Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Cabo Verde - Fundação Smart City Cabo Verde pretende o apoio da Presidência da República para levar projectos à CPLP


Cidade da Praia – A Fundação Smart City Cabo Verde (FSCCV) pretende o patrocínio da Presidência da República para levar projectos de soluções inovadoras para cidades da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

A ideia foi partilhada pela presidente da FSCCV, Loide Monteiro, durante o encontro que a equipa da fundação manteve com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca. 

“Nós quisemos apresentar ao Presidente da República a Fundação Smart City Cabo Verde que é um conceito de soluções inovadoras para cidades, que trabalha a questão da tecnologia, sustentabilidade, segurança, felicidade e bem-estar das pessoas nas cidades”, apontou. 

Adiantou que o encontro serviu para partilhar com o Presidente da República as ideias e projectos que a fundação pretende apresentar na CPLP, projecto esse, que, segundo a presidente, o chefe do Estado considerou “muito interessante” e mostrou a sua disponibilidade em patrocinar. 

Explicou que a FSCCV tem projectos na área social denominado “midjora nha vida” que utiliza criptomoedas para mudar a vidas das pessoas, sobretudo mulheres vulneráveis, projecto de utilização de inteligência artificial para desenvolvimento sustentável, que visa fazer a gestão de água e de energia criando eficiência no sistema. 

“Por outro lado, temos também um projecto-piloto de edifícios inteligentes com recursos a inteligência artificial e um outro de urbanização onde serão introduzidas soluções inovadoras e smart para mostrar um exemplo ou modelo de uma smart city”, acrescentou. 

Tendo em conta que as tarifas de telecomunicações no país “não são muito atractivas”, adiantou que já estão a trabalhar na questão da acessibilidade de Internet, sobretudo para as populações mais vulneráveis, mas realçou que uma das metas do Governo e que o acesso a internet seja um bem básico. 

“Temos parcerias onde trabalhamos a questão da acessibilidade, temos o caso do projecto-piloto “midjora nha vida” onde trabalharmos com cerca de 150 mulheres vulnerável que já dispõe de criptomoedas no telemóvel com acesso a internet e já fazem uso desta tecnologia”, referiu. In “Inforpress” – Cabo Verde


 

Internacional - Má nutrição durante a gravidez pode potenciar o desenvolvimento de doenças cardíacas nos filhos

A subnutrição durante a gravidez tem um forte impacto no coração do feto, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares a longo prazo. A conclusão é de um estudo realizado por uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC).

Este estudo, que pretendeu avaliar se a subnutrição materna provoca alterações ao nível das mitocôndrias (os organelos celulares produtores de energia) no coração dos fetos, sugere que estes bebés deverão receber seguimento médico ao longo da vida, dado o seu risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Segundo os resultados da investigação, realizada com recurso a um modelo animal, uma redução moderada de 30% na quantidade de alimento fornecida às mães durante a gravidez produz alterações profundas na função das mitocôndrias cardíacas dos bebés. Verificou-se que estas alterações interferem na forma como as mitocôndrias produzem energia e na forma como estas participam em várias funções celulares indispensáveis, o que pode promover o aparecimento de disfunções cardíacas mais cedo na idade adulta.


De uma forma inovadora e controlada, «foi possível estabelecer uma relação de causa entre a alimentação das mães durante a gravidez e a função cardíaca dos descendentes. Este trabalho tornou evidente uma relação que há muito suspeitávamos existir, agora torna-se essencial definir qual a alimentação ideal durante a gravidez para potenciar a saúde dos descendentes», explica Susana Pereira, primeira autora do artigo científico e investigadora do CNC-UC e do CIAFEL - Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Também se observou que o efeito da subnutrição durante a gravidez é mais acentuado no coração dos fetos do sexo masculino. Esta diferença, segundo os autores, pode explicar a diferente suscetibilidade de homens e mulheres para doenças cardíacas durante a vida.

Este trabalho, já publicado na revista científica Clinical Science, faz parte de um projeto alargado, iniciado em 2009, que pretende identificar os efeitos da nutrição durante a gravidez na saúde dos fetos, nomeadamente ao nível da função da mitocôndria, e que, além da Universidade de Coimbra, envolve a Universidade do Porto e duas universidades dos EUA - Universidade do Wyoming e Universidade do Texas Health Science Center em San Antonio.

Paulo Oliveira, líder de grupo no CNC-UC e também autor do estudo, esclarece que, «juntamente com outros artigos resultantes deste projeto, concluímos que a subnutrição e a sobrenutrição durante a gravidez têm efeitos muito semelhantes na função mitocondrial da descendência, promovendo alterações que poderão explicar a maior suscetibilidade a doenças hepáticas, renais ou cardíacas observadas em filhos de mães sobre ou subnutridas durante a gravidez».

As alterações na estrutura e função mitocondrial cardíaca devido à má nutrição materna estão implicadas na programação do desenvolvimento cardíaco e provavelmente influenciam a saúde cardíaca a longo prazo. Por isso, concluem Paulo Oliveira e Susana Pereira, os resultados deste estudo «podem contribuir para o desenvolvimento de novos biomarcadores para o diagnóstico precoce, permitindo intervenções oportunas para melhorar a saúde cardiovascular ao longo da vida». Universidade de Coimbra - Portugal  




Brasil - Infraestrutura portuária: investir é fundamental

São Paulo – Apesar dos inúmeros transtornos causados pela pandemia do coronavírus (covid-19), que há quase um ano e meio atormenta a economia mundial, o Brasil vem batendo recordes de movimentação de carga, crescendo 10,5% em 2021 com relação a 2020, em comparação a um aumento de apenas 4,2% com o ano de 2019, segundo dados divulgados pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra).

Grande parte desse aumento se deve ao fato de que, desde 2019 já foram assinados 85 instrumentos contratuais para terminais de uso privado (TUPs), que representaram R$ 8,7 bilhões em investimentos. Além disso, foram realizados arrendamentos portuários, em 26 leilões que movimentaram outros R$4 bilhões.

Apesar dos terríveis desacertos registrados em dois anos e meio do atual governo, especialmente no combate à pandemia, no setor de infraestrutura e, especialmente, no segmento portuário, o panorama é totalmente diverso, em consequência da postura adotada de se evitar indicações políticas para cargos de direção, em favor da escolha de profissionais qualificados. Neste ano, também é de se aplaudir uma nova marca histórica na operação de navios porta-contêineres: um terminal no porto de Santos executou a movimentação de inéditas 5452 unidades numa mesma embarcação.

Os investimentos em tecnologia e inovação também trazem a este cenário cada vez mais produtividade, segurança e agilidade nas operações portuárias. A inteligência artificial (IA) já é uma realidade no setor portuário, com a digitalização de processos, maior conectividade entre sistemas e utilização de algoritmos preditivos para análise e tomada de decisões.

Tais investimentos promovem a redução da burocracia na gestão dos portos, o que inclui a solução de gargalos logísticos que hoje se apresentam como desafios a serem superados, ou seja, o aumento da capacidade de armazenagem de contêineres nos terminais, a ligação seca Santos-Guarujá, os pátios para estacionamento de caminhões, a desburocratização de processos, o aumento do calado do canal portuário e outros. 

Seja como for, o Brasil possui ainda um grande espaço para ampliar a sua infraestrutura, o que inclui viabilizar investimentos privados na expansão de seu sistema ferroviário, pois não se pode admitir que um país com 8.516.000 km² disponha de uma malha composta por 13 linhas operando no transporte de cargas com apenas 29165 km de extensão, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

À guisa de comparação, é de se lembrar que os Estados Unidos dispõem de uma malha ferroviária com 293564 km de extensão, com mais que o dobro de quilometragem em comparação com a China, que dispõe de 124000 km. E que essa expansão se acentuou quando as empresas privadas passaram a ter mais liberdade no controle das vias, na estipulação de fretes e nos investimentos. Hoje, no Brasil, a cada 100 quilos de cargas movimentadas, apenas 15 passam pelas linhas ferroviárias, enquanto nos Estados Unidos 43% das cargas são transportadas nas vias da malha ferroviária.

Em razão dessa infraestrutura logística que ainda caminha a passos lentos, o Brasil atualmente ocupa a 8ª colocação no Ranking de Infraestrutura de Transportes da América Latina e a 16ª posição no setor portuário entre os países latino-americanos. Portanto, somente através de maciços investimentos estatais e privados o Brasil poderá reverter a atual situação. Chegar à liderança nesse ranking é desafio para duas ou três décadas, no mínimo. Estamos a caminho! Liana Martinelli - Brasil

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Liana Lourenço Martinelli, pós-graduada em Gestão de Negócios e Comércio Internacional, é gerente de Relações Institucionais do Grupo Fiorde, constituído pelas empresas Fiorde Logística Internacional, FTA Transportes e Armazéns Gerais e Barter Comércio Internacional. E-mail: fiorde@fiorde.com.br Site: www.fiorde.com.br

 

China - Organização Mundial da Saúde anuncia a erradicação da malária

A China conseguiu erradicar a malária, depois de 70 anos a tentar suprimir a doença, transmitida por mosquitos e que mata centenas de milhares de pessoas todos os anos, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país, que tinha 30 milhões de casos anuais na década de 40 do século passado, não registou um único caso local, nos últimos quatro anos.

Esta doença, transmitida pelo mosquito Anopheles, matou mais de 400 mil pessoas, em 2019, sobretudo em África. “Felicitamos o povo chinês por ter livrado o país da malária”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“A China junta-se ao número crescente de países que mostram que um futuro sem malária é possível”, apontou o responsável, que atribuiu o êxito chinês a “décadas de ação focada e sustentada”.

Os países que registaram três anos consecutivos sem transmissão local podem inscrever-se para obter a certificação da OMS que valida o seu estatuto de nação livre da malária.

O pedido de certificação deve ser acompanhado com provas dos resultados, e demonstrar a capacidade de prevenir qualquer transmissão posterior.

A China é o 40.º território a obter esta validação da agência da ONU.

Os últimos foram El Salvador (2021), Argélia e Argentina (2019) e Paraguai e Uzbequistão (2018).

A China é o primeiro país da região do Pacífico Ocidental, na nomenclatura da OMS, a receber esta certificação em mais de 30 anos.

Apenas três países daquela região receberam a certificação até agora: Austrália (1981), Singapura (1982) e Brunei (1987).

No relatório de 2020 sobre a malária, a OMS constatou que os avanços na luta contra a doença estagnaram, sobretudo nos países africanos, que apresentam as maiores taxas de contaminação e morte.

Após um declínio constante, desde 2000, quando a doença causou 736 mil mortes, o número de mortos subiu a 411 mil em 2018, e 409 mil em 2019.

Mais de 90% das mortes ocorreram em África e foram sobretudo crianças (265 mil).

Em 2019, houve 229 milhões de casos de malária, patamar que se mantém há quatro anos.

Pequim começou na década de 1950 a identificar os locais onde havia casos de malária e a combatê-la com tratamentos antimaláricos preventivos, observou a OMS.

O país também eliminou áreas favoráveis à criação de mosquitos e aumentou o uso de inseticidas nas residências.

Em 1967, a China lançou um programa científico para encontrar novos tratamentos e que levou à descoberta, na década de 1970, da artemisinina, o principal medicamento contra a doença, extraído de uma planta.

O número de casos caiu para 117 mil, no final de 1990, e as mortes foram reduzidas em 95%. Esforços adicionais, realizados em 2003, permitiram reduzir para cerca de 5000 contaminações por ano, em dez anos.

“A capacidade da China de se aventurar fora do caminho tradicional foi bem-sucedida na sua luta contra a malária e também teve um importante efeito dominó a nível global”, disse o diretor do programa global de malária da OMS, Pedro Alonso.

Depois de quatro anos sem contaminação local, Pequim candidatou-se à certificação, em 2020.

O risco de casos importados, especialmente dos vizinhos Laos, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname, continua a ser uma fonte de preocupação.

Uma vacina, anunciada no final de abril pela Universidade de Oxford, demonstrou uma eficácia de 77% em testes em África. Esta inoculação poderá ser aprovada nos próximos dois anos. In “Hoje Macau” – Macau

 

terça-feira, 29 de junho de 2021

Portugal - Consórcio português desenvolve dispositivo inovador de proteção para cuidados médicos em contexto de pandemia

Um consórcio que reúne investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e do Politécnico de Leiria e a SETsa, Sociedade de Engenharia e Transformação S.A., do Grupo IBEROMOLDES, desenvolveu um equipamento de proteção individual (EPI) inovador, especialmente pensado para a prestação de cuidados médicos em ambientes em que existe um risco acrescido de contaminação biológica, eficaz em contexto de pandemia como a atual COVID-19.

O dispositivo, já com pedido de patente submetido junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), foi desenvolvido no âmbito do projeto “MASK4MC – Mask for Medical Care”, liderado pela SETsa e financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização do Portugal 2020.


A grande inovação deste equipamento está na capacidade de reduzir significativamente, para a pessoa que o usa, o «risco de inalação de gotículas e aerossóis contaminados que tenham sido exalados por uma outra pessoa infetada que esteja na proximidade. Trata-se de uma viseira com um sistema de ventilação que cria uma cortina de ar, de forma a promover a vedação aerodinâmica da zona de inalação relativamente às zonas circundantes e impede o embaciamento da viseira (condensação devida à respiração)», afirma o coordenador do projeto, Leonel de Jesus.

Este equipamento é especialmente vocacionado para profissionais de saúde que exercem a sua atividade, durante períodos alargados, em ambientes onde o risco de contágio é elevado, como, por exemplo, os médicos dentistas. «Havendo três modos de transmissão por elementos patogénicos exalados a partir de um paciente infetado (por contacto, por gotas e por aerossóis), a situação de grande proximidade entre as vias respiratórias superiores do médico dentista e do seu assistente da zona de exalação de um paciente, eventualmente infetado e sentado na cadeira do consultório, pode permitir a contaminação através de qualquer um desses modos», explica Manuel Gameiro da Silva, coordenador da equipa da UC.

Este novo equipamento, clarifica o consórcio, foi pensado para ser usado «em conjunto com uma máscara facial garantindo um índice de proteção acrescido e um melhor conforto em termos térmicos e visuais, porque o escoamento da cortina de ar contribui para o fornecimento de ar novo e fresco e para o desembaciamento da superfície interior da viseira».

Por isso, concluem os autores do projeto, foram utilizadas abordagens complementares no processo de desenvolvimento do produto, «tendo-se recorrido a simulações numéricas dos escoamentos, em que foram usados modelos virtuais do EPI e do seu utilizador, e a ensaios experimentais realizados com manequins térmicos e acústicos. No projeto e construção dos protótipos recorreu-se ao desenho assistido por computador e a técnicas de prototipagem rápida por métodos aditivos».

Na Universidade de Coimbra, o projeto envolveu a Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) e a Faculdade de Medicina (FMUC). Na equipa de investigação da ADAI, participam docentes e investigadores dos departamentos de Engenharia Mecânica da UC e do Politécnico de Leiria. Universidade de Coimbra - Portugal


UCCLA - Concerto solidário de Don Kikas

O auditório da UCCLA vai ser o palco do concerto solidário do cantor e compositor angolano Don Kikas, no dia 2 de julho, pelas 20h30.

As receitas resultantes deste concerto revertem a favor da construção da Escola Paroquial de Cristo Rei da Paz em Benfica, Luanda, Angola.

Os bilhetes para o concerto solidário encontram-se disponíveis, pelo valor de 12 euros (bilhete individual) através do email anabela.simao@uccla.pt, até às 14 horas, do dia 2 de julho.

A entrada está sujeita à lotação da sala, de acordo com as indicações definidas pela Direção Geral de Saúde.


Biografia de Don Kikas:

Don Kikas, nascido Emílio Costa em Angola, na cidade do Sumbe, província do Kwanza-Sul. Ainda nos primeiros meses da sua infância, emigra para o Brasil com os seus pais onde começa a ganhar o gosto pela música e o sonho de um dia vir a ser um artista.

Aos 8 anos de idade, já em Angola, compôs a sua primeira canção com a ajuda da mãe. Participava em alguns concursos para cantores infantis, e as vitórias consecutivas serviam de incentivo para continuar a cantar, a compor e a sonhar.

Aos 18 anos vai para Portugal para continuar os estudos, nessa altura em Lisboa, começa a cantar em discotecas e bares da cidade até surgir o convite para gravar o seu primeiro disco em 1994, editado em 1995 com o título “Sexy Baby”. Foi a rampa de lançamento para o sucesso, e dois anos depois é lançado o seu segundo álbum “Pura Sedução”, no qual, para além da Kizomba, procurou mostrar que o Semba, considerado na altura música para os “mais velhos” podia ser consumido e preservado pelos jovens. Com esse disco abriu portas em vários novos mercados e arrecadou alguns galardões, com destaque para o seu primeiro “Disco de Prata” e o prémio de “Música do Ano” para o tema “Esperança Moribunda”, atribuído pela Rádio Nacional de Angola.

Em 1999, grava em Lisboa, Paris e Boston o álbum “Xeque-Mate”, que arrecadou no ano 2000 os galardões de “Disco de Ouro” por mais de 20.000 cópias vendidas; “Disco do Ano”, “Voz do Ano” e “Melhor Kizomba do Ano” para o tema “Na Lama do Amor”, atribuídos pelos prémios Rádio Luanda. Foi ainda convidado pelo artista brasileiro Martinho da Vila para uma parceria musical que originou uma digressão pelo Brasil, depois seguiram-se convites para digressões pela Europa, Estado Unidos de América, Macau, Moçambique, Cabo-Verde, etc.

Em 2003, com mais de 50 músicos de várias origens, grava o álbum “Raio X”, experimentando assim uma incursão por novas sonoridades e estilos ligados à cultura nacional e internacional. Com “Raio X” Don Kikas arrecadou o galardão de “Disco de Prata” em Portugal e seguiram-se várias digressões em novos mercados.

Já em 2005, numa nova fase da sua carreira, Don Kikas junta alguns dos melhores músicos do mercado para gravar o álbum “Viagem”, editado em 2006 pela sua própria editora AMG (Angola Music Group). Um álbum duplo, que viaja entre as sonoridades modernas e dançantes como a kizomba e o zouk (CD1), passando pelas tradições do Semba, da kazukuta e do kilapanga (CD2).

A 15 de Maio de 2011 é lançado em Angola o sexto álbum de originais com o título "Regresso à Base". Disco gravado entre Luanda, Lisboa e Paris, este "Regresso à Base" marca mais uma nova etapa na carreira do artista, sendo um sucesso logo à saída com vendas superiores a 10.000 cópias em Luanda, no primeiro dia.

Don Kikas tem pisado palcos por todo o mundo, tem feito parcerias musicais com vários artistas de renome nacional e internacional, compõe para si e para muitos outros. Sempre com o nome de Angola na voz e no peito.


CPLP – Reunião da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa realiza-se em Bissau no início do mês de Julho

Bissau – O Presidente da Assembleia Nacional Popular anunciou que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló vai presidir no próximo dia 7 de julho, à abertura da sessão Parlamentar da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

Cipriano Cassamá que falava esta segunda-feira aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, informou ainda que vão estar presentes nesta sessão, 8 presidentes de parlamentos dos diferentes países da CPLP.

Acrescentou que tomarão parte nesta sessão, o Secretário Executivo da mesma organização e o Presidente do Instituto Internacional da Língua Portuguesa.

Cassamá explicou que a Assembleia Parlamentar da CPLP é um órgão que reúne seis representantes de cada parlamento indicados pelos respectivos países.

Disse que, a Guiné-Bissau assumirá a presidência rotativa da organização a partir do dia 8 de julho por um período de 2 anos na sua pessoa  enquanto Presidente do Parlamento.

“Cada parlamento tem 6 pessoas e são 9 países que compõem Assembleia Parlamentar que totalizam 54 membros. Vamos ter uma reunião muito importante onde a Guiné-Bissau com certeza no dia 8 irá começar a sua Presidência da AP, durante dois anos na minha pessoa enquanto Presidente do Parlamento”, referiu.

O líder do parlamento guineense disse ainda que informou o Presidente da República sobre as comissões que foram designadas, das personalidades que virão e que também pediu apoio logístico para facilitar o funcionamento desta conferência.

Segundo Cassamá, Umaro Sissoco Embaló prometeu dar todo o apoio necessário para a realização da conferência no país.

Cassamá disse esperar que desta conferência saiam recomendações e resoluções que serão analisadas na Cimeira dos Chefes de Estados da CPLP que decorrerá entre os dias 16 e 17 de Julho em Angola, adiantando que depois dele tomar posse da Presidência da Assembleia Parlamentar da CPLP dia 8, vai estar nessa Cimeira para representar todos os parlamentos desta comunidade.

De acordo com aquele responsável, a AP é um órgão que fiscaliza a governação dos respetivos países que trabalha na área económica, cultural, científica e entre outros, no reforço da democracia e da mobilidade.

“A mobilidade para nós deve ser um lema muito importante. Já é tempo dessa preocupação de todos nós da CPLP ser uma realidade. Não podemos permitir que, estando numa comunidade, ainda existem países que insistem em não reconhecer essa vontade política dos Chefes de Estados de mobilidade na comunidade. Um guineense pode ir a Portugal quando quiser, angolano vir a Guiné-Bissau e brasileiro e vice-versa”, disse.

Prometeu que o seu mandato como Presidente da AP-CPLP será aberto e que irá conseguir vários sucessos, e afirmou esperar que com essa dinâmica que rodeia os deputados da AP, a CPLP, nos dois anos do seu mandato pode ter resultados que beneficie não só o país, como também os restantes países da CPLP. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

 

Guiné-Bissau – Recebe da Espanha ajuda técnica e material informático para o reforço da vigilância e segurança marítima

Bissau - O Navio Oceânico da Guarda Civil do Reino da Espanha, “Rio Segura” transportou, no final da semana, um carregamento de ajuda técnica e material informático para o reforço da vigilância e segurança marítima, visando o combate à migração irregular, crime organizado, tráfico, terrorismo e outras práticas ilícitas na Guiné-Bissau, zona integrante da África Ocidental.

O Acordo de Cooperação Migratória em vigor desde 2008, integra um Programa de Formação e de Apoio Técnico, destacou o Embaixador do Reino da Espanha no país, Marcos Rodrigues Cantero.

Segundo o representante diplomático espanhol em Bissau há longos anos que a Espanha e a Guiné-Bissau, no âmbito de uma parceria estão empenhados nos combates aos problemas desestabilizadores que afectam a nossa época.

Marcos Rodrigues Cantero realçou que a visita do navio "Rio Segura" a Bissau é o testemunho da vontade dos dois países em prosseguir a luta contra as práticas ilegais que ocorrem nessa zona da África ocidental.

Nesse contexto o Secretário de Estado da Ordem Pública, Alfredo Malu, solicitou mais apoios da Espanha para fazer face à situação.

De acordo com Malu, o governo guineense está decidido a aplicar as cláusulas do acordo entre o seu país e a Espanha, no que toca à luta contra a criminalidade e a imigração clandestina, não obstante os parcos meios de que dispõe a Guiné-Bissau para controlar as suas fronteiras marítimas.

Os Chefes das Diplomacias de Bissau e Madrid trocaram recentemente visitas para uma nova dinâmica na cooperação, fortalecida em 2006 com abertura na capital guineense da Embaixada do Reino de Espanha. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Timor-Leste - Ministra dos Negócios Estrangeiros coordena delegação à Cimeira da CPLP

Díli – A Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), Adalzija Magno, disse hoje que a delegação de Timor-Leste partirá, no dia 6 de julho, para Luanda, capital de Angola, a fim de participar na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“A nossa equipa partirá no próximo dia 06 de julho. O Presidente da República não participará, porque ainda não completou a vacinação, mas eu e o Vice-Primeiro-Ministro vamos”, disse a MNEC à Tatoli, no seu local de trabalho, na Praia dos Coqueiros.

Segundo a MNEC, o Governo já fez preparativos para participar na Cimeira da CPLP, mesmo sem a presença do Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, e do Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak.

A ministra acrescentou que, na cimeira, vai apresentar temas relacionados com a economia, nomeadamente a diplomacia económica após a pandemia, e acompanhar também a cerimónia de tomada de posse de Zacarias Albano da Costa como Secretário Executivo da CPLP.

Além disso, será abordado o tema da mobilidade de pessoas entre os Estados-Membros. Esta cimeira decorre nos dias 17 e 18 de julho deste ano, em Luanda. Afonso do Rosário – Timor-Leste in “Tatoli”

 

Macau - Seguindo os passos de George Chinnery

A Fundação Rui Cunha vai realizar na próxima terça-feira, dia 29 de junho, pelas 18h30, a exibição do documentário “Nos Passos de George Chinnery. Um Artista Inglês em Macau”, dirigido por Terry O'Toole e produzido por Campbell McLean.

George Chinnery foi um dos primeiros e mais notáveis ​​artistas europeus do século XIX a viver no sul da China antes do advento da fotografia.

Os seus esboços, aquarelas e pinturas a óleo são mantidos em coleções particulares e museus em todo o mundo. Agora, pela primeira vez no cinema, a vida e as obras do artista são retratadas durante os seus anos em Macau no auge do Comércio da China.

O documentário é apresentado e narrado pelo Dr. Patrick Conner, um especialista de renome mundial em pinturas do Comércio da China.

Conner chega a Macau e refaz os passos de Chinnery, visitando muitos dos locais favoritos do artista, destacando a importância do trabalho do artista no estudo da cultura chinesa e o impacto dos comerciantes europeus em Macau e na China, durante os turbulentos anos que cercaram o primeiro Guerra do Ópio. As referências históricas incluem citações da diarista americana Harriet Low.

Este fascinante documentário de 50 minutos, transmitido internacionalmente, oferece ao público uma visão rara da vida de George Chinnery, um dos poucos artistas a passar a maior parte de sua carreira na Índia e na província de Guangdong, na costa do Mar do Sul da China.

Antes da exibição, faremos uma breve introdução de Jill Rigg, co-produtora.

Jill Rigg é especialista em desenvolvimento de negócios, diretora executiva e presidente da Greater Bay Area - China na Câmara de Comércio Britânica.

In The Footsteps of George Chinnery foi seu primeiro projeto para a televisão e ela foi fundamental para vincular a produção a todos os grandes colecionadores de obras de Chinnery em Hong Kong.

O evento será realizado em inglês.

A entrada é gratuita, mas sujeita a limitações devido ao cumprimento das medidas regulamentares de saúde em vigor. In “Fundação Rui Cunha” - Macau

 

Macau - Instituto Politécnico de Macau quer alargar acreditação de tradutores a países lusófonos

O IPM quer promover os testes de acreditação da China de tradutores e intérpretes chinês-português e português-chinês nos países de língua portuguesa, revelou o presidente da instituição, Im Sio Kei


O presidente do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Im Sio Kei, disse que pretende promover o reconhecimento mútuo entre os certificados do Teste de Acreditação da China para Tradutores e Intérpretes (CATTI, na sigla inglesa) e certificados semelhantes atribuídos nos países lusófonos.

Im Sio Kei falava durante uma visita de uma delegação do CATTI, a propósito dos primeiros testes de tradutores e intérpretes chinês-português e português-chinês realizados em Macau, disse o Centro de Gestão de Projeto do CATTI em comunicado.

Mais de 100 candidatos participaram nos testes de português e de inglês, distribuídos por três níveis de proficiência, que decorreram a 19 e 20 de Junho, em simultâneo com a China continental.

O director-geral do Centro de Gestão de Projeto do CATTI, Jiang Ping, disse esperar mais colaboração com o IPM na formação de talentos bilingues em chinês e em português no futuro.

O responsável disse que a formação de mais bilingues poderá ajudar a promover o intercâmbio na área das humanidades e das ciências sociais entre a China e os países de língua portuguesa, avançou o IPM.

Os testes exigiam “um conhecimento profundo da sociedade, história e cultura da China e dos países de regiões de língua portuguesa”, sublinhou o CATTI, num comunicado divulgado em Março.

A candidatura aos testes estava aberta não apenas a cidadãos chineses, mas também a estrangeiros que trabalhem na China e residentes em Macau, Hong Kong e Taiwan.

Só quem passa nestes testes pode trabalhar na Administração de Publicações em Línguas Estrangeiras da China (CIPG, na sigla inglesa), que tem a tutela do CATTI, ou ingressar em mestrados de tradução e interpretação.

O CATTI tinha anunciado no final de Fevereiro a criação de um comité para preparar e avaliar este teste. O comité, que conta com 12 peritos em português, seis dos quais baseados em Macau, é liderado pelo presidente do Conselho Geral do IPM, Lei Heong Iok.

O CATTI realizava até agora testes de acreditação de tradutores e intérpretes de sete línguas: inglês, francês, alemão, japonês, russo, espanhol e árabe.

Alunos estiveram em Sichuan para intercâmbio

Um grupo de alunos do IPM deslocou-se à Província de Sichuan, a convite da Universidade de Pequim, para participar na iniciativa intitulada de “Simbiose entre artes e campo rural: Workshop sobre as artes e a criação cultural no campo”. “Através de actividades como notas de entrevista e investigação ‘in loco’, os alunos puderam aprofundar os seus conhecimentos sobre as características culturais locais, como fonte de inspiração do pensamento criativo, assim promovendo o intercâmbio cultural e criativo na área das artes”, indica a instituição em comunicado. O workshop dividiu-se em quatro fases: cursos online, exames presenciais, conclusão dos resultados e participação nas exibições. Os resultados deste workshop serão apresentados na terceira edição do Festival Fringe de Dabashan, que se realiza em Agosto próximo, e na Semana de Design dos Estudantes Universitários de “Ouro Roxo”, em Novembro. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”


Portugal - Estudo da Universidade de Coimbra conclui que as alterações climáticas afetam o ciclo de vida do robalo

Um estudo conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) permitiu compreender, pela primeira vez, como o início do ciclo de vida do robalo é influenciado pela temperatura da água do mar e pela variabilidade atmosférica e oceânica, medida pelo índice da Oscilação do Atlântico Norte (NAO, na sigla em inglês).

Os resultados da investigação, coordenada por Miguel Pinto, Filipe Martinho e Miguel Pardal, do Marine Research Lab do Centro de Ecologia Funcional (CFE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), indicam que, com o aumento da temperatura do mar, os robalos nascem cada vez mais tarde, «o que pode ser prejudicial devido à possível quebra da sincronia entre as larvas recém eclodidas e a sua fonte preferencial de alimento – zooplâncton. De igual modo, uma eclosão mais tardia poderá coincidir com os fenómenos de afloramento costeiro típicos da primavera e verão, e que podem impedir as larvas de chegar aos estuários, e assim completar o seu ciclo de vida», afirma Filipe Martinho.

«Em anos de NAO negativo, reconhecidos como períodos de produtividade oceânica muito reduzida, o atrasar da eclosão poderá contribuir para uma elevada mortalidade dos juvenis, com efeitos negativos nos stocks pesqueiros a longo prazo», salienta.

Este estudo, publicado na revista científica Marine Environmental Research, avaliou a variabilidade interanual das datas de eclosão e crescimento do robalo na costa portuguesa, ao longo de um período de sete anos (2011-2017).


Para conseguir esta análise, uma vez que o acesso a amostras no ambiente marinho é bastante complicado, foram utilizados os otólitos de robalos juvenis, permitindo assim maximizar a informação obtida sobre as espécies ao longo da sua vida.  Os otólitos, que existem no ouvido interno de todos os peixes ósseos, são compostos por «carbonato de cálcio e desempenham uma função importante na audição, orientação e equilíbrio. Para além disso, são consideradas as melhores ferramentas ao dispor dos cientistas, pois é depositada uma nova camada de material em função dos ritmos circadianos, sazonais e anuais, formando um anel distinto, e que permite a reconstrução da história de vida dos peixes com elevada resolução, do mesmo modo que conseguimos determinar a idade de uma árvore contando os anéis do seu tronco», explica Filipe Martinho.

No caso da espécie em estudo, a «deposição de um novo anel a cada dia permitiu determinar com precisão a sua data de nascimento, a sua idade, bem como a taxa de crescimento diária, obtida através da distância medida entre cada anel», refere o investigador do Departamento de Ciências da Vida da UC.

A equipa observou ainda que o crescimento dos robalos é bastante rápido nos primeiros dias de vida, «suportando a teoria de Johan Hjort (1914) relativa à existência de um período crítico de crescimento que irá determinar o sucesso (ou não) de uma coorte. Ou seja, quanto mais crescem nos primeiros dias de vida, maior a probabilidade de alocar energia para nadar ativamente, procurar alimento, fugir a predadores, e claro, de conseguir fazer a migração entre a zona costeira e os estuários», acrescenta.

Segundo os autores do estudo, os resultados obtidos têm várias implicações para a gestão das pescas num contexto de alterações climáticas. «Ao sabermos que aumentos na temperatura da água do mar irão levar a que a eclosão desta espécie seja cada vez mais tarde, e quais as consequências desse atraso em termos da conectividade mar-estuário e na dinâmica populacional, poderemos prever o impacto que o aquecimento global irá ter nos stocks desta espécie, e contribuir para o desenvolvimento de medidas de gestão adequadas», notam.

Por outro lado, a relação com a temperatura da água do mar fornece informações «preciosas acerca da capacidade (ou não) desta espécie lidar com as alterações climáticas», realçam ainda os investigadores da UC, concluindo que, de facto, «o robalo é uma espécie muito apreciada pelos consumidores, o que tem contribuído para o seu declínio generalizado em estado selvagem na Europa. Em Portugal, a estrutura dos stocks desta espécie é virtualmente desconhecida, pelo que mais do que nunca é necessário desenvolver medidas de gestão e proteção direcionadas a esta espécie». Universidade de Coimbra - Portugal


domingo, 27 de junho de 2021

Portugal - Comunidade indiana foi a que mais cresceu

A comunidade indiana foi a que mais cresceu em Portugal em 2020 ao totalizar 24550 cidadãos, tendo ultrapassado a angolana e guineense, revela o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) divulgado pelo SEF.

Segundo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), os indianos em Portugal aumentaram 39,3% em 2020 face a 2019, quando viviam no país 17619, passando para o top 10 das nacionalidades mais representativas.

“Destaque para a Índia que sobe duas posições ocupando agora o 9.º lugar ultrapassando Angola e Guiné-Bissau”, lê-se no relatório apresentado na cerimónia comemorativa do 45.º aniversário do SEF, que decorreu à porta fechada e que contou com a presença do ministro da Administração Interna.

O SEF nota que o número de cidadãos oriundos da Índia mais do que triplicou no ano passado em relação a 2016.

Outra comunidade que tem registado “um crescimento bastante assinalável” é a nepalesa, que ocupa agora a 11.º posição ao totalizar 21015, um aumento de quase 25% em relação a 2019, quando viviam 16849 cidadãos do Nepal.

De acordo com este serviço de segurança, o número de cidadãos oriundos do Nepal a viver no país quadruplicou desde 2016.

Dos 24550 indianos em Portugal, 19099 são homens e 5451 mulheres, enquanto dos 21015 nepaleses, 13339 são homens e 7676 mulheres.

O RIFA dá também conta que em 2020 se “quebrou a tendência de subida de novos títulos emitidos” ao terem sido dadas 118124 novas autorizações de residência a estrangeiros, uma diminuição de 8,5% relativamente ao ano anterior (129155).

O SEF refere que os motivos mais relevantes na concessão de novos títulos de residência foram o reagrupamento familiar (35736), a atividade profissional (29715) e o estudo (12285).

O relatório sublinha que os novos títulos emitidos para os cidadãos oriundos da Índia e Nepal tiveram a atividade profissional como o principal motivo.

O mesmo documento destaca que 7172 indianos e 3880 nepaleses pediram pela primeira vez, no ano passado, uma autorização de residência em Portugal. In “Mundo Português” - Portugal

 

Sou como sou


 







Vamos aprender português, cantando

 

Sou como sou

 

Tu já paravas com essa mania

de ver em tudo conta peso e medida

de me analisar pela morfologia

e dar opinião que nem te foi pedida.

Sou pespineta? (Sim.) Só Deus me atura? (Hm...??)

Sou bem aventurada e pronta p’ra aventura!

Ai quem te dera este jogo-de-cintura

só tens tamanho, mas pra mim não estás à altura

 

E diz-me lá então quem te deu o direito, de decidir o que posso ou não fazer

sou maior e vacinada, e a ti não devo nada, eu sou forte, sou capaz, eu sou mulher

 

E eu sou como sou - eu sou como sou

é assim que me quero, e no fundo me queres

assim como sou

e eu sou como sou – eu sou como sou

estou como quero - e sei que me queres

assim como sou

 

Não é a letra da etiqueta

que qualifica ou quantifica a beleza.

não te censuro se te assusta a silhueta

tenho curvas perigosas, com certeza.

 

De salto alto, sapatilha, saia curta ou comprida, visto sempre aquilo que bem me apetece

sinto-me “linda de bonita”, assim livre leve e solta, tão pouco m’importa se bem te parece

 

E eu sou como sou – eu sou como sou

é assim que me quero - e no fundo me queres

assim como sou

e eu sou como sou – eu sou como sou

estou como quero - e sei que me queres

assim como sou

 

E diz-me lá então quem te deu o direito, de decidir o que posso ou não fazer

sou maior e vacinada, e a ti não devo nada, eu sou forte, sou capaz, eu sou mulher

de salto alto, sapatilha, saia curta ou comprida, visto sempre aquilo que bem me apetece

sinto-me “linda de bonita”, assim livre leve e solta, tão pouco m’importa se bem te parece

 

E eu sou como sou – eu sou como sou

é assim que me quero - e no fundo me queres

assim como sou

e eu sou como sou – eu sou como sou

estou como quero - e sei que me querem

assim como sou

 

Eu sou como sou

estou como quero - e sei que me querem

assim como sou

eu sou como sou

 

Ana Bacalhau – Portugal

 

Composição:

Alex D'Alva Teixeira – Angola / Brasil / Portugal

Ben Monteiro - Portugal


Bélgica - Bruxelas dá palco às realizadoras portuguesas

A Cinemateca belga acolhe, este verão, em Bruxelas, um ciclo dedicado ao cinema português feito por mulheres, e que atesta a desigualdade de género na produção cinematográfica portuguesa


“Apesar de ser um elemento fundamental da riqueza do cinema português de autor, a percentagem de filmes realizados por mulheres é das mais baixas da Europa ocidental”, lê-se no programa divulgado pela Cinematek, a cinemateca belga.

O ciclo de cinema, organizado em parceria com a Cinemateca Portuguesa, tem por título “Portugal, século XX: Visões Femininas”, e começa a 04 de julho, contando com uma seleção de filmes que vai de 1946 a 2012, período durante o qual foram produzidas cerca de 40 longas-metragens assinadas por mulheres.

“À escala de uma produção nacional modesta como a portuguesa, o acesso das mulheres à profissão cinematográfica testemunha uma flagrante desigualdade, justificada pelo conservadorismo social do longo período da ditadura do Estado Novo”, refere a cinemateca belga.

Essa desigualdade persiste, embora de forma mais reduzida, em tempo de democracia, mas “os últimos 15 anos foram, felizmente, florescentes e viram surgir uma nova geração de realizadoras”, concluiu a cinemateca.

O ciclo estender-se-á até 02 de agosto, com a exibição de cerca de uma dezena de filmes, entre curtas e longas-metragens, entre documentário, ficção e cinema de animação.

O programa arrancará com “Os mutantes” (1998), de Teresa Villaverde, e encerrará com “André Valente” (2004), de Catarina Ruivo.

Pelo meio serão exibidos, por exemplo, “O movimento das coisas” (1985), único filme de Manuela Serra, “Trás-os-montes” (1976), que Margarida Cordeiro correalizou com António Reis, e “Frágil como o mundo” (2001), de Rita Azevedo Gomes.

Destaque para a inclusão de “Três dias sem Deus” (1946), de Bárbara Virgínia, considerada a primeira realizadora portuguesa, a primeira mulher a apresentar um filme no Festival de Cannes, e que morreu quase em total desconhecimento público em 2015, no Brasil, aos 91 anos.

O ciclo contará ainda com filmes de Margarida Cardoso, Manuela Viegas, Solveig Nordlund, Margarida Gil, Ana Luísa Guimarães e Regina Pessoa, de quem será exibida a premiada curta-metragem de animação “Kali, o pequeno vampiro”, de 2012. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo


sábado, 26 de junho de 2021

São Tomé e Príncipe - Vai beneficiar de fundo da União Europeia para projectos de pesca e aquacultura


São Tomé – São Tomé e Príncipe e mais 11 países de África, Caraíbas e Pacífico irão beneficiar de fundo da União Europeia (UE), de 40 milhões de Euros, para projectos de reforço do consumo de peixe e aquacultura, apurou a STP-Press.

A notícia foi tornada pública, na cidade de São Tomé, pelo Representante da FAO no País, o moçambicano, Hélder Moteia, numa cerimónia onde se lançou o projecto que visa potenciar o pescado e aquacultura em África, Caraíbas e Pacífico.

No quadro deste projecto “Fish For ACP”, chegou-se a conclusão que o consumo de peixe aumentou substancialmente em São Tomé e Príncipe, compreendendo cerca de 45 kg de peixe “per capita”.

Segundo este diplomata, trata-se de maior índice de consumo de peixe na sub-região costeira de África Central.

Além disso, informou ainda este responsável, a pesca artesanal emprega no País mais de três mil pescadores, 3500 palaiês e 35 comunidades costeira dependem dessa cadeia de valores.

Segundo sustentou, Hélder Moteia, a indústria pesqueira contribui com cerca de 9% para o PIB do País.

Mais disse este diplomata, igualmente acreditado em Libreville (Gabão) e Malabo (Guiné-Equatorial), “o relativo isolamento do País ao continente é um grande obstáculo ao crescimento impulsionado do sector privado da pesca”. Manuel Dênde – São Tomé e Príncipe in “STP-Press”


 

Cabo Verde – Forças Armadas recebem meios de transporte e comunicação doados pela China

Cidade da Praia – A Embaixada da República Popular da China entregou, na Cidade da Praia, às Forças Armadas (FA) um donativo em equipamentos de comunicação e meios de transporte, no valor de 431 mil contos. 

A doação, que inclui dez autocarros, dez camiões, quatro viaturas todo terreno e 50 computadores, foi entregue pelo embaixador chinês Du Xiaocong, na presença da ministra de Estado e da Defesa, Janine Lélis, no Comando da 3ª Região Militar, em Achada Limpo. 

Na ocasião, a ministra agradeceu o esforço empreendido pela Cooperação Chinesa, que, realçou, em pleno período de pandemia fez com estes materiais, de comunicação e equipamentos de transportes diversos, pudessem chegar a Cabo Verde. 

Segundo Janine Lélis, isto traduz uma “enorme satisfação”, uma vez que a entrega desses equipamentos representa os frutos de uma “forte cooperação” no domínio da defesa entre os dois países. 

“Estamos a falar de um grande volume de equipamentos de comunicação e transporte que vão permitir um reforço significativo de meios e fazer com que as Forças Armadas melhorem a sua capacidade funcional e operacional, tendo em conta o cumprimento da sua missão constitucional”, sublinhou a governante. 

Reiterou as “excelentes relações de cooperação” entre a República de Cabo Verde e a República Popular da China, assistida, a seu ver, em todo o momento vivenciado pelo arquipélago, sobretudo agora com a pandemia através da doação de vacinas para o combate à covid-19. 

Esses materiais, di-lo Janine Lélis, colocam as Forças Armadas ao nível e num patamar de resposta que não tinham ainda conseguido, em especial em matéria de comunicação, “tão fundamental e essencial” para aquilo que é a sua missão.  

Por sua vez, o embaixador chinês explicou que os donativos hoje entregues foram anunciados pelo Presidente da China, Xi Jinping, no encontro com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que decorreu em 2018, durante a Cimeira de Beijing do Fórum da Cooperação China-África.

Desde então, ajuntou, foi implementado um conjunto de trabalho no que se refere ao seguimento da doação militar pelas autoridades competentes dos respectivos países e que lhes permitiu realizar hoje a cerimónia oficial de entrega.  

Disse acreditar que os materiais e equipamentos vão permitir às Forças Armadas de Cabo Verde aumentar a sua capacidade no cumprimento da sua missão, e augurou que as relações de amizade e cooperação que unem os dois países e os dois exércitos “prossigam e se intensifiquem”.

A cooperação entre os dois países no âmbito da Defesa iniciou-se em 1982, versando a formação, a doação de material militar e visitas das entidades aos países, como mecanismo e forma de reforçar esta amizade. 

Em 2012, Cabo Verde e a China assinaram um protocolo que permitiu a doação ao arquipélago de dois navios patrulha para a Guarda Costeira, uma unidade de produção de fardamento, bem como materiais informáticos e de comunicação. 

A assinatura, em Dezembro de 2018, do novo acordo de concessão de materiais, segundo Janine Lélis, permite às Forças Armadas ter uma disponibilidade em equipamentos correspondente a um montante de 30 milhões de yuans (431 mil contos) para os cinco anos, traduzindo-se em 20 contentores com os materiais de ponta hoje entregues oficialmente. In “Inforpress” – Cabo Verde