A
partir dos dados do Censo 2021 do INE (Instituto Nacional de Estatística
espanhol), na passada semana saia em vários meio de comunicaçom a notícia que
situa o uso do galego por baixo do castelhano na Galiza por primeira vez na
história. Um dado que nom surpreende, já que é coerente com o continuo
retrocesso em que se situa a nossa língua desde há décadas.
Mais
trabalhos tenhem analisado esta tendência, como o trabalho que publicamos neste
portal, de Roberto Samartim,
ou o estudo sobre as escolas infantis do concelho de Ames que realizou a RAG no
ano passado e que constata que o sistema educativo funciona como espaço de
perda linguística.
Umha
realidade que preocupa as pessoas sensíveis à situaçom do idioma, e na que
afundamos no PGL com umha série de entrevistas semanais durante todo o ano
passado, para analisar a saúde do idioma após 40 anos de oficialidade, assim
como o especial que vem decorrendo este 2022 focado na situaçom no ensino: Novo Ensino para o Galego.
Com
os dados do recente adiantamento do castelhano sobre a língua própria, forom
muitos os posicionamentos públicos a este respeito: da Mesa pola Normalización
Lingüística mostraram a sua preocupaçom, com “que quase o 30% dos menores de 20
anos declarem sérias dificuldades ou impossibilidade de se exprimirem na língua
da Galiza” sinalou o presidente da entidade, Marcos Maceira.
O
presidente da Associaçom Galega da Língua (Agal), Eduardo Maragoto Sanches também
falou para a imprensa a respeito destes dados, lamentando a “falta de visom
estratégica” para evitar chegar a este momento, e para além de alarmar-se,
sugere tomar medidas concretas: “Som otimista, mas devemos focar bem os
objetivos. Nom faz sentido prolongar indefinidamente a estratégia de convencer
cada galego por puro sentimentalismo ou patriotismo”, argumenta, nesse sentido
fai finca-pé em as pessoas usuárias da língua sentirem a vantagem estratégica
de fazer parte da lusofonia: “Falarmos diretamente com trinta países, essa é a
maior plus-valia que tem o galego”, afirma o presidente da AGAL, que considera
que isto, ademais, permite manter “o galego mais genuíno”.
Nesta
linha, Ana Pontón, vozeira nacional do BNG, reconhece que é possível reverter a
situaçom para impedir a perda “dum sinal de identidade e orgulho” que nos
conecta “com mais de 300 milhons de pessoas”, declarou, em relaçom às
comunidades lusofonas de todo o mundo. Ana Pontón denunciou o decreto do
pluriliguismo no ensino como “a coartada” com que o PP lhe tira espaço no
ensino ao galego, e denuncia que as crianças “entram pola porta da escola
falando galego e saem falando castelhano”. Concordou nisto o Secretario Geral
do PSdeG, Valentín González Formoso, quem sinalou que a promoçom do inglês do
decreto “foi a escusa de Feijoo para reduzir o peso do galego na escola”.
Perguntado
sobre esta questom, o presidente do governo galego, Alfonso Rueda, disse que no
nosso país há “cordialidade linguística”, mas reconheceu a obriga de fomentar o
uso do galego. In “Portal Galego da Língua” - Galiza
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