Díli
– O Governo do Japão vai disponibilizar três milhões de dólares americanos,
através do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, em inglês), para o
Projeto de Melhoria da Nutrição em Timor-Leste entre 2022 e 2023.
O
apoio visa contribuir para a redução da má nutrição, do nanismo, da debilidade
infantil, entre outros. O projeto vai ser implementado nos municípios de
Covalima, Lautém, Liquiçá, Manufahi e na Região Administrativa de Oé-cussi
Ambeno.
Segundo
o comunicado a que a Tatoli teve acesso, vai auxiliar 11962 crianças que sofrem
subnutrição aguda, dar aconselhamento a 12 mil grávidas e fornecer suplementos
de micronutrientes a 20 mil adolescentes.
A
Ministra da Saúde, Odete Belo, afirmou que o país deve resolver as questões de
desnutrição, nanismo e debilidade infantil.
“O
financiamento do Governo nipónico visa apoiar a melhoria da nutrição das
crianças, mães e adolescentes”, afirmou Odete Freitas Belo numa nota de
imprensa.
Já
o Embaixador do Japão em Timor-Leste, Masami Kinefuchi, afirmou que o Executivo
nipónico mantém o apoio a Timor-Leste para melhorar a nutrição da população.
Para
o programa de nutrição, o diplomata referiu que o Japão assinou um novo acordo
de três milhões de dólares americanos com a UNICEF. Foi também acordado com o
Programa Alimentar Mundial o apoio à segurança alimentar, também num valor de
três milhões de dólares.
“Este
programa foca-se nas crianças, adolescentes e mães, uma vez que uma alimentação
boa e equilibrada numa fase inicial da vida são essenciais para garantir o
crescimento saudável do ser humano. Espero que a assistência do Japão acelere a
melhoria da situação nutricional neste país”, disse o embaixador.
O
representante da UNICEF em Timor-Leste, Bilal Durrani, recordou, por sua vez,
que a má nutrição afeta o desenvolvimento cognitivo e físico, refletindo-se
negativamente na educação das crianças e no desempenho profissional nos adultos.
“Quase
80% do cérebro de um ser humano se desenvolve até aos dois anos. Se o atraso no
crescimento e a perda de peso não forem tratados nos primeiros dois anos de uma
criança, pode já ser muito tarde. As crianças com desnutrição têm maior
probabilidade de morrer”, disse.
De
acordo com a Pesquisa de Alimentação e Nutrição efetuada em 2013 e 2020, o estudo
indica que neste período houve uma ligeira descida na taxa de nanismo infantil,
de 50% para 47%, respetivamente.
No
que toca à debilidade infantil, a pesquisa mostra que em 2013 a percentagem se
fixava nos 11%, enquanto em 2020 era de apenas 9%, registando assim uma ligeira
melhoria.
Os
dados evidenciam também uma redução de 6%, de 38% para 32% na questão do peso
inferior ao normal.
No
que diz respeito à obesidade, registou-se uma ténue diminuição, de 2% para 1%. Jesuína
Xavier – Timor-Leste in “Tatoli”
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