A Bienal de Helsínquia revelou esta sexta-feira os primeiros nomes de artistas visuais convidados para a segunda edição e entre eles está a artista portuguesa Diana Policarpo, que será convidada a criar uma obra subordinada ao tema que atravessará toda a edição: “Novos rumos podem surgir”
A
segunda edição da bienal, com curadoria de Joasia Krysa, “reunirá cerca de 30
artistas emergentes e consagrados e coletivos da Finlândia e do resto do
mundo”, que irão refletir sobre “alguns dos temas atuais que parecem
insolúveis, como danos ambientais, conflitos políticos e as consequências das
tecnologias”, lê-se em nota de imprensa.
A
bienal de arte contemporânea de Helsínquia está marcada para os dias 12 de
junho a 17 de setembro de 2023 e irá estender-se para lá da ilha de Vallisaari,
palco da primeira edição em 2021, juntando espaços na capital finlandesa como o
Museu de Arte de Helsínquia.
Artista
visual multidisciplinar e compositora, Diana Policarpo tem 36 anos, estudou música
no Conservatório Nacional e artes plásticas e escultura na Escola Superior de
Artes e Design das Caldas da Rainha, vindo depois a fazer um mestrado em
Londres, onde esteve a viver e a trabalhar durante uma década.
Em
2019, Diana Policarpo venceu o Prémio Novos Artistas Fundação EDP, com a obra
“Death Grip”, uma instalação que usa animação digital em 3D, luz e som para
reproduzir o ambiente em que se desenvolve o fungo ‘Cordyceps’, nas montanhas
dos Himalaias.
Na
altura, em declarações à agência Lusa, Diana Policarpo admitiu que o seu
trabalho tem um caráter político: “Ao longo dos meus projetos fui-me deparando
com situações que são inevitavelmente políticas, e não faz sentido serem
separadas do trabalho nas artes visuais”.
“É
importante rever o passado e trabalhar as questões do presente e de novos
futuros”, disse a artista, acrescentando que tem feito “um esforço para
resistir à invisibilidade das mulheres na História da Arte”.
A
artista esteve este ano presente na bienal de artes de Veneza (Itália) com a
maior instalação que criou até hoje – intitulada “The Soul Expanding Ocean #4”,
sobre o tema dos oceanos -, resultado de uma coprodução do Centro de Arte
Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e da TBA21-Academy, em parceria com o
Instituto Gulbenkian Ciência.
Diana
Policarpo já expôs a solo em Portugal, Alemanha, Reino Unido e Noruega.
A
primeira edição da bienal de arte contemporânea de Helsínquia, em 2021, contou
com 145 mil visitantes. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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