A Galeria Amagao abriu hoje portas no Artyzen Grand Lapa Macau com a exposição “Cor Lusofonia”. O projecto, encabeçado por Victor Marreiros, Lina Ramadas e José Isaac Duarte, serve o propósito de promover artistas lusófonos com regularidade. Patente até 22 de Maio, a mostra inaugural conta com Raquel Gralheiro como artista especial
Hoje
foi inaugurada, no Artyzen Grand Lapa, a Galeria Amagao, um novo espaço
dedicado às artes que, sob a gestão da Galeria 57, tem como principal objectivo
promover e organizar exposições e eventos artísticos focados no mundo lusófono
e nos seus artistas.
Intitulada
“Cor Lusofonia”, a exposição inaugural do novo espaço estará patente até 22 de
Maio e inclui mais de 90 obras, entre as quais, alguns inéditos de Raquel
Gralheiro, artista especial convidada para o arranque de um projecto que
promete regularidade, cor e diversidade ao nível da produção artística dos
países de língua portuguesa.
Além
de Raquel Gralheiro, a exposição inaugurada hoje inclui obras de outros
artistas como Ana Jacinto Nunes, Victor Hugo Marreiros, Carlos Marreiros, José
Luís Tinoco, Abílio Febra, Ana Silva e Reginaldo Pereira, num total de 46
autores. Todas elas seleccionados a partir do vasto acervo de obras lusófonas
reunidas ao longo de vários anos.
A
ideia de criar a Galeria Amagao, começou por explicar José Isaac Duarte ao HM,
surgiu do interesse que o estabelecimento hoteleiro tinha em desenvolver
actividades culturais e da possibilidade do colectivo utilizar espaços do
Artyzen Grand Lapa a título permanente, para realizar exposições. Quanto ao
nome do novo espaço, este nasceu da própria herança histórica e da origem do
nome pelo qual Macau começou por ser baptizado.
“Digamos
que o primeiro nome português de Macau como espaço com presença portuguesa foi
‘Amagao’”, apontou José Isaac Duarte.
Por
seu turno, Victor Hugo Marreiros, último elemento a ingressar o projecto
ressalva que a filosofia e a imagem da Galeria Amagao pretendem,
essencialmente, “fazer uma passagem entre o passado, o presente e o futuro”,
através de um contraste “pensado” entre o clássico, materializado no traço
antigo de um mapa de Macau do século XVIII e o “contemporâneo”, concretizado no
desenho do seu logotipo.
Pura diversidade
Sem
preocupação de marcar um estilo artístico específico ou de organizar a mostra
por temas ou nações, a exposição inaugural que pode ser visitada a partir de
hoje procura só e apenas, segundo a curadoria, “a diversidade e a cor”
proveniente da arte criada nos países de língua portuguesa. “É uma nova cor que
estamos a inventar e que se chama lusofonia”, concretizou José Isaac Duarte.
Por
sua vez, Lina Ramadas ressalvou haver uma “especificidade” única, que o novo
espaço é capaz de oferecer em termos de arte lusófona, dado possuir, como base,
um acervo “rico” sobre a matéria, reunido ao longo de vários anos.
Quanto
à importância de divulgar os artistas lusófonos em Macau, os responsáveis pelo
projecto sublinharam a ligação histórica e a missão atribuída ao território de
promover ligações entre a China e os países de língua portuguesa.
“Macau
(…) está ligada à lusofonia e (…) tem um ‘mandato’ para constituir essa
ligação. Portanto, é algo que casa bem com a actividade que temos vindo a
desenvolver e que se projecta para o futuro, dentro daquilo que (…) esperamos
que seja o papel de Macau na China moderna”, explicou José Isaac Duarte. Pedro
Arede – Macau in “Hoje Macau”
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