A
embaixada da China em Bissau juntou num seminário jornalistas e alguns líderes
muçulmanos guineenses para lhes falar da “situação real” da comunidade uigure
que afirma ser usada em campanhas de desinformação.
O
encontro, que juntou cerca de 30 pessoas, foi organizado pelo gabinete de
comunicação e relações públicas da embaixada chinesa em Bissau, em colaboração
com a “China Real”, página na rede social Facebook onde um grupo de jornalistas
guineenses, amigos da China, divulga informações sobre o país asiático.
O
embaixador da China na Guiné-Bissau, Guo Ce abordou a comunidade uigure, a
realidade da província de Xinjiang, onde existe uma importante comunidade
muçulmana e ainda como aquela parte do território tem vindo a crescer. O
diplomata defendeu que o evento servirá “para elucidar melhor” os líderes
muçulmanos da Guiné-Bissau sobre os uigures e, desta forma, “ajudar a
disseminar os factos reais” sobre aquele povo chinês.
Numa
nota distribuída aos presentes, lê-se que o povo uigure “é um dos maiores
grupos étnicos minoritários da China” e que aquela região é onde se verifica
maior taxa de crescimento da economia chinesa.
A
nota acrescenta que naquela região se combate o terrorismo, violência,
secessionismo e radicalismo introduzidos por alguns “extremistas islâmicos
infiltrados”.
O
documento refere que os factos têm sido distorcidos pelos países ocidentais
“com os Estados Unidos como líderes”, afirmando tratar-se de questões étnica,
religiosa ou dos direitos humanos. “Não existe em Xianjiang o genocídio contra
o povo uigure. Não existem campos de concentração em Xianjiang. Não existe o
trabalho forçado na produção de algodão em Xianjiang. Os muçulmanos em
Xianjiang gozam da liberdade religiosa”, são alguns dos tópicos da nota
distribuída.
Bacar
Camará, administrador da página “China Real”, notou que tudo “não passa de
narrativa construída por alguns ‘media’ do Ocidente para denegrir a imagem da
China”.
Camará,
que professa a religião islâmica, afirmou que é testemunha de “uma Xianjiang
próspera e desenvolvida” após ter lá estado em visita em 2017, a convite da
embaixada chinesa em Bissau. “Há uma grande presença da comunidade islâmica
nesta região”, afirmou, considerando que muitas acusações não passam de
“manipulação da verdade” para “manchar a imagem da China”. “Alguns órgãos
internacionais têm um propósito: construir uma narrativa que reflita o ponto de
vista dos seus respectivos Governos” em relação à China, observou Camará.
O
embaixador da China em Bissau prometeu que “depois da pandemia de covid-19”
serão organizadas mais ações sobre a comunidade uigure e Bacar Camará prometeu
que os jornalistas guineenses serão convidados a visitar a província de
Xinjiang. In “Ponto Final” - Macau
Sem comentários:
Enviar um comentário