O presidente da Fundação Amílcar Cabral (FAC), o antigo
presidente cabo-verdiano Pedro Pires, afirmou que a realização de um seminário
sobre o legado teórico do pai da nacionalidade é uma forma de Cabo Verde se
afirmar
“Amílcar
Cabral é estudado em mais de uma centena de universidades do mundo. A fundação
também faz parte dessas organizações ou entidades que se preocupam em
aprofundar o conhecimento daquilo que pensou e fez Amílcar Cabral", disse
Pedro Pires, na cidade da Praia, à saída de um encontro com o Presidente da
República, José Maria Neves.
O
antigo combatente da liberdade da pátria foi recebido pelo chefe de Estado para
abordar a questão da candidatura dos escritos de Amílcar Cabral ao programa da
Unesco Memória Mundo e à realização do seminário internacional sobre o legado
de Amílcar Cabral, marcado para quinta-feira, bem como sobre a preparação da
celebração do centenário do nascimento de Amílcar Cabral (2024).
Pedro
Pires lembrou que Amílcar Cabral não é um exclusivo africano, guineense ou
cabo-verdiano, mas sim uma personalidade universal que deve ser valorizada.
"É
importante as pessoas se interessarem cada vez mais por Amílcar Cabral e por
aquilo que os investigadores têm feito lá fora", afirmou, notando que
Cabral é um símbolo que ajuda Cabo Verde a afirmar-se.
Neste
sentido, acrescentou que tudo o que diga respeito ao conhecimento, à difusão e
à expansão das ideias de Amílcar Cabral é o objetivo maior para cumprir este
compromisso.
O
presidente da Fundação concluiu dizendo que convidou o chefe de Estado para
presidir à cerimónia de abertura do seminário internacional sobre o legado
teórico de Amílcar Cabral, a ter lugar na próxima quinta-feira.
Prometeu
voltar ao chefe de Estado proximamente para dar uma informação mais detalhada
da organização do centenário e ouvir a opinião e recomendações sobre este ato
que considera ser "de grande importância" para a história de Cabo
Verde.
O
seminário é organizado pela FAC e pela Associação dos Combatentes pela
Liberdade da Pátria (ACOLP), no quadro ainda dos 50 anos do desaparecimento
físico do seu patrono (2023).
O
programa "Memória do Mundo" foi estabelecido em 1992 pela UNESCO com
o objetivo de contribuir para a preservação do património documental mundial.
A Fundação Amílcar Cabral, que tem
como missão a preservação da obra e memória do seu patrono, promoveu, no âmbito
do seu programa editorial, a edição de várias obras de Amílcar Cabral, entre as
quais se contam "Unidade e Luta", "Cabo Verde: Reflexões e
Mensagens" ou "A Emergência da Poesia em Amílcar Cabral".
Em
2015, criou o espaço museológico Sala-Museu Amílcar Cabral, onde pretende dar a
conhecer às gerações mais novas e aos turistas que visitam a cidade da Praia, a
história da luta de libertação liderada por Cabral. Agência Lusa
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