A Organização Internacional do Trabalho (OIT) anunciou que vai ajudar São Tomé e Príncipe na criação do tribunal do Trabalho, admitindo que "será muito importante" para ajudar na resolução dos conflitos laborais no arquipélago
"Haverá
sempre conflitos [laborais] e por isso são necessários mecanismos de regulação
e contamos ajudar o Governo (...) e iremos acompanhar o processo de criação
desta instância", assegurou o diretor da equipa de apoio técnico da OIT
para África Central, Claude Yao Kauamé.
O
representante da OIT que se encontra na capital são-tomense para se apresentar
às autoridades locais, encontrou-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros,
Gareth Guadalupe e com o ministro do Trabalho e Solidariedade, Celsio
Junqueira, e se reunirá com as duas centrais sindicais do país e com a Câmara
do Comércio nos próximos dias.
"É
preciso sublinhar que São Tomé tem mais de 40 anos enquanto membro da nossa
organização e isso é importante para avançar a justiça social e o trabalho
decente no país", enfatizou o representa da OIT, no final do encontro com
o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Questionado
sobre a visão da OIT face as greves dos professores que dura há mais de uma
semana no arquipélago, bem como a greve na empresa Agripalma há mais de um mês,
Claude Yao Kauamé disse acreditar que "pode ser encontrada uma solução
para esta greve através dos mecanismos de diálogo social que existem no
país".
"Não
viemos especificamente para tratar desta questão, temos confiança nas
autoridades, nos mecanismos de diálogo social", acrescentou.
Questionado
ainda sobre o respeito das convenções laborais e os direitos dos trabalhadores
em São Tomé e Príncipe, o representante da OIT sublinhou que "há
avaliações que são feitas" e que "de uma forma geral há um espírito
de grande colaboração" do Estado são-tomense que assinou várias
convenções, que são também muito importantes. Agência Lusa
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