“Jornalismo na kriolu ê um kumeço di narrativa ki ta ben kaba ku um monti di preconceito” – sim, isto é um título em crioulo
Não
estranhem, vizinhos e vizinhas, o texto que se segue é em crioulo – crioulo
cabo-verdiano. É o pontapé de saída do novo projeto de jornalismo em crioulo
feito na Mensagem – apadrinhado por Dino d’Santiago, e a sua plataforma Lisboa Criola e apoiado pela
iniciativa europeia Newspectrum, que promove o jornalismo em línguas
minoritárias na Europa.
O
crioulo, ou os crioulos, cabo-verdiano e guineense, são línguas não oficiais em
Cabo Verde e na Guiné-Bissau, e são falados e cantados correntemente em Lisboa –
e embora não haja números oficiais para uma avaliação, é bem possível que seja
a segunda língua mais falada da cidade. Aqui, fazemos-lhe uma homenagem, no
caminho de um jornalismo mais inclusivo e de uma cidade mais misturada.
Por
isso, nesta estreia, falamos com o padrinho da Nova Lisboa, crioula, e desta
iniciativa, Dino D’Santiago. Esta é a cidade que ele canta, a mais crioula da Europa, onde ele
descobriu a sua africanidade e origens, e também, o crioulo dos seus pais,
cabo-verdianos (ele nasceu em Quarteira). Dino acaba de lançar o disco novo,
Badiu, e esta entrevista é sobre o disco, neste contexto.
Leia
mais aqui. Karyna Gomes –
Guiné-Bissau in “Mensagem”
Karyna Gomes -
É a jornalista responsável pelo projeto de jornalismo crioulo na Mensagem, no
âmbito do projeto Newspectrum – em parceria com o site Lisboa Criola de Dino
d’Santiago. Além de jornalista é cantora, guineense de mãe cabo-verdiana, e
escolheu Lisboa para viver desde 2011. Estudou jornalismo no Brasil, e trabalhou
na RTP, rádios locais na Guiné-Bissau, foi correspondente do Jornal “A Semana”
de Cabo verde e Associated Press, e trabalhou no mundo das ONG na Unicef e SNV.
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