O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua está a desenvolver uma “aposta grande” no Sudeste Asiático, utilizando Macau como plataforma, para “dinamizar mais na Ásia a presença da língua portuguesa”, disse à Lusa a presidente do instituto.
“Há
uma aposta grande que estamos a tentar desenvolver com o Sudeste Asiático,
aproveitando a nossa presença em Macau através do IPOR [Instituto Português do
Oriente], podemos também dinamizar mais na Ásia a presença da língua portuguesa”,
afirmou à Lusa Ana Paula Fernandes, à margem da inauguração de uma cátedra em
homenagem à escritora portuguesa Lídia Jorge na Universidade Federal brasileira
de Goiás, a primeira cátedra da rede Camões no Brasil a homenagear uma
escritora, a nona no Brasil e a 63.ª no mundo.
“Temos
recebido pedidos da Coreia do Sul, mas também do Japão, onde irei em abril
também para anunciarmos uma nova cátedra”, anunciou a responsável máxima pelo
instituto que promove a língua e a cultura portuguesa no exterior.
Na
mesma ocasião, Ana Paula Fernandes sublinhou ter a ambição de protocolar mais
cátedras, mas admitiu existir um “processo de transição com o próximo Governo
relativamente às prioridades que vão ser estabelecidas”.
Mas
o que estava planeado para 2024 “no contexto do Orçamento de Estado que foi
aprovado era efetivamente o reforço das cátedras”, frisou. “Obviamente que
temos de fazer isto de uma forma sustentável”, disse, acrescentando que em
Julho tem lugar o primeiro encontro anual que servirá, entre outras coisas,
para avaliar o impacto e analisar resultados. “Em função disso perceber onde é
que estão os mercados e posicionarmo-nos nesses mercados”, reforçou,
acrescentando ser necessário estar atento a novas dinâmicas, como os novos
fluxos migratórios de portugueses.
Mas
também “permitir o acesso para a língua portuguesa para outros que não têm nada
a ver com Portugal, nada a ver com a cultura portuguesa, mas que querem
aprender português”, disse. In “Ponto Final” - Macau
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