Um
projecto de produção de vacinas para aquacultura da Universidade do Porto
venceu ontem, em Macau, a primeira competição de ‘startups’ universitárias
entre os países lusófonos e a China. O objectivo do projecto vencedor,
“ProbioVaccine: Tailor-made aquaculture probiotic vacines”, é desenvolver
vacinas probióticas feitas à medida para peixes de aquacultura.
O
segundo lugar foi para a equipa da Universidade Lusófona Guiné, com o projecto
“Energia Verde: From nature, with nature, energetic light for all” para
instalar painéis solares na região de Gabu, no leste da Guiné-Bissau.
Duas
equipas, uma da Universidade Estatal do Rio de Janeiro (UERJ, Brasil) e outra
da Guangdong Polytechnic Normal University (China), dividiram o terceiro prémio
com projectos de biofertilizante a partir da casca do arroz (Bio Fertilizers: A
new solution for rice burning waste) e de produtos para banho com elementos da
medicina tradicional chinesa (Fu Yao: Enjoy bathing, Prevent Stroke),
respectivamente.
Na
fase final do “Desafio 928”
(“928 Challenge”), assim chamado por integrar nove cidades da Área da Grande
Baía, duas regiões administrativas especiais chinesas e oito países de língua
portuguesa, participaram 16 equipas, 10 da China, Macau e Hong Kong, duas de
Moçambique, duas do Brasil, uma da Guiné-Bissau e uma de Portugal, disse à Lusa
um dos coordenadores Marco Duarte Rizzolio da Universidade Cidade de Macau
(CityU).
“Tivemos
780 estudantes registados de 51 universidades. Formaram-se 153 equipas, de
cinco a seis pessoas, sendo que algumas universidades tinham mais do que uma
equipa”, acrescentou Rizzolio, que co-fundou o “928 Challenge” com o director
da Faculdade de Business da CityU, José Alves.
Na
primeira semana de um ‘bootcamp’, o ambiente de negócios nos países lusófonos e
na China foi apresentado aos participantes, que, na segunda semana, puderam
desenvolver um plano de negócios, orientado para a sustentabilidade. Nesta
fase, “89 equipas entregaram projectos desenvolvidos”, disse, de onde saíram as
16 finalistas.
O
primeiro prémio é de dez mil patacas, o segundo de sete mil e o terceiro de
cinco mil.
Além
de permitir aprofundar colaborações académicas entre instituições do ensino
superior da Grande Baía e dos países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), a
competição pretendia identificar projectos de ‘startup’ com potencial para
serem implementados e apoiados por investidores de Macau, da Grande Baía ou de
países de língua portuguesa e fomentar o desenvolvimento de jovens
empreendedores com uma mentalidade global.
O
concurso teve a organização conjunta da CityU, do Secretariado Permanente do
Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de
Língua Portuguesa (Macau), da Universidade de Shenzhen e do Instituto de Macau
da Universidade das Nações Unidas. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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