O
empresário moçambicano Agostinho Vuma foi eleito, no passado dia 5 de Dezembro,
em assembleia geral, presidente da CAL — Câmara Agrícola Lusófona, sucedendo a
Jorge Correia Santos. A nova direcção conta com a representação de todos os
países da CPLP — Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Agostinho
Vuma é também o presidente da CTA — Confederação das Associações Económicas de
Moçambique, a principal estrutura associativa do patronato moçambicano.
No
fim da assembleia geral, que se realizou nas instalações do CEC – Conselho
Empresarial do Centro — CCIC – Câmara de Comércio e Indústria do Centro, em
Coimbra, Agostinho Vuma disse ao “agriculturaemar.com” que “a primeira
coisa a fazer é definir um plano estratégico, para os próximos três anos, com
todos os associados desta organização empresarial associativa”. Um encontro que
contou com a presença do Cônsul de Moçambique no Porto, Agostinho Milton.
Por
outro lado, Agostinho Vuma realçou que há que “voltar a dar credibilidade à
CAL, junto das instituições”, referindo-se às acusações feitas na RTP, ao presidente
cessante. Jorge Correia Santos, no programa “Sexta às 9”, de Sandra
Felgueiras, foi acusado de corrupção, o que nunca se provou, não tendo sequer o
caso seguido para os tribunais. Na verdade, as contas da CAL mereceram o
parecer favorável do Revisor Oficial de Contas Paulo José Alves Ferreira.
Reforçar ligações à UE e ao BAD
Assim,
para ultrapassar os “prejuízos” causados pelas alegadas irregularidades “que
não aconteceram”, Agostinho Vuma defende tornar este movimento associativo mais
dinâmico, dando mais espaço aos PALOP”, Países Africanos de Língua Oficial
Portuguesa.
O
novo presidente da Câmara Agrícola Lusófona quer desenvolver uma associação
“mais exigente, mais rigorosa e promotora de políticas favoráveis à agricultura
e a realização de diversas parcerias com a União Europeia (UE) e o Banco
Africano de Desenvolvimento (BAD), no contexto lusófono e através da FAO
[Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura]”.
Agostinho
Vuma diz que “os desafios que enfrentamos na CAL são muitos sérios e reais.
Temos de fazer desta Câmara um instrumento de serviço aos associados. Temos de
desenvolver um serviço de apoio técnico aos associados. Vamos fortalecer o
nosso movimento associativo”.
Apoiar empresários lusófonos com fundos da UE
Outro
dos objectivos do novo presidente da CAL passa por os apoios comunitários
poderem chegar também aos pequenos e médios empresários agrícolas dos países
lusófonos. “As empresas portuguesas têm apoios da UE à internacionalização, mas
a CAL pode negociar um pacote, com parcerias entre diversas empresas, para
desenvolver os seus mercados nos PALOP. Parcerias essas que podem contar com
empresas lusófonas”.
Agostinho
Vuma pretende ainda que esses apoios aos países africanos cheguem também
através do financiamento para participações das empresas lusófonas em feiras
internacionais.
Por
fim, Agostinho Vuma agradeceu o facto do presidente cessante, Jorge Correia
Santos, ter aceitado continuar a fazer parte da direcção da CAL. Câmara
Agrícola Lusófona
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