Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Macau – Comércio Internacional no 2º trimestre de 2015

No segundo trimestre do ano corrente a exportação (2,75 mil milhões de Patacas) cresceu 8,2% face ao valor verificado no trimestre homólogo de 2014, ao passo que a importação (20,48 mil milhões de Patacas) baixou 3,5% em termos anuais

Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos no mês de Junho de 2015 exportaram-se 923 milhões de Patacas de mercadorias, equivalentes a uma subida de 17,6%, face ao idêntico mês do ano antecedente. Salienta-se que o valor da reexportação se cifrou em 790 milhões de Patacas, tendo crescido 27,7%, nomeadamente, a reexportação de relógios e aparelhos semelhantes elevou-se 58,0%, porém, o valor da exportação doméstica atingiu 133 milhões de Patacas, tendo descido 20,0%, nomeadamente, a exportação doméstica de tabaco (24 milhões de Patacas) diminuiu 25,2%. No mês em análise importaram-se 6,76 mil milhões de Patacas de mercadorias, correspondentes a uma queda ténue de 0,1%, em termos anuais. Consequentemente, o défice da balança comercial de Junho alcançou 5,84 mil milhões de Patacas, informam os Serviços de Estatística e Censos. 
   
No segundo trimestre do ano corrente a exportação (2,75 mil milhões de Patacas) cresceu 8,2% face ao valor verificado no trimestre homólogo de 2014, ao passo que a importação (20,48 mil milhões de Patacas) baixou 3,5% em termos anuais, fixando-se o saldo na balança comercial em 17,73 mil milhões de Patacas.


   
O valor exportado de mercadorias no primeiro semestre deste ano foi de 5,45 mil milhões de Patacas, registando-se um acréscimo de 8,7%, comparativamente ao idêntico período do ano transacto. A reexportação cifrou-se em 4,53 mil milhões de Patacas, crescendo 12,1%, porém, a exportação doméstica correspondeu a 922 milhões de Patacas, descendo 5,1%. No período anteriormente mencionado o valor importado situou-se em 42,67 mil milhões de Patacas, o que equivaleu a um decréscimo ligeiro de 0,3%, em termos anuais. Por conseguinte, o défice da balança comercial no primeiro semestre do ano corrente alargou-se, atingindo 37,21 mil milhões de Patacas.


   
Analisando a exportação por destino, no primeiro semestre de 2015 observou-se que os valores exportados de mercadorias para Hong Kong (3,37 mil milhões de Patacas) e para a China Continental (847 milhões de Patacas) aumentaram 10,5% e 20,1%, respectivamente, em comparação com o período homólogo do ano passado, enquanto os valores exportados de mercadorias para a União Europeia (131 milhões de Patacas) e para os Estados Unidos da América (97 milhões de Patacas) desceram 16,2% e 39,9%, respectivamente, em termos anuais. 
   
No primeiro semestre deste ano exportaram-se 5,09 mil milhões de Patacas de produtos não têxteis, tendo-se elevado 9,3%, face ao idêntico período do ano anterior. Destaca-se que os valores exportados de relógios e aparelhos semelhantes (792 milhões de Patacas) e de componentes electrónicos (394 milhões de Patacas) cresceram 35,1% e 27,7%, em termos anuais, respectivamente, enquanto os valores exportados de máquinas, aparelhos e suas partes (618 milhões de Patacas) diminuíram 33,8%, em termos anuais. Por seu turno, exportaram-se 367 milhões de Patacas de produtos têxteis e vestuário, que se expandiram 1,5%, em termos anuais.


   
Em termos de países ou territórios de origem, importaram-se da China Continental e da União Europeia durante o primeiro semestre do ano corrente, 15,80 mil milhões e 9,64 mil milhões de Patacas de mercadorias, respectivamente, que em relação ao período homólogo do ano transacto registaram variações de +13,7% e -11,2%, respectivamente, em termos anuais. Refira-se que se importaram 25,15 mil milhões de Patacas de bens de consumo (-8,2%, em termos anuais), dos quais 3,43 mil milhões de Patacas eram de joalharia em ouro (-32,2%), e 5,84 mil milhões de Patacas eram de alimentos e bebidas (+6,1%). Além disso, importaram-se 4,39 mil milhões de Patacas de telemóveis que cresceram 43,4%, em termos anuais.
   
O valor total do comércio externo de mercadorias no primeiro semestre de 2015 correspondeu a 48,12 mil milhões de Patacas e ascendeu 0,6%, face aos 47,83 mil milhões de Patacas registados no idêntico período de 2014. Direcção dos Serviços de Estatística e Censos - Macau

Parlamento Europeu - As “publicações” mais populares do ano

Literacia, direitos das mulheres e liberdade de circulação na UE foram os temas que receberam mais “gostos” por parte dos seguidores da página do Parlamento Europeu no Facebook entre janeiro e junho deste ano. As mensagens de Hauwa Ibrahim e Malala Yousafzai sobre a igualdade de acesso à educação e a defesa dos direitos das mulheres estiveram no topo das preferências dos nossos amigos no Facebook.
























“Se investirmos nas raparigas, investimos na humanidade” defende Hauwa Ibrahim, laureada com o Prémio Sakharov, na sua mensagem vídeo sobre o acesso das raparigas à educação no âmbito do Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março. Mais de 100 mil pessoas clicaram na mensagem de Ibrahim, tornando-a na publicação com mais sucesso de sempre na página do Parlamento Europeu no Facebook.

A segunda publicação mais popular do ano também está relacionada com o mesmo tema. O texto “Armas ou literacia? Em que devemos investir? Veja o que Malala tem a dizer e partilhe se concordar” foi recebeu os gostos, foi partilhada e comentada por cerca de 30 mil pessoas.

O Acordo de Schengen, que permite a livre circulação, fez 30 anos em junho e o nosso texto recebeu os gostos de quase 30 mil seguidores da página do Parlamento Europeu no Facebook. Os europeus fazem 1,25 mil milhões de viagens transfronteiriças dentro da área Schengen todos os anos. Parlamento Europeu

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Moçambique – Regadio de Chimunda operacional na próxima campanha agrícola

Cerca de 500 hectares, metade da área prevista para se beneficiar da irrigação do sistema de Chimunda, no distrito de Govuro, na região norte da província de Inhambane, poderão acolher a próxima campanha agrícola que inicia em Outubro, com a conclusão das obras da construção daquela infra-estrutura hidráulica.

De acordo com a Presidente do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento Agrícola (FDA), Setina Beatriz Titosse, a edificação daquela infra-estrutura, que custou 19 milhões de dólares norte-americanos, termina em Setembro próximo e tudo está sendo feito para que os camponeses trabalhem em áreas intra-estruturadas já na próxima campanha agrícola.

Para o efeito, Setina explicou que o FDA, instituição do Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar, implementador do Projecto de Irrigação do Vale de Save (PIVASA) que arrancou com o regadio de Chimunda, está a concluir a elaboração dos termos de referência para o lançamento do concurso público para a contratação do gestor daquela infra-estrutura que, segundo explicou, pela sua complexidade, necessita de uma seriedade e maturidade e, acima de tudo, de uma entidade com alguma experiência na área para a gerir sem problemas.

O FDA, em coordenação com o Governo da província de Inhambane, optaram pela gestão público/privado, onde o Estado assume a liderança do desenho de políticas e o privado terá a função de assegurar a operacionalização dos objectivos do Governo, que passam pela garantia da intensificação da produção alimentar nas culturas já identificadas, nomeadamente hortícolas, arroz, amendoim, feijões, milho e outras variedades, a manutenção dos equipamentos e assegurar a produção.

A PCA do FDA, que semana passada trabalhou em Chimunda, para a preparação da recepção do empreendimento já tido na província de Inhambane como sendo verdadeira alavanca da revolução verde, indicou que os primeiros camponeses beneficiários das áreas irrigadas serão aqueles que foram retirados da área do regadio para dar lugar à edificação da infra-estrutura hidráulica e reassentadas em Xicudo.

“Na próxima safra agrícola, nem toda área estará disponível porque, nesta visita, constatamos que existem trabalhos adicionais que deverão ser realizados, concretamente o nivelamento de algumas zonas para permitir que a água escorra como se impõe. Por isso, nesta primeira fase, na próxima época agrícola, calculamos em cerca de 500 hectares, dos quais 40 por cento serão distribuídos ao sector familiar e 60 por cento ao sector privado”, explicou Setina.

Dados facultados pela PCA do FDA, em Chimunda, referem que, neste momento, decorrem na infra-estrutura trabalhos de acabamentos da construção, nomeadamente a conexão de alguns tubos dos canais secundários e primários, a montagem de alguns equipamentos no centro de captação bem como a conclusão das obras da casa agrária que contem oito unidades anexas.

Prevista produção de 17 mil toneladas

O regadio de Chimunda enquadra-se no âmbito da implementação do projecto de irrigação do vale do Save, que inclui a construção de outro regadio na região de Paunde, no distrito de Mabote. Espera-se que na primeira fase Chimunda possa produzir pouco mais de 17 mil toneladas de culturas de rendimento, uma produção considerada suficiente para reduzir, em grande medida, o défice alimentar, não só no distrito de Govuro mas também na zona norte da província de Inhambane que, anualmente, tem sido fustigada pela crise alimentar como consequência da seca prolongada e estiagem que cria o descalabro total nas safras agrícolas.

Os primeiros sinais de retorno do investimento feito, segundo as previsões da PCA do FDA, poderão começar a chegar cerca de oito a dez épocas agrícolas depois do início da operacionalização do empreendimento que estará equipado com oito tractores e respectivos implementos, um camião para o escoamento de produtos agrícolas para os polos de comercialização, entre outro material necessário para ajudar os camponeses a trabalhar a terra.

Em relação ao regadio de Paunde, no distrito de Govuro, que faz parte do PIVASA, gerido pelo FDA, Setina Titosse explicou que decorrem neste momento acções de mobilização de fundos para a sua concretização.

Refira-se que o projecto de Chimunda foi financiado pelo Banco Árabe de Desenvolvimento Económico em África (BADEA), o Fundo da OPEC para o Desenvolvimento, OFID e pelo Governo moçambicano em 19 milhões de dólares norte-americanos.

São objectivos desta infra-estrutura, cuja construção iniciou em 2012 a cargo da Empresa Nacional de Obras Públicas (ENOP), mitigar os efeitos das secas cíclicas no norte da província de Inhambane devido à baixa precipitação na zona, bem como transformar a agricultura de subsistência em comercial, de forma a possibilitar o desenvolvimento do sector familiar para que contribua para a melhoria da segurança alimentar no país e a promoção de um sector empresarial que participe no desenvolvimento rural e na redução da pobreza. Victorino Xavier – Moçambique in “Jornal de Moçambique”

Portugal – Professor universitário recebeu Prémio Lagrange

Luís Nunes Vicente, professor catedrático no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, acabou de receber o Prémio Lagrange, atribuído conjuntamente por duas destacadas sociedades científicas internacionais, a SIAM (Sociedade de Matemática Aplicada e Industrial) e a MOS (Sociedade de Optimização Matemática).

O Prémio Lagrange é atribuído, de três em três anos, desde 2003, a «trabalhos fora de série na área da Otimização Contínua, que se distingam pela sua qualidade matemática e originalidade».

Em 2015 o prémio foi concedido pelo livro “Introduction to Derivative-Free Optimization”, publicado em 2009 por Nunes Vicente e dois coautores, Andrew R. Conn (IBM Research) e Katya Scheinberg (Universidade de Lehigh).

O prémio foi entregue, no dia 12 de Julho de 2015, na cerimónia de abertura do XXII Simpósio Internacional de Programação Matemática, perante mil e quinhentos congressistas.

Joseph-Louis Lagrange foi um dos matemáticos mais influentes do século XVIII. São vários os resultados matemáticos ainda hoje conhecidos pelo seu nome, do teorema do valor médio ao método dos multiplicadores, este último muito utilizado precisamente em Optimização Contínua.

No tópico do prémio, a Otimização Sem Derivadas, Nunes Vicente e os seus coautores têm procurado «desenvolver e analisar algoritmos inovadores para a solução de problemas de otimização onde é escassa, ou de ordem baixa, a informação disponível sobre as funções envolvidas. Este tipo de problemas surge frequentemente aquando do desenvolvimento de protótipos em engenharia e ciências aplicadas, onde as funções a otimizar resultam de simulações computacionais. A monografia premiada é uma síntese inovadora das técnicas matemáticas subjacentes à análise destes algoritmos».

O Professor Nunes Vicente doutorou-se na Universidade de Rice, em Houston, em 1996, enquanto bolseiro Fulbright. Tem desenvolvido o seu trabalho a partir de Coimbra, onde é catedrático desde 2009. Foi investigador convidado da IBM Research e da Universidade do Minnesota em 2002/2003 e da Universidade de Nova Iorque em 2009/2010. Colabora regularmente com o centro CERFACS e a escola de engenharia INP de Toulouse na qualidade de cientista sénior convidado.

É autor de mais de uma centena de trabalhos e editor de diversas revistas científicas internacionais de matemática. O seu trabalho tem alcançado significativa visibilidade internacional, expressa em dezenas de artigos publicados em revistas de impacto elevado, milhares de citações aos seus trabalhos e inúmeras palestras plenárias em congressos internacionais. In “Universidade de Coimbra” - Portugal

Páginas do Prémio Lagrange:



Curriculum Vitae de Luís Nunes Vicente: aqui

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Macau - Mapas da Biblioteca Apostólica Vaticana em exposição

A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau acolhe a partir de hoje, 29 de Julho de 2015, uma exposição dedicada à representação cartográfica de Macau onde serão expostas reproduções de mapas que pertencem ao acervo da Biblioteca Apostólica Vaticana.

A iniciativa insere-se no âmbito do segundo simpósio internacional dedicado ao estudo das representações cartográficas do território, que decorre até amanhã naquela instituição de ensino superior.

A primeira notícia sobre a existência de material de origem chinesa na Biblioteca Apostólica Vaticana remonta a finais do século XVI, a 1576-1577, quando Nicolas Audebert, viajante natural de Orleães copiou alguns documentos que lhe foram mostrados no Vaticano. Entre os documentos consultados pelo humanista francês esta um Alphabetum Idiomatis da China, como consta do seu diário de viagem, hoje pertença da Livraria Britânica. Audebert afirma no relato que a Biblioteca Vaticana conservava ainda muitos outros livros chineses, antes ainda de Matteo Ricci ter chegado a Macau e ter iniciado no território a sua missão de evangelização no Império do Meio. Desde então, e ao longo dos séculos, muitos outros documentos chineses chegaram à Biblioteca Apostólica Vaticana. In “Ponto Final” - Macau

Portugal - Observatório de Avifauna do Outeiro

Situado num recanto paradisíaco, no meio do silêncio, das flores e da paisagem deslumbrante do Tejo, este é mais um local edílico do concelho de Gavião. Localizado junto à localidade de Outeiro, próximo da A23 e a poucos minutos do Museu do Sabão, em Belver, ou da inigualável praia do Alamal.

A localização do Centro de Observação de Avi-Fauna do Outeiro é particularmente interessante pela ampla vista que a partir daquele local se tem sobre o Vale do Tejo. É também interessante pelas várias formações rochosas e em particular pelas suas fragas, tão apreciadas pelas aves de rapina para nidificar.

Conta com diferentes habitats distintos, entre eles: matos (matos), zonas húmidas (cursos de água), áreas rochosas falésias/fragas rochosas), zonas artificiais (terra arada; plantações florestais).

Localizado a 30 KM a jusante da "IBA (IMPORTANT BIRD AREA)" de Portas de Ródão e Vale do Mourão, tomemo-la como referência em termos do potencial deste Centro de Observação. Este sítio alberga a maior colónia de Grifo exclusivamente em território nacional e também outras espécies rupícolas ameaçadas, como a Cegonha-preta e a Águia Perdigueira.

Chasco-preto
Ainda é possível encontrar o cada vez mais escasso Chasco-preto.

Se é adepto do birdwatching ou gosta simplesmente de apreciar a paisagem natural, o Observatório de Avifauna do Outeiro é um local a visitar. In “Município do Gavião” - Portugal

Brasil - Marinha do Brasil recebeu oficialmente o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira

O navio, adquirido por meio de um Acordo de Cooperação firmado entre o Ministério da Defesa (MD), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Petróleo Brasileiro S.A. (PETROBRAS) e a VALE S.A., foi incorporado à Marinha do Brasil (MB) em março deste ano, em cerimônia ocorrida em Singapura, e chegou ao Brasil no passado dia 15 de Julho de 2015.
                                 
Lançado ao mar em setembro do ano passado, o NPqHo “Vital de Oliveira” será empregado no monitoramento e caracterização física, química, biológica, geológica e ambiental de áreas oceânicas estratégicas para a exploração de recursos naturais, com ênfase nos recursos minerais, óleo e gás, ampliando a presença brasileira no Atlântico Sul e Equatorial.
 
Para tanto, o navio é dotado de 28 equipamentos científicos que proporcionam a capacidade de um melhor conhecimento das riquezas da “Amazônia Azul”.

A gestão do “Vital de Oliveira” será coordenada por um Comitê com representantes dos MD (por meio da MB), MCTI, PETROBRAS e VALE, e tem por finalidade coordenar as atividades e maximizar a eficiência do seu emprego em prol do desenvolvimento de pesquisas científicas no meio ambiente marinho, bem como organizar os projetos a serem conduzidos a bordo do navio. O investimento realizado para a aquisição do navio foi de R$ 162 milhões (sendo, R$ 70 milhões da PETROBRAS, R$ 38 milhões da VALE, R$ 27 milhões do MCTI e R$ 27 milhões da MB).



Características Principais:

 - Comprimento - 78 metros;
 - Boca - 20 metros;
 - Deslocamento Máximo - 4.200 toneladas;
 - Calado Máximo - 6,3 metros;
 - Autonomia - 30 dias;
 - Raio de Ação - 7.200 Milhas Náuticas;
 - Velocidade de Cruzeiro - 10 nós;
 - Velocidade Máxima - 12 nós;
 - Tripulação - 90 militares; e
 - Passageiros - 40 cientistas.

Equipamentos Científicos:

 - Ecobatímetros Multifeixe (águas rasas e profundas);
 - Ecobatímetro Monofeixe;
 - Perfilador de Subfundo;
 - Sonares de Varredura Lateral;
 - Perfiladores de Corrente (ADCP);
 - CTD/Rossette, U-CTD, XBT, Perfilador contínuo de propagação da Velocidade do Som na água;
 - Veículo Operado Remotamente (ROV) até 4.000m;
 - Amostradores e testemunhador geológico;
 - Estação Meteorológica Automática;
 - Medidores de Ondas e Correntes;
 - Gravímetro e Magnetômetro;
 - PCO2, Plâncton e Salinômetro; e
 - Lanchas Hidrográficas com ecobatímetro multifeixe.
 - Veículo de Operação Remota (ROV –- sigla em inglês) tem capacidade para chegar a 4 mil metros de profundidade.


A Visão Estratégica
 
Por ser equipado com o que há de mais moderno em termos de tecnologia, o navio representa importantes avanços para o país. Isso porque os recursos disponíveis podem auxiliar o pleito do Brasil junto a Comissão de Limites da Organização das Nações Unidas (ONU) no sentido de ampliar o limite exterior da área marítima, na qual o Brasil detém os direitos de soberania para a exploração de recursos naturais.

A embarcação também apresenta habilidade especial para realizar pesquisas de busca de nódulos metálicos no fundo do mar, além da localização de petróleo e gás em superfícies bem inferiores, como é o caso da camada pré-sal e da exploração de recursos minerais em águas profundas como a Zona Econômica Exclusiva (ZEE).

Durante a cerimônia, Jaques Wagner disse que apostar na tecnologia, pesquisa e inovação oceanográfica aumenta o poder e a soberania do país. "É a aplicação da tecnologia e do conhecimento do mar na defesa nacional", destacou o ministro que reconhece o ganho inestimável para a pasta.

“O navio impulsiona nosso poder de dissuasão porque trabalha com oceanografia física que mede a temperatura da superfície do mar, qualidade e suas propriedades, facilitando, por exemplo, missões com submarinos””, acrescentou Wagner.

Acompanhado do ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, Jaques Wagner percorreu os cinco laboratórios do navio e conheceu o robô (ROV) que pode descer até 4 mil metros de profundidade.

Uso dual

Todas as diversas funções e capacidades do navio têm uso dual, ou seja, tanto servirão para assegurar a proteção das riquezas das jurisdições marítimas pertencentes ao Brasil, como poderão ser utilizadas em diversos setores, como no caso da pesca, meteorologia, exploração de recursos minerais, preservação do meio ambiente, entre outras.

Os dados inseridos nas cartas náuticas além de auxiliarem na navegação, provocam impactos na economia do país, refletindo no custo Brasil. Os registros coletados por navios de pesquisas podem atingir, por exemplo, as empresas seguradoras que fazem transportes de mercadorias para o país, pois dependendo, o frete das mercadorias, pode aumentar ou diminuir, refletindo diretamente no preço final para o consumidor.

O comandante do navio, capitão-de-fragata Aluízio Maciel de Oliveira Júnior, disse que a ampliação da pesquisa no mar vai resultar em mais riquezas e uma mudança total nos rumos do estudo oceanográfico brasileiro.“

Ao conhecer o grupo de pesquisadores já embarcados no navio, o ministro da Defesa foi informado sobre as amostras recolhidas e que as geladeiras já possuem material para dar início às novas pesquisas.

"É orgulho saber que estamos na primeira linha da pesquisa oceanográfica, e mesmo com o pré-sal ainda temos muito a pesquisar para abrir novas vertentes", afirmou o ministro da Defesa, que na ocasião, cumprimentou o chefe dos pesquisadores, professor Moacir Araújo, e pediu que os estudos fossem aplicados no cotidiano e na economia.

O almirante Leal Ferreira reforçou a importância do navio para a Marinha e comunidade científica. “”O Vital de Oliveira irá atuar em áreas oceânicas estratégicas ampliando a presença brasileira no Atlântico Sul e Equatorial””, ressaltou. Com 28 equipamentos científicos, o Navio possui maior capacidade de pesquisas e exploração das riquezas da “Amazônia Azul”.

Por que “Vital de Oliveira”?

O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira” - H 39, é o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Capitão-de-Fragata (post-mortem) Manuel Antônio Vital de Oliveira, morto na Guerra do Paraguai, em 2 de fevereiro de 1867, no bombardeio a Curupaiti, a bordo do Monitor Encouraçado Silvado, do qual era Comandante.
       
Manoel Antonio Vital de Oliveira nasceu em Recife, no dia 28 de Setembro de 1829. Na paz, foi o homem de estudos, um marinheiro a serviço da ciência; na guerra foi o homem de ação pronta.
       
Seus trabalhos hidrográficos correram o mundo. A França o condecorou com a Legião de Honra; Portugal, com a Ordem de Cristo, e a Itália, com a Ordem de São Maurício e São Lázaro.
       
Do Brasil, além das suas promoções por merecimento, recebeu as insígnias de Oficial da Imperial Ordem da Rosa, de Cavalheiro de Cristo e de São Bento de Aviz; os títulos de sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, do Instituto Politécnico Brasileiro, da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional; foi considerado sócio auxiliador do Instituto Episcopal; sócio honorário da Associação Comercial Beneficente de Pernambuco e sócio correspondente do Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco.
       
Vital de Oliveira deu tudo quanto pode um homem dar ao seu país: inteligência, cultura, dedicação, seu sangue e a sua própria vida. In “Defesanet” – Brasil

Poderá aceder a mais informações, aqui.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Portugal - A portuguesa Tekever vai participar na próxima missão espacial chinesa

A portuguesa Tekever vai participar na próxima missão espacial chinesa. Três microssatélites vão estar equipados com tecnologia “made in Portugal”. Depois da Europa, China e Brasil, seguem-se os Estados Unidos.

Foto: Miguel Baltazar
Portugal já marcou lugar na próxima missão espacial chinesa. A descolagem vai ter lugar em Setembro e a bordo seguem três microssatélites com tecnologia nacional.

Esta é a primeira missão espacial da China que conta com a participação de uma companhia portuguesa. A “Tekever” foi a responsável por desenvolver a tecnologia que vai permitir a estes microssatélites enviarem a informação recolhida em tempo real para a Terra, lá em baixo, a 500 quilómetros de distância.

A placa com menos de 10 centímetros de largura e 85 gramas de peso “permite substituir vários sistemas de comunicação que vão normalmente a bordo de um satélite, o que permite poupar espaço, peso e energia”, explica ao “Negócios” Ricardo Mendes, administrador da empresa.

Com este equipamento, denominado Gamalink, a Tekever quis “criar no espaço um conceito semelhante à intemet, ou seja, faz a ligação entre os satélites e as estações terrestres por forma que a informação flua para quem de direito. Isto sem estarmos preocupados como é que aquilo vai chegar ao seu destino, tal como na intemet”.

Estes microssatélites, com cerca de três quilos, vão ser lançados com vários objectivos, entre as quais ambientais, como monitorizar as calotas polares, as massas de gelo. “Vamos estar a medir a variação da dimensão e das características das calotas polares face às últimas medidas conhecidas”, diz.

A missão também vai servir para fazer uma série de testes técnicos. Depois de inúmeros testes feitos na Terra, esta vai ser a primeira vez que o Gamalink vai ser utilizado no espaço. Com o teste aprovado, a empresa leva a certificação de “space qualified”, o que significa que haverá muitos negócios à sua espera. “Isso vai-nos abrir a última porta de entrada no mercado, pois passa a ter confiança para adquirir o equipamento e integrá-lo nos seus satélites.”

A “Tekever Space” foi lançada em 2009,e desde então já investiu 10 milhões de euros na sua odisseia espacial. E espera agora ultrapassar o valor do investimento "nos próximos três a cinco anos, até mais rapidamente", aponta.

A entrada na China teve início em 2006, mas somente mais tarde é que a Tekever vislumbrou uma oportunidade na área dos microssatélites. Aproximou-se do Centro de Engenharia de Micro-Satélites de Xangai para se tornar no seu “principal parceiro internacional” e para no futuro explorarem esta tecnologia em conjunto em todo o mundo. A “última fronteira” da Tekever Space deverá ser agora o mercado norte-americano, uma nova odisseia que “muito provavelmente” passará pela NASA.

O futuro parece estar assim escrito nas estrelas para a empresa portuguesa, acredita Ricardo Mendes. "Teremos um objectivo bastante ambicioso que é de ser um dos principais fornecedores, senão o principal, de sistemas de comunicação espaciais a nível mundial”.

É difícil comunicar nas regiões polares

Um dos objectivos da odisseia espacial da Tekever é também recolher informação de navios e aviões nas regiões polares. Estes, em particular os aviões, têm bastantes dificuldades em comunicar quando sobrevoam estas regiões e a Tekever quer resolver esta situação. “Na zona polar, é extremamente difícil obter comunicações com os aviões”, conta Ricardo Mendes. Um dos objectivos dos microssatélites vai ser precisamente procurar mitigar esta questão. Os problemas de comunicação acontecem “por causa do grau da curvatura da Terra e pela distância face à Terra”. Desta forma, a Tekever vai testar “uma série de equipamentos para comunicar com aviões e navios para perceber se a utilização de satélites de pequena dimensão pode ser interessante para o negócio das comunicações nas zonas polares”. Esta é assim uma nova oportunidade de negócio para a empresa portuguesa. “Este é um problema que pode ser resolvido com o uso de satélites, e pode vir a ser resolvido com o uso de pequenos satélites, de baixo custo”, destaca.

A missão na China é apenas um dos vários projectos em que a Tekever Space está envolvida. Também desenvolve actividade em Portugal e noutros países europeus. Seguem-se agora os EUA.

2017 - NOVOS PROJECTOS - Vários projectos da Tekever vão chegar ao espaço em 2017, como o da Agência Espacial Europeia e os satélites brasileiro e português:

OLHAR O SOL DE PERTO - A missão PROBA-3 da Agência Espacial Europeia (ESA) vai contar com a tecnologia nacional. O objectivo da missão, prevista para 2017, é estudar o Sol de perto e a empresa vai ser a responsável por assegurar as comunicações entre os dois satélites de pesquisa, que têm uma dimensão mais reduzida do que o habitual. O trabalho da empresa portuguesa mereceu os elogios da Agência Espacial Europeia.

VASCO DA GAMA NO AR - Entre os seus projectos encontra-se também um satélite português: o Gamasat, com lançamento previsto para 2017. Tal como nos outros produtos, também aqui surge referência ao navegador português. Fora do espaço, a empresa vai estrear-se no sector da manutenção da aviação civil como parceira tecnológica num projecto de seis milhões de euros liderado pela TAP.

BRASIL EM ÓRBITA - A empresa está actualmente a trabalhar com a rede de institutos federais no Brasil para construir um dos primeiros satélites feitos principalmente com know-how brasileiro, mas também português: 0 14 B1-Sat. O próximo passo é entrar no mercado dos Estados Unidos. No futuro, a portuguesa Tekever pode vir a trabalhar com a NASA. André Mendes – Portugal in “Jornal de Negócios”




Localização:

TEKEVER EMEA - Rua das Musas 3.30 - 1990-113 Lisboa - Portugal
phone: +351 213 304 300 - fax: +351 213 304 301
Email: info@tekever.com - //www.tekever.com/

Brasil - A revitalização da cabotagem

SÃO PAULO – O governo parece disposto a encontrar saídas para reduzir os custos logísticos da cabotagem, o transporte de carga de porto para o porto por via marítima dentro do próprio País. Tanto que há dois grupos de trabalho preparando propostas nesse sentido – um no Ministério da Agricultura e outro na Secretaria de Portos (SEP) –, mas ambos enfrentam um problema comum: na maioria das vezes, as propostas criam custos ou sugerem cortes que diminuem a arrecadação de impostos. E os cofres públicos andam com o caixa baixo.

Obviamente, como se trata de um mesmo governo, o ideal seria que houvesse apenas um grupo discutindo o assunto, convergindo as propostas apresentadas até o momento. Mas, como se sabe, nem sempre é assim que funcionam as coisas: a burocracia existe só para gerar mais burocracia e mais cargos e funções para se desempenhar, muitas vezes, o mesmo papel.

Por isso, a proposta mais clara na atual discussão é aquela que pede menos burocracia na cabotagem e que é comum nos dois grupos de trabalho. Afinal, foge à luz da razão que a fiscalização na cabotagem seja idêntica àquela que se faz nas mercadorias que vêm ou vão para o exterior, pois a carga sequer sai das águas territoriais do País. Portanto, é indiscutível que são necessárias regras mais simples para as cargas nacionais.

Entre as medidas sugeridas até aqui, estão algumas que prevêem a redução de 70% do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da contribuição patronal para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a utilização de recursos recolhidos por meio do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) para quitar dívidas com a Previdência, além de outros benefícios fiscais. De acordo com outra sugestão, as empresas que movimentam os navios de cabotagem teriam isenção da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível utilizado pela embarcação. Neste caso, como o ICMS é um imposto de âmbito estadual, seria bom saber o que acham disso os governos estaduais.

Em tese, todas essas medidas são bem-vindas, mas é difícil acreditar que possam ser colocadas inteiramente em prática, levando-se em conta que causariam impacto nas contas públicas. A exemplo da velha boutade que se atribui ao antigo ponta-direita da seleção brasileira Mané Garrincha (1933-1983), que perguntou, em 1958, durante a Copa da Suécia, ao técnico Vicente Feola (1909-1985) se ele já havia combinado com os adversários todas aquelas jogadas que idealizara, é de se indagar se os dois grupos que estão discutindo meios para revitalizar a cabotagem já combinaram as propostas com a equipe econômica responsável pelo chamado ajuste fiscal. Do contrário, só perdem tempo e gastam recursos públicos com suas reuniões. Mauro Dias - Brasil


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Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). E-mail: fiorde@fiorde.com.br Site: www.fiorde.com.br

segunda-feira, 27 de julho de 2015

São Tomé e Príncipe – Lançamento de internet grátis para a população

Foto: Lourenço da Silva
São Tomé – O Governo de Patrice Trovoada inaugurou no dia 25 de Julho de 2015 praças digitais com internet grátis para população, do centro da capital São-Tomé e da Trindade, distrito de Mezochi, em cumprimento a promessa eleitoral de digitalização do arquipélago.

Tendo considerado que “a educação digital é fundamental“ para o desenvolvimento do País, Patrice Trovoada sublinhou tratar-se de “um passo significativo rumo à modernização e crescimento da economia e bem-estar da população”.

Depois de ter inaugurado a praça digital na cidade da Trindade, distrito de Mezochi, o Primeiro-ministro, seguiu depois para outra praça criada no Parque Popular, localizado no centro de São-Tomé.

Além do ministro da tutela, tanto na Trindade como na capital São-Tomé, Trovoada esteve acompanhado dos respectivos presidentes das Câmaras locais, nomeadamente, Isabel Domingo (Mezochi) Ekeneide Santos (Água-Grande) bem como os responsáveis da Companhia São-Tomense de Telecomunicações, CST, a empresa operadora dos serviços.

Durante o período da campanha eleitoral, Patrice Trovoada havia prometido a “digitalização” do País através de colocação de centros públicos de internet de acesso grátis aos habitantes do arquipélago de São Tomé e Príncipe. Ricardo Neto – São Tomé e Príncipe in “Agência Noticiosa de São Tomé e Príncipe”

Portugal – Entreposto frigorífico no Porto de Sines

A Friopuerto assinou um contrato com a Administração dos Portos de Sines e Algarve para a construção de um Entreposto Frigorífico no espaço ocupado pela ZALSINES no Porto de Sines. O investimento previsto é de 2 milhões de euros na primeira fase e constituirá a quarta instalação frigorífica da empresa.

Sobre uma parcela de quase 4000 metros quadrados, o armazém terá 3100 metros quadrados construídos para albergar duas câmaras para produtos refrigerados, principalmente fruta fresca (0ºC a +18ºC), com capacidade total para 1000 paletes, um cais de movimentação de 750 metros quadrados e um total de oito plataformas niveladoras. O projeto prevê uma segunda fase que duplicará a capacidade das instalações, incluindo também câmaras bi-temperatura para produtos congelados.

Javier Romeu, Diretor da Friopuerto, refere que "o futuro entreposto de Sines tem todo o sentido estratégico para a Friopuerto. Os fluxos de fruta registam crescimento em toda a Espanha e Portugal e Sines tem uma posição estratégica ideal para competir nesse negócio, tanto na importação da América Latina como na exportação. É o porto mais importante de Portugal e com 1,2 milhões de TEU's movimentados em 2014 é um dos mais importantes da Península Ibérica."

Prevê-se que as obras comecem em meados de agosto e terminem seis meses depois, para que a estrutura comece a operar em março de 2016. Ana Costa – Portugal in “Distribuição Hoje”

São Tomé e Príncipe – Isenção de vistos para europeus e americanos

São-Tomé - Os cidadãos da União Europeia e dos Estados Unidos da América vão gozar de isenção de vistos de entrada em São Tomé e Príncipe por um período de 15 dias na sequência de uma decisão tomada pelo Governo chefiado pelo Primeiro- Ministro Patrice Trovoada.

“O conselho de Ministros decidiu por unanimidade autorizar que os cidadãos dos Países membros da União Europeia e dos Estados Unidos da América detentores de um passaporte válido possam entrar e permanecer no País com dispensa de visto por um período não superior a quinze dias” – Lê-se no comunicado do Governo de Trovoada.

O comunicado acrescenta que a isenção de visto de entrada e permanência pelo mesmo período é concedida aos cidadãos de quaisquer outros Países, desde que disponham cumulativamente de um passaporte com validade superior a três meses e de um visto válido “Schengen” ou nos Estados Unidos da América.

O Conselho de Ministros instrui ainda os ministérios dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, da Administração Interna e da Economia e Cooperação Internacional no sentido de “submeter a sua apreciação no prazo máximo de trinta dias um projecto de regulamentação da medida agora adotada”.

Localizada no Golfo da Guiné, a República de São Tomé e Príncipe é um estado insular composto por duas ilhas principais (Ilha de São Tomé e Ilha do Príncipe) e várias ilhotas, num total de 1001 quilómetros quadrados, com cerca de 280 mil habitantes. Ricardo Neto – São Tomé e Príncipe in “Agência Noticiosa de São Tomé e Príncipe”

domingo, 26 de julho de 2015

Timor-Leste – Federação de ciclismo assina protocolo de cooperação em Portugal



A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) e a Federação de Ciclismo de Timor-Leste assinaram esta quinta-feira, 23 de Julho de 2015, um protocolo de cooperação com o objetivo de desenvolverem a modalidade nos dois países, onde se espera também o intercâmbio de atletas.

No âmbito de um acordo de cooperação entre os estados de Portugal e Timor-Leste, as duas federações assinaram um acordo, no qual ambas farão a divulgação de eventos realizados nos dois países, promovendo também um intercâmbio de atletas e técnicos.

Na fase inicial do projeto, a FPC assumirá um papel mais ativo em Timor-Leste, tendo como principais responsabilidades a implementação de regras da modalidade, a criação de estruturas e a formação dos técnicos e atletas timorenses.

A cerimónia, que decorreu no Museu Nacional do Desporto, contou com a presença dos presidentes das duas federações e dos secretários de Estado do Desporto e Juventude de ambos os países, tendo o governante português, Emídio Guerreiro, se mostrado muito feliz com a celebração do protocolo, que demonstra como se pode "sair do papel para a prática".

"Este é um excelente testemunho de como as coisas podem sair do papel para a prática e espero que rapidamente tenhamos jovens timorenses a pedalar em Portugal e que uma equipa técnica possa estar em Timor para ajudar. Os nossos povos tem muito em comum e tem de ser capazes de recriar no futuro o que o passado nos deixou", afirmou.

Já Leovigildo Hornai, secretário de Estado timorense, destacou o esforço feito na "reabilitação de infraestruturas no país", não esquecendo o papel desportivo, mostrando-se expetante nos eventuais resultados da equipa nacional.

"O desporto é uma ferramenta ótima para desenvolver a sociedade. Timor - Leste faz um grande esforço para desenvolver o desporto a nível nacional através da reabilitação de infraestruturas no país. Esperamos também a consolidação da nossa equipa nacional, através de uma entidade nacional forte", explicou.

De Timor - Leste também marcou presença Ângelo Henriques, presidente da Federação de Ciclismo do país, que se mostrou satisfeito com o acordo, que pode "dar suporte ao máximo para que se possa evoluir", através do apoio de Portugal, país que considera "um irmão mais velho".

"Iremos trabalhar em conjunto para melhorar a Federação de Timor. Este acordo não foi fácil mas com muito esforço de todas as entidades conseguimos. Este será um acordo que nos pode ajudar, dar suporte ao máximo para que se possa evoluir. Pedimos apoio a Portugal porque é um irmão mais velho que não podemos deixar", assinalou.

O presidente da FPC, Delmino Pereira assumiu que existe "um longo trabalho pela frente", explicando que o protocolo assenta em "três eixos de desenvolvimento".

"[Hoje] é um dia bonito para a nossa história. Temos um longo trabalho pela frente. O protocolo assenta em três eixos de desenvolvimento que são o apoio da preparação das duas seleções, a promoção de eventos internacionais e a formação de técnicos, árbitros e treinadores, que serão bastantes úteis para o desenvolvimento de Timor", concluiu. In “Jornal Record” - Portugal

sábado, 25 de julho de 2015

Cabo Verde – Corsino Fortes

Morreu o nosso Poeta. Morreu Corsino Fortes. O poeta partiu esta sexta-feira, depois de uma luta contra o cancro.

Corsino Fortes escolheu morrer no Mindelo, cidade à qual regressou, na fase terminal da doença, a seu pedido, para que em São Vicente se despedisse da vida material, porque eterna e imortal será para sempre a sua obra.
Corsino António Fortes nasceu em São Vicente, em 1933. Licenciou-se em Direito, pela Universidade de Lisboa (1966), tendo integrado vários governos em Cabo Verde. Foi presidente da Associação dos Escritores Cabo-verdianos e presidente da Academia Cabo-verdiana de Letras, desde a sua fundação em 2013.

Publicou os primeiros poemas no Boletim dos Alunos do Liceu Gil Eanes, no Boletim de Cabo Verde e na revista Claridade. Com a publicação de Pão & Fonema em 1974 estabelece-se como uma das vozes mais válidas da poesia cabo-verdiana. A originalidade tanto formal como artística que patenteou logo no primeiro livro de poemas viria a ser confirmada em duas outras obras, Árvore & Tombor (1986) e Pedras de Sol & Substância (2001), que fecham a trilogia. Também em 2001 publica A Cabeça Calva de Deus que reúne os três livros anteriormente publicados. Numa entrevista concedida na altura, explicou assim a essência da sua trilogia poética: 


“Acaba por ser todo o projeto de independência do povo de Cabo Verde, em que Pão & Fonema representa, de facto, os símbolos daquilo que é fome, daquilo que é a realidade de Cabo Verde durante séculos, e, por outro lado, a exigência pela palavra, liberdade e cultura. Em Árvore & tambor já há a materialização do “pão”, no sentido dos instrumentos de produção do país e toda a comunicabilidade do arquipélago com África e o mundo. Pedras de sol & substância é a substancialização solar desta realidade. Há uma materialização de aspectos, não só de ordem literária, mas também de ordem pictórica e musical. É tudo aquilo que pode significar a identidade deste espaço, e dos que o habitam, dentro e fora do arquipélago.”


Corsino Fortes foi, em diversas ocasiões distinguido pela sua actividade político/diplomática, mas só recentemente recebeu uma das poucas distinções da sua já longa carreira poética: o prémio literário 40º Aniversário de Independência de Cabo Verde, no valor de 500 mil escudos.

De resto, Corsino Fortes preocupou-se mais com os valores imanentes da sua obra do que com qualquer falso brilho a que os prémios literários estão muitas vezes associados, como revelou numa entrevista concedida no ano passado ao Expresso das Ilhas:

Expresso das Ilhas – É um dos expoentes máximos da literatura cabo-verdiana, mas a sua obra raras vezes foi premiada. A que se deve este paradoxo?

Corsino Fortes – O fundamental para mim é nós reconhecermos os valores que temos em Cabo Verde. Somos um pequeno país e se aparece uma pessoa ou instituição interessada na divulgação da nossa literatura é necessário colaborar. Nos fóruns internacionais temos feito todos os possíveis para que também escritores cabo-verdianos sejam mais conhecidos. Fico satisfeito por ter sido convidado há uns anos como jurado do Prémio Camões e com a minha presença e com ajuda dos outros jurados consegui que o prémio viesse para Cabo Verde, tendo sido atribuído a Arménio Vieira [2009]. Rejubilo-me com isso”.

Aliás foi nesta entrevista que o poeta anunciou em primeira mão a publicação do livro Sinos de Silêncio, cujo lançamento aconteceu esta quarta-feira, 22 de Julho de 2015, na Biblioteca Nacional, na Praia, um dia depois de ter sido apresentado no Mindelo, em São Vicente. In “Expresso das Ilhas” – Cabo Verde

Sobre o Grande Prémio Literário Vida e Obra atribuído pela Academia Cabo-Verdiana de Letras este ano a Corsino Fortes poderá aceder ao texto publicado no “Baía da Lusofonia” aqui.