O Grupo de Reflexão e Intervenção da Diáspora Portuguesa da Alemanha (GRI-DPA) organiza uma conferência, este sábado, para discutir o futuro do ensino do português como língua de herança ou língua estrangeira
O
tema surge na sequência de uma primeira conferência, realizada há quatro anos,
e pretende dar “um passo em frente” para perceber em que moldes faz sentido
continuar a ensinar o português na Alemanha, depois de detetados vários
problemas.
“Verificámos
as deficiências que existem no ensino da língua portuguesa como língua de
herança, ou melhor, língua materna. Porque já vamos nas terceira e quarta
gerações, com netos e bisnetos de antigos emigrantes, duvidamos que ainda se
possa falar de língua de herança”, disse Manuel Campos, colaborador do Bom Dia,
em declarações à agência Lusa.
Para
o presidente do GRI-DPA, atualmente existem problemas com professores,
horários, locais e com o pagamento da propina exigida aos alunos, cerca de 100
euros por ano.
“Consideramos
que esse pagamento é ilegal. O próprio ministro dos Negócios Estrangeiros,
Augusto Santos Silva, já disse que estaria disposto a suspender a tal propina
logo que possível”, acrescentou.
A
conferência, marcada para sábado em Dusseldorf, vai discutir os prós e contras
da aprendizagem do português como língua estrangeira.
“Está
confirmado que há cada vez mais interessados, na Alemanha, em aprender
português. Por várias razões. É uma das línguas mais faladas no mundo, tem um
elenco histórico enorme, e longo, e tem uma quantidade enorme de obras
literárias que muitos querem ler e acompanhar”, sublinhou Manuel Campos.
“Temos
uma série de cátedras, universidades, que dão aulas de português, mas podemos
ter mais. Isso vai exigir uma série de consequências políticas, organizativas e
estruturais. É esse levantamento que queremos fazer durante a conferência”,
esclareceu.
O
Grupo de Reflexão e Intervenção da Diáspora Portuguesa na Alemanha (GRI-DPA) é
uma organização de cidadãos portugueses residentes em vários pontos da
Alemanha.
A
conferência “Ensino do Português como língua de herança ou como língua
estrangeira?” vai contar com as participações de Ana Paula Laborinho, antiga
presidente do Instituto Camões, o escritor João Morgado, e Teresa Soares,
secretária-geral do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas, entre
outros.
Siga
a conferência em direto, a partir das 10:00 deste sábado, no Facebook ou YouTube do Bom Dia. In “Bom dia
Europa” - Luxemburgo
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