Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Moçambique - Plataforma flutuante que vai produzir gás natural já está a caminho


O Presidente da República, Filipe Nyusi, reafirmou ontem na Coreia do Sul que a paz, segurança e a estabilidade são condições essenciais para o desenvolvimento da economia, incluindo os projectos de gás natural, pelo que o seu Governo está determinado a tudo fazer para remover o último obstáculo até se restaurar a segurança em Cabo Delgado.

Nyusi, que falava na cerimónia oficial que marcou o início (simbólico) do reboque da plataforma flutuante que vai produzir gás natural no campo Coral Sul, em Cabo Delgado, disse aos investidores que, nos últimos tempos, as forças armadas, apoiadas pelo Ruanda e a SADC, têm estado a registar avanços consideráveis no combate aos terroristas.

Neste quadro, encorajou os investidores dos projectos, sobretudo da Área 1 da Bacia do Rovuma, liderados pela Total, a equacionarem a retoma dos seus investimentos interrompidos devido à deterioração das condições de segurança.

Explicou que o Governo continua a manter a comunicação com as concessionárias para juntos avaliarem as condições e determinar o momento certo para a retoma das actividades na Área 1, tendo como atenção primária a protecção de vidas humanas nas comunidades e nos investimentos.

Referindo-se ao projecto Coral Sul-FLNG, liderado pela Eni, o Presidente da República disse que a sua entrada em actividade em 2022 é uma boa notícia, porquanto Moçambique de pequeno produtor de gás natural passará a ser um actor relevante no mercado mundial deste hidrocarboneto.

Acrescentou que a descoberta, em 2010, de uma das maiores reservas de gás do mundo mudou as perspectivas sobre a economia de Moçambique e abriu novos horizontes de desenvolvimento que começam a fazer-se sentir com a conclusão da plataforma e da perfuração dos seis poços submarinos em princípios de Novembro, o que permitirá o início da produção do gigantesco reservatório Coral Sul, na Bacia do Rovuma.

“Hoje temos a oportunidade de observar que, não obstante as contrariedades da pandemia da Covid-19 e outros desafios, foi possível implementar o projecto dentro do tempo previsto, garantindo que o início da produção do GNL continue agendado para 2022, o que evidencia a nossa determinação e resiliência”.

A cerimónia de início simbólico do reboque do Coral-FLNG contou, igualmente, com a participação do Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In, para quem este evento vai, certamente, reforçar a cooperação entre Moçambique e a Coreia do Sul.

Já o director de Desenvolvimento, Operações e Eficiência Energética da Eni, Stefano Maione, fez saber que até ao momento o projecto Coral-Sul FLNG tem um progresso de 96 por cento, sendo que os trabalhos realizados obedecem ao cronograma traçado.

Garantiu que o Coral Sul-FLNG obedece a todos os padrões de eficiência e está na vanguarda em termos de tecnologia. Assegurou também que o projecto terá queima zero, colocando Moçambique na liderança em termos da tecnologia usada na indústria de gás natural liquefeito.

Refira-se que Coral Sul-FLNG é a quarta plataforma construída pela Samsung e a primeira especializada para produzir gás natural em águas profundas.

Para a Samsung, com a conclusão da construção da plataforma, não restam dúvidas de que Moçambique se tornará, nos próximos tempos, o centro do GNL no mercado global.

Importa realçar que a plataforma Coral Sul-FLNG foi baptizada pela primeira-dama, Isaura Nyusi, que, na ocasião, desejou uma viagem segura para a tripulação composta por 96 pessoas, incluindo três moçambicanos.

A cerimónia iniciou com a entoação dos hinos nacionais de Moçambique, pelo saxofonista Moreira Chonguiça, e da Coreia do Sul, pela banda militar deste país. Ainda houve espaço para o fogo de artifício. Titos Munguambe – Moçambique in “Jornal de Notícias”


 

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