Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 30 de junho de 2018

Portugal - Investigadora de Aveiro cria sítio para ensino da matemática a crianças com autismo

Chama-se ‘LEMA’, foi desenvolvido da Universidade de Aveiro, e é o primeiro sítio português criado para ajudar no ensino da matemática, as crianças com autismo



Criado por Isabel Santos durante o Doutoramento em Multimédia em Educação na Universidade de Aveiro (UA), o ‘LEMA’, para além do desenvolvimento do raciocínio matemático destas crianças, quer ainda auxiliá-las nas áreas da linguagem, da leitura, do planeamento ou da gestão de emoções.

“Os resultados obtidos nas sessões de aferição com crianças e com professores e educadores da Educação Especial permitem assumir o ‘LEMA’ (das iniciais em inglês de Learning Environment on Mathematics for Autistic children) como um importante instrumento de apoio à promoção do desenvolvimento do raciocínio matemático em crianças com PEA”, assume Isabel Santos.

A autora da plataforma facilmente acessível a partir da ligação http://lema.cidma-ua.org. revela que esta destina-se a crianças entre os 6 e os 12 anos diagnosticadas com autismo e contém dois perfis de utilizadores – um para o educador e outro para a criança.

Integra 32 classes de atividades de matemática, cada uma delas subdividida em cinco subclasses, de acordo com níveis de dificuldade.

A plataforma permite não só a seleção personalizada de uma até dez classes e subclasses de atividades tendo em conta o perfil funcional do utilizador-aluno, como ainda a visualização do registo de desempenho de cada aluno na realização das atividades propostas por parte do utilizador-educador.

Para além da Matemática, “o ‘LEMA’ é também um auxiliar aos desenvolvimentos da linguagem e leitura, do planeamento, da memorização, da gestão de emoções, da atenção e concentração e da interação entre pares”.

Isabel Santos defende que o ambiente digital “poderá constituir-se como um instrumento pedagógico relevante para a premissa de uma escola inclusiva, garantindo o acesso e equidade de crianças com PEA ao processo de ensino e de aprendizagem, preparando a sua transição para uma vida ativa em sociedade”.

Preparado para ser utilizado pelos mais variados dispositivos tecnológicos (computador, tablet, smartphone, etc) e nos mais variados contextos (sala de aula, casa, gabinetes psicoeducativos, etc), o trabalho de Isabel Santos foi orientado pelas professoras Ana Breda, do Departamento de Matemática, e Ana Margarida Almeida, do Departamento de Comunicação e Arte.

O número de alunos diagnosticados com autismo tem aumentado nas últimas décadas em Portugal.

O estudo mais recente realizado em Portugal pela Federação Portuguesa de Autismo, referente a 2011 e 2012, apontou uma prevalência de 15,3 crianças/jovens diagnosticadas com PEA em cada 10 mil. In “Mundo Português” - Portugal

Brasil - Ipea prevê crescimento econômico de 1,7% em 2018 e 3% em 2019

Visão Geral da Carta de Conjuntura, divulgada na quinta-feira passada, 28, aponta fatores externos e internos para a revisão das projeções

A combinação da piora do cenário externo com incertezas sobre o cenário interno levaram o Grupo de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a revisar algumas das projeções macroeconômicas para 2018 e 2019. A previsão para o crescimento do produto interno bruto (PIB) - o conjunto das riquezas do país - foi reduzida de 3% para 1,7%, conforme a seção Visão Geral da Carta de Conjuntura nº 39 do Ipea, divulgada nesta quinta-feira, 28, em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.

Em relação ao cenário externo, o estudo aponta que dois fatores com origem nos Estados Unidos parecem ter influenciado fortemente a economia brasileira: a perspectiva de uma elevação mais rápida dos juros e o recrudescimento das medidas protecionistas contra importações nos EUA. Essa mudança no cenário internacional aumentou a pressão sobre a taxa de câmbio - o real já se desvalorizou 20% ante o dólar desde o final de janeiro deste ano. Essa desvalorização é o dobro da variação média de 10% da taxa de câmbio de países emergentes, indicando que fatores específicos à economia brasileira estariam amplificando os efeitos do choque externo.

A seção da Carta de Conjuntura mostra que, embora a percepção de risco de diferentes países emergentes tenha aumentado, o risco específico associado ao Brasil aumentou significativamente mais que o referente a outros emergentes nos últimos meses. A indefinição sobre como será enfrentado o problema fiscal no país, somada aos efeitos da greve dos caminhoneiros, representou um choque de oferta negativo sobre a economia, com significativa perda de produto e aumento de preços, com impactos diretos e indiretos sobre as contas públicas.

O documento explica que o desempenho deste ano deve ser impulsionado pelo consumo das famílias (2,3% de crescimento) e pelos investimentos (alta de 3,6%). Haverá aumento também do PIB da indústria (1,4%) e de serviços (1,8%). Já o consumo do governo deverá diminuir 0,5%, e a expectativa para o PIB agropecuário é de queda de 1%. Para 2019, a projeção é de um crescimento de 3% do PIB.

"No ano passado tivemos uma deflação no setor de alimentos. Neste ano, prevemos um aumento de 3,9% e, embora possa parecer, a greve dos caminhoneiros não é a principal causa desse aumento. O que deve acontecer no restante do ano é uma reversão da tendência de queda dos preços dos alimentos ao consumidor final, o que já era esperado antes da greve", afirma José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.

A Visão Geral projeta uma inflação (IPCA) de 4,20% em 2018 e 4,30% em 2019. O impacto da greve dos caminhoneiros, bem como o aumento do dólar e quebras de safra, tanto no Brasil quanto na Argentina, afetou negativamente a inflação de vários subgrupos para o mês de maio, com destaque para "Tubérculos, Raízes e Legumes", "Hortaliças e Frutas", "Leite e Derivados", "Farinhas, Féculas e Massas".

Segundo o trabalho, "a retomada de uma trajetória de crescimento sustentado no país depende de forma crucial do equacionamento do desequilíbrio estrutural das contas públicas, o que só poderá ser alcançado mediante a aprovação de reformas importantes no Congresso Nacional - dentre as quais a reforma previdenciária. Enquanto esta questão não for sanada, a economia brasileira continuará vulnerável a vários tipos de choques externos e domésticos, devendo apresentar crescimento baixo e volátil". In “Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada” – Brasil

Mais informações aqui

sexta-feira, 29 de junho de 2018

OIT - Pede que sejam tomadas medidas urgentes para evitar a crise global iminente na assistência às pessoas

Um novo relatório da OIT destaca a inadequação das respostas políticas à crescente procura e quantifica a extensão da carga que recai sobre as mulheres



GENEBRA - Investimentos na economia do cuidado precisam de ser duplicados para evitar uma crise iminente na assistência às pessoas, de acordo com um novo relatório da OIT.

Mudanças radicais nas políticas devem atender à crescente necessidade de atendimento e abordar a enorme disparidade entre mulheres e homens nas responsabilidades familiares e da atenção. Os números mostram que as mulheres gastam mais de três quartos do tempo em trabalho não remunerado.

Cerca de 269 milhões de novos empregos poderiam ser criados se os investimentos em educação, saúde e assistência social forem duplicados até 2030, segundo o relatório.

De acordo com o relatório em língua inglesa Trabalho e emprego no setor da prestação de cuidados para o futuro do trabalho, 2100 milhões de pessoas precisavam de cuidados em 2015, incluindo 1900 milhões de crianças menores de 15 anos e 200 milhões de idosos. Até 2030, esse número deve chegar a 2,3 mil milhões quando ingressarem outros 200 milhões de idosos e crianças.

“A prevalência mundial de famílias nucleares e famílias monoparentais, assim como o crescimento do emprego das mulheres em alguns países, incrementa a procura por cuidadores. Se não abordar-se adequadamente os défices atuais na prestação de cuidados e na sua qualidade, será gerada uma crise de cuidados globais insustentáveis e aumentará ainda mais as desigualdades de género no local de trabalho," afirmou Laura Addati, principal autora do relatório.

Dados de 64 países, que representam dois terços da população activa no mundo, mostram que no mundo empregam 16400 milhões de horas (anuais?) no trabalho de assistência não remunerado, o que equivale a 2 mil milhões de pessoas trabalhando oito horas por dia sem receber qualquer remuneração. Se estes serviços fossem avaliados com base no salário mínimo por hora, representariam 9 por cento do PIB mundial, quer dizer 11 mil biliões de dólares (paridade do poder de compra em 2011).

As mulheres carregam o maior fardo

Segundo o relatório, as mulheres são responsáveis ​​por 76,2% de todas as horas de trabalho não remunerado, mais que o triplo dos homens.

Em alguns países, a contribuição dos homens para o trabalho de assistência não remunerada aumentou nos últimos 20 anos. No entanto, em 23 países que forneceram dados, a desigualdade de género ao longo do tempo gasto em responsabilidades de cuidados não pagos diminuiu apenas de 7 minutos por dia nas últimas duas décadas.

"Neste ritmo, serão necessários 210 anos para acabar com as diferenças entre os sexos na prestação de cuidados nestes países. O ritmo extremamente lento destas mudanças questiona a eficácia das políticas passadas e atuais para fazer frente à extensão e distribuição do trabalho de assistência não remunerada nas últimas duas décadas", declarou Shauna Olney, Chefe do Serviço de Género, Igualdade e Diversidade e da OITSIDA da OIT.

O relatório assinala que o trabalho de assistência não remunerada é o principal obstáculo que impede as mulheres de ingressar, permanecer e progredir na força de trabalho. Neste ano corrente, 606 milhões de mulheres em idade activa declararam que não tinham conseguido fazê-lo devido ao trabalho de assistência não remunerado. Apenas 41 milhões de homens disseram que não faziam parte da força de trabalho pela mesma razão.

Um relatório da OIT-Gallup de 2017 constatou que, globalmente, a maioria das mulheres preferem trabalhar num emprego remunerado, mesmo aqueles que não fazem parte da força de trabalho, e que os homens estão de acordo. Constatou ainda que os principais desafios identificados, tanto por mulheres como por homens, enfrentados pelas mulheres no emprego pago é conciliar a vida familiar e a vida profissional e a falta de serviços de assistência acessíveis. "Isto implica que um grande número de mulheres poderiam ser incorporadas no emprego pago graças às políticas de acesso universal aos cuidados, serviços e infraestrutura", destacou Shauna Olney.

É necessário aumentar os gastos com prestação de cuidados

O relatório promove um percurso real para o trabalho de cuidados, o que resultaria num total de 475 milhões de empregos até 2030, ou seja, 269 milhões de empregos adicionais em comparação com o número de postos de trabalho em 2015. Isto implicaria um gasto público e privado em serviços de cuidados de 18,4 mil biliões de dólares equivalente a 18,3% do PIB total esperado. Este investimento permitiria aos países alcançar vários fins dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) em 2030: o ODS 3 (saúde e bem-estar para todos), o ODS 4 (educação de qualidade), o ODS 5 (igualdade de género) e o ODS 8 (trabalho decente e crescimento económico).

O relatório também mostra que a maioria dos profissionais de cuidados são mulheres, muitas vezes migrantes, que trabalham na economia informal em condições precárias e mal pagas.

"Um caminho mais fácil para a prestação de cuidados significa reconhecer, reduzir e redistribuir o trabalho de assistência não remunerada e conseguir um trabalho decente para os cuidadores, incluindo os trabalhadores domésticos e migrantes. Os empregos de baixa qualidade para cuidadores resultam em prestação de cuidados de baixa qualidade. O nosso relatório pede uma mudança radical nas políticas macroeconómicas, de assistência, proteção social, trabalho e migração ", concluiu Laura Addati. Organização Internacional do Trabalho

Outras conclusões importantes:

Mães de crianças com menos de seis anos de idade estão sujeitas à mais alta "penalização de emprego", com apenas 47,6% delas empregadas

Cuidadores não remunerados também sofrem de uma "penalização pela qualidade do trabalho": morar com uma criança com menos de seis anos de idade envolve a perda de cerca de uma hora de trabalho remunerado por semana para mulheres e um aumento no tempo de trabalho remunerado. 18 minutos por semana para homens

As mulheres com responsabilidades de assistência têm mais probabilidades de serem trabalhadoras autónomas, de trabalharem na economia informal e terem menor probabilidade de contribuir para a previdência social

Atitudes em relação à divisão do trabalho de assistência, remunerado e não remunerado, por género está a mudar, mas o modelo familiar de "o homem como chefe de família" está bem enraizado nas sociedades, em conjunto com a continuidade do papel central das mulheres como cuidadoras na família

Em 2016, apenas 42 por cento dos 184 países com dados disponíveis respeitam os padrões mínimos estabelecidos no Convénio (n.º 183) sobre a protecção da maternidade da OIT

No mesmo ano, 39 por cento dos 184 países com dados não tinha lei para estabelecer a permissão de paternidade (nem remunerado ou não)

Globalmente, as taxas brutas de matrícula em serviços para crianças com menos de três anos de idade eram de apenas 18,3% em 2015, e mal chegavam a 57% para crianças entre três e seis anos de idade

Os serviços de cuidados de longo prazo são praticamente inexistentes na maioria dos países da África, América Latina e Ásia


quinta-feira, 28 de junho de 2018

Angola - Sonangol e norueguesa Equinor assinam memorando para exploração de petróleo

A Sonangol e a petrolífera norueguesa Equinor (ex-Statoil) assinaram esta terça-feira, em Luanda, um memorando de entendimento no sentido de uma maior cooperação no desenvolvimento e operações em curso no sector petrolífero

O documento, assinado pelo presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, e pelo presidente e chefe da comissão executiva da Equinor, Eldar Saetre, "tem já algumas concessões petrolíferas em Angola para trabalho de exploração, como o caso do bloco 5/06, bloco 18/15, entre outros. Temos outras oportunidades, quer na bacia do Congo, Bacia do Kwanza, e a tendência é para entrar na bacia de Benguela", segundo explicações de Saturnino, na cerimónia de assinatura.

O PCA da Sonangol explicou que o memorando assinado surge no âmbito do papel da petrolífera estatal enquanto concessionária para promoção e atracção de novos investimentos para concessões de hidrocarbonetos em Angola.

Carlos Saturnino realçou que a Equinor é parceira da Sonangol há décadas, e que este memorando "tem em consideração a reconhecida experiência técnica e científica, a elevada qualificação e experiência dos recursos humanos, bem como a capacidade sólida de gestão técnica, material e financeira da Equinor" e que "este instrumento de cooperação vai permitir à Sonangol e à Equinor continuarem a discutir oportunidades de investimentos e de negócio nos blocos de exploração que Angola muito precisa, em blocos que entraram em desenvolvimento e também possivelmente algumas oportunidades de negócio em blocos que já estão em produção".

Angola tem uma produção diária que oscila entre 1,5 a 1,6 milhões de barris de petróleo e está a negociar com as principais petrolíferas que operam no País o aumento da produção de petróleo em 250 mil barris diários até 2020. In “Novo Jornal” - Angola

Itália - “Uma nova Pompeia” emerge das cinzas



A tentativa de proteger uma fronteira de três quilómetros que separa a parte investigada nas ruínas de Pompeia e a outra ainda intacta e inóspita do local, alvo de frequentes deslizamentos, levaram a novas descobertas nas últimas semanas, de acordo com o director do parque arqueológico. Os trabalhos na “frente de escavação” começaram em Novembro do ano passado e, embora nos primeiros meses não tenha surgido qualquer novidade, agora durante a aplanação do terreno, “está a ser revelado um mundo novo”, explicou Massimo Osanna à agência EFE.

A área não explorada de Pompeia corresponde a um terço de todo o sítio, descoberto em 1748. No total, são 22 hectares cobertos pelas cinzas solidificadas do vulcão que destruiu a vida da então próspera cidade às margens do Golfo de Nápoles.

“Entre este material piroplástico vão continuar a sair mais descobertas nas próximas semanas”, antecipou Osanna.

Um dos últimos e surpreendentes achados é o esqueleto de um homem atingido por uma enorme pedra quando tentava salvar a vida nos dramáticos momentos que deve ter vivido durante a erupção, que também arrasou Herculano, Oplontis e Estábia. As primeiras análises identificam-no como um indivíduo de mais de 30 anos, com problemas numa perna, o que terá impedido a sua fuga, pelo que acabou por morrer no beco das Bodas de Prata, onde foi localizado quase dois milénios depois.

Presume-se que fugia com a esperança de se salvar, pois sob o esqueleto foi encontrado um pequeno saco com 20 moedas de prata, seguramente denários, e dois ases de bronze, que permitiriam a uma família de três membros viver meio mês, segundo estimaram os especialistas.

Até agora, foram examinadas pelo menos 15 moedas de cronologia variada, na sua maioria do período republicano, sendo a mais antiga uma moeda de prata legionária de Marco António. No botim havia poucas moedas da era imperial, destacando-se entre essas uma provável moeda de prata de Otávio Augusto e duas de Vespasiano.

Susceptíveis de permitir recriar a vida na cidade e o caos que a sepultou, estes fascinantes achados são apenas uma pequena parte de tudo o que se espera. Ossana prevê encontrar novas cantinas, casas com pinturas originais e inclusive inscrições eleitorais.

Se no passado não se documentaram correctamente as escavações, os novos exames no sítio arqueológico são realizados com as técnicas mais avançadas e todo o cuidado. “Há uma nova Pompeia”, assegurou o director-geral.

O sítio tem um passado recente marcado pela decadência e deslizamentos, mas que parece já ter superado graças ao “Grande Projecto Pompeia”, aprovado em 2012 e dotado de 100 milhões de euros da União Europeia, montante que poderia ser perdido se não fosse usado.

Em 2014, quando assumiu a direcção do sítio, Osanna decidiu impulsionar a licitação de obras de restauro e adequação das pedreiras. “Este projecto está quase completo e transformou totalmente Pompeia”, possibilitando reabrir áreas fechadas desde o terramoto de 1980, destacou o director.

Mas a busca de maravilhas não é só do interesse dos arqueólogos, pois há muito tempo que os criminosos também procuram tesouros nas ruínas soterradas que estão em propriedades privadas fora do sítio arqueológico. Trata-se de “escavações ilegais” que, apesar de tudo, levaram recentemente à recuperação do decalque de gesso de um cavalo enfeitado, além de utensílios de cozinha e uma cama.

Disposto a combater estes depredadores que podem provocar um prejuízo irreparável, Osanna conta com a cooperação das forças da ordem para os perseguir. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau

Macau – Mediador para tratamento de conflitos de consumo entre China, Macau e Portugal



O Conselho de Consumidores (CC) e a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) já assinaram o protocolo de cooperação que prevê a criação de um mecanismo de encaminhamento de casos na área do consumo para a salvaguarda dos direitos e interesses dos consumidores. A DECO compromete-se, assim, a receber casos encaminhados pelo CC e, no prazo de quinze dias contados a partir da data da sua recepção, a apoiar os consumidores nacionais da República Popular da China que se encontrem em trânsito em Portugal, nomeadamente em matéria de informação e de mediação de conflitos de consumo.

A assinatura do protocolo entre os dois organismos consiste em “desenvolver as acções comuns em matéria de formação e informação, incluindo a organização de actividades e a partilha de estudos, bem como, tendo em conta que o intercâmbio entre a China e Portugal se torna mais frequente, criar um mecanismo de tratamento de conflitos de consumo entre o interior da China, Portugal e Macau, tornando assim Macau numa plataforma para o encaminhamento de litígios de consumo entre as associações chinesas e portuguesas”, detalha um comunicado do CC.

O CC considera que o mecanismo de encaminhamento de litígios de consumo “irá aumentar a confiança dos cidadãos do interior da China, de Portugal e de Macau em fazer consumo durante a estadia nesses países e região”, e garante que o protocolo será lançado de imediato e concretizado de forma gradual.

As negociações com a DECO começaram em Abril, na mesma altura em que foi celebrado o Memorando de Cooperação na Área de Defesa do Consumidor da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, proposto pelo Governo local e que define Macau como intermediário entre as nove cidades da Província de Guangdong. O protocolo celebrado pelo CC e pela DECO foi assinado pelo presidente da Comissão Executiva do CC, Wong Hon Neng, pelo presidente da direcção da DECO, Vasco Rodeia Torres Colaço, e pelo membro Jorge Fernandes. In “Ponto Final” - Macau

quarta-feira, 27 de junho de 2018

UCCLA - Lançamento do livro “Oficinas de Muhipiti”



Terá lugar no dia 29 de junho, às 18 horas, o lançamento do livro “Oficinas de Muhipiti - planeamento estratégico, património, desenvolvimento”, numa organização da UCCLA e Patrimónios de Influência Portuguesa da Universidade de Coimbra.



O livro será apresentado pela Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo.




Morada:
Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém
Comboio: Estação de Belém
Elétrico: 15E - Altinho
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W





São Tomé e Príncipe – Pela primeira vez uma pista de tartã

São Tomé – O ministro são-tomense da Juventude e Desporto, Marcelino Sanches procedeu segunda-feira a apresentação oficial da pista de atletismo em tartã a ser montada pela primeira no estádio nacional em São-Tomé no âmbito dos XIº jogos da CPLP já a partir 21 de julho no arquipélago.

“Finalmente, temos a pista de tartã no País…um motivo de orgulho e de satisfação para toda nossa juventude desportista” disse Marcelino Sanches, tendo sublinhado que o moderno tapete sintético será montado no estádio nacional 12 de Julho para a abertura dos jogos da CPLP e para as provas do atletismo, nesta festa da lusofonia.

Disse ainda que esta sintética de atletismo permitirá aos atletas são-tomenses treinarem e competirem dentro da norma padrão do atletismo internacional numa perspectiva de relançamento desta modalidade num projecto que custou ao governo são-tomense cerca de 500 mil Euros.

Além de atletismo incluindo o olímpico e o adaptado esta XIª edição dos jogos juvenis da CPLP comportará ainda as modalidades de basquetebol 3×3, futebol de onze, taewondo e voleibol de praia.

Os Jogos da CPLP são um evento multidesportivo que envolve todos os membros da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Primeira edição foi realizada em Portugal em 1992 e a última foi realizada em julho de 2016, em Cabo Verde, onde, São Tomé e Príncipe conquistou, sete medalhas, das quais seis de prata e uma de bronze. Ricardo Neto - São Tomé e Príncipe in “STP-Press”

Brasil – Atraiu mais de metade dos empréstimos chineses para a América Latina

Mais de metade dos empréstimos chineses com destino à América Latina e Caraíbas entre 2005 e 2016 foram para o Brasil, disse a agência de notação financeira Moody’s num comunicado divulgado na segunda-feira.

A China emprestou cerca de US$222 mil milhões à América Latina e Caraíbas durante este período, sendo que 53 por cento foi para o Brasil. Metade do dinheiro foi para infra-estruturas e um terço para projectos energéticos.

A Moody’s referiu ainda que a maioria do investimento chinês na América Latina foi também para o Brasil. “O investimento reflecte um interesse em reforçar o crescimento das empresas chinesas no Brasil, assim como o comércio entre os dois países”, disse a agência.

O investimento chinês na América Latina atingiu US$110 mil milhões entre 2003 e 2016 e “vai continuar a crescer nos próximos anos, dada a elevada qualidade das matérias-primas da região, as necessidades no que toca a infra-estruturas e a demografia favorável”, prevê a Moody’s. In “Fórum Macau” - Macau

terça-feira, 26 de junho de 2018

Agostinho da Silva, um pensador lusófono

                                                          I
O filósofo, poeta e ensaísta Agostinho da Silva (1906-1994) sempre teve múltiplos interesses, mas concentrou-se em áreas como literatura portuguesa e brasileira e as questões portuguesas, deixando obras, artigos e ensaios que o colocam hoje como um dos maiores – senão, o maior – pensadores luso-brasileiros do século XX. Em Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira, volume I (Lisboa, Editora Âncora, 2000), que tem merecido reedições, o leitor encontrará textos pedagógicos e filosóficos, especialmente aqueles que apareceram a partir da década de 1950, embora possam ser encontrados alguns de décadas anteriores, mas que são suficientes para dar uma ideia geral do pensamento agostiniano.

Um dos textos que se destaca entre os 28 artigos, prefácios de livros e ensaios aqui reunidos é aquele que carrega o título “Ensaio para uma teoria do Brasil”, publicado originalmente na revista Espiral, nºs. 11-12, de 1966, em que o autor diz que “a grande base do retardamento do Brasil como civilização nova vai estar no ciclo do açúcar e, mais que tudo, no ciclo do ouro, que provoca o quase despovoamento de Portugal em homens, fixa no Brasil uma tão elevada percentagem de europeus que o equilíbrio anterior se rompe e se perde aquele hibridismo de cultura que se apresentava como tão promissor”.

Para Agostinho da Silva, a partir daqui, “o indígena passa a ser uma minoria que se elimina rapidamente e a lei de Pombal, banindo o uso do tupi, é o ponto culminante do drama brasileiro, que consiste essencialmente em ver-se arrastada pelas correntes de um mundo europeu, que lhe é estranho, a nação que estava ensaiando um teor de vida inteiramente novo”. Dessa maneira, passou o Brasil a ser o que Portugal foi a partir do século XV, “um país ocupado pelo estrangeiro, quer a ocupação se faça com o direito romano, a arquitetura renascentista ou a poesia do tipo italiano, quer se processe com instituições da Contra-Reforma, a política de linha maquiavélica e, mais diretamente, as tropas de ordenação austríaca trazidas pelo duque de Alba”.
Segundo o pensador português, “a melancolia portuguesa que nitidamente se estabelece nesta altura, embora haja, e devido a outras ocupações, raízes anteriores, passa ao Brasil, ocupado também por uma característica de vivência que de nenhum modo correspondia aos seus anelos íntimos e às suas mais profundas disposições”.

                                               II
Pois é essa melancolia que se faz cada vez mais intensa neste Brasil do início do século XXI, em que o País parece destinado a um futuro pouco promissor, de violência urbana desenfreada, sem políticos confiáveis que possam conduzir a Nação. O resultado disso é uma diáspora que pode repetir o fenômeno do século XVIII ao inverso, com os brasileiros seguindo cada vez em maior número para Portugal, em busca de uma vida mais tranquila, a ponto de hoje a outrora pacífica vila de Cascais estar a ponto de virar um bairro carioca. Até quando o pequenino Portugal vai aguentar essa “invasão” é que não se sabe.   

Nesse ensaio, Agostinho da Silva alertava ainda para a necessidade que o Brasil tinha de oferecer uma educação de massas, mas, como se vê, o alerta caiu no vazio. Hoje, a carreira de professor não atrai mais os jovens porque deixou de ser uma profissão digna, constituindo apenas um “bico”, ou seja, uma atividade-extra para reforçar o orçamento doméstico. E, como o professor está pouco capacitado para ensinar, aquele que aprende a ler (quase sempre apenas para ver o que aparece no visor do aparelho celular ou telemóvel), geralmente, mal entende o que lê porque, como dizia o pensador, não lhes cultivaram o hábito de “joeirar criticamente o que lê”.

Em outras palavras: sem educação de massas, enquanto as elites digladiam-se na rinha para arrombar os cofres públicos, para o resto da população sobra apenas o caos social, até porque a tecnologia – especialmente, a informatização – está reduzindo drasticamente os empregos e, por consequência, eliminando os consumidores do mercado interno. Ou seja, o que se afigura hoje para o Brasil é um futuro sombrio, de desregramento social, bem diferente daquele que Agostinho da Silva gostaria que fosse.

                                                           III
Nascido no Porto, George Agostinho Baptista da Silva, depois de concluído o ensino secundário, fez o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto de 1925 a 1928, diplomando-se doutor em Filologia Clássica em 1929, com apenas 23 anos de idade.  Naquele mesmo ano, publicou a sua tese de doutoramento e a obra Breve Ensaio sobre Pérsio, além de lecionar no Liceu Alexandre Herculano. Depois, partiu para Lisboa onde fez estágio na Escola Normal Superior (1930-1931).

Obteve bolsa para estudar História e Literatura na Sorbonne e no Collège de France (1931-1933). Em 1932, fundou em Lisboa o Centro de Estudos Filológicos da Universidade Clássica e passou a atuar também no Liceu José Estêvão, em Aveiro. Porém, em 1935, ao tempo do regime salazarista (1933-1974), foi demitido da função pública por ter se recusado a assinar declaração de repúdio ao comunismo. Ganhou bolsa para estudar em Madri, mas deixou a Espanha devido à aproximação da guerra civil (1936-1939).  De regresso a Lisboa, voltou a ensinar, desta vez no setor privado, no Colégio Infante Sagres.

Em julho de 1943, foi preso pela polícia política do regime salazarista, a Pide, e ficou na cadeia do Aljube, permanecendo incomunicável durante 18 dias. Depois de libertado, foi-lhe imposta pena de residência fixa que cumpriu em Portimão. Em 1944, partiu com a mulher e um casal de filhos para o exílio, na América Latina. Em 1945, foi para o Uruguai, onde lecionou História e Filosofia em escolas de Montevidéu.

Em 1946, já na Argentina, organizou cursos de Pedagogia Moderna para a Escola de Estudos Superiores de Buenos Aires. Em 1947, fixou-se definitivamente no Brasil, onde viveu até 1969 com a sua segunda mulher, a professora Judith Cortesão (1914-2007), filha do historiador Jaime Cortesão (1884-1960), da qual teve seis filhos.  

Entre 1948 e 1952, fixou-se no Rio de Janeiro, onde trabalhou no Instituto de Biologia Oswaldo Cruz, dedicando-se à investigação nas áreas de Zoologia, Entomologia e Parasitologia, além de ter lecionado Filosofia da Educação na Faculdade Fluminense de Filosofia. Associou-se a outros exilados portugueses, entre os quais se destacava Jaime Cortesão, com quem colaborou num estudo da obra de Alexandre de Gusmão (1658-1753).

Em 1952, mudou-se para João Pessoa a fim de ajudar a fundar a Universidade Federal da Paraíba, onde deu aulas de História Antiga e Geografia Física até 1955. Em 1959, juntou-se ao professor Eduardo Lourenço na Universidade da Bahia, onde ensinou Filosofia do Teatro e pôs em marcha o projeto de conhecimento da África Negra pelo Brasil, tendo fundado o Centro de Estudos Afro-Orientais.

Em 1961, foi nomeado assessor para a política externa do presidente Jânio Quadros (1917-1992). Em 1962, com Darcy Ribeiro (1922-1997), dedicou-se ao projeto da fundação da Universidade de Brasília e criou o Centro de Estudos Portugueses naquela instituição. Em 1963, com bolsa da Unesco, viajou para o Japão, onde deu aulas de Português. Conheceu ainda Macau e Timor e visitou os Estados Unidos e o Senegal.

Só regressou a Portugal após a morte de António de Oliveira Salazar (1889-1970). Depois do 25 de Abril de 1974, passou a lecionar em diversas universidades portuguesas, tendo dirigido o Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Técnica de Lisboa e desempenhado funções de consultor do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, atual Instituto Camões.

Na década de 70, o governo brasileiro o aposentou do ensino. Mais tarde, ele dirigiu o Centro de Estudos Latino-Americanos. Tempos depois, o governo português restituiu-lhe os salários retroativos aos anos da ditadura salazarista. Despreocupado com a questão financeira, viajou, escreveu, recebeu medalhas e títulos, além de ter concedido muitas entrevistas a órgãos de imprensa. Faleceu em 1994, em Lisboa, aos 88 anos. Pouco antes de falecer, havia sido homenageado pelo embaixador do Brasil em Lisboa, José Aparecido de Oliveira (1929-2007).

É ainda autor de A vida de Pasteur (Seara Nova, 1938), Sanderson e a escola de Oundle (Inquérito, 1941), Moisés e outras páginas bíblicas (1945), Um Fernando Pessoa (Agir, 1958), Um Fernando Pessoa e Antologia de Releitura (Guimarães, 1959), Quadras inéditas (Ulmeiro, 1990), Do Agostinho em Torno do Pessoa (póstumo, 1997) e Uns poemas de Agostinho (póstumo, 1997), entre outros. Adelto Gonçalves - Brasil



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Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira – volume I, de Agostinho da Silva, com introdução de Paulo Alexandre Esteves Borges. Lisboa: Âncora Editora, 1ª edição, 350 páginas, 2000, 19,50 euros. E-mail: ancora.editora@ancora.editora.pt  Site: www.ancora-editora.pt
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Adelto Gonçalves é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002), Bocage – o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003), Tomás Antônio Gonzaga (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Academia Brasileira de Letras, 2012),  Direito e Justiça em Terras d´El-Rei na São Paulo Colonial (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2015) e Os Vira-latas da Madrugada (Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1981; Taubaté-SP, Letra Selvagem, 2015), entre outros. E-mail: marilizadelto@uol.com.br

Brasil - Portos: o exemplo de Portugal

SÃO PAULO – Portugal está na moda. E não só atrai os milhares de turistas de várias nacionalidades que lotam as ruas e os cafés e restaurantes do Bairro Alto e de Belém em Lisboa, como também investidores de todos os quadrantes do mundo. Desta vez, são os chineses que descobriram bons negócios no setor de infraestrutura de Portugal, especialmente portos, linhas ferroviárias e hospitais.

A exemplo do que ocorre em países africanos de língua portuguesa, grupos chineses já estão entre os principais investidores de Portugal, adquirindo participações em áreas como energia, seguros, saúde e bancos. E o interesse chinês, nos últimos tempos, estende-se também à infraestrutura portuária, deixando claro que esses grupos estão dispostos a aplicar seus recursos na remodelação dos portos de Sines e Leixões, entre outros motivos, pelo fato de que são portas de entrada mais factíveis em razão do acesso geográfico e econômico para o Mercado Comum Europeu.

Nesse caso, a reduzida escala do mercado português, que constitui um obstáculo para investimentos em outros setores, não quer dizer nada, pois Portugal pode funcionar também como uma plataforma para o investimento chinês na América do Sul e países de língua portuguesa na África. Até porque Portugal tem uma extensa rede de tratados para evitar dupla tributação com nações da América do Sul e América Central.

Levando em conta o que se passa em Portugal, seria de bom alvitre que o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC) convidasse esses grupos chineses – Cosco Shipping e Shanghai International Port Group (SIPG) – para que venham a estudar a possibilidade de construir uma plataforma off shore (no mar) próxima ao porto de Santos para receber os supercargueiros que hoje estão praticamente limitados a linhas no Hemisfério Norte.

É de se lembrar que o grupo Cosco controla, além de terminais na China, o porto de Piréus, na Grécia, o terminal de contêineres de Zeebrugge, na Bélgica, e os principais terminais da Espanha. E que, em 2020, será o maior operador mundial de contêineres. Já o SIPG, controlado pelo Estado chinês, é o operador exclusivo do terminal de contêineres de Xangai  e tem como segundo acionista o China Merchants Group e terceiro, o Cosco Shipping. Hoje, o SIPG já investe no porto de Haifa, em Israel.

Levando em consideração a capacidade desses investidores, não haveria necessidade de se gastar mais recursos públicos em obras de dragagem para aumentar de 15 para 16 metros a profundidade do canal de navegação do porto de Santos, o que, até aqui, tem sido equivalente ao trabalho de se encher um saco sem fundo, pois a sedimentação sempre volta. E o cais santista continuaria a receber embarcações de 336 metros de comprimento, 48 metros de boca (largura) e capacidade para transporte de 14 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), como tem feito até agora. Aliás, com eficiência. Milton Lourenço - Brasil


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Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br

UCCLA - Workshop “Arte e Empreendedorismo no Feminino”



Vai decorrer no dia 27 de junho, às 10h30, o Workshop “Arte e Empreendedorismo no Feminino - Europa, África e América Latina”, organizado pela UCCLA, Casa da América Latina e Associação Mulheres Empreendedoras Europa África, e que contará com a presença de várias personalidades femininas que têm vindo a desenvolver um papel relevante no setor cultural e empresarial.

Neste encontro será abordada a arte como modo de vida e negócio no género feminino, incluindo a discussão de problemáticas como progressão na carreira, remuneração, família, entre outras, bem como a visão das participantes sobre as especificidades desta vertente de negócio.

Será uma conversa matinal, num ambiente informal, uma partilha de experiências!



Morada:
Casa das Galeotas
Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém
Comboio: Estação de Belém
Elétrico: 15E - Altinho
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Macau - Livro sobre promoção do Português lançado na Casa Garden

O livro “A Promoção do Português em Macau e no Interior da China” foi lançado ontem na Casa Garden. O projecto, iniciado em 2014, reúne um conjunto de textos sobre o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa, muitos deles escritos com base nos dados recolhidos por inquéritos (1557) que foram distribuídos em 15 instituições universitárias ou de ensino de Português na RAEM e no interior da China.

O perfil do público chinês, alunos de português, foi construído com base nos dados de instituições de Macau (Universidade de Macau, Instituto Politécnico de Macau e Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau), Guangzhou, Pequim, Xangai, Harbin, Tianjin e Xi’an.

O livro integra o projecto mais abrangente “Referencial de Português para Falantes de Língua Materna Chinesa”, apoiado pela Universidade de Macau, e foi concretizado sob a coordenação Maria José Grosso, tendo como co-investigadores, ao longo do projecto, Ana Paula Cleto e Zhang Jing e, por período limitado de tempo, Ricardo Moutinho. Teve também o apoio de alunos e de assistentes de pesquisa (Sun Ye, Wang Cheng Xu, Zhang Mengyao, Fong Lai I, Liu Songyue, Inês Branco e Sara Santos).

De acordo com um comunicado da delegação de Macau da Fundação Oriente – também envolvida no trabalho –, “Referencial de Português para Falantes de Língua Materna Chinesa” será lançado brevemente. In “Ponto Final” - Macau

Cabo Verde – Assinatura de memorando de entendimento para criação de polo tecnológico

Cabo Verde TradeInvest e Bringbuys assinam memorando de entendimento para criação de polo tecnológico



Cidade da Praia – A Cabo Verde TradeInvest e a Macao Bringbuys Web Technology vão criar um polo tecnológico no arquipélago, com planos de penetração em outros países da África Ocidental, no âmbito de um memorando de entendimento assinado na passada quinta-feira em Lisboa.

A informação foi dada pela presidente da Cabo Verde TradeInvest, Ana Barber, de regresso de Portugal, onde participou no 12º Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre China e Países de Língua Portuguesa, que decorreu quinta e sexta-feira, em Lisboa, Portugal.

Em declarações à Inforpress, a responsável explicou que o documento foi rubricado com o intuito de reforçar as relações entre as duas instituições.

“O projecto também trará às empresas um desempenho excepcional na indústria da Internet e na área de computação em nuvem para Cabo Verde, para transformar o país em um polo tecnológico avançado da África Ocidental”, informou.

Segundo a presidente da Agência de Promoção ao Investimento e Exportação de Cabo Verde, a Bringbuys pretende configurar um centro de computação em nuvem, um centro de dados “offshore”, instituições de treinamento e incubadoras.

Relativamente à participação de Cabo Verde no encontro de empresários, Ana Barber considerou o evento “bastante positivo”, tendo afirmado, que representa oportunidade do arquipélago captar mais investidores estrangeiros.

Neste sentido, defendeu uma aposta na diversificação dos sectores e valorização das potencialidades económicas das ilhas para atrair mais investidores estrangeiros de negócios.

“Atrair investimentos estrangeiros é extremamente importante porque esses investimentos vão gerar mais postos de trabalho, dinamizar a economia e fazer crescer esse fluxo, e, quando temos mais postos de trabalho temos mais projectos implementados e o país dá um salto de crescimento”, afirmou.

Ana Barber apontou, a restruturação interna da Cabo Verde Tradeinvest, como um dos principais desafios a serem ultrapassados pela instituição, sublinhado ser “altamente importante” trabalhar na reformulação e formação dos recursos humanos e valorizar as potencialidades económicas das ilhas que, no seu entender, “são únicas”.

Entretanto, advogou um maior engajamento de todos no sentido dessas sinergias serem utilizadas para que o país ganhe novas dinâmicas, novas parcerias, “fundamental para o desenvolvimento económico” do país.

A Cabo Verde TradeInvest, chefiada pela sua presidente, esteve acompanhada de uma delegação de empresários com negócios estabelecidos no arquipélago.

O encontro de Lisboa faz parte das iniciativas que integram o Protocolo de Cooperação entre os Organismos de Promoção Comercial e Câmaras de Comércio, assinado em Outubro de 2003, por ocasião da criação do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, designado Fórum Macau.

Este ano, está o evento foi promovido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), juntamente com o Conselho de Promoção de Comércio Internacional da China (CCPIT) e o Instituto de Promoção do Comércio e de Investimento de Macau (IPIM).

Em 2019, São Tomé e Príncipe será palco do 13º Encontro de Empresários para a Cooperação Econômica e Comercial entre China e Países de Língua Portuguesa. In “Inforpress” – Cabo Verde