A fase 1 da ligação ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Vigo poderá vir a custar mais 350 milhões de euros que o previsto inicialmente, segundo um documento apresentado por um diretor da Infraestruturas de Portugal (IP)
De
acordo com a apresentação “A ferrovia no contexto ibérico”,
feita no dia 21 de fevereiro por José Carlos Clemente, diretor de
Empreendimentos da IP, em Sines (distrito de Setúbal), a estimativa da empresa
pública aponta agora para cerca de 1250 milhões de euros, quando a apresentação
inicial do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, divulgada em outubro
de 2020, apontava para 900 milhões de euros.
Em
causa está a ligação entre Braga (Tadim) e Valença, no distrito de Viana do
Castelo, fase 1 da linha Porto – Vigo, cuja conclusão está prevista, segundo o
documento da IP, para 2029/2030.
Fonte
oficial da IP esclareceu à Lusa que se trata de estimativas baseadas nos
projetos que estão a ser desenhados pela empresa e que não devem ser tomados
como finais.
Aos
1250 milhões de euros juntam-se 60 milhões da quadruplicação da Linha do Minho
entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), pode ainda ler-se no documento.
Quanto
às outras fases, a segunda, prevista para depois de 2030, compreende a ligação
do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Maia) para o Minho e a Galiza, e está
estimada em 350 milhões de euros pela IP.
Já
o troço entre o aeroporto e a estação de Porto – Campanhã está integrado no
projeto da nova linha Porto – Lisboa, segundo a apresentação de José Carlos
Clemente, e está estimada em 450 milhões de euros.
Quanto
à continuidade da ligação em Espanha, a nova linha entre a fronteira e Vigo
permite “viabilizar serviços de continuidade Porto – Vigo – Corunha” e “reduzir
tempos de percurso até 27 minutos”.
Em
estudo, segundo o documento do diretor da IP, está também a ligação entre a
linha de alta velocidade e a atual Linha do Minho em Valença, mas a IP adverte
que “possui remota viabilidade ambiental”.
Ainda
assim, o documento refere que esta conexão “permitiria contornar eventual
desfasamento da nova linha fronteira – Vigo” e “ponderar eventual serviço a
Valença através da estação atual”.
O
documento realça que os “investimentos em Portugal e Espanha são mutuamente
dependentes”. In “Bom dia Europa” – Luxemburgo com “Lusa”
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