Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 23 de março de 2022

Macau – Exposição de aguarelas de Luísa Petiz na Fundação Rui Cunha

Um conjunto de 33 trabalhos revelam os recantos e quotidiano de Macau, mas também alguns aspectos e peculiaridades da China continental, que a artista visitou “quando a possibilidade de explorar e viajar fazia parte do dia-a-dia”. Luísa Petiz quer apostar forte na pintura e, se possível, fazer carreira sólida disso. Tudo dependerá de como correr a aceitação desta exposição por parte da população


Depois de em Junho do ano passado se ter estreado em exposições no Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Luísa Petiz volta aos escaparates com a exposição “Um Olhar Sobre o Oriente” na galeria da Fundação Rui Cunha até ao dia 2 de Abril.

A mostra da artista portuguesa, arquitecta de formação, revelará um conjunto de 33 pinturas em aguarela sobre a paisagem quotidiana de Macau e também da China continental. “São todas obras recentes, que ando a desenvolver desde Agosto de 2021. Acima de tudo espero criar impacto na comunidade”, explicou a autora ao Ponto Final.

De acordo com uma nota da Fundação Rui Cunha enviada às redacções, a artista procurou explorar o seu interesse pelos retratos, as cores e a cultura do Oriente, reproduzindo os recantos de Macau. “Os templos surgem por entre os prédios residenciais, realçados pelas suas cores fortes, telhados esculpidos, linhas curvas e detalhes que nos ficam na memória. As pequenas lojas de rés-do-chão viradas para o exterior, antigas e escancaradas, que vendem pequenos utensílios, velharias ou pedras preciosas, entre outras recheadas de produtos medicinais chineses ou o famoso peixe seco cujo cheiro característico se faz sentir pela rua fora, ocupam grande parte do comércio local e não passam despercebidas”, descreveu Luísa Petiz como mote da proposta expositiva.

As ilustrações representam lugares característicos do território, com detalhes que captaram a atenção de Luísa Petiz, como “as ruas estreitas e irregulares da zona antiga, repleta de toldos metálicos, varandas fechadas em gaiolas de todas as cores, formas e feitios, muitas delas cobertas em ferrugem, as paredes ocupadas por caixas de ar condicionado e cabos que parecem não ter fim”, exemplificou ainda a arquitecta sobre o projecto.

Para além de Macau, “Um Olhar Sobre o Oriente” reserva também uma pequena colecção de paisagens da China continental, que a artista visitou “quando a possibilidade de explorar e viajar fazia parte do dia-a-dia”, estendendo o seu gosto pela pintura a outros lugares da região, refere ainda a própria, que gostava de apostar forte na sua carreira artística. “Gostava bastante, mas vai depender um pouco do resultado desta exposição. Contudo, tenciono continuar a pintar a longo prazo.”

Luísa Petiz nasceu em Lisboa corria o ano de 1995. Formada pela Faculdade de Arquitectura de Lisboa em 2018, a arquitecta portuguesa trabalhou alguns anos no resort integrado Galaxy, mas actualmente está “por conta própria no design de interiores e na pintura”. Participou também, no ano passado, na exposição “Quarentena 21+7” que esteve patente na Fundação Rui Cunha de 20 a 30 de Abril. A mostra, com fotografias e vídeos, versava sobre o dia-a-dia da quarentena de 21 dias que 21 portugueses tiveram que fazer obrigatoriamente no Grand Coloane Resort, depois de terem chegado ao território no dia 21 de Janeiro, em dois voos vindos de Tóquio. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto Final”


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