária para os PALOP e representa um investimento superior a 700 mil euros.

“Esta é a segunda doação, depois de, na semana passada, ter sido enviado equipamento para a Guiné-Bissau”, adianta a fonte.

Parte deste material deverá chegar hoje a Cabo Verde num voo humanitário. In “Inforpress” – Cabo Verde

Macau - Não regista novos casos de infecção há 49 dias consecutivos


As autoridades de Macau receberam centenas de pedidos de ajuda de residentes no estrangeiro que pretendem regressar ao território. A Direcção dos Serviços de Turismo está a elaborar um plano para garantir o regresso de 400 alunos, “espalhados por mais de 30 países”, na segunda quinzena de Junho. Inês Chan não descartou a possibilidade de um voo fretado, mas assumiu que esse é um cenário pouco provável. Macau não regista novos casos de infecção há 49 dias consecutivos



A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) está a preparar um plano para permitir o regresso a Macau de residentes no estrangeiro, revelou ontem Inês Chan, chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da DST, em conferência de imprensa, assinalando que 400 alunos “espalhados por mais de 30 países” pediram apoio para regressar a casa. Inês Chan admitiu que o plano será apresentado em “meados de Junho”, mas não quis adiantar pormenores, assegurando, no entanto, que os residentes que regressarem de “zonas de alta incidência” vão ser sujeitos a “observação médica mais apertada”.

“Nos últimos tempos temos vindo a receber pedidos de residentes que querem regressar, uma vez que, a partir de Abril, foram suspensos todos os voos. Perante isto, vamos continuar as políticas e restrições impostas por outros lugares, uma vez que os residentes tinham de fazer várias escalas para chegar a Macau”, começou por dizer Inês Chan.

Na conferência de imprensa dos Serviços de Saúde, a representante da DST explicou que a maioria destes casos trata-se de estudantes, que estão prestes a concluir o ano lectivo e que pretendem regressar agora a casa. “Temos 400 estudantes que pretendem regressar de 30 países ou regiões. Em meados de Junho, a maioria dos estudantes vai concluir os estudos. Estamos a ponderar implementar medidas em meados de Junho para ajudar esses estudantes a regressar a Macau. Estamos só à espera dos resultados das negociações e iremos anunciar todos os detalhes oportunamente”, afirmou.

Apesar de frisar que “todos os residentes são bem-vindos a regressar a Macau”, Inês Chan vincou que as medidas de prevenção vão continuar em vigor, e que os alunos provenientes de “zonas de alta incidência” poderão ser sujeitos a “observação médica mais apertada” por parte das autoridades sanitárias.

“Na segunda quinzena de Junho já teremos um projeto para os ajudar e iremos intervir”, assegurou Inês Chan, indicando que “não podem ser medidas a longo prazo” porque “dependemos da ajuda dos outros e de um consenso entre as partes”. “Quando voltarem têm de fazer observação médica e, por outro lado, as autoridades sanitárias terão de agir em função das vagas destas pessoas que irão voltar. Terão de fazer observação médica mais apertada a quem vier de zonas de alta incidência. Teremos ainda de designar os hotéis de acordo com o número de pessoas que pretendem voltar, mas não queremos divulgar mais detalhes de propostas que ainda não estão sequer definidas”, frisou.

Questionada sobre a possibilidade de haver voos fretados para países como Portugal, a chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da DST não se quis comprometer. “Estamos a pensar em todas as medidas viáveis. Se a medida é viável vamos adoptar. Sobre a possibilidade de termos um voo fretado, não prevemos uma possibilidade muito alta porque Macau não recebe voos internacionais e os residentes de Macau estão espalhados por regiões muito diferentes. E para termos voos fretados temos de ter vários planos. Não excluo aqui todas as possibilidades, mas deixo o conselho para que não esperem por isso. Vamos tomar todas as medidas viáveis para buscar todos os alunos que estão fora de Macau”, assegurou Inês Chan.

Já Lo Iek Long, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, disse que Macau tem apenas cinco pacientes em convalescença e nenhum caso registado de infecção há 49 dias consecutivos. Eduardo Santiago – Macau in “Ponto Final”

eduardosantiago.pontofinal@gmail.com