Um conjunto de 33 trabalhos revelam os recantos e quotidiano de Macau, mas também alguns aspectos e peculiaridades da China continental, que a artista visitou “quando a possibilidade de explorar e viajar fazia parte do dia-a-dia”. Luísa Petiz quer apostar forte na pintura e, se possível, fazer carreira sólida disso. Tudo dependerá de como correr a aceitação desta exposição por parte da população
Depois
de em Junho do ano passado se ter estreado em exposições no Consulado Geral de
Portugal em Macau e Hong Kong, Luísa Petiz volta aos escaparates com a
exposição “Um Olhar Sobre o Oriente” na galeria da Fundação Rui Cunha até ao
dia 2 de Abril.
A
mostra da artista portuguesa, arquitecta de formação, revelará um conjunto de
33 pinturas em aguarela sobre a paisagem quotidiana de Macau e também da China
continental. “São todas obras recentes, que ando a desenvolver desde Agosto de
2021. Acima de tudo espero criar impacto na comunidade”, explicou a autora ao Ponto
Final.
De
acordo com uma nota da Fundação Rui Cunha enviada às redacções, a artista
procurou explorar o seu interesse pelos retratos, as cores e a cultura do
Oriente, reproduzindo os recantos de Macau. “Os templos surgem por entre os
prédios residenciais, realçados pelas suas cores fortes, telhados esculpidos,
linhas curvas e detalhes que nos ficam na memória. As pequenas lojas de
rés-do-chão viradas para o exterior, antigas e escancaradas, que vendem pequenos
utensílios, velharias ou pedras preciosas, entre outras recheadas de produtos
medicinais chineses ou o famoso peixe seco cujo cheiro característico se faz
sentir pela rua fora, ocupam grande parte do comércio local e não passam
despercebidas”, descreveu Luísa Petiz como mote da proposta expositiva.
As
ilustrações representam lugares característicos do território, com detalhes que
captaram a atenção de Luísa Petiz, como “as ruas estreitas e irregulares da
zona antiga, repleta de toldos metálicos, varandas fechadas em gaiolas de todas
as cores, formas e feitios, muitas delas cobertas em ferrugem, as paredes
ocupadas por caixas de ar condicionado e cabos que parecem não ter fim”,
exemplificou ainda a arquitecta sobre o projecto.
Para
além de Macau, “Um Olhar Sobre o Oriente” reserva também uma pequena colecção
de paisagens da China continental, que a artista visitou “quando a
possibilidade de explorar e viajar fazia parte do dia-a-dia”, estendendo o seu
gosto pela pintura a outros lugares da região, refere ainda a própria, que
gostava de apostar forte na sua carreira artística. “Gostava bastante, mas vai
depender um pouco do resultado desta exposição. Contudo, tenciono continuar a
pintar a longo prazo.”
Luísa
Petiz nasceu em Lisboa corria o ano de 1995. Formada pela Faculdade de
Arquitectura de Lisboa em 2018, a arquitecta portuguesa trabalhou alguns anos
no resort integrado Galaxy, mas actualmente está “por conta própria no design
de interiores e na pintura”. Participou também, no ano passado, na exposição
“Quarentena 21+7” que esteve patente na Fundação Rui Cunha de 20 a 30 de Abril.
A mostra, com fotografias e vídeos, versava sobre o dia-a-dia da quarentena de
21 dias que 21 portugueses tiveram que fazer obrigatoriamente no Grand Coloane
Resort, depois de terem chegado ao território no dia 21 de Janeiro, em dois
voos vindos de Tóquio. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto
Final”
Sem comentários:
Enviar um comentário