Luanda - Angola defende uma actuação coordenada entre os
Estados do Golfo da Guiné para o reforço da segurança marítima na região,
afirmou o director dos Assuntos Multilaterais do MIREX, Mário Constantino
O
responsável expressou o facto em declarações à imprensa, no segundo dia da
sessão de peritos, preparatória da 49ª reunião do Comité Consultivo Permanente
das Nações Unidas encarregue das Questões de Segurança na África Central
(UNSAC).
Informou
que a região do Golfo da Guiné possui oito por cento dos recursos de petróleo
do mundo, segundo dados oficiais, bem como actividades pesqueiras e tráfego
marítimo significativos.
Este
quadro, de acordo com Mário Constantino, torna a zona numa das áreas mais
perigosas para os marinheiros.
Mário
Constantino, responsável dos Assuntos Multilaterais do MIREX e também Ponto
Focal de Angola na UNSAC, entende que apesar dos países possuírem estratégias
nacionais para combater a pirataria no Golfo da Guiné, só uma cooperação
internacional pode tornar a região mais segura, eficaz e voltada à paz.
Deu
a conhecer que durante a sessão, dominada pela segurança marítima, os
participantes aconselharam os países a procurar financiamento para a melhoria
das condições de segurança.
“Angola
dá uma importância à segurança no Golfo da Guiné, por causa da importância que
o mar tem para a nossa economia”, disse.
Relativamente
ao desarmamento, outro tema do dia, explicou que avaliou-se o grau de
implementação das convenções relativas à adesão dos países ao tratado de
comércio de armas que, por enquanto, grande parte dos países da Comunidade
Económica dos Estados da África Central (CEEAC) ainda não aderiu.
Esclareceu
que a adesão a este instrumento é fundamental para a manutenção da segurança na
região, por proibir a circulação ilegal de armas de pequeno porte.
Angola
orientou os trabalhos da 49ª reunião da UNSAC, depois de assumir, na passada
terça-feira, a presidência rotativa do comité, criado em 1991.
Fazem
parte da região do Golfo da Guiné, Angola, Costa do Marfim, Gana, Togo, Benin,
Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão, São Tomé e Príncipe, República
Democrática do Congo e República do Congo. In “Angop
Agência Angola Press” - Angola
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