Chama-se “Macau, A Minha História” e é um livro que mistura fotografia e histórias sobre as várias perspectivas que o território apresenta aos seus autores. João Rato, fotógrafo amador, é um dos editores de uma obra que conta com 13 autores e 12 histórias. O lançamento, incluído no cartaz do festival literário Rota das Letras, faz-se amanhã na Universidade de São José
“Macau,
A Minha História” não é apenas um livro de fotografia, tem também histórias
das diversas visões e percepções que o território pode proporcionar a quem cá
vive. O lançamento acontece amanhã, às 19h30, no Departamento de Media, Arte e
Tecnologia da Universidade de São José (USJ), e está inserido no programa da
11.ª edição do festival literário Rota das Letras. “Macau, A Minha História”
é editado em chinês e português e conta com quatro editores: João Rato,
fotógrafo amador e co-fundador da associação Halftone, ligada à fotografia;
José Manuel Simões, coordenador do curso de comunicação na USJ, Paris Pei e
Guan Jian Sheng. A USJ é responsável pela edição do livro.
A
ideia para editar este livro surgiu em finais de 2020, de uma conversa entre
João Rato e Pei Ding An, seu colega de trabalho. À medida que o tempo passava,
mais editores e colaboradores foram-se juntando ao projecto. “O livro tem uma
componente visual adicional ao texto, e isso dá uma maior profundidade e
riqueza à obra. Não é apenas um livro de fotografia, permitindo essas duas
leituras”, contou João Rato ao HM.
“Macau,
A Minha História” acaba por reflectir “a diversidade de Macau e a ideia de
que o território é um ponto de encontro de culturas”. “Pode parecer algo muito
visto e falado, mas a verdade é que a síntese de Macau é isso mesmo. É um ponto
de passagem desde há centenas de anos. Temos Macau e as histórias, que podem
incluir a geografia, arquitectura, fantasia, um pouco de romance, poesia ou
literatura. O livro trata percepções, sensações e opiniões que cada um dos
autores tem sobre Macau. Nós, como editores, não criamos nenhuma restrição em
termos temáticos.”
Da diversidade
As
histórias começam a contar-se com “A História escolheu Macau e Macau também fez
História”, um texto escrito por Guan Jian Sheng, acompanhado das imagens de
Cecília Vong. Segue-se “Macau, nascida e criada”, de Marjolene Estrada, que faz
a fotografia e o texto.
“Ela
faz o retrato de uma Macau contemporânea, de quem acabou de sair da
universidade e que está cheio de dúvidas sobre o futuro. O trabalho dela versa
sobre o período da sua adolescência, os concertos ao ar livre, o mundo da
moda”, descreve João Rato.
Ou
Tian Xing escreve e fotografa sobre a “Arquitectura de Macau em Luz e Sombra”,
seguindo-se depois João Monteiro com “Um passeio fotográfico pelo Património de
Macau”. Há, nestas páginas, muitas histórias que se vão contando, e outras que
já terminaram, mas das quais ainda existem rastos nas ruas. Há, portanto,
imagens de “pequenas alfaiatarias, lojas que vendem côco, algumas que já
desapareceram devido ao crescimento desenfreado da cidade”.
João
Rato, por sua vez, escreveu “Macau em profundidade”, que mais não é do que uma
“deambulação”, algo que lhe interessa fazer também na fotografia. “Os textos,
neste livro, têm a ver com as marcas indeléveis e com aquilo que Macau, na sua
intensidade, permite vivenciar a quem se deixa levar e a queira descobrir.”
O
co-editor da obra não tem dúvidas de que “a passagem do tempo vai conferir ao
livro uma importância maior, porque é o registo da mudança pela qual o mundo e
Macau estão a passar”. Andreia Silva – Macau in “Hoje
Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário