Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 31 de outubro de 2023

UCCLA - Lançamento do livro “Uma Borboleta na Cidade” de Regina Correia

Terá lugar no dia 9 de novembro, às 17h30, o lançamento do livro de contos “Uma Borboleta na Cidade” de Regina Correia, no auditório da UCCLA.


Com a chancela da Editorial Novembro, o livro será apresentado por Luísa Fresta. Haverá leitura de textos por Carlos Gonçalves e um momento musical a cargo do músico angolano Jorge Rosa.

O lançamento do livro será transmitido, em direto, através da página do Facebook da UCCLA em:

https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa

Sinopse:

Os personagens de “Uma Borboleta na Cidade” são, na verdade, como borboletas que se vão metamorfoseando nos seus casulos de solidão e infortúnio, pois que o destino os leva a esse encontro de saudades numa encruzilhada de dores e nostalgias entre Luanda (a porta do Inferno) e Hamburgo (a porta do Paraíso), através da história de Joel.

Magoadas no corpo e na alma, essas borboletas conhecem-se na cidade alemã, onde tentam sarar as suas feridas (…).

No conto “Uma Borboleta na Cidade” o discurso narrativo é produto do acto de enunciação de vários narradores que individualizam o modo narrativo em termos de ordem temporal e modalidades de representação dos diferentes segmentos de informação diegética, tanto no espaço social como psicológico. E é assim que Hamburgo se torna simultaneamente ponto de encontro, lugar de exílios e espaço físico da memória, em função das atmosferas pungentes projectadas sobre o comportamento dos personagens, borboletas encandeadas por todas as utopias.

Manuel dos Santos Lima

In contracapa “Uma borboleta na cidade”

Biografia da autora:

Maria Regina Fernandes Correia nasceu em Viseu, Portugal, em 1951. É licenciada em Filologia Germânica (1979), pela Faculdade de Letras de Lisboa. Foi professora do ensino secundário em Angola (1973-1975) e em Portugal (1975-1980; 2007/08) e docente de Língua e Cultura Portuguesas em Estugarda (1980-1984) e em Hamburgo (1993-2007; 2008/09), onde desenvolveu e participou em projetos de divulgação da Literatura e da Cultura Lusófonas. Desde 2009, em Portugal, tem participado (em) e coordenado recitais de poesia e outros eventos culturais, sobretudo junto de instituições cabo-verdianas. Autora de vários prefácios e recensões públicas de livros venceu o prémio “Melhor Poeta do Ano de 2018”, pela Editora ZL (Brasil), que publicou as micronarrativas Sírio (2014) e Conga (2015).

É autora de três livros publicados pela Universitária Editora: Uma Borboleta na Cidade (2000) - ficção; Noite Andarilha (1999) - poesia; Os Enteados de Deus (1990) - ficção (Prémio Revelação de Ficção da Cidade do Montijo/APE); e do livro Sou Mercúrio, Já Fui Água, com reedição de Noite Andarilha, pela Alphabetum Editora (2012). Desde 2013, tem publicado textos poéticos na RUA-L (Revista da Universidade de Aveiro - Letras).

É membro da Associação Portuguesa de Escritores (APE). Luso-angolana (viveu em Angola, desde os 8 meses de idade) e participou na primeira Reunião Multipartidária de Angola, em 1992.

Em 2020 publicou, pela Editorial Novembro, o livro "Conjugação de Mapas".


Portugal - Universidade de Coimbra promove demonstração de soluções desenvolvidas no âmbito da gestão de incêndios rurais

O Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai apresentar esta sexta-feira, dia 3 de novembro, os resultados do projeto internacional “FirEUrisk”, aplicáveis à zona piloto de Portugal, as Comunidades Intermunicipais (CIM) de Coimbra e Leiria.


O workshop “FirEUrisk – Evento de Demonstração em Portugal” terá lugar na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro), pelas 9h30 horas, e contará com a presença do Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e do Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.

De acordo com o Professor Domingos Xavier Viegas, diretor do CEIF e coordenador científico do projeto, «serão apresentados diversos produtos, desenvolvidos no âmbito deste projeto, relacionados com a avaliação do risco de incêndio rural, a redução de impactos consequentes e a adaptação aos cenários previstos decorrentes das alterações climáticas. Além disso, serão realizadas demonstrações da aplicação desses produtos ao caso de estudo português, que abrange as áreas das CIM da Região de Leiria e da Região de Coimbra».

Deste modo, «os participantes poderão compreender de forma objetiva como essas soluções podem ser implementadas e adaptadas às necessidades específicas desta e de outras regiões.  Os diversos produtos serão apresentados e demonstrados pelos principais investigadores, provenientes de diversos países, que coordenaram o respetivo desenvolvimento. Os participantes no evento terão oportunidade de participar ativamente na sessão», revela o professor.

Domingos Xavier Viegas considera que «os conteúdos apresentados representam uma oportunidade valiosa para aqueles que desejam conhecer as inovações e soluções desenvolvidas no âmbito do projeto “FirEUrisk”, bem como para colaborar com uma rede internacional de especialistas em gestão de incêndios rurais. Trata-se de uma iniciativa relevante para a promoção da resiliência das comunidades expostas a este perigo e da proteção do ambiente natural», conclui.

Esta é uma iniciativa coordenada pela ADAI e organizada pelo Consórcio do projeto “FirEUrisk”, que reúne 38 parceiros de todo o mundo. Este projeto, financiado pela União Europeia, foca-se na criação de uma abordagem holística para a gestão de incêndios rurais, em especial dos grandes incêndios, que podem colocar em risco a vida dos cidadãos, abrangendo não apenas as instituições de proteção civil, mas também o setor económico, o poder político e a sociedade em geral.

Para participar no evento remotamente aceder a esta aqui. Mais informações sobre o evento aqui. Universidade de Coimbra - Portugal





Singapura - Ministro da Defesa pede à China que assuma liderança na redução de tensões

O ministro da Defesa de Singapura instou a China a liderar a redução das tensões na Ásia, alertando que uma guerra como a da Ucrânia ou entre Israel e Hamas seria devastadora para a região

No último dia de uma conferência anual sobre Defesa organizada pela China, Ng Eng Hen sublinhou a importância da comunicação entre exércitos para gerir crises, manifestando a esperança de que os Estados Unidos e a China retomem a utilização da sua linha direta militar. “A paz é precária e nunca é um dado adquirido em nenhuma parte do mundo”, observou. “O que aconteceu na Europa e no Médio Oriente nunca se deve repetir aqui. Temos de fazer tudo o que pudermos para o evitar”, apelou.

O Fórum de Xiangshan, que decorreu no norte de Pequim, reuniu responsáveis pela Defesa de dezenas de países e organizações. A China, que recentemente demitiu o seu ministro da Defesa, foi representada por Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central, o braço político das Forças Armadas chinesas.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, aproveitou o fórum para realçar o aprofundamento dos laços entre Rússia e China, numa altura em que o país enfrenta isolamento internacional, devido à invasão da Ucrânia. Shoigu foi recebido por uma guarda de honra militar antes de reunir com Zhang na segunda-feira. Citado pela agência de notícias russa Tass, Zhang afirmou que a China está pronta para responder com a Rússia às ameaças e desafios de segurança e “manter conjuntamente o equilíbrio estratégico global e a estabilidade”.

Referindo-se às disputas territoriais no Mar do Sul da China e à ameaça nuclear da Coreia do Norte, Ng disse que é “vital que as instituições militares e de Defesa se empenhem para reduzir o risco de erros de cálculo e acidentes”. Enalteceu os códigos que foram adotados para gerir encontros militares não planeados no mar e disse que deveriam ser alargados para incluir as guardas costeiras, que frequentemente se defrontam em águas disputadas.

Pequim reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China, via marítima fundamental para o comércio mundial, apesar das reivindicações das Filipinas, Vietname, Malásia e Brunei. Os atritos entre embarcações chinesas e filipinas ou norte-americanas naquelas águas são cada vez mais frequentes, resultando por vezes em embates.

A China congelou o diálogo com os EUA em questões de Defesa em agosto de 2022, após a então líder da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, se deslocar a Taiwan. Mas as duas partes parecem estar a reiniciar o diálogo, incluindo sobre segurança, antes de uma possível reunião entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping, em Novembro.

Os EUA enviaram uma representante ao fórum de Xiangshan, Cynthia Carras, diretora principal do Departamento de Defesa para a China, Taiwan e Mongólia. Ng pediu à China que garanta às outras nações que não constitui uma ameaça à medida que se torna mais poderosa. “Quer a China o aceite ou não, quer o queira ou não, já é vista como uma potência dominante e deve, portanto, actuar como uma potência benevolente”, defendeu.

A China tem procurado apresentar-se como potência global não ameaçadora e diferente das potências ocidentais – embora alguns dos seus vizinhos e os EUA a vejam claramente como uma ameaça.

Um funcionário do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citando o presidente do país, disse na conferência que a China salvaguardaria melhor a paz mundial através do seu próprio desenvolvimento. “Este caminho não é nem o velho caminho da colonização e da pilhagem, nem o caminho tortuoso seguido por alguns países que procuram a hegemonia quando se tornam fortes. É antes o caminho certo do desenvolvimento pacífico”, disse Nong Rong, ministro-adjunto dos negócios estrangeiros. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”


Portugal e Índia debatem criação de voo directo entre ambos os países


Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Índia discutiram a possibilidade de passar a haver um voo direto entre os dois países, no âmbito de uma visita oficial de Subrahmanyan Jaishankar a Lisboa. “Houve alguma conversa entre nós sobre uma ligação aérea directa porque é uma peça que falta no relacionamento” entre a Índia e Portugal, afirmou o ministro indiano em conferência de imprensa. “Estamos muito confiantes de que o nosso intercâmbio se expandirá assim que pudermos progredir nisso. E nós dois colocamos muito peso no desenvolvimento do turismo”, defendeu. Os dois representantes da diplomacia dos países estiveram reunidos durante a manhã para falar sobre as relações bilaterais que, segundo o ministro português, João Gomes Cravinho, é um domínio “onde há muito trabalho a fazer”. Um dos pontos desse trabalho é, de acordo com o ministro português dos Negócios Estrangeiros, “o grande museu marítimo” que a Índia pretende construir em Lothal, no estado de Gujarat. “Falámos sobre a forma como podemos cooperar nesse processo”, adiantou Gomes Cravinho”, secundado pelo seu homólogo indiano, em visita oficial a Portugal até esta quarta-feira.

Outro dos temas debatidos foi “a implementação de um acordo de recrutamento de cidadãos indianos para trabalhar em Portugal”, adiantou Subrahmanyan Jaishankar, acrescentando que os dois responsáveis chegaram a acordo “sobre um procedimento operacional normalizado para esse efeito” e a criação de “um projecto-piloto”. As relações culturais, o reconhecimento mútuo das qualificações académicas, a cooperação nas áreas de defesa, de start-ups e inovação foram outros dos assuntos em debate na conversa dos dois ministros. “Discutimos a possibilidade de celebrar conjuntamente o 50º aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas no domínio económico”, estabelecidas após o 25 de Abril entre os dois países, disse o ministro português, admitindo que o momento também serviu para “trocar opiniões sobre algumas das dificuldades consideráveis do sistema internacional”. In “Ponto Final” - Macau


 

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Portugal - Investigadores da Universidade de Coimbra apostam na criação de sistema para prever tipo de parto

Uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Informática (DEI) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em conjunto com a Faculdade de Medicina da UC (FMUC), apostam no desenvolvimento de um sistema que tem como objetivo prever, através de análise computacional, a possibilidade/probabilidade de um parto vaginal após a indução do mesmo.

Atualmente, as induções de trabalho de parto são realizadas cada vez mais frequentemente, mas nem sempre terminam num parto vaginal. Foi precisamente este o ponto de partida para a investigação “Predicting Vaginal Delivery After Labor Induction with Machine Learning", da autoria de Iolanda Ferreira, doutoranda de Ciências da Saúde, orientada por Ana Luísa Areia, professora da FMUC, e coorientada por João Nuno Correia, docente da FCTUC.

«Logo à partida, todas as induções têm 30 a 35% de probabilidade de acabar em cesariana, portanto, sabemos de antemão que 70% das mulheres vão ter um parto vaginal. No entanto, se dessas 30% conseguíssemos precisar que vão realmente terminar em cesariana, poder-se-ia aconselhar de forma adequada e proactiva sobre a necessidade de indução de trabalho de parto, um processo árduo para a mãe, o feto e que, de facto, pode acrescer na carga emocional e económica associadas a este procedimento», explica Iolanda Ferreira

Assim, «sendo um procedimento tão frequente, que gera tantos dados, pensámos que talvez pudéssemos utilizar uma técnica que fizesse a sua análise para ajudar os médicos a perceber se vale a pena ou quando vale a pena investir numa indução para obter um parto vaginal», revela a doutoranda, realçando que, neste momento, os obstetras investem na indução de parto em todas as mulheres, sabendo à partida, por determinadas caraterísticas, em quais este poderá ou não acontecer por via vaginal.

Portanto, de acordo com João Nuno Correia, «a ideia é chegar a algo que, através da fusão de dados (tabulares e imagens), forme um módulo de apoio que forneça informação personalizada sobre cada grávida, acerca da elevada probabilidade de parto vaginal após indução. Se esta for elevada, a indução será executada com maior confiança. Caso contrário, ou seja, exista uma probabilidade de cesariana bastante elevada, a grávida pode ser aconselhada de outra forma».

Apesar deste ser um tema já estudado, «a inovação nesta investigação é prever o tipo de parto também utilizando os dados de imagem ecográfica. O clínico baseia-se na história clínica da pessoa e nas suas características no seguimento daquela gravidez, e queremos ver se o sistema, ao analisar aquela combinação de dados clínicos e imagens, percebe de uma forma que posteriormente ajude ou não a tirar alguma conclusão», realçam os investigadores.

Até ao momento, a equipa de investigadores já tem analisados os dados de 2600 mulheres, seguidas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que apontam para resultados promissores. O próximo passo é analisar as ecografias recolhidas e, posteriormente, criar uma ferramenta com todos estes dados e testá-la em pessoas reais.

De acordo com os investigadores, «esta colaboração entre o DEI e a FMUC é fundamental, porque futuramente vai apoiar a decisão dos médicos antes do parto, e consequentemente, permitir melhorar tanto os desfechos neonatais como as experiências das mulheres no parto», concluem. Universidade de Coimbra - Portugal


Portugal - Há vespas asiáticas e europeias - mas não à solta - na Reitoria da Universidade do Porto

As "Invasões biológicas" são o tema proposto pelo "Breviário" do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto para o mês de novembro


Durante o mês de novembro, o Breviário, ciclo mensal de exposições promovido pelo Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP), volta a abrir uma janela para as suas reservas. Desta vez, no átrio de entrada do edifício da Reitoria (Praça de Gomes Teixeira, aos Leões), vamos poder observar espécimes de uma coleção moderna: vespas (europeias e asiáticas).

Perante o tema “invasões biológicas”, ou seja, as espécies exóticas que se tornam invasoras, José Manuel Grosso-Silva, curador de Entomologia do MHNC-UP, escolheu a vespa asiática, também conhecida por vespa de patas amarelas.

Embora tivesse chegado à Europa anteriormente, esta espécie chegou a Portugal em 2010/2011, “causando alguns problemas” em termos de saúde pública, mas, principalmente, à apicultura (criação de abelhas com ferrão), “nomeadamente às colmeias”. A questão, afirma José Manuel Grosso-Silva, é que esta vespa asiática alimenta as larvas com as abelhas que consegue capturar. “As vespas adultas precisam de energia (do néctar ou pólen) e caçam as abelhas para obterem a proteína com que vão alimentar as suas larvas”, explica o curador.

Em exposição na Reitoria vão estar agora “dois exemplares de vespa asiática (que é a mais escura das duas) e dois exemplares da vespa europeia que é mais colorida, embora tenha as patas escuras, em contraste com a asiática”. Também há diferenças gerais de comportamento, acrescenta José Manuel Grosso-Silva. “A vespa asiática faz os ninhos (os vespeiros) mais frequentemente em árvores (no meio da copa de uma árvore) do que em cavidades”.

Já a vespa europeia dá outra estrutura aos ninhos que constrói, basicamente, em cavidades. Ainda em termos comportamentais há outras diferenças, sendo aqui que reside o facto de ser um problema de saúde pública. A vespa europeia “é mais pacífica na proximidade do seu vespeiro”, em comparação com a asiática que é bem mais nervosa e protetora da colónia. “Se sentir alguma ameaça tem uma resposta de defesa que corresponde a um ataque em grupo àquilo que interpreta como uma ameaça à colónia”. Pode ser interpretado como ameaça alguém que passe muito perto ou que produza alguma espécie de vibração na proximidade do vespeiro.



Os exemplares em exposição foram colhidos por José Manuel Grosso-Silva, na região do grande Porto, com o objetivo de criar uma coleção de referência, com diferentes espécies de insetos. Trata-se de uma coleção moderna, do MHNC-UP, acrescenta o curador, “em constante crescimento”, e que tem por objetivo auxiliar a identificação de espécies por parte dos estudantes que desconheçam estes grupos e, assim, para além da bibliografia, têm um apoio em exemplares já identificados previamente.

Da etnografia aos instrumentos científicos, passando pela arqueologia, paleontologia e zoologia, o Breviario expõe, a cada mês, na “casa mãe” da Universidade, uma nova seleção de objetos das coleções do MHNC-UP, convidando os visitantes a conhecer o seu acervo. Universidade do Porto - Portugal


Assinatura de Memorando de Entendimento com a Associação de Deficientes de Timor-Leste

Foi firmado, dia 27 de outubro, um Memorando de Entendimento entre o Projeto "Parceria para o Reforço da Governação Urbana, Inclusão Social e Promoção do Empreendedorismo em Díli, Timor-Leste", sob coordenação da UCCLA, e a Associação de Deficientes de Timor-Leste (ADTL).


O Memorando foi assinado nas instalações da ADTL, na cidade de Díli, e contou com a presença do diretor executivo, Cesário da Silva, membros da direção associativa, adjunto da Autoridade Municipal de Díli, Octávio do Amaral Vieira, responsáveis do parceiro Câmara Municipal de Lisboa, Ivo Silva e Sara Gonçalves, gestora de programa da União Europeia em Timor-Leste, Dulce Gusmão, representante da Embaixada de Portugal em Díli, Jessica Bastos, dirigentes e funcionários da Autoridade Municipal de Díli e elementos da equipa local de projeto.

Este Acordo prevê, ainda em 2023 e ao longo do ano de 2024, a realização de sessões formativas em língua portuguesa, iniciação à informática e comunicação através das redes sociais, desenvolvimento de capacidades empreendedoras e promoção da acessibilidade em espaços públicos.

Por esta ocasião, foram disponibilizados à associação 23 tablets que muito contribuirão no auxílio às formações previstas com início a 10 de novembro de 2023 e sempre à sexta-feira.

O Projeto "Parceria para o Reforço da Governação Urbana, Inclusão Social e Promoção do Empreendedorismo em Díli, Timor-Leste", iniciado em maio de 2022 e com uma duração de 36 meses, conta com o importante apoio financeiro da União Europeia e tem na sua execução a Autoridade Municipal de Díli, a UCCLA e a Câmara Municipal de Lisboa. UCCLA


Brasil - Incentivo fiscal como indutor

O Senado promete aprovar o projeto da reforma tributária em novembro, praticamente concluindo um processo que já leva mais de três décadas, sem que tenha sido aprovada uma modificação sistemática. É consenso que o Brasil necessita, o mais rápido possível, de um modelo tributário simplificado e moderno, mas isso não pode significar o fim do regime de incentivos fiscais que cada Estado pode oferecer a empresas, pois esse mecanismo é que tem sido o indutor do desenvolvimento que algumas regiões têm apresentado nas últimas décadas. Se for extinta essa possibilidade, o futuro que se avizinha para o País é de mais subdesenvolvimento nas regiões mais carentes. E, afinal, até a possibilidade de rompimento do pacto federativo.

Como se sabe, entre os objetivos principais da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, que trata da reforma tributária, está a transformação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) em três: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo. Cada novo tributo terá um período de transição. Até aqui, o acordo parece à vista, mas o que fica cada vez mais evidente é a necessidade do adiamento do prazo para o fim dos incentivos fiscais, que pode ser estendido para além de 2032.

Obviamente, se não houver acordo quanto a isso, regiões como Centro-Oeste, Norte e Nordeste terão interrompido seu processo de desenvolvimento, que inclui não só indústrias como empresas de outros segmentos.  Em Goiás, por exemplo, os incentivos fiscais devem chegar a R$ 13,7 bilhões em 2023, de acordo com levantamento realizado pelo site Infomoney, especializado em negócios. O montante representa 35% da arrecadação prevista pelo governo estadual, de R$ 39,5 bilhões. Segundo o levantamento, Goiás é o sexto Estado com maior volume de benefícios fiscais, considerando apenas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Proporcionalmente à arrecadação do imposto estadual prevista para este ano, é o terceiro maior no País.

Com a tributação no local de consumo prevista na reforma, Goiás e os demais Estados daquelas regiões, que são grandes produtores do setor primário, poderão ter queda no recolhimento de tributos, a partir de 2032, resultado das consequências que advirão da falta de incentivos fiscais para que determinadas indústrias e montadoras permaneçam (ou se instalem) nos Estados, que começam a partir do desemprego em massa.

Afinal, é óbvio que a existência de uma indústria em regiões do interior do País só se justifica se houver algum atrativo para que a empresa deixe o Sudeste, onde há mais mão de obra qualificada e está próxima dos portos, eliminando os custos com o transporte e armazenagem, tanto no caso da exportação como na importação.

Sem contar que, com o novo imposto baseado no consumo previsto na PEC, Estados menos populosos, como Goiás, só perderão, pois os recursos ficarão concentrados na União e serão distribuídos de acordo com o consumo, ou seja, serão destinados em massa para os Estados mais populosos. Decididamente, não é esse o futuro que se almeja para as novas gerações. Ivone Silva - Brasil

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Ivone Maria Silva, economista, é empresária e membro do Conselho Regional de Economia de Goiás (Corecon-GO) e do Conselho Administrativo Tributário de Goiás (CAT-GO). E-mail: diretoria@imase.com.br

 

domingo, 29 de outubro de 2023

França - Galerista luso-francês Philippe Mendes vendeu pintura portuguesa do século XVI ao Museu do Louvre

O galerista luso-francês Philippe Mendes vendeu ao Museu do Louvre, em Paris, uma pintura do século XVI intitulada “Ressurreição de Cristo”, a primeira obra portuguesa deste período adquirida pela instituição museológica, indicou fonte do museu à Lusa.


A aquisição por um dos museus mais importantes e mais visitado do mundo tinha sido anunciada na segunda-feira pela instituição na rede social X, dando conta da aquisição, para o Departamento de Pintura, de uma Ressurreição de Cristo executada por volta de 1540, na Oficina Real de Lisboa.

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete de comunicação e relações externas do Louvre enviou uma resposta por ‘email’: “Esta é a primeira pintura portuguesa comprada pelo museu, tendo as outras pinturas portuguesas das nossas coleções sido adquiridas por doação”.

“Até esta compra, o Louvre não possuía qualquer pintura portuguesa do século XVI, apesar de a exposição ‘O Século de Ouro do Renascimento Português’, apresentada no ano passado no Louvre, ter servido para recordar a importância de Lisboa como capital artística durante o Renascimento e a qualidade do trabalho das oficinas reais”, acrescenta a assessoria de comunicação do Louvre.

O galerista Philippe Mendes também anunciou por comunicado a venda da obra – sem revelar valores – atribuída a Garcia Fernandes e Cristóvão de Figueiredo, artistas do século XVI, o chamado período primitivo português, sublinhando “finalmente o reconhecimento da Pintura Portuguesa como escola, com o mesmo estatuto da, por exemplo, a Escola Espanhola, Italiana ou Francesa”.

Philippe Mendes tinha oferecido em 2016 um quadro da pintora portuguesa Josefa D’Óbidos (1630-1684) ao Louvre, com o objetivo de incentivar a criação de uma sala de pintura portuguesa naquele museu parisiense, “ambição que fica agora um pouco mais perto”, comenta, no comunicado.

A pintura “Ressurreição de Cristo”, executada cerca de 1540 no Atelier Real de Lisboa, é “um exemplar de primeira ordem da arte renascentista portuguesa”, diz o Louvre sobre o quadro, que representa Cristo envolto num manto vermelho, após ressuscitar perante a surpresa dos soldados que guardam a sepultura.

Sobre o resultado, o galerista Philippe Mendes admite que “foram necessários mais de seis meses de trabalho árduo para conseguir que o museu comprasse este quadro”, com “muitas dificuldades a ultrapassar”, depois de o ter apresentado em março na feira de arte e antiguidades Tefaf, em Maastricht, nos Países Baixos, “onde o Louvre a viu e reservou”.

“Tivemos de descobrir a origem do quadro, saber onde esteve durante a II Guerra Mundial, obter os documentos necessários para sair do país e, como tudo é complicado em Portugal, foi sempre uma luta”, recorda o galerista.

Em 2022, o Museu do Louvre apresentou uma exposição dedicada à pintura antiga portuguesa, centrada em 15 obras provenientes do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), de Lisboa, sob o título “L’Age D’Or de la Renaissance Portugaise”. A mostra decorreu entre 10 de junho e 10 de setembro, na Ala Richelieu do Museu do Louvre, no âmbito da Temporada Cruzada França-Portugal, de diplomacia cultural entre os dois países, com comissariado de Charlotte Chastel-Rousseau, Conservadora do departamento de pintura do museu parisiense.

Foram apresentadas obras de artistas como Nuno Gonçalves (ativo 1450-antes de 1492), Jorge Afonso (ativo 1504-1540), Cristóvão de Figueiredo (ativo 1515-1554) e Gregório Lopes (ativo 1513-1550). In “LusoJornal” – França com “Lusa”


Macau - Startups portuguesas conquistam pódio na competição “929 Challenge”

As startups portuguesas Glooma, Bedev e Fykia Biotech arrecadaram, este sábado, o primeiro, segundo e terceiro lugares, respetivamente, na competição “929 Challenge”, em Macau


A Glooma apresentou uma luva que deteta o cancro da mama precocemente, a Bedev mostrou o desenvolvimento de dispositivos médicos com recurso à impressão 3D, enquanto a Fykia Biotech deu a conhecer a investigação de microalgas com aplicações na saúde, cuidados da pele e agricultura, destacando-se entre os oito projetos de empresas finalistas avaliados pelo júri e potenciais investidores.

“É fantástica, nesta edição, a qualidade dos projetos apresentados em áreas que são muito importantes em termos de sustentabilidade, como a saúde, a biotecnologia e agricultura, incluindo alimentação”, disse à Lusa um dos cofundadores e coordenadores do “929 Challenge”, José Alves.

“Portanto isto é extremamente motivante para o concurso e para os patrocinadores e os organizadores. A competição, de facto, está a consolidar-se e está a demonstrar que existe espaço em Macau para se fazer mais nesta área de empreendedorismo entre a China e os países de língua portuguesa”, salientou o também diretor da Faculdade de Gestão da Universidade Cidade de Macau (CityU).

Para Marco Rizzolio, cofundador e coordenador da competição 929 e também da CityU, nesta edição deu-se “um grande salto”, já que “pela primeira vez, estiveram no painel de juízes ‘venture capitals’ a assistir aos projetos”.

“Isso é um grande salto porque no final de contas, mais do que uma competição, queremos que estes projetos recebam dinheiro para poder evoluir para outros níveis”, frisou o responsável.

Divididas em duas categorias, 16 equipas finalistas, oito ‘startups’ e oito de universidades chinesas e lusófonas, disputaram a final da terceira edição desta competição sino-lusófona.

Entre as universidades, o primeiro lugar coube à chinesa Guangdong University of Science and Technology (Universidade de Ciência e Tecnologia de Guangdong) com um projeto de óleos de alimentação para aquacultura, seguida pela Universidade de Macau com obrigações verdes para investir em projetos sustentáveis e compensar emissões de carbono. Em terceiro lugar ficou a Guangdong Polytechnic University (Universidade Politécnica de Guangdong) com um plano para proteger trabalhos digitais de piratas informáticos.

Ao todo, a edição deste ano registou mais de 1500 participantes em mais de 280 equipas de nove países lusófonos e da China. O montante total dos prémios foi de 180 mil patacas (21147 euros) e 40 mil patacas (4699 euros) em serviços e ferramentas da Alibaba.

O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e de várias universidades e instituições da região administrativa especial chinesa.

Em 2003, a China estabeleceu o território como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, através do Fórum de Macau. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo com “Lusa”


A primeira noite sem ti











Vamos aprender português, cantando

 

A primeira noite sem ti

 

Regresso a casa

o céu está vermelho

sombras à volta

o sopro do vento

 

A casa vazia

espera por mim

a cama está fria

assim eu a quis

 

A primeira noite sem ti

o silêncio à volta de mim

na primeira noite sem ti

foi a paz que descobri

 

Fingi-me feliz

falei com as sombras

pensando em ti

passando as horas

 

Deixei-me ficar

da luz apagada

a vida a passar

parada, passada

 

A primeira noite sem ti

o silêncio à volta de mim

na primeira noite sem ti

foi a paz que descobri

 

A vida passada

presente em tudo

nas sombras da casa

que crescem no escuro

 

A primeira noite sem ti

o silêncio à volta de mim

na primeira noite sem ti

foi a paz, a paz, que descobri

 

A primeira noite sem ti

o silêncio à volta de mim

na primeira noite sem ti

foi a paz, a paz, que descobri

que descobri

 

UHF – Portugal

O Indigente

Eu vou ao Norte 


sábado, 28 de outubro de 2023

Cabo Verde - Crisálida Correia apresenta “Baskudja Identidadi” pelas cidades europeias

Lisboa – A autora do livro “Baskudja Identidadi” (Vasculhar Identidade, em português), Crisálida Correia, considerou em Lisboa, que as apresentações que tem feito em diferentes países da Europa têm sido uma jornada cívica e cultural de “muito afecto”.

A afirmação foi feita à Inforpress, à margem da apresentação da obra em Lisboa, que decorreu no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), no âmbito das celebrações do Dia da Cultura e das Comunidades, assinalado no dia 18 de Outubro sob o lema “Somos Cultura”.

Para além Lisboa, no dia 11 de Outubro, Crisálida Correia apresentou o livro na cidade de Lausanne, Suíça, no dia 15 de Outubro foi em Rotterdam (Países Baixos), no dia 21 no Luxemburgo, e termina a sua digressão pela Europa, no dia 29 de Outubro, com a apresentação em Paris (França).

“Tem havido um grande interesse, tem sido uma jornada cívica e cultural de muito afecto, de muita amizade e daquilo que o livro fala que é a idiossincrasia cabo-verdiana, que estou a confirmar esse ‘djunta mó’ (juntar as mãos), ou seja, as pessoas como que tinham saudades de saberem quem são elas e de onde vêm”, disse.

Segundo a autora, hoje sente que tem outras responsabilidades, já tendo outras coisas que quer transmitir e que já tem escritas e que provavelmente serão disponibilizadas através de outros livros.

“O que pus no livro são coisas que não estão muito trabalhadas na estética, decidindo não construir a narrativa, a estética e a métrica para não perder aquela alma. Então fui mais para o cunho espiritual do homem, o sentimento da pessoa e o cabo-verdiano como ele é”, afirmou, explicando que por não fazer uma escrita pré-determinada, a Maria Augusta Teixeira (Mana Guta) escreveu cinco prefácios para fazer o enquadramento do livro.

A apresentação do livro foi feita pela antiga ministra da Educação Fernanda Marques.

Desde Janeiro, o livro “Baskudja Identidadi” também já foi apresentado em oito municípios de Cabo Verde.

Natural de Santa Catarina, interior da ilha de Santiago, Crisália Correia é activista e assistente social. In “Inforpress” – Cabo Verde


Macau - Licenciatura de português na Universidade Politécnica de Macau sem novas turmas por falta de alunos

A Universidade Politécnica de Macau não abriu novas turmas na Licenciatura em Português por ter havido “menos procura” neste ano lectivo 2023/2024, soube o Jornal Tribuna de Macau. Para já, não há instruções sobre se o curso voltará a abrir no próximo ano. A instituição de ensino superior ressalva, em resposta a este jornal, que não há falta de alunos à procura de cursos leccionados na língua de Camões, considerando que a menor procura pelo curso “reflecte a importância crescente de formações diferenciadas, que não são apenas aprendizagem da língua, mas que têm a língua portuguesa no centro”. Este jornal sabe também que houve uma quebra acentuada no número de alunos no Mestrado em Tradução e Interpretação Chinês-Português e no Doutoramento em Português. Note-se que nos últimos dois anos uma dezena de professores nativos de português deixaram a universidade


A Licenciatura em Português na Universidade Politécnica de Macau (UPM) teve menos procura neste ano lectivo de 2023/2024, pelo que não foram admitidos novos alunos, e, consequentemente, não abriram novas turmas, segundo apurou o Jornal Tribuna de Macau. Apesar disso, a instituição de ensino superior aponta, em resposta a este jornal, que não há falta de alunos à procura de cursos leccionados na língua de Camões.

“A UPM não tem falta de estudantes que procuram formações em Língua Portuguesa. Há oito cursos – a nível de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento – que têm o Português como língua veicular ou meio de instrução, com um total de 800 estudantes, um número estável nos anos recentes”, começou por referir o Gabinete de Relações Públicas da UPM, em resposta a questões enviadas ao director da Faculdade de Línguas e Tradução, Zhang Yunfeng.

Admitindo que o curso de Licenciatura em Português “teve menos procura” este ano, a instituição de ensino superior acredita que “isso reflecte a importância crescente de formações diferenciadas, que não são apenas aprendizagem da língua, mas que têm a língua portuguesa no centro”.

Segundo sabe este jornal, até ao momento ainda não houve nenhuma instrução sobre se a licenciatura abrirá no próximo ano lectivo. Uma vez que o mesmo já aconteceu com outros cursos no passado, acredita-se que é possível que não volte a abrir.

Há cerca de um mês que este jornal enviou uma série de questões ao director da Faculdade, Zhang Yunfeng, nomeadamente a pedir que confirmasse que não abriram novas turmas e a perguntar se o curso vai fechar de forma permanente, mas a resposta a estas perguntas nunca chegou. Também foram feitos diversos telefonemas para o seu gabinete, que não surtiram efeito. Catarina Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


Portugal - 11ª Edição do Seminário “Desafios do Mar Português”

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera estará representado na 11ª Edição do Seminário “Desafios do Mar Português”, a decorrer a 18 de novembro, no Museu Marítimo de Ílhavo, em Aveiro.


A iniciativa integra-se nas comemorações do "Dia Nacional do Mar", assinalado a 16 de novembro, sendo que desta vez o Seminário terá como mote a exposição temporária “Mar Oceano: Legado de Mário Ruivo”, patente no Museu, e assinalará o 25.º aniversário do Relatório da Comissão Mundial Independente para os Oceanos.

Mário Ruivo é uma figura incontornável das ciências do mar, como biólogo, oceanógrafo e diplomata, e também como defensor de uma relação mais sustentável entre a humanidade e o oceano. Nesta senda, preservando a memória do patrono desta edição, será dado especial ênfase à educação para a ciência e à sensibilização para a proteção marinha e para a estratégia dos oceanos, aproximando, assim, a academia à sociedade civil.

Destacamos a presença do IPMA:

- Painel IV - "Conhecimento do Oceano", com moderação de Telmo Carvalho, Vogal do Conselho Diretivo e com a apresentação "Estratégia do Sistema Global de Observação do Oceano para 2030", por parte do investigador Miguel Piecho-Santos;

- Mesa redonda - "O Oceano... Nosso Futuro - O legado da Comissão Mundial Independente para os Oceanos".

A participação é gratuita. In “IPMA” – Portugal

Programa e inscrições aqui.


Cabo Verde - Zul Alves lança videoclipe “Buska”

A artista cabo-verdiana Zul Alves lançou esta terça-feira, 24, o seu mais novo videoclipe do tema “Buska”, que emprestou o nome ao seu primeiro álbum lançado no ano passado. O videoclipe conta com a participação especial do grupo de batucadeiras Pé di Polon, da zona de Boa Entrada, em Santa Catarina de Santiago


Segundo a artista, o videoclipe tem como propósito fazer com que nos sintamos realizados, inspira-nos e leva-nos à procura, à busca, a viajar nas experiências, histórias e aprendizados.

“No meio artístico também existe esta busca, principalmente a busca pela identidade artística, viajar nas raízes tradicionais e histórias escritas e cantadas por compositores e intérpretes que contribuíram muito para preservar e promover a cultura musical de Cabo Verde”, frisa.

Para a cantora, o trabalho fez a identificar e encontrar a sua musicalidade e “desta viagem também resultou um álbum que inclui uma música inédita `Buska`, que retrata toda a história e o processo desta busca e realização. O vídeo desta música é mais uma forma de enriquecer esta história e mostrar o meu real sentimento pelas minhas raízes”.

Zul Alves é uma das caras da nova geração da nossa música. O seu sujeito artístico tem uma postura que bem harmoniza a fortuna oral com a doce sagacidade do contemporâneo. A cantora é o som e os passos, a voz e o corpo, o clássico e o moderno.

O seu primeiro álbum “Buska” composto por 11 faixas musicais, veio à luz no ano passado (2022), e traz uma nova perspectiva rítmica envolvendo, num processo de evolução e história sonora nacional, o diálogo entre composições já conhecidas, de grandes nomes como: Orlando Pantera, Paulino Vieira, Zézé de Nha Reinalda, entre outros, o que granjeou à Zul Alves o epíteto de uma artista tradicional moderna.

O álbum traz uma nova perspectiva rítmica envolvendo um processo de evolução e história sonora nacional, sendo a cantora, dessa forma, definida, pelo seu público, e como referido, uma artista tradicional moderna. Dulcina Mendes – Cabo Verde in “Expresso das Ilhas”


sexta-feira, 27 de outubro de 2023

China - Revelada rede de intercâmbios multiculturais na história antiga do país

Escavações arqueológicas recentes em toda a China revelaram uma série de relíquias que lançam luz sobre as extensas interacções multiculturais na história antiga do país


Estas descobertas, que apresentam um mosaico de elementos culturais diversificados, foram um ponto focal no 4º Congresso de Arqueologia Chinesa realizado em Xi’an, na Província de Shaanxi, no noroeste da China, ontem concluído após uma semana de trabalho.

No evento, investigadores da Academia de Arqueologia de Shaanxi partilharam novos olhares sobre as últimas descobertas em túmulos da Dinastia Han Ocidental (202 a.C.-25 d.C.). Notavelmente, num mausoléu real foram desenterrados centenas de artefactos de ouro adornados com motivos relacionados com pastagens.

“Esses artefactos ressaltam as interacções pré-Rota da Seda entre as áreas da planície central da China e as áreas de pastagem, servindo como evidência directa de intercâmbios culturais durante a pré-Dinastia Qin (221 a.C.-207 a.C.) e a Dinastia Han (202 a.C.-220 a.C.). d.C.)”, disse Ma Yongying, pesquisador da Academia de Arqueologia de Shaanxi.

Esta intrincada interacção de diversas culturas é um tema consistente em toda a histórica rede de intercâmbios da China, observaram os arqueólogos.

Wang Ying, investigador associado do Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que o sítio de Shangjing, que remonta à Dinastia Liao (907-1125), apresenta um reflexo dos costumes nómadas Khitan juntamente com a adopção das tradições das planícies centrais.

Shangjing, a antiga cidade imperial da Dinastia Liao, embora voltada para o leste – reflecte no geral, o costume distinto do povo Khitan de “reverenciar o leste” – adopta principalmente um “layout” de múltiplos recintos concêntricos e simetria axial, que é um estilo arquitectónico comumente encontrado em várias áreas da planície central.

As revelações no local da cidade de Chang’an que remontam à Dinastia Tang (618-907) incluem estatuetas de nariz alto, olhos profundos e barbas espessas, indicando as diversas etnias da época e sugerindo laços históricos entre a China e as regiões da região Central e da Ásia Ocidental.

Nos últimos anos, a comunidade arqueológica na China tem conseguido continuamente novas descobertas que lançam luz sobre os intercâmbios multiculturais. Um desses locais em Shangyi, província de Hebei, no norte da China, conhecido como local de relíquias de Sitai, testemunha alguns dos primeiros assentamentos de aldeias no norte da China.

Notavelmente, a cerâmica ali encontrada partilha semelhanças estilísticas com objectos da região do Lago Baikal, na Rússia, indicando interacções passadas com culturas distantes do norte.

As escavações de 2021 na vila de Ta’erpo, na cidade de Xianyang, Shaanxi, também chamaram a atenção, com 47 conjuntos de objectos de ouro, bronze e cerâmica descobertos. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Agências”


Macau - Festival da Lusofonia arranca hoje nas Casas da Taipa

Com a cultura portuguesa em foco, a 26ª edição do Festival da Lusofonia voltará a animar a zona das Casas da Taipa nos próximos três dias


Organizado pelo Instituto Cultural (IC), em colaboração com os Serviços de Turismo e o Instituto para os Assuntos Municipais e com o apoio principal da Galaxy Entertainment, o Festival da Lusofonia regressa hoje às Casas da Taipa para a sua 26ª edição, que dará particular destaque à cultura portuguesa, através da realização de mostras de gastronomia e artesanato.

Pela primeira vez desde 2019, o palco do Anfiteatro das Casas da Taipa volta a receber músicos dos países lusófonos, nomeadamente o português Carlão, os cabo-verdianos Fogo Fogo e o guineense Sambalá Canuté. A banda Fogo Fogo actuará hoje (20:30), seguindo-se Carlão no sábado (21:30) e Sambala Canuté no domingo (20:30). No palco secundário instalado no Largo do Carmo irão actuar cerca de 30 artistas lusófonos locais.

Segundo o IC, na mostra de artesanato será possível apreciar e comprar azulejos e cerâmica portuguesa do artesão português Paulo Reis. Já na mostra de gastronomia, o menu do jantar incluirá pratos típicos portugueses confeccionados pelo chef Telmo Gongó no Largo da Igreja do Carmo.

Paralelamente, a mostra cultural das 10 comunidades lusófonas residentes em Macau, nomeadamente de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Damão e Diu, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e a comunidade macaense dará a conhecer, através dos seus expositores, a música, dança, arte, artesanato, trajes tradicionais, literatura, informação turística e ainda os petiscos e bebidas típicas dos respectivos países ou regiões.

Nas tardes de amanhã e domingo, os visitantes poderão ainda participar em jogos tradicionais portugueses (corrida de esquis, corrida de sacos, corrida com colher de pau, subida ao pau de sebo, tracção à corda, entre outros), torneios de matraquilhos e diversos jogos para crianças. No Jardim Municipal da Taipa funcionará um restaurante temporário, com grelhados e comida típica portuguesa, sendo que à noite, no Largo do Carmo, serão servidas especialidades dos países e regiões participantes.

Em simultâneo decorre o 5º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, cujo programa integra o “Concerto de Camané com a Orquestra Chinesa de Macau” no Grande Auditório do Centro Cultural pelas 20:00 de 18 de Novembro. Os bilhetes já estão à venda na Bilheteira Online de Macau, com preços de 200, 300 e 400 patacas.

Também no âmbito do 5º Encontro, será inaugurada hoje a Exposição de Obras Ilustradas em Chinês e Português, no Auditório do Carmo, na Taipa. O evento vai contar com a presença de mais de 30 livrarias e editoras, incluindo de Portugal, e incluir mais de 500 livros ilustrados e livros infantis em várias línguas, principalmente em chinês e português. A exposição estará aberta ao público até 5 de Novembro, das 10:00 às 22:00, sendo que o IC também vai organizar duas sessões diárias de leitura familiar.

Por outro lado, entre hoje e 29 de Dezembro, a Casa da Literatura de Macau recebe a exposição “Amor entre Páginas”, com a apresentação de 50 conjuntos de “ilustrações originais fantásticas e de estilos variados, de nove autores [grupos] de livros ilustrados do interior da China, de Portugal e de Macau”. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau