João Braga e Sandi Manhão vão inaugurar, no dia 8 de Janeiro, um novo espaço comunitário na Taipa, com dois estúdios de dança destinados a aulas de cariz holístico, ‘fitness’ e bem-estar. A dupla portuguesa diz esperar que, no futuro, o projecto se torne “num misto de LX Factory com a Feira da Ladra”
Um
casal português vai inaugurar um espaço novo dedicado a actividades de
‘fitness’ e bem-estar, já no dia 8 de Janeiro. Sandi Manhão e João Braga,
radicados no território já há pelo menos 11 anos, são os fundadores do The
Warehouse Studio, um espaço situado num armazém na Taipa para aulas de cariz
fitness e bem-estar.
João
Braga, que trabalha como ‘personal trainer’ no território já há vários anos,
expressa que esta aposta num novo espaço criativo começou como uma necessidade
e uma evolução natural, depois de ter começado a ensinar os seus programas ou
aulas em espaços públicos ao ar livre. “Quando cheguei a Macau, já tinha
experiência como PT [‘personal trainer’], e muito naturalmente comecei a dar
aulas de grupo e individuais, na rua e em condomínios privados”, começa por
referir. A parceira, Sandi Manhão, nascida no território, tornou-se há sete
anos professora de ‘fitness’, dedicando-se nomeadamente à dança do varão, mas
nunca teve o seu espaço próprio.
“Com
todas as nossas actividades e aulas, nunca tivemos o nosso espaço próprio e
tínhamos sempre de publicitar através de amigos e conhecidos, portanto surgiu
daí a ideia para investirmos em algo para nós, mas também para começarmos
outros projectos interessantes”, continua João Braga.
Relativamente
à situação do território no que diz respeito à variedade de espaços para este
tipo de actividades, João Braga é da opinião de que em Macau é muito difícil um
professor da área de ‘fitness’ conseguir ter o seu próprio espaço para dar as
suas aulas. “O grande problema desta cidade é a dificuldade de conseguirmos ser
donos de propriedades. Não temos controlo dos nossos espaços porque é tudo
muito caro e, portanto, estamos sempre dependentes de rendas altas ou de
condomínios que fazem com que, muitas vezes, se choque com os regulamentos dos
espaços, principalmente no que diz respeito a sessões de grupo”, admite o
treinador.
Apesar
de tudo, João Braga e Sandi Manhão sentem-se confiantes acerca da receptividade
entre a comunidade. “Eu acho que esta vertente que estamos a tentar lançar é um
pouco inovadora, ou seja, somos um estúdio com aulas com um formato quase como
um clube que fornece espaço a professores para poderem ter as suas sessões”,
aponta.
A
dupla está a tentar “fugir” um pouco do modelo clássico do estúdio com 20 aulas
por semana, em que os professores são contratados pelos donos. O The Warehouse
Studio pretende ser um conceito diferente, um espaço aberto para que qualquer
professor possa manter a sua independência relativamente a quais aulas
pretender dar, mantendo os seus próprios estudantes.
“Pretendemos
ter também o nosso espaço para os nossos projectos e queremos muito ajudar
terceiros que não têm espaço próprio para, de uma forma regular, poderem dar as
suas aulas contínuas, porque a dificuldade normalmente é mais a continuidade”,
assinala Braga.
O
espaço, que se situa na Taipa, no Edifício Industrial Va Nam, junto ao ginásio
Warrior Fitness, inclui duas salas de diferentes tamanhos. O espaço mais
pequeno acolhe sete pessoas e visa ser mais virado para actividades holísticas,
como pilates, meditação e yoga. Depois, o estúdio de dança maior, leva até 20
pessoas e está aberto para qualquer actividade, estando focado em aulas de
dança de qualquer estilo. O estúdio vai ser inaugurado com uma festa no dia 8
de Janeiro.
“Temos
um bom sistema de som, ar condicionado, balneários para troca de roupa, para
ambos homem e mulher, além das casas de banho. Vamos ter um espaço com um sofá
basicamente para se poder estar a relaxar, com uma zona para fazer café”,
descrevem.
Quanto
a planos para o futuro, João Braga, aponta que o seu sonho para o espaço é que
se possa tornar num misto de “LX Factory e a Feira da Ladra”. “Queremos que
seja como um centro comunitário onde as pessoas possam estar nos
fins-de-semana, em dias de feira e de mercado, com actividades de
beneficência”, refere. “Basicamente que possa ser um espaço que possa ser
desenvolvido, convidando as pessoas para expor os seus próprios trabalhos,
principalmente os de cariz criativo”, conclui. Joana Chantre – Macau in “Ponto
Final”
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