Uma família portuguesa no Canadá está a levar amor e a “melhorar a vida às crianças órfãs de Moçambique”, angariando donativos para lhes proporcionar uma melhor vida, disse um dos fundadores do projeto
“Tivemos
a vontade de criar esta fundação sem fins lucrativos para ajudar os mais
necessitados, neste caso as crianças, que são as menos afortunadas, tendo o
básico, que é alimentação e ir à escola, já é um grande passo para as crianças
em Moçambique”, afirmou Francisco Pacheco, de 55 anos, natural de Maputo.
No
Canadá desde 1988, o luso-canadiano explica que a ASAM –
Assistência Social Amor por Moçambique teve início há
dois anos com o desejo de “ajudar as crianças em Moçambique”.
Neste momento o projeto está numa fase de legalização enquanto fundação sem fins lucrativos, mas já tem vários programas em andamento no distrito de Morrumbala, na província da Zambézia.
“A
maioria dos donativos que recebemos são provenientes da minha família, que
todos os meses contribuem financeiramente. É essencialmente desta forma que
conseguimos os donativos, mas também temos um contacto em Portugal de pessoas
que colaboram. É desta maneira que conseguimos manter esse trabalho”, contou.
O
pastor local em Morrumbala, Mateus Felizardo, coordena os trabalhos no terreno,
sinalizando as principais necessidades das mais de 320 crianças que recebem
apoio social.
“Um
pastor local comunica comigo as necessidades que mais têm, a alimentação que é
a principal dificuldade que têm. Os donativos são divididos entre aquelas cinco
comunidades”, explicou Francisco Pacheco.
Além
dos donativos monetários, que são enviados para a aquisição de alimentos, a
associação também está a adquirir roupa, material escolar e água potável para
as crianças.
No
final de 2021, a organização adquiriu uma habitação destinada a crianças órfãs
onde podem “dormir e alimentar-se”.
Mais
recentemente iniciou os trabalhos em duas habitações que serão o lar de duas
famílias que “praticamente estavam na rua” e que devem ficar concluídas em
breve.
“Agora
vamos avançar para uma terceira habitação destinada também a uma família de
baixo rendimento com muitas necessidades”, revelou.
Num
futuro próximo, o projeto pensa em expandir-se para outras regiões de
Moçambique e para outros países, tendo já alguns pedidos de ajuda, nomeadamente
do Uganda.
Sem
nenhum objetivo financeiro até lá, Francisco Pacheco destacou ainda o sonho de
construir um “prédio com dormitório para as crianças e com uma escola anexada”.
A
organização construiu ainda naquela região de Moçambique um aviário e dois
poços com água potável.
A rede social Facebook
tem sido importante para promover o projeto ASAM junto da comunidade no Canadá.
In “Bom dia Europa” -
Luxemburgo
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