Lisboa
– A importância da mobilidade no seio da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) marcou hoje o seminário promovido em Lisboa pelo Congresso
brasileiro par assinalar o 25.º aniversário da organização lusófona.
Para
Arthur Lira, presidente da Câmara de Deputados daquele país, a ratificação do
acordo de mobilidade assinado em Luanda, em 17 de Julho, na XIII Conferência de
Chefes de Estado e de Governo da CPLP, constitui “um objectivo, uma missão”.
“Não
são poucas as conquistas que já alcançámos. O acordo de mobilidade deve ser um
objectivo, uma ambição e missão da nossa comunidade”, disse Arthur Lira.
O
acordo para a Mobilidade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP),
já ratificado por Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, entra em vigor quando pelo
menos três países o ratificarem.
Antes,
a senadora Kátia Abreu, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional do Senado brasileiro, tinha já destacado a importância do referido
acordo.
“Precisamos
de dar prioridade à ratificação desse acordo”, frisou Kátia Abreu, dirigindo-se
aos muitos parlamentares brasileiros que vieram a Lisboa para participar no
evento.
A
parlamentar disse ainda que a CPLP “tem o dever de dar o exemplo ao mundo, que
a cada dia se fecha mais. Nós, da língua portuguesa temos de dar o exemplo e
apostar na integração económica”.
Kátia
Abreu defendeu, por outro lado, a possibilidade da CPLP, designadamente de
Angola e Moçambique, “que têm um clima parecido com o do Brasil”, poderem
contribuir para o aumento da produção de alimentos.
À
semelhança de Arthur Lira e Kátia Abreu, o deputado Aécio Neves, presidente da
Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados,
também defendeu a ratificação do Acordo de Mobilidade: “Quanto maior for a
mobilidade, maior será a integração e fortalecimento” da CPLP.
Aécio
Neves abordou ainda outras áreas em que os nove países membros da CPLP –
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – podem aprofundar o seu relacionamento.
Referindo-se
aos “muitos desafios que a CPLP enfrenta no presente”, citando a pandemia de
covid-19 e a pobreza, Aécio Neves apontou a cooperação como indispensável para
ultrapassar os constrangimentos ligados ao “desequilíbrio na distribuição
mundial de vacinas”.
”O
Brasil pode ajudar a contribuir para enfrentar esse desequilíbrio com a
produção de vacinas”, defendeu Aécio Neves.
O
seminário prossegue sexta-feira com debates sobre o Agronegócio Sustentável no
Brasil.
Este
seminário, de dois dias, ocorre no contexto do IX Fórum Jurídico de Lisboa, que
todos os anos reúne autoridades brasileiras e portuguesas para a discussão de
temas de interesse comum. In “Inforpress” – Cabo Verde com “Lusa”
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