Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 31 de julho de 2022

Galiza - Do Manifesto de 1974 até hoje

Em setembro de 1974 viu a luz em Seara nova, e um mês despois em Cuadernos para el diálogo, o “Manifesto para a supervivência da cultura galega”, assinado por Martinho Montero e unha dúzia mais de curas e leigos que estavam daquela em Roma. Na Introdução, Rodrigues Lapa diz que o texto “deverá estar na base de tudo quanto daqui em diante se escrever sobre o problema do galego, onde mergulham as nossas mais antigas raízes”, porque “uma coisa é a língua que falamos e outra a que escrevemos”. Mas não foi assim na escrita posterior.


Tampouco houve o progresso no uso do galego que se desejava, e para o que se faziam umas propostas concretas verbo dos meios de comunicação (rádio, tv, imprensa), o ensino oficial, a Administração e a Igreja. Temos rtv galega, mas mui frustrante e com escasso eco nas urbes; as cadeias privadas são nulas ao respeito. Aos jornais pedia-se “aumentar as publicações em língua galego-portuguesa numa proporção pelo menos ao 50%”, e… tururu. O ensino já sabemos como vai no de “todos sabem falar e escrever corretamente os dois idiomas”… Outro tanto a Administração e a Igreja. Verbo desta última, a situação do galego é hoje pior que então, ainda que se disponha da Bíblia e de todos os textos litúrgicos em galego. Resulta atualíssimo o que dizia há 45 anos: “Na situação atual, a língua galego-portuguesa está mui longe de gozar em Galícia de paridade de direitos com a língua castelhana”. Penso com os meus amigos reintegracionistas que a perspectiva do galego hoje deveria ter em conta a dramática situação atual de perda de falantes novos, que não sabem falar galego mesmo estudando-o na escola. Frente aos que dizem que o reintegracionismo dificultaria isto, possivelmente só poderia frear-se o descenso do galego com uma nova visão do idioma como “extenso e útil”, que dizia já Castelao; e –ainda valorando mui positivamente as publicações galegas– com todos os recursos (livros, películas, tv, programas informáticos, etc.) de que se dispõe em português. Como dizia Carvalho Calero nessas datas, a nossa alternativa é “ou galego-castelhano ou galego-português”; mas a primeira é a morte do galego. Victorino Prieto – Galiza in “Portal Galego da Língua” com “Nós Diario”

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Victorino Pérez Prieto - (Hospital de Órbigo-León, 1954) é professor de universidade reformado, escritor, teólogo e pensador. Especialista em temas de cultura galega; em particular na Geraçom "Nós" e Prisciliano. Também em Raimon Panikkar, sobre quem fez as Teses de Doutoramento em Filosofia (USC) e Teologia (UPSA). Colaborador habitual em jornais (atualmente em Nós Diario) e revistas galegas (Encrucillada, Grial, A Nosa Terra...) e internacionais (Iglesia viva, Dialogal, Theologica Xaveriana, CIRPIT review, Complessitá...). Publicou mais de vinte livros individuais (A geraçom "Nós", Do teu verdor cinguido, Contra a síndrome N.N.A.Unha aposta pola esperanza, Más allá de la fragmentación de la teología el saber y la vida. Raimon Panikkar, Prisciliano na cultura galega, Prisciliano. Um cristâo livre, La búsqueda de la armonía en la diversidad...). E mais de cinquenta em colaboraçom (Diccionario Enciclopedia do Pensamento Galego, O Pensamento Luso-Galaico-Brasileiro 1850-2000, Galegos Universais...).


Portugal - Cágados-mediterrânicos resgatados foram agora libertados na Fonte da Benémola


Esta semana, decorreu uma ação de libertação de nove cágados, na Paisagem Protegida Local da Fonte da Benémola, em Loulé. Spoon, Tapio, Tan, Tarzan, Timon, Tércio, Tazo, Txikia e Tiny são os nomes dos animais, que foram reabilitados pela equipa do Porto d’Abrigo do Zoomarine, e que regressaram agora ao meio natural, numa área protegida, onde existe a distribuição identificada da espécie.

Os cágados pertencem a uma das espécies endémicas de cágados que ocorrem em Portugal, o cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa), protegida por estatuto de proteção, e classificada como em estado “pouco preocupante” de estatuto de conservação, de acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). As suas principais ameaças são a destruição, alteração e poluição do seu habitat, as capturas ilegais com fins comerciais e a introdução de espécies exóticas invasoras, em particular da tartaruga-da-flórida (Trachemys scripta).

A ação está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, mais precisamente, o ODS 15 – Proteger a Vida Terrestre, que visa proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar a perda de biodiversidade, e o ODS 13 – Ação climática, que visa adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos.

A iniciativa foi desenvolvida pelo Centro de Reabilitação de Espécimes Aquáticas do Zoomarine, pelo Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve do ICNF e pela Câmara Municipal de Loulé. In “Green Savers Sapo” - Portugal


 

Perigo noturno


 








Vamos aprender português, cantando

 

Perigo noturno

 

O risco de um solteiro quando ingere álcool

é perder o celular numa balada

embebedar na volta e errar de casa

 

Amanhecer com alguém que nunca viu na vida

apagar um caminhão de stories que postou, mas não devia

 

Mas são riscos de solteiros normais

que saem, dane-se, tanto faz

mas não é meu caso

 

O risco que eu corro é te perdoar no auge do meu álcool

 

De nós dois eu me arrependo de tudo

dos trocentos te amo, dos beijos suando

das noites que nós dormiu junto

 

Mas às três da madruga, rodado na rua

a carência procura um assunto

e eu vou atrás de quem eu fujo

 

Eu me arrependo de tudo

dos trocentos te amo, dos beijos suando

das noites que nós dormiu junto

 

Mas às três da madruga, rodado na rua

a carência procura um assunto

e eu vou atrás de quem eu fujo

você é o meu perigo noturno

 

O risco de um solteiro quando ingere álcool

é perder o celular numa balada

embebedar na volta e errar de casa

 

Amanhecer com alguém que nunca viu na vida

apagar um caminhão de stories que postou, mas não devia

 

Mas são riscos de solteiros normais

que saem, dane-se, tanto faz

mas não é meu caso

 

O risco que eu corro é te perdoar no auge do meu álcool

 

De nós dois eu me arrependo de tudo

dos trocentos te amo, dos beijos suando

das noites que nós dormiu junto

 

Mas às três da madruga, rodado na rua

a carência procura um assunto

e eu vou atrás de quem eu fujo

 

Eu me arrependo de tudo

dos trocentos te amo, dos beijos suando

das noites que nós dormiu junto

 

Mas às três da madruga, rodado na rua

a carência procura um assunto

e eu vou atrás de quem eu fujo

você é o meu perigo noturno

 

Luan Santana – Brasil

 

Composição:

Felipe Marins, Edson Garcia, Junior Pepato, Diego Silveira – Brasil



Vamos recordar, cantando

O prometido é devido


sábado, 30 de julho de 2022

Cabo Verde – Selecção de Xadrez disputa as Olimpíadas de Chennai na Índia


Cidade da Praia – A selecção cabo-verdiana de xadrez já se encontra em Chennai (Índia) para competir com duas equipas, Secção Open e Secção feminina, na 44ª Olimpíada da modalidade, que se realiza de 28 de Julho a 10 de Agosto.

A Federação Cabo-verdiana de Xadrez (FCX), segundo avançou o seu presidente, Francisco Carapinha, à Inforpress, vai competir para estar entre uma das três melhores equipas da zona, 4.2.

Chefiada pelo presidente da FCX, Francisco Carapinha, a comitiva cabo-verdiana é constituída por 12 elementos, (seis masculinas e outras tantas femininas), sendo cinco jogadores da equipa Open, cinco jogadoras da equipa feminina e dois capitães de equipa.

Nesta Olimpíada na Índia, além da equipa Open, o país vai estar representado por uma jovem equipa feminina, com a média de 15 anos de idade, provavelmente, a mais jovem de toda a competição.

A FIDE já anunciou que estarão presentes nesta 44ª Olimpíada de Xadrez 187 equipas na secção Open e 162 na secção feminina.

No ranking inicial, Cabo Verde está na 122ª posição, na competição Open, e na 126ª posição na competição feminina.

Os seleccionados cabo-verdianos:

Equipa Open: IM Mariano Ortega (ODERF-Sal), Aires Fortes (GS Mindelense), Gil Teixeira (Casa Benfica Praia), David Mirulla (GS Mindelense), FI Célia Guevara (ODERF-Sal). Capitão – FI Francisco Carapinha.

Equipa Feminina: Divânia Spínola (EBSOM-Sal), Katlene Martins (EBSOM-Sal), Juliana Monteiro (GS Amarante), Jacira Almeida (Casa Benfica Praia), Akiane Moreno (EBSOM-Sal). Capitão – DI Diogo Neves. In “Inforpress” – Cabo Verde


 

Timor-Leste – Docentes do ensino superior privado vão estudar em Portugal

Díli – O Fundo de Desenvolvimento do Capital Humano (FDCH) vai disponibilizar bolsas de estudo para 48 docentes do ensino superior privado estudarem em Portugal.

“Neste momento, 48 docentes estão a frequentar um curso de português. Estamos a preparar os documentos para que possam partir para Portugal já em setembro”, informou o Diretor-executivo do FDCH, Cristóvão dos Reis, em Delta Nova, Díli.

Segundo o dirigente, os professores vão receber formação certificada de acordo com as necessidades de cada instituição.

“O FDCH prevê, este ano, quatro milhões de dólares americanos para várias bolsas de estudo. O fundo já disponibilizou, desde 2011, bolsas de estudo a 8710 pessoas, entre os quais 4282 terminaram cursos superiores de bacharelato, licenciatura, mestrado e doutoramento”, lembrou.

No tocante a estes dois últimos, o responsável detalhou que mais sete mil obtiveram o grau de mestre e 150 o de doutoramento.

O FDCH disponibilizou, desde 201, cerca de 300 milhões de dólares americanos para bolsas de estudo. Isaura de Deus – Timor-Leste in “Tatoli”

 

Cabo Verde – Lippe Monteiro lançou o tema “Bem Salvam”


O artista cabo-verdiano Lippe Monteiro lançou, na passada semana, o tema musical “Bem Salvam” nas redes sociais. Baía da Lusofonia 


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Instituto Pernambuco no Porto vai estreitar relações entre Portugal e Brasil

Foi inaugurado nesse dia 28 o Instituto Pernambuco – Porto, para ser o “ponto de partida” no estreitamento das relações entre Portugal e o Brasil, através da implementação de um programa regular de atividades acadêmicas, culturais, empresariais e científicas.


“Este é um lar de dois povos que falam a mesma língua”, salientou o vídeo de apresentação do edifício sede do Instituto Pernambuco – Porto, cuja inauguração contou com a participação do governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara, do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e do reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira.

Durante a sua intervenção, o governador do estado de Pernambuco, Paulo Câmara, salientou que o instituto, construído em terrenos da Universidade do Porto, vai permitir “evoluir” o “interesse” pelas duas culturas – portuguesa e brasileira – e estreitar as relações dos dois países.

“Não somos, nem seremos hermeticamente iguais, mas é essa assimetria que nos une”, observou Paulo Câmara, acrescentando que a inauguração do espaço representa “um simbólico encontro que reafirma as conquistas do passado” dos dois países.

“Este encontro é também um compromisso de trabalho e a concretização de um sonho”, salientou.

Perante uma plateia de reitores, antigos presidentes de câmara e outros colegas autarcas, Rui Moreira destacou ainda várias semelhanças entre os pernambucanos e portuenses, como “o espírito independente e muito orgulhoso”.

O Instituto Pernambuco – Porto vai, através de uma colaboração com a Universidade do Porto, implementar um programa “regular” de atividades acadêmicas, culturais, empresariais e científicas, assumindo-se como a “nova casa da cultura brasileira no Porto”.

Em declarações à Lusa, à margem da inauguração do instituto, o reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, afirmou que o mesmo vai “promover as relações entre Portugal e o Brasil de forma particular e de Portugal com os Países de expressão portuguesa de forma mais genérica”.

“Constituindo-se como um palco privilegiado para a divulgação da cultura brasileira em Portugal e também para fomentar as relações do ponto de vista econômico”, salientou.

O reitor adiantou ainda que o instituto está dotado de quatro apartamentos “destinados preferencialmente a alojar investigadores, professores e brasileiros que venham a Portugal”.

“Nesse aspecto irá também ajudar e servir de resposta a essa necessidade”, acrescentou, lembrando que é “sempre uma boa aposta” estreitar relações entre o Brasil e Portugal.

Sonho antigo

O IP-P abriu as portas de uma casa nova a um sonho antigo e relações imemoriais. O edifício, na Rua das Estrelas, é, desde esta quinta-feira, uma realidade que vai se materializar em diferentes atividades e de “espírito independente e muito orgulhoso”.

Foi assim que Rui Moreira salientou as similaridades entre o Porto e o Estado de Pernambuco, durante a inauguração do espaço. “Hoje celebramos aqui cultura, conhecimento, partilha, generosidade e muita amizade”, reconheceu o presidente da Câmara do Porto, perante uma plateia de corresponsáveis pela concretização do sonho de longos anos de Artur da Silva Valente e Zeferino Ferreira da Costa.

Nascido em Portugal, mas radicado no estado brasileiro, Zeferino Ferreira da Costa é presidente do Instituto Pernambuco-Porto, do qual são fundadores também a Câmara do Porto, a Universidade do Porto, o Estado de Pernambuco, a Prefeitura do Recife, a Universidade de Pernambuco e a Universidade Federal de Pernambuco.

Ao presidente do IP-P, o presidente da Câmara dirigiu um agradecimento, “em nome da cidade do Porto, porque sei que aqui nos vai deixar, para sempre, o seu coração”, em alusão à partida do coração de D. Pedro IV que, a 21 de agosto, parte para o Brasil a propósito das celebrações dos 200 anos da independência do país.

“O orgulho pernambucano é igual ao Porto. Tal como os portuenses, os pernambucanos têm uma grande e inabalável autoestima. Tal como connosco, ninguém os bate, pois tal como o Porto, Pernambuco teve e continuará a ter um papel fundamental na construção do Brasil”, sublinhou Rui Moreira.

Também o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, deixou a mensagem de “esperança de que a amizade, o intercâmbio e a solidariedade entre as pessoas não fique apenas nos textos frios dos tratados, mas que se traduzam em ações e benefícios concretos para todos”, o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, que acredita que o novo edifício do IP-P “vai assumir-se como um centro nevrálgico do intercâmbio luso-brasileiro no nosso país”, e ainda o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Moacyr de Araújo Filho, e a reitora da Universidade de Pernambuco, Maria do Socorro Cavalcanti. In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”





Portugal – Elevação da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo a Basílica Menor


O padre Sérgio Pera, pároco de Torre de Moncorvo, na diocese de Bragança-Miranda, disse que a nova Basílica menor “é “um templo sumptuoso” e que já atrai “muita curiosidade”.

“Este é um templo sumptuoso e importante para a diocese pelo facto de ser onde afluem muitos fiéis, importante pela sua própria liturgia e ação pastoral; as pessoas estão muito felizes pelo acontecimento e tem despertado a curiosidade de muitos que têm visitado Torre de Moncorvo”, afirma o sacerdote.

Para o padre Sérgio Pera esta distinção reconhece o “esforço de muitas pessoas e instituições”, mas acredita que a próxima fase é “uma missão”.

O pároco adianta ainda que esta distinção “traz um conjunto de graças, as indulgências, que podem ser dadas” de forma fácil, mas “importante na vida dos fiéis”.


Olhando a importância do templo para esta distinção o padre Sérgio Pera recorda a “construção da Igreja no intuito do desmembramento da diocese de Braga”, como zona muito longe da sede, e a “necessidade de criar uma nova diocese”.

“O templo tem vários altares, nomeadamente o altar do Sagrado Coração de Jesus bastante reformulado, pensa-se que tenha vindo do antigo convento de São Francisco que existiu outrora, depois também as pinturas murais que há pouco tempo foram restauradas”, salienta.

O padre Sérgio Pera destaca ainda a “beleza encantadora da capela do Santíssimo Sacramento a apontar à Eucaristia”.

“Este é um dos aspetos que a Santa Sé nos propõe, a valorização dos sacramentos, e por isso a nossa Igreja em si mesma valoriza o sacramento da Eucaristia, a apresentação mas também pela forma como os fieis procuram vivê-la de forma ativa, consciente e plena”, descreve. In “Bom dia Europa” – Luxemburgo com “Ecclesia”




 

Cabo Verde - Quer medicina tradicional chinesa como alternativa à convencional

O ministro da Saúde de Cabo Verde, Arlindo do Rosário, disse que o país está a trabalhar para implementar a medicina tradicional chinesa no país, para ser uma alternativa e para complementar a medicina convencional.

“Nós estamos a trabalhar para a implementação da medicina tradicional chinesa em Cabo Verde, medicina alternativa, dentro do Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, disse o ministro, na sua intervenção, no ato de entrega por parte da China de equipamentos aos serviços do Hospital Universitário Agostinho Neto, da Praia, o maior do país.

O governante referiu que o projeto está a ser implementado em conjunto com o Parque Industrial de Macau, para funcionar como tratamento alternativo da medicina convencional.

“Neste aspeto também é uma área que podemos continuar a aprofundar, por forma a que possamos ter as duas medicinas trabalhando paralelamente e complementarmente em Cabo Verde”, perspetivou Arlindo do Rosário.

Há anos que Cabo Verde fala na implementação da medicina tradicional chinesa no país, prevendo também que seja um centro para servir também a África.

“Tal como em Portugal, que construiu também um centro de Medicina Tradicional Chinesa, em Lisboa, para a Europa, porque não em Cabo verde, para África?”, argumentou em setembro de 2019 o ministro, à margem do Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional Chinesa, que aconteceu em Macau.

Na altura, frisou que a indústria farmacêutica já produz cerca de 40% dos medicamentos da medicina convencional consumidos no país.

“É uma indústria em expansão, que está a desenvolver-se, também virada para a região africana, para os países (…) africanos de língua oficial portuguesa”, salientou.

A criação de legislação para regulamentar a atividade é uma das prioridades, declarou na altura à Lusa a assessora para a implementação da medicina tradicional em Cabo Verde, Leila Rocha.

Em maio de 2019, Cabo Verde assinou um acordo com o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa Guangdong-Macau, com o objetivo de aprofundar a cooperação nesta vertente medicinal com a China.

A China tem sido um dos grandes parceiros do desenvolvimento de Cabo Verde, apoiando, além da saúde, em diversas áreas, como habitação social, militar, económica, tecnologia, segurança e formação de quadros na cultura. In “Hoje Macau” - Macau

 

Brasil - Algoritmo da Universidade de São Paulo consegue prever surtos de dengue, zika e chikungunya com até três meses de antecedência

Um algoritmo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) consegue prever surtos de dengue, zika e chikungunya com até três meses de antecedência. O estudo em que detalham a criação do modelo de aprendizado de máquina (machine learning) recebeu o prémio de melhor artigo no Workshop Internacional AI4Health, evento sobre aplicação de inteligência artificial em temas de saúde realizado na Itália

Para criar a novidade, os cientistas utilizaram dados disponíveis da cidade do Rio de Janeiro. O algoritmo baseia-se em informações como número de casos em determinado bairro e nas regiões vizinhas, dados ambientais de temperatura e precipitação, demografia da área, entre outros, para estimar a proximidade de um próximo surto provocado pelas arboviroses.

O modelo foi desenvolvido baseado na capital fluminense, mas os pesquisadores pretendem adaptar para outros municípios do país. O algoritmo pode tornar-se uma importante arma na luta contra as doenças, que ainda provocam números altos de casos no Brasil. A dengue, por exemplo, foi responsável por mais óbitos nos primeiros seis meses de 2022 que o dobro do total registado em 2021.

Em comunicado, os criadores explicam que a ideia é que a inteligência artificial torne mais rápida a análise de dados e auxilie as autoridades de saúde a prepararem-se para novos surtos e tomarem medidas a tempo, otimizando recursos. Além dos pesquisadores da USP, colaboraram no estudo cientistas do Instituto de Estudos de Políticas de Saúde (IEPS) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“O grande diferencial da inteligência artificial é, justamente, identificar comportamentos e padrões dos dados históricos, para dar visibilidade ao que é relevante para a análise e a elaboração de ações preventivas. Por exemplo: preocupar-se com ações que lidam com focos de dengue pode trazer mais benefícios do que construir um novo estabelecimento de saúde naquela região”, afirma Robson Aleixo, pesquisador principal do estudo, em comunicado.

A elaboração do algoritmo contou com uma análise de dados de 160 bairros do Rio de Janeiro entre 2015 e 2020. Os responsáveis pela novidade explicam que já existiam outros modelos, especialmente em países tropicais que também enfrentam altas de arboviroses, como Indonésia e Tailândia, que utilizam informações de precipitação, temperatura e humidade do ar para prever casos das doenças. No entanto, os resultados eram precisos apenas com uma antecedência de um ou dois meses, e somente para a dengue.

Raphael Camargo, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) que orientou o projeto, explica que a ideia é que o algoritmo auxilie um trabalho que já é feito pelas prefeituras, de análise de dados para tentar encontrar padrões que indiquem a chegada de um novo surto. Agora, para que se torne de facto uma estratégia de saúde pública, o algoritmo precisa ser aprimorado e incorporado a um sistema que possibilite que usuários sem domínio de linguagens de programação consigam interpretá-lo e adotá-lo na prática cotidiana.

“Precisaríamos aprimorar o modelo com melhores características como, por exemplo, pensar como os sorotipos da dengue e outros indicadores da doença poderiam interferir, além de incorporar técnicas avançadas de séries temporais em conjunto com o modelo de árvores de decisão e incluir dados de novas regiões”, ressalta Camargo. In “Milénio Stadium” – Canadá com “Globo”

 


quinta-feira, 28 de julho de 2022

Brasil – Cidade de Diamantina, em Minas Gerais, sedia encontro de cidades históricas e patrimônio mundial


Promover o uso sustentável do patrimônio de localidades históricas de forma a fortalecer o turismo e gerar desenvolvimento, especialmente no pós-pandemia, é o objetivo do 9º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas Turísticas e Patrimônio Mundial.

O encontro está marcado para o período de 11 a 13 de agosto na cidade de Diamantina, Minas Gerais, e conta com a participação do Ministério do Turismo.

Durante o evento, realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e a Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM), serão abordados temas como políticas públicas de turismo e patrimônio, a preservação de municípios históricos, o financiamento e a captação de investimentos a estas regiões e mecanismos de incentivo ao patrimônio cultural.

O encontro também será palco de palestras nacionais e internacionais, incluindo gestores da própria Diamantina, de Pirenópolis (GO), de São Miguel das Missões (RS) e de Portugal. António Manuel Torres da Ponte, Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis é o participante de Portugal.

O evento celebra os 50 anos da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, adotada em 1972 pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura).

A programação engloba, ainda, a presença de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da Secretaria Especial da Cultura, da Embratur, do Sebrae Nacional e da Unesco, entre outros. Interessados em acompanhar as apresentações, de forma presencial ou on-line, devem se inscrever no sítio oficial do encontro.

A Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural busca incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. Trata-se de um esforço internacional de valorização de ativos que, por sua importância como referência e identidade das nações, possam ser considerados patrimônio de todos os povos.

Originária de um povoado surgido por volta de 1722, Diamantina guarda um rico casario colonial de inspiração barroca, além de igrejas seculares e de uma bela paisagem natural. Em 1938, o conjunto arquitetônico do Centro Histórico da cidade foi tombado pelo Iphan e, no ano de 1999, o município recebeu da Unesco o título de Patrimônio Mundial. In “Mundo Lusíada” - Brasil


 

Angola - Marcolino Moco diz que não publicação de cadernos eleitorais é fraude

O ex-secretário-geral do MPLA, Marcolino Moco, afirmou que a publicação dos cadernos eleitorais não é apenas uma exigência legal. A promulgação deve fazer parte da transparência que devia presidir a um acto eleitoral tão importante como o deste ano, diz, indo ao encontro da reclamação feita pela UNITA, principal partido da oposição, junto da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), relativa ao Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores (FICM) onde estão inscritos os cidadãos habilitados a votar nas eleições de 24 de Agosto

"É legítimo, sob o ponto de vista legal, mas sobretudo do ponto de vista ético e moral, especialmente numa altura em que se fala de gente e mais gente falecida que poderá votar a favor da continuidade deste sistema político absurdo", disse ao Novo Jornal o também ex-primeiro ministro.

Marcolino Moco referiu que os angolanos são administrados com desonestidade desde que terminou a guerra em 2002.

"Qualquer Lei, desde essa altura, serve para justificar a continuidade de um regime de partido-Estado, pessoalizado no Presidente da República, que não presta contas a nada nem a ninguém", frisou.

Marcolino Moco salientou que a não a publicação dos cadernos eleitorais é fraude.

"É um aspecto que implica fraude, entre outros, como a Indra, a composição da CNE, a contagem dos votos, o transporte das urnas, as intimidações e as tentativas de corrupção de quem quer que seja, que tente pensar diferente, especialmente na comunicação social", apontou.

Questionado sobre qual seria a posição do Tribunal Constitucional (TC) nas vestes do Tribunal Eleitoral, no que diz respeito à publicação dos cadernos eleitorais, disse que a oposição, a sociedade civil, incluindo a igreja Católica, que há dias visitaram a presidente do TC, estão a fingir que existe um Tribunal Constitucional, para não criar problemas de maior.

"Temos um sistema que se comporta como uma criança mimada, a quem devemos dar sempre alguma razão. Olhe-se para a forma como ele é composto e recomposto. Olhe-se para a forma como ele decide, por cada milímetro, sob a orientação do Executivo ou do partido no poder, para admitir ou rejeitar a pretensão de criar partidos", concluiu.

O deputado do MPLA, Tomás da Silva, respondeu que a Lei remete para a divulgação dos nomes de eleitores nas assembleias de voto e no website da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

"A lei remete-nos para a divulgação dos nomes dos eleitores nas assembleias de voto e no website da CNE. Penso que este trabalho está a ser feito presencialmente pela CNE", resumiu.

A UNITA, ao apresentar a reclamação junto da CNE, diz que está em causa a integridade dos cadernos eleitorais, já que revelam a existência de cidadãos falecidos e outros que, tendo emigrado há vários anos, fixaram residência no estrangeiro.

Segundo o partido, uma pequena amostra colhida por familiares de mais de uma centena de cidadãos falecidos, só em Luanda (alguns há mais de dez anos), permitiu apurar que estes constam das listas de eleitores, tendo-lhes sido atribuídas uma assembleia e mesa de voto para votarem no dia 24 de agosto de 2022.

"Apercebendo-se disso, os cidadãos estão preocupados com a integridade dos cadernos eleitorais e com a possibilidade real de alguém utilizar fraudulentamente e de forma organizada a identidade dos milhares de cidadãos falecidos, indevidamente inscritos nos cadernos eleitorais, para praticar o crime do voto plúrimo", expõe a UNITA em comunicado.

O "Galo Negro" defende que está em causa "uma séria ameaça à integridade do processo" pois é "incompreensível que milhares de cidadãos já falecidos e que não fizeram prova de vida no período de 2012 a 2022, voltem a aparecer nos cadernos eleitorais de 2022", defendendo que a inclusão de cidadãos falecidos no FICM e nos cadernos eleitorais viola a lei, torna os cadernos eleitorais inválidos e aumenta o risco de violação do direito de voto.

Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e da coligação CASA-CE.

Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.

A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).

Ainda no continente africano poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi). In “Novo Jornal” - Angola

 

 


“Um lugar do Caralho”: Uma história de Banda Desenhada de Thiago Krening

Uma história que tem com um som legal, fala de gente legal e cerveja barata e começou lá pelos anos 1990 ouvindo uma música da banda Júpiter Maçã

Esse pode ser um breve resumo do livro de banda desenhada de Thiago Krening, que tem o título “Um Lugar do Caralho”, emprestado da música de Flávio Basso, do Júpiter Maçã.

A trama toda se passa na região do Sul do Brasil, em Santa Maria, bem distante das capitais Rio e São Paulo (como diz a letra de outra banda gaúcha) e ambientada, principalmente na Boate do DCE, da Universidade Federal de Santa Maria, que marcou a vida de gerações de estudantes da década de 1970 até 2010, quando fechou suas portas.

E nesta entrevista para a série “Sociedade brasileira de escritoras e escritores vivos”, Krening, dono de estilo próprio, com uma obra criativa e aclamada por mais de 13 mil seguidores do Instagram, nos conta um pouco do processo de produção da HQ “Um lugar do Caralho”.

Entre um hesitante projeto de financiamento coletivo pelo sítio Catarse ao lançamento de Um Lugar do Caralho, foram dias de apreensão e de surpresas. No final, com as metas batidas antecipadamente e quase duplicada, foram impressos mais de 750 exemplares. Com isso, o designer e ilustrador pode investir e melhorar a qualidade da HQ que ganhou capa com lombada quadrada dura e colorida. O sucesso alertou a Editora Hipotética e a HQ se tornou o primeiro lançamento do grupo.

Um Lugar do Caralho, Uma história sobre descobertas, paixões, músicas e principalmente amizades, que ultrapassa a fronteira do Rio Grande do Sul e torna-se universal, podendo ter acontecido (ou ainda estar acontecendo) na USC, na UDC ou qualquer universidade pelo mundo.

Acompanhe os melhores momentos do bate-papo com Thiago Krening:

Por favor, explique aos leitores galegos e de toda a lusofonia a razão do título ser “Um lugar do caralho”. Caralho é uma palavra que ocupa o vocabulário das falantes da Língua Portuguesa, com diferentes sentidos em cada local, contexto e até entonação.

Vou explicar o sentido da expressão que usamos aqui no Brasil.

Até onde sei, a palavra originalmente designa aquele “cesto” que fica em cima do mastro de navios, onde os tripulantes subiam para ter uma visão melhor à distância.

Aqui no Brasil a palavra ganhou, de certa forma, dois usos.

Primeiro, uma (das tantas) expressões para o órgão sexual masculino.

A segunda é quase como uma interjeição. É uma maneira de dizer que uma coisa é muito boa, muito legal. O título “Um Lugar do Caralho” diz respeito a um lugar muito divertido, muito legal.

Além disso, é o título de uma música bastante conhecida aqui no Rio Grande do Sul, de um artista de Rock chamado Júpiter Maçã, falecido em 2015.

Por causa dessa característica da expressão e também por conta da música, a boate que é retratada na HQ era conhecida por muitos de seus frequentadores como “Um Lugar do Caralho”.

Como foi contar a história da Boate do DCE?

Há anos eu queria contar uma história que se passasse na Boate do DCE da UFSM (Boate do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Santa Maria), em Santa Maria no Rio Grande do Sul.

Foi um lugar que marcou muito não só a mim (na época da faculdade especialmente), mas a gerações de pessoas que passaram pela cidade.

Eu passei anos maturando as ideias, juntando histórias e organizando tudo até finalmente conseguir estruturar um roteiro e trabalhar na HQ.

Desde o início do processo, eu quis que a história abordasse a nostalgia, de várias formas. Tanto pela ambientação como algo relacionado aos personagens em si.

Foi um processo longo mas que resultou em um trabalho que tem tido bastante identificação não só de pessoas que frequentaram a boate como de outras tantas que veem ali um pouco dessa época das suas vidas. Acho que em certa medida, consegui tornar a história um pouco mais universal, não dependendo somente da identificação direta com o local retratado.

E o sucesso do financiamento coletivo pelo Catarse? Nos explique como foi passar do medo inicial de lançar o projeto até o sucesso absoluto, com muita gente participando e ultrapassando todas as expectativas.

Eu penso que, por mais que se tenha uma certa base de seguidores, leitores e apoiadores, é impossível prever com certeza se um projeto de financiamento coletivo vai dar realmente certo.

Acredito que uma insegurança e ansiedade iniciais são bem naturais e senti muito disso nos momentos que antecederam a criação do projeto no Catarse.

Tanto pelo fato de ser um tema muito querido por muitas pessoas como também por ter investido bastante energia na organização e divulgação do projeto, as metas iniciais de arrecadação foram rapidamente alcançadas, pra minha grata surpresa.

Com tantos apoiadores comprando a ideia, o projeto acabou batendo quase o dobro do valor inicial e, com isso, foi possível investir mais na publicação. A HQ acabou saindo em capa dura, com papel melhor e uma série de extras.

Isso foi algo muito gratificante pra mim.

Como a crítica e demais quadrinistas/artistas comentaram sobre o livro?

Tenho tido críticas bem positivas no geral.

Duas coisas que me alegraram bastante com esse projeto foram o fato de muitas pessoas que não costumam ler HQs terem lido, por causa da identificação com o tema, e também que tanta gente que não conhece o lugar tenha encontrado alguma familiaridade na história.

Recebi muitas mensagens de pessoas que leram e gostaram muito, inclusive muitos dizendo que choraram com a história. Isso pra mim faz valer todo o caminho até aqui.

Ler uma HQ (Banda desenhada nos demais países lusófonos) com trilha sonora é uma experiência muito prazerosa. Como surgiu a ideia de colocar as canções para acompanhar o texto?

A ambientação da Boate do DCE era algo impossível de ser feito sem música, na minha opinião.

Desde as primeiras ideias para a HQ a música sempre foi uma questão central.

O que acabou tomando um certo tempo foi justamente achar uma maneira de materializar apenas em imagem aquelas músicas.

A solução que encontrei foi utilizar as letras de uma forma quase ilustrativa, preenchendo as cenas assim como as músicas preenchiam o ambiente.

Existe plano de “Um lugar do Caralho 2”, ou seja, continuar a contar a trajetória das personagens? Por favor, fale sobre seus projetos futuros.

Vou mentir se disser que não me passou pela cabeça fazer algum tipo de continuação.

Mas essa não é uma prioridade pra mim no momento.

Tenho outros projetos em desenvolvimento para os próximos meses e tenho focado a atenção neles.

O próximo é uma série de tirinhas de humor com personagens originais chamada Edifício Celeste. Espero começar a postá-las nas minhas redes sociais muito em breve.

Você já tem alguma HQ lançada no exterior? Existe algum convite ou possibilidade de lançar no mercado europeu ou estadunidense?

O mais próximo que tive de quadrinhos lançados no exterior foi quando, há vários anos, fiz a arte final para algumas edições de uma HQ que um colega desenhava para uma pequena editora dos Estados Unidos. Estou aberto a convites de todos os países. Seria um sonho publicar material de minha autoria no exterior, e isso até é um plano, mas um pouco distante. Carlos da Silva – Brasil in “Portal Galego da Língua”

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Thiago Krening - É formado em Desenho Industrial pela UFSM. Já trabalhou com ilustrações editoriais, artes para games, animações e design gráfico para clientes nacionais e internacionais.

Publica histórias em quadrinhos de forma independente desde 2015, quando começou a série chamada Historietas Randômicas. Nos anos seguintes, lançou os fanzines Essência e Tellus, uma primeira coletânea de suas tirinhas e também duas HQ em colaboração com outros artistas: O Barão do Anhangá e seus Hipsters Maravilhosos e Ciclo. Em 2018 publicou o primeiro quadrinho por uma editora, Abandonados pelos deuses: Sigrid, e ilustrou a adaptação para livro infantil das tirinhas Sofia e Otto, criadas por Pedro Leite. Em 2020, publicou Caçadora de Fãs: Uma Aventura Acadêmica, com roteiro de Fabio Mesmo, baseado na tese de mestrado de Larissa Becko.

Thiago é especialista em cinema pela UFN e mestre em Design pela UFRGS, pesquisando quadrinhos digitais. Já ministrou disciplinas em graduações da UFSM, da UFN e em especialização da UFRGS.

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José Carlos da Silva - Desde 2008, José Carlos da Silva é correspondente do PGL no Brasil. Residente em Campinas (São Paulo), acredita que para a Galiza "Não existe paixão fora do Reintegracionismo." É periodista, produtor de conteúdo e revisor. Escreve contos, poemas e divagações, mas ainda não publicou livros.

 


China - Empresa estatal conclui fabrico de primeira composição para a Metro do Porto

A empresa China Railway Rolling Stock Corp (CRRC) Tangshan concluiu o fabrico da primeira de 18 novas composições encomendadas pela Metro do Porto, que irá passar por um período de testes antes de seguir para Portugal.

Num comunicado, a fabricante estatal chinesa disse ontem que a composição saiu da linha de produção na terça-feira e será testada na cidade de Tangshan, na província de Hebei, no norte da China.

Zhou Junnian, presidente da CRRC Tangshan, disse no comunicado que, devido ao “impacto adverso trazido pela covid-19”, a produção da primeira composição só arrancou “em novembro de 2021”, sendo concluída “após mais de oito meses de esforços”.

A empresa chinesa tinha recebido em outubro de 2020 autorização para iniciar o fabrico, após a Metro do Porto ter recebido o visto prévio do Tribunal de Contas (TdC). Na altura, fonte oficial da Metro do Porto disse à Lusa acreditar que a CRRC Tangshan poderia entregar pelo menos “uma ou duas unidades” até ao final de 2021, com as restantes composições entregues até 2023, ao ritmo de um por mês.

Segundo a fabricante chinesa, cada uma das composições terá uma capacidade máxima de 334 passageiros e velocidade máxima de 80 quilómetros por hora. O contrato assinado em janeiro de 2020 inclui serviços de manutenção durante cinco anos, referiu a CRRC Tangshan.

As composições irão servir as novas linhas Rosa, no Porto, entre São Bento e a Casa da Música, e o prolongamento da linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, ambas já em construção.

Estas novas linhas vão acrescentar seis quilómetros e sete estações à rede, representando um investimento global na ordem dos 300 milhões de euros.

Actualmente, a frota da Metro do Porto é constituída por 102 veículos: 72 do tipo Eurotram e 30 do tipo Tram-train. Com o investimento em 18 veículos da CRRC Tangshan, a frota do Metro do Porto passará a contar com 120 unidades. O Metro do Porto opera em sete concelhos da Área Metropolitana do Porto com uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações.

Fundada em 1881, a CRRC Tangshan é uma empresa chinesa com larga tradição na produção de comboios, comboios de alta velocidade e veículos de metro. É o maior fabricante mundial de material circulante ferroviário, com sede em Pequim e empregando mais de 180 mil trabalhadores.

A empresa chinesa está atualmente na corrida ao concurso de aquisição de 117 automotoras para os serviços regional e suburbano da CP – Comboios de Portugal. A CRRC Tangshan foi também, em parceria com a francesa Thales, um dos concorrentes derrotados no contrato de aquisição de 42 carruagens e de um novo sistema de sinalização ferroviária para o Metropolitano de Lisboa, atribuído em 2020. In “Ponto Final” - Macau