Casas à prova de inundações
O
estado de Kerala, no sul da Índia, que perdeu quase um milhão de casas em duas
inundações desastrosas em 2018 e 2019, está tentando se adaptar às mudanças
climáticas construindo casas resistentes a inundações.
Em
dois anos, um sexto da população de 35 milhões de habitantes do estado foi
afetado pelas inundações e 1,4 milhão delas teve que abandonar suas casas.
Muitas casas frágeis foram destruídas e estão sendo reconstruídas do zero.
Percebendo
que as inundações serão uma ocorrência cada vez mais regular no futuro, à
medida que as mudanças climáticas continuarem a tornar o clima mais extremo, o
plano é projetar e construir casas que possam suportar as inundações.
E,
de acordo com os arquitetos pioneiros na área, elas devem ser construídas com
materiais locais, como bambu, cal e lama.
"Estamos
usando tijolos de barro entrelaçados, pilares feitos de bambu tratado, barro e
concreto. Para reboco, usamos cascas de coco, bambu tratado e telhas de barro.
O bambu é um substituto significativo do aço e tem uma resistência
equivalente," contou o arquiteto Gopalan Shankar.
Tecnologia habitacional de baixo custo
Shankar
iniciou seu negócio sem fins lucrativos, o Habitat Technology Group, em 1987,
como uma banda de um homem só.
Levou
seis meses para ele conseguiu sua primeira encomenda, mas ele agora trabalha
com 400 arquitetos, engenheiros e assistentes sociais, e possui 34 escritórios
regionais e 35 000 trabalhadores treinados em toda a Índia.
No
estado de Kerala, ele acaba de concluir a construção de 250 casas resistentes
ao clima para as vítimas das enchentes.
O
governo indiano tem um esquema que dá às pessoas um subsídio para reparar suas
casas após uma enchente, mas as incentiva a construir de maneira a tornar as
casas mais capazes de suportar impactos futuros.
"Em
áreas propensas a inundações, quando há necessidade de residir lá, construímos
a casa com o material disponível localmente que possa se mostrar eficiente. Os
danos causados pelas inundações não afetam em larga medida o morador, tanto
física quanto financeiramente," disse Shankar. In “Inovação
Tecnológica” - Brasil
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