O
Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz
(IOC/Fiocruz) já recebeu em 2021 mais que o triplo de amostras de bactérias
resistentes a antibióticos em comparação ao que foi analisado em 2019, último
ano antes da pandemia da Covid-19. O levantamento foi divulgado pelo instituto,
cujos pesquisadores alertam para o risco de maior disseminação da resistência a
antibióticos pelo aumento do uso desses medicamentos durante a emergência
sanitária.
As
amostras de “superbactérias” são enviadas ao laboratório do IOC por outros
laboratórios de saúde pública de diversos estados de forma espontânea, já que
lá funciona a retaguarda da Sub-rede Analítica de Resistência Microbiana em
Serviços de Saúde (Sub-rede RM), instituída pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde (MS).
O
IOC informa que, em 2019, chegaram ao laboratório pouco mais de mil amostras de
bactérias resistentes a antibióticos. Em 2020, esse número chegou a quase 2
mil, e, de janeiro a outubro deste ano, já atingiu 3,7 mil. O instituto
ressalta que, enquanto os números oficiais da Anvisa sobre bactérias
resistentes para 2020 e 2021 ainda não estão disponíveis, o aumento observado
em centros de referência pode ser considerado como um alerta.
Em
texto divulgado pelo IOC/Fiocruz, a chefe do Laboratório de Pesquisa em
Infecção Hospitalar, Ana Paula Assef, explica que houve um aumento no volume de
pacientes internados em estado grave e por longos períodos durante a pandemia,
o que aumenta o risco de infecções hospitalares. In “Agência
Brasil” - Brasil
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