Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Países Baixos - Festival de cinema neerlandês exibe filmes em língua portuguesa

Cinco filmes portugueses, ou com coprodução nacional, entre os quais “Viagem ao sol”, de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer, fazem parte da programação do Festival de Cinema Documental de Amesterdão, que começa na quarta-feira nos Países Baixos


Segundo a organização, “Viagem ao sol” será exibido na competição internacional do festival, onde fará a estreia mundial.

“Viagem ao sol” recupera algumas das histórias de centenas de crianças austríacas que foram enviadas para Portugal depois da II Guerra Mundial, para recuperarem de traumas da guerra.

Recorrendo apenas a imagens de arquivo e testemunhos orais, o filme é “uma reflexão sobre crianças em situação de conflito e pós-conflito, e a potência do seu olhar em revelar realidades ofuscadas pelas narrativas oficiais”, como se lê na sinopse divulgada.

Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer têm trabalhado de forma consistente na criação de documentários que partem de arquivos históricos e que abordam questões com ligação à atualidade. São exemplos disso filmes como “Fordlandia Malaise” (2019) e “Luz obscura” (2017).

Além da competição internacional, o novo filme de ambos está também nomeado para o prémio “Beeld en Geluid IDFA ReFrame Award”, que reconhece o melhor uso criativo de imagens de arquivo.

No Festival de Cinema Documental de Amesterdão, também em competição, estará o filme “Letter from Eusapia”, curta-metragem do realizador equatoriano Andrés Cornejo Pinto, com coprodução entre Portugal, Hungria, Bélgica e Equador, feita no contexto do programa DocNomads, do qual faz parte a Universidade Lusófona.

Anteriormente, o festival neerlandês tinha anunciado que, da programação, fazem parte os filmes “Chelas Nha Kau”, “Yoon” e “Meio ano-luz”.

“Chelas Nha Kau”, assinado pelo coletivo Bataclan 150 e pela cooperativa Bagabaga Studios, é um retrato da vida naquele bairro social da zona oriental de Lisboa, foi rodado entre 2016 e 2019 e é apresentado como “um filme polifónico que rejeita a hierarquia do cinema de autor”, lê-se na página oficial da cooperativa.

“Meio ano-luz” é uma curta-metragem luso-brasileira de Leonardo Mouramateus, rodada em Lisboa, cruzando duas narrativas: a de um rapaz, sentado numa rua a desenhar as pessoas que passam, e a de um casal que conversa sobre a origem de uma carteira encontrada.

O documentário “Yoon”, de Pedro Figueiredo Neto e Ricardo Falcão, acompanha a viagem de Mbaye Sow, um transportador senegalês, ao longo de 4000 quilómetros entre Portugal e o Senegal.

O festival decorrerá até ao dia 28. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo


Sem comentários:

Enviar um comentário