Em entrevistas exclusivas, ativistas e políticas do
Brasil, da Guiné-Bissau e de Moçambique falam sobre temas como igualdade de
gênero, violência contra mulheres, vida política e progressos nos direitos
femininos; mas dizem que ainda há longo caminho a percorrer
O Intercâmbio Brasil-África pela Proteção da Mulher, que encerrou nesta quarta-feira em Brasília, reuniu delegações de cinco países africanos de língua portuguesa. O encontro, realizado pelo Banco Mundial e pela Secretaria da Mulher do Distrito Federal, buscou promover a troca de experiências em áreas de empoderamento feminino e enfrentamento da violência contra a mulher.
Mariana
Ceratti, do Banco Mundial Brasil, conversou com três participantes do evento,
que falaram sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres nos seus países.
Brasil: Samara Nunes - líder sindical de trabalhadores
domésticos
Durante
o Intercâmbio Brasil-África pela Proteção da Mulher, Samara Nunes, líder
sindical de trabalhadores domésticos, enfatizou que afrodescendentes e pobres
ainda estão entre os grupos mais vulneráveis do país.
A
líder sindical, que atua no Distrito Federal e nas cidades do Entorno, conhece
bem os desafios dos trabalhadores domésticos da região.
Guiné-Bissau: Maimuna Sila – presidente do Instituto da
Mulher e da Criança
A
instabilidade política em Guiné-Bissau, que dura desde 1998, prejudicou
mulheres e meninas porque inviabilizou tanto a implementação de políticas
públicas como a coleta de dados sobre os principais desafios das guineenses.
Essa é a avaliação da advogada Maimuna Sila, uma das participantes do evento.
Sila
tem esperança de que, com o processo de paz no país, seja possível criar e
levar a cabo políticas públicas para enfrentar problemas como a falta de acesso
das mulheres a recursos importantes, como água e energia.
Moçambique: Deputada Antónia Charre – presidente da
Comissão dos Assuntos Sociais, Gênero, Tecnologias e Comunicação Social
Na
entrevista, Charre conta como as leis avançaram para evitar as uniões
matrimoniais precoces e solucionar outras questões em Moçambique. Ela destaca ainda como o país também mudou
sua legislação para proteger as mulheres que vivem em união estável de modo que
elas tenham acesso a bens e direitos caso o relacionamento termine. ONU News
– Nações Unidas
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