A partir de 1 de Março, a designação do IPM será alterada para Universidade Politécnica de Macau e as suas escolas vão tornar-se faculdades. Gradualmente, irá lançar novos cursos nas áreas das Ciências e Engenharia, incluindo de Inteligência Artificial, reforçar o ensino e investigação de línguas e procurar elevar o número de estudantes dos actuais 4500 para 6000 nos próximos cinco anos. O presidente da instituição, Marcus Im Sio Kei, prometeu aprofundar a cooperação com Politécnicos de Portugal
O
Conselho Executivo (CE) deu “luz verde” ao projecto de regulamento administrativo
relativo à alteração dos Estatutos do Instituto Politécnico de Macau (IPM), que
entrará em vigor amanhã, motivando desde logo a mudança de designação para
Universidade Politécnica de Macau (UPM). Também a partir de 1 de Março, as
escolas superiores vão passar a ser faculdades, ainda que no caso da Escola
Superior de Artes o nome seja alterado para Faculdade de Artes e Design.
Segundo
um comunicado do CE, o IPM vai continuar a fomentar a “inovação no ensino
superior, reforçando a transformação dos resultados da
indústria-academia-investigação e promovendo o desenvolvimento do ensino
superior de Macau, orientado para o mercado e de alta qualidade”. A futura UPM
promete aproveitar as vantagens dos actuais cursos práticos em informática, por
forma a “acrescentar, gradualmente, cursos nas áreas de Ciências e de
Engenharia, nomeadamente de Matemática Aplicada, Inteligência Artificial e
Tecnologia de Aplicação de Médias Digitais, tendo em consideração as
necessidades do desenvolvimento social e económica da RAEM”.
Paralelamente,
a instituição vai fortalecer os seus “trabalhos em termos do ensino e
investigação de línguas, no sentido de apoiar Macau para desempenhar bem o
papel de Plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.
Durante
a conferência de imprensa do CE, Marcus Im Sio Kei, presidente do IPM, cargo
que manterá na UPM, referiu que, a instituição tem neste momento 4500 alunos.
Nos próximos cinco anos, vai alargar o recrutamento para um número superior a 6000
alunos, o que significará uma subida entre 30% a 40%.
Em
concreto, salientou a intenção de aumentar sobretudo os alunos de mestrado e
cursos aplicados, na esperança de incentivar os resultados no campo da
investigação. Apesar de ir recrutar mais alunos do Interior da China, Marcus Im
Sio Kei frisou ser prioritário garantir o acesso de estudantes locais e
esclareceu que o número do pessoal docente e não docente não será aumentado.
Por
outro lado, sublinhou que mudança de estatuto não afectará a cooperação com
Institutos Politécnicos de Portugal, asseverando mesmo que a UPM “só vai fazer
mais, e não menos” neste âmbito, devendo ainda discutir uma possível adesão à
Associação das Universidades de Língua Portuguesa.
Questionado
sobre a natureza da alteração do Estatuto do IPM, Marcus Im realçou que a
instituição tem estado em constante evolução, e as suas operações e funções não
têm diferenças em relação a uma universidade, sendo que já dispõe de um modelo
completo de formação de quadros, após criar cursos de licenciatura, mestrado e
doutoramento em seis escolas superiores, que cobrem mais de 20 domínios
académicos. “De facto, já funciona como uma universidade. A alteração de
designação vai destacar ainda mais essas disposições e operações”, enfatizou. Rima
Cui – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário