Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Câmara Agrícola Lusófona – Moçambicano Agostinho Vuma é o novo presidente



O empresário moçambicano Agostinho Vuma foi eleito, no passado dia 5 de Dezembro, em assembleia geral, presidente da CAL — Câmara Agrícola Lusófona, sucedendo a Jorge Correia Santos. A nova direcção conta com a representação de todos os países da CPLP — Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Agostinho Vuma é também o presidente da CTA — Confederação das Associações Económicas de Moçambique, a principal estrutura associativa do patronato moçambicano.

No fim da assembleia geral, que se realizou nas instalações do CEC – Conselho Empresarial do Centro — CCIC – Câmara de Comércio e Indústria do Centro, em Coimbra, Agostinho Vuma disse ao “agriculturaemar.com” que “a primeira coisa a fazer é definir um plano estratégico, para os próximos três anos, com todos os associados desta organização empresarial associativa”. Um encontro que contou com a presença do Cônsul de Moçambique no Porto, Agostinho Milton.

Por outro lado, Agostinho Vuma realçou que há que “voltar a dar credibilidade à CAL, junto das instituições”, referindo-se às acusações feitas na RTP, ao presidente cessante. Jorge Correia Santos, no programa “Sexta às 9”, de Sandra Felgueiras, foi acusado de corrupção, o que nunca se provou, não tendo sequer o caso seguido para os tribunais. Na verdade, as contas da CAL mereceram o parecer favorável do Revisor Oficial de Contas Paulo José Alves Ferreira.

Reforçar ligações à UE e ao BAD

Assim, para ultrapassar os “prejuízos” causados pelas alegadas irregularidades “que não aconteceram”, Agostinho Vuma defende tornar este movimento associativo mais dinâmico, dando mais espaço aos PALOP”, Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.

O novo presidente da Câmara Agrícola Lusófona quer desenvolver uma associação “mais exigente, mais rigorosa e promotora de políticas favoráveis à agricultura e a realização de diversas parcerias com a União Europeia (UE) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), no contexto lusófono e através da FAO [Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura]”.

Agostinho Vuma diz que “os desafios que enfrentamos na CAL são muitos sérios e reais. Temos de fazer desta Câmara um instrumento de serviço aos associados. Temos de desenvolver um serviço de apoio técnico aos associados. Vamos fortalecer o nosso movimento associativo”.

Apoiar empresários lusófonos com fundos da UE

Outro dos objectivos do novo presidente da CAL passa por os apoios comunitários poderem chegar também aos pequenos e médios empresários agrícolas dos países lusófonos. “As empresas portuguesas têm apoios da UE à internacionalização, mas a CAL pode negociar um pacote, com parcerias entre diversas empresas, para desenvolver os seus mercados nos PALOP. Parcerias essas que podem contar com empresas lusófonas”.

Agostinho Vuma pretende ainda que esses apoios aos países africanos cheguem também através do financiamento para participações das empresas lusófonas em feiras internacionais.

Por fim, Agostinho Vuma agradeceu o facto do presidente cessante, Jorge Correia Santos, ter aceitado continuar a fazer parte da direcção da CAL. Câmara Agrícola Lusófona

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