Cidade da Praia – Os presidentes das Redes de Defensores dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde defenderam a necessidade da criação de uma rede lusófona visando dar respostas aos desafios em matéria dos direitos humanos na lusofonia.
Em
declarações à Inforpress, o coordenador da Rede de Defensores dos Direitos
Humanos da Guiné-Bissau (RDDH), Vitorino Indeki, que chefia uma delegação que
está de visita, por seis dias, a Cabo Verde destacou a importância desta
parceria no fortalecimento dos laços entre as duas nações no que diz respeito
aos direitos humanos.
“Estamos
cá durante seis dias para podermos discutir e passar em revista informações
importantes relativamente à experiência que Cabo Verde tem no domínio da
protecção dos defensores de direitos humanos e também nós trazemos connosco a
nossa própria experiência do trabalho no terreno”, salientou.
Lembrou
que a Guiné-Bissau é um país de instabilidade que enfrenta vários desafios em
matéria de protecção e garantia dos direitos humanos, daí a importância da
criação de uma plataforma lusófona dos defensores dos direitos humanos.
“Essa
plataforma é importante não só no aspecto da coordenação, mas no aspecto da
pressão quando os defensores estão em uma situação difícil. E pode ser
estratégia a contar não só o aspecto de disseminação dos mecanismos
internacionais de protecção dos defensores de direitos humanos que é uma coisa
relevante para a nossa actuação”, reforçou.
O
presidente da RDDH da Guiné-Bissau destacou, por outro lado, os avanços que
Cabo Verde tem alcançado em matéria de protecção e garantia dos direitos
humanos através da implementação de algumas iniciativas ressaltando que o seu
país tem todo interesse em beber da experiência e melhores práticas de Cabo
Verde.
Por
seu turno, o presidente da Rede Cabo-verdiana de Defensores de Direitos Humanos
(Recaddh), Felisberto Moreira, explicou que ao promover um projecto de
intercâmbio, ambas as redes têm como intuito aprimorar as suas capacidades
institucionais e colaborar de forma mais eficaz na promoção e protecção dos
direitos humanos em suas respectivas regiões.
“Acreditamos
que juntos vamos poder visualizar os desafios e ver até que ponto nós poderemos
mobilizar também recursos para implementar projectos conjuntos, que permitam
reforçar a capacidade dos membros da rede e reforçar a nossa capacidade de
intervenção, por forma a que possamos influenciar as decisões públicas na
perspectiva da melhor protecção e defesa dos direitos humanos”, afirmou.
Declarou
ainda que esta iniciativa marca um passo significativo no fortalecimento dos
laços entre as duas nações no que diz respeito aos direitos humanos, e que
estão comprometidos em trabalhar para que todos possam ter acesso aos bens
básicos, fundamentais para a garantia da qualidade de vida.
Destacou
a necessidade de criação de uma rede de defensores de direitos humanos nos
países de língua oficial portuguesa, afiançando que estão a envidar os esforços
para que a curto prazo este projecto seja uma realidade.
A
Rede Cabo-verdiana dos Defensores de Direitos Humanos (Recaddh) foi
oficializada em Agosto de 2022 e projectada para zelar pela defesa e protecção
dos direitos dos defensores dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
A
referida rede é constituída por um grupo de cidadãos cabo-verdianos, activistas
sociais dos direitos humanos, enquanto membros e representantes das
organizações da sociedade civil e parceiros regionais. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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