Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 30 de abril de 2019

Timor-Leste – Construção do novo porto de Beaço no sul do país



A empresa China Civil Engineering Construction Corporation anunciou sexta-feira a assinatura de um contrato com a petrolífera timorense Timor Gap para a construção de um porto numa unidade de processamento de gás natural em Beaço, no sul de Timor-Leste.

Em comunicado enviado ao mercado bolsista de Xangai, a China Civil Engineering Construction Corporation, uma subsidiária da construtora estatal chinesa China Railway Construction Corporation, indicou que vai receber cerca de 943 milhões de dólares norte-americanos pelo design e construção do porto.

Antes do arranque das obras, que deverão demorar cerca de quatro anos, a Timor Gap terá ainda de assegurar o financiamento do projecto, sublinhou a China Civil Engineering Construction.

Segundo a página da petrolífera timorense na Internet, o porto de Beaço vai “permitir o desembarque de materiais durante a construção” tanto do gasoduto, que que trará o gás natural dos campos petrolíferos de Greater Sunrise, como de uma unidade de processamento de Gás Natural Liquefeito (GNL).

Após a entrada em funcionamento da unidade, o porto vai ser usado para o embarque do GNL, acrescentou a Timor Gap.

Numa recente entrevista à Lusa, o presidente e director executivo da Timor Gap, Francisco Monteiro, disse que Timor-Leste quer evitar recorrer ao Fundo Petrolífero para financiar os custos de capital de até 12 mil milhões de dólares norte-americanos para o desenvolvimento do projecto.

Os campos de Greater Sunrise contêm reservas estimadas de 5,1 triliões de pés cúbicos de gás e estão localizados no mar de Timor, a aproximadamente 150 quilómetros a sudeste de Timor-Leste e a 450 quilómetros a noroeste de Darwin, na Austrália. In “Hoje Macau” - Macau

Moçambique – Universidade Politécnica junta-se à “Olá Vida” para debater cancro da mama e do colo do útero

O movimento “Olá Vida”, em parceria com a Universidade Politécnica, realizou, no sábado, 27 de Abril, um workshop sobre o cancro da mama e do colo do útero, que tinha como objectivo alertar a sociedade sobre a importância da tomada de medidas de prevenção e dos cuidados de saúde.

Através desta iniciativa, os mentores pretendem, igualmente, fechar a lacuna que existe na divulgação das causas, sintomas e tratamento, bem como na promoção de hábitos saudáveis que podem ajudar a prevenir esta e outras doenças.

O objectivo, de acordo com Eta Matsinhe, representante do movimento “Olá Vida”, “é reverter o actual quadro, caracterizado pela falta de informação sobre o cancro. O nosso alvo é a sociedade, principalmente as mulheres, independentemente de terem ou não o cancro. Os homens, que são os nossos parceiros, e a família merecem, também, a nossa atenção porque são afectados por esta doença”.

Segundo Eta Matsinhe, o cancro do colo do útero é o que mais mata no País, sendo, por isso, importante visitar o ginecologista regularmente para evitar o diagnóstico tardio, assim como usar o preservativo.

“No geral, o cancro é responsável por três mil mortes em cada quatro mil casos registados em Moçambique”, acrescentou a representante do movimento Olá Vida, que apelou ao auto-exame como medida de diagnóstico precoce para caso do cancro da mama.

A organização deste evento, conforme explicou a representante da Universidade Politécnica, Paula Lobo, enquadra-se no âmbito das actividades de extensão desta instituição privada de ensino superior, que visam a promoção da mudança de comportamento no seio das comunidades.

“O papel de uma universidade é o de formar e informar, por isso a Universidade Politécnica realiza regularmente actividades de extensão, que permitem uma maior aproximação à sociedade, e, consequentemente, a mudança de comportamento no seu seio”, disse Paula Lobo.

Importa realçar que, durante o workshop, foram partilhadas histórias de superação de pessoas que tiveram e venceram o cancro, seguidas por um debate, cujo painel foi constituído por um médico e uma enfermeira, que explicaram como a doença se manifesta. In “Olá Moçambique” - Moçambique

Lusofonia - Macau e Timor-Leste avançam com projecto para cooperação na saúde

Numa cerimónia que decorreu na passada sexta-feira, Macau e Timor-Leste assinalaram o início da implementação do projecto “Hospital Twinning Partnership”, lançado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2009. Este projecto, em que instituições médicas de países e regiões remotas são emparelhadas para aumentar a qualidade e a segurança de saúde, terá um custo previsto para Macau de um milhão de dólares americanos, mais de oito milhões de patacas, dizem os Serviços de Saúde.

O comunicado divulgado refere que este projecto tem como objectivo aumentar a qualidade dos serviços médicos de Timor-Leste, promover as instituições médicas locais, incrementar a capacidade dos profissionais de saúde e ainda aprofundar a cooperação com os países de língua portuguesa no âmbito da saúde. Sem adiantar mais detalhes, é dito que esta cooperação entre os Serviços de Saúde de Macau e as instituições médicas de Timor-Leste será feita através da partilha de experiência e apoio técnico.

Na apresentação deste projecto, Shams Syed, chefe da Divisão de Sistemas de Qualidade e Regulação da OMS, disse que “Macau muito tem feito para progredir na área da saúde, daí acreditar que este projecto pode ajudar o desenvolvimento de Timor-Leste”.

Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, adiantou que o projecto “irá melhorar a qualidade e a segurança dos serviços médicos e de saúde, através da adequação e cooperação, especialmente a cooperação humana, para alguns países ou regiões com cuidados de saúde relativamente pobres”. “Como Macau possui uma boa rede de cuidados de saúde primários, ou seja, na área da clínica geral, irá ajudar Timor-Leste a implementar serviços médicos de clínica geral, particularmente medidas para melhorar o controlo de infecção”, referiu o responsável. Alexis Tam aproveitou para agradecer o apoio dado a Macau pela OMS, bem como a orientação do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. In “Ponto Final” - Macau

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Itália - ENI junta-se a parceiros para projecto industrial de energia das ondas

Juntamente com a Fincatieri, o Banco Cassa Depositi e Prestiti e a Terna, a ENI quer transformar o projecto-piloto ISWEC num projecto industrial



A ENI estabeleceu um acordo não vinculativo com a construtora naval Fincatieri, o Banco Cassa Depositi e Prestiti (CDP) e a energética Terna para o desenvolvimento de estações de energia das ondas à escala industrial, refere o Safety4Sea. Na prática, o acordo está orientado para transformar o projecto-piloto Inertial Sea Wave Energy Converter (ISWEC) num projecto de escala industrial para uso e aplicação imediata.

Recorde-se que o ISWEC, construído em colaboração com o Politécnico de Turim e a spin-off Wave for Energy, é um sistema inovador que converte energia gerada pelas ondas em electricidade, posicionado nas instalações offshore da ENI. No âmbito do acordo, a ENI partilhará a informação tecnológica, comercial e industrial deste sistema com os seus parceiros.

Segundo a publicação, numa primeira fase, o acordo prevê a criação de condições para a construção, instalação e manutenção do sistema em escala industrial. Depois disso, seguem-se as fases de construção e design, com a conexão da primeira instalação industrial a uma instalação de produção offshore da ENI prevista para 2020.

Os parceiros também consideram estender esta tecnologia a outras instalações italianas e construir estações de dimensão industrial que forneçam electricidade gerada a partir de fontes renováveis, especialmente junto a pequenas ilhas. In “Jornal de Economia do Mar” - Portugal

Internacional - Publicado primeiro livro científico escrito por uma máquina

Livro escrito por máquina

A Springer Nature, uma das maiores editoras de publicações científicas do mundo, publicou seu primeiro livro gerado por computador, compilado automaticamente por um algoritmo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Goethe, na Alemanha.


O livro, disponível para reprodução gratuito, oferece uma visão geral das publicações científicas mais recentes sobre as baterias de íons de lítio.

O objetivo é dar aos pesquisadores uma visão geral das pesquisas mais recentes neste campo em rápido crescimento, mas sedento por inovações.

O processo de criação automatizada do livro contou com vários componentes que analisaram o conteúdo em texto da plataforma da editora Springer, para que as publicações relevantes fossem automaticamente selecionadas e processadas. Essas publicações revisadas por pares passaram então por um agrupamento baseado em similaridade para organizar os documentos de origem em capítulos e seções coerentes.

Resumos sucintos dos artigos foram criados automaticamente dentro dos capítulos. As passagens extraídas e citadas dos artigos originais são referenciadas por ligações que permitem que os leitores explorem o documento original. Apresentações, tabelas de conteúdo e seções de referência criadas automaticamente facilitam a orientação dentro do livro.

Livros gerados por máquina

"Esta publicação nos permitiu demonstrar até que ponto os desafios das publicações geradas por máquina podem ser resolvidos quando especialistas de editoras científicas colaboram com linguistas da computação. O projeto também nos permitiu entender melhor as expectativas de autores, editores, editores e consumidores, no que diz respeito a requisitos científicos e econômicos," disse o professor Christian Chiarcos, que liderou a equipe que desenvolveu o Beta Writer, o programa capaz de compilar livros científicos.

A editora, por sua vez, reconhece que os livros escritos por máquinas ainda não conseguem rivalizar com o conhecimento gerado por cientistas humanos, mas podem ter seu lugar no futuro.

"Enquanto artigos de pesquisa e livros escritos por pesquisadores e autores continuarão a desempenhar um papel crucial na publicação científica, prevemos muitos tipos diferentes de conteúdo na publicação acadêmica no futuro: desde a geração de conteúdo inteiramente criado por humanos, até uma variedade de geração de textos híbridos máquina-humano e textos totalmente gerados por máquina. Este protótipo é um primeiro marco importante que alcançamos, e esperamos que também inicie um debate público sobre as oportunidades, implicações, desafios e riscos potenciais do conteúdo gerado por máquina na publicação acadêmica," disse Henning Schoenenberger, da Springer.

O livro "Baterias de Íons de Lítio - Um Resumo Gerado por Máquina da Pesquisa Atual", em tradução livre, está disponível gratuitamente apenas em inglês - veja a ligação na bibliografia. In “Inovação Tecnológica” - Brasil



domingo, 28 de abril de 2019

Mulher


Rita Redshoes




















Vamos aprender português, cantando




Sou mulher
contra mim o que vier
é bem vindo se trouxer
igualdade e desalinho

Sou mulher
sem vergonha de vencer
eu aprendo ao viver
e não mudo o meu caminho

Sem dizer o que quero
e o prazer
ganha força
eu não minto
mas desarmo sem mostrar o que sinto
e lutar
corpo a corpo
eu não minto
e não escondo que o desejo é maior que o medo

Sou mulher
e agarro o que vier
boca a boca sem esquecer
o baton e o meu destino

Sem gemer
vou colher-te e querer
dar-te um nome ao morrer
vou chamar-te meu menino

Sem dizer o que quero
e o prazer
ganha força
eu não minto
mas desarmo sem mostrar o que sinto
e lutar
corpo a corpo
eu não minto
e não escondo que o desejo é maior que o medo

Que o desejo é maior que o medo

Rita Redshoes - Portugal

sábado, 27 de abril de 2019

UCCLA - Exposição “Do Que Permanece - Arte Contemporânea Brasil Portugal” - Visita orientada pela curadora



No âmbito da exposição “Do Que Permanece - Arte Contemporânea Brasil Portugal” patente na UCCLA, a curadora Carolina Quintela irá proceder a uma visita orientada no dia 29 de abril, às 17h30.

A mostra dá a conhecer a diversidade cultural do Brasil e de Portugal, a memória e a história do que se constrói e que não desaparece, numa multiplicidade de suportes visuais. A entrada é livre.

Mais informações sobre a exposição disponíveis aqui.




Morada:
Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém
Comboio: Estação de Belém
Elétrico: 15E - Altinho
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W

Portugal – Encontro Anual das Escolas Portuguesas no Estrangeiro realiza-se em Cabo Verde



A Direção-Geral de Administração Escolar vai realizar o I Encontro Anual das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, na cidade da Praia, Cabo Verde, no período de 3 a 7 de maio de 2019.

O I Encontro tem como tema mobilizador “A Língua Portuguesa e os Desafios do Futuro”.  Ao longo das sessões, os participantes terão a oportunidade de assistir às conferências, aos painéis e de participar nos momentos de debate.

O programa proporcionará uma experiência de partilha de informação e de aprendizagem intercultural, promovendo o ambiente favorável para o estabelecimento de intercâmbio de conhecimentos e de boas práticas educativas.

A Escola Portuguesa de Cabo Verde – Centro de Ensino e da Língua Portuguesa acolhe os participantes, proporcionando o espírito de comunidade e de partilha entre diretores de Escolas Portuguesas no Estrangeiro, investigadores, professores e estudantes. Direção-Geral de Administração Escolar - Portugal

Para se inscrever aceda aqui.

Timor-Leste - Semana da língua portuguesa com atividades para todos os gostos

Díli - "Língua, Pessoas, Oceanos" é o lema da Semana da Língua Portuguesa e da CPLP que começa a 03 de maio em Timor-Leste e durante a qual estão previstas várias atividades, incluindo debates, exposições e mostras de cinema.

A semana arranca com a "Feira do Livro + Português", que decorre nos dias 03 e 04 de maio no Centro de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE) na vila de Suai, onde além da venda de livros haverá gastronomia tradicional, arte e artesanato.

A feira terá espetáculos de música e dança, oficinas de língua, jogos, cinema, exposições, concursos e poesia, segundo os organizadores.

No dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a 05 de maio, o Centro Cultural Português acolhe a abertura da exposição de pintura "Alfabetização", do artista timorense Bosco Alves

O evento conta com música e poesia do Departamento de Língua Portuguesa da UNTL e do Instituto de Defesa Nacional e narração de histórias por elementos do Xanana Gusmão Reading Room e do Grupo Português no Bairro.

A 06 de maio a Escola Portuguesa de Díli acolhe a "Hora do Conto" e o Centro Cultural recebe a exposição "Uma imagem, mil palavras", durante a qual serão conhecidos os vencedores do concurso de escrita "20 anos da Consulta Popular de 30 de agosto de 1999" e o concurso de escrita "Liberdade".

No mesmo dia será apresentado o filme "Músicas da Resistência", a participação timorense na última edição do DOC TV CPLP.

A meio da semana o Centro Cultural Português acolhe o debate "Jornalismo em tempo de luta: relatos em português", com a participação dos jornalistas Adelino Gomes, Max Stahl, António Sampaio e Virgílio Guterres, este último presidente do Conselho de Imprensa timorense.

A Fundação Oriente acolhe a exibição do filme "Oceanos de Lixo", de Werner Boote.

Durante a semana decorre ainda a bertura oficial dos Cursos de Formação em Língua Portuguesa do Parceria para a melhoria da prestação de serviços através do reforço da Gestão e da Supervisão das Finanças Públicas em Timor-Leste (PFMO).

Está igualmente prevista a abertura do Ciclo de Cinema Europeu, com a exibição do filme Diamantino.

A 10 de maio decorre o Sarau de Encerramento, com música, dança e poesia, no Centro Cultural Português.

Promovido pela Embaixada de Portugal e pelo Camões IP, a semana envolver vários parceiros, incluindo a União Europeia, o Governo e o Parlamento de Timor-Leste, o Instituto de Defesa Nacional, a Secretaria de Estado da Cultural e o Governo Brasileiro.

A Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), o Arquivo e Museu da Resistência Timorense /ARMT), a Escola Portuguesa de Díli, a Sala de Leitura Xanana Gusmão, o projeto dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), a organização FONGTIL, a Livros e Companhia e a Plural editores são parceiros do projeto.

As atividades são ainda apoiadas pela comissão CHEGA, pelo Hotel Timor, pela Fundação Oriente e pela Comissão Nacional do Instituto de Língua Portuguesa (ILP). In “Sapo Timor-Leste” com “Lusa”

Macau - Universidade da Cidade de Macau intensifica aposta na cooperação sino-lusófona

As relações entre a China e os países lusófonos são o epicentro do Mestrado e Doutoramento da Universidade da Cidade de Macau visando cultivar as relações bilaterais, ao potenciarem o contacto interpessoal, no contexto de Macau enquanto plataforma mas também como parte da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota. A estes associam-se o Instituto e Centro de Investigação da UCM que procuram ajudar a quebrar barreiras por vias da pesquisa e intercâmbio académico de alunos

Foto: JTM


A Universidade da Cidade de Macau (UCM) ministra, desde 2017, um Mestrado e Doutoramento em estudos sobre os países de língua portuguesa que vai, de certo modo, ao encontro da iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota” – lançada em 2013 por Xi Jinping que prevê investimentos de milhões de dólares em projectos estruturais na Ásia, África e Europa. Além disso, conta com um Centro de Investigação e um Instituto para a Investigação dos Países de Língua Portuguesa, criados pela UCM há pouco mais de três anos.

O Jornal Tribuna de Macau esteve à conversa com Pang Chao, director do Centro, e Francisco José Leandro, director assistente do Instituto, para perceber o contributo e as expectativas destas duas ferramentas no desenvolvimento de Macau dentro da iniciativa chinesa, e nas relações sino-lusófonas.

Os avanços e progressos do programa chinês estão em destaque na medida em que decorre em Pequim a segunda edição do Fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, com a presença de quase 40 Chefes de Estado, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa. Portugal é, de resto, um dos poucos países da União Europeia (UE) que já expressou apoio formal a um projecto que tem suscitado divergências com as potências ocidentais.

As economias europeias olham para o projecto de Xi Jinping como uma nova forma de colonialismo e ordem mundial a ser moldada por um rival estratégico, com sistemas e valores políticos díspares. No entanto, para o director do Centro de Investigação “Uma Faixa, Uma Rota” existe, de facto, um “mal-entendido” sobre o plano. “É uma iniciativa assente no desenvolvimento por vias da cooperação. Este é o principal objectivo” e “à medida que a co-construção, co-uso e co-partilha vão crescendo, mais e mais países ocidentais farão parte da iniciativa”, estimou Chao Peng.

Aliás, “a intenção final é que todos os países se desenvolvam, cresçam, e não apenas a China. Depois de Portugal se ter juntado à iniciativa, em Dezembro, e a Itália, em Março, talvez a Suíça se junte. Acredito que isto irá acelerar os passos e a área que se pretende desenvolver”, acrescentou.

Francisco José Leandro ressalva que este projecto é recente e ainda “está a crescer”. “O que a China está a dar é a estrutura, as oportunidades e cabe-nos explorá-las. A responsabilidade também recai nos países participantes, e um dos principais problemas é que a maioria dos países não tem uma ideia clara sobre o que fazer e é aqui que entra a China”, notou.

Ao mesmo, e com uma “posição bastante positiva” sobre as relações que se estão a estabelecer – nomeadamente as sino-lusófonas – Francisco José Leandro reconhece o cepticismo de algumas economias europeias em aderir à iniciativa embora tudo faça parte do jogo. “Fico muito contente por ver que a União Europeia tem agora uma estratégia sobre Uma Faixa, Uma Rota. Durante muitos anos, a UE ignorou, simplesmente, a existência desta iniciativa o que deixou de ser verdade e representa um sinal positivo”.

Por outro lado, “a liderança chinesa está a tentar compreender os reais problemas e a satisfazer diferentes interesses, o que leva tempo”, além de que “tudo depende também da contribuição que cada país está disposto a fazer”.

Criar pontes e contactos

Mais direccionados para a plataforma sino-lusófona, enquadram-se o Mestrado e Doutoramento da UCM. Para Francisco José Leandro, os dois cursos, associados ao Instituto e Centro de Investigação, surgem como um “grande serviço”, somado ao Fórum Macau, prestado pela universidade nesta “ideia de reforço de relações entre a China e os países de língua portuguesa”.

“As pessoas têm diferentes percepções mas a verdade é que muitas coisas estão a ser feitas, nomeadamente ao nível de cooperação humana que abrange educação, saúde, turismo, rede de contactos, comunicação, acesso digital, etc. Todas as semanas recebo pedidos do Brasil, Cabo Verde e Guangdong e o nosso papel é, no fundo, colocar as pessoas em contacto porque há barreiras. A China não é conhecida nos países de língua portuguesa, e vice-versa”, frisou.

De qualquer modo, “o que a China está a fazer com todos os países de língua portuguesa é estabelecer uma rede de contactos permanente e a todos os níveis – medicina, educação, trocas comerciais – mas é um longo processo e um longo caminho a percorrer” que “estamos a construir em conjunto”, frisou Francisco José Leandro.

Ademais, descreveu Pang Chao, esse “é o aspecto mais importante e é aqui que Macau representa um papel crucial na relação com os países de língua portuguesa”. E, realçou Francisco Leandro, sendo o Fórum Macau “um instrumento” do poder soberano, “o que podemos fazer envolve cooperação, instituições como a nossa, e colocar as pessoas à volta da mesma mesa, organizar eventos culturais, conferências, etc. Estabelecer uma ponte não apenas no quadro das relações bilaterais soberanas mas ao nível de todos os outros aspectos que não são cobertos por questões soberanas”.

É neste contexto que entram os 60 alunos dos cursos sobre os estudos dos países de língua portuguesa: 40 do Mestrado e 20 do Doutoramento, 14 dos quais são do Continente chinês, seis de Macau e do estrangeiro.

Os cursos lançados estrategicamente pela UCM surgem como uma forma de incentivar a troca de contactos e de relações entre os diferentes países abrangidos pelas políticas chinesas de aproximação à lusofonia. “Estamos a tentar trazer alunos da China e de todos os países de língua portuguesa porque a partir do momento em que se encontram esta relação é eterna”, disse Francisco Leandro. O também professor assistente espera que os cursos consigam, nas próximas edições, atrair mais alunos lusófonos até porque “este é o único programa de mestrado e doutoramento, do mundo, que aborda as relações entre a China e os Países da Língua Portuguesa – há um curso semelhante em Coimbra mas que não confere o grau universitário”.

Exemplos disso são Diego, Rachel Li e Calvin Chen – alunos do Doutoramento em estudos sobre os países de língua portuguesa que partilham o interesse por esta área de investigação.

Diego, com investimentos em Portugal, encontrou uma “oportunidade interessante” no curso que espera dar-lhe uma via profissional ligada às relações internacionais, no Continente chinês. Já Rachel Li acha que o Doutoramento “permite estar em contacto com pessoas naturais de vários países de língua portuguesa”. Actualmente integra uma equipa de investigação sobre as potencialidades estratégias entre Macau, Timor-Leste a China.

“É uma oportunidade especial porque conhecia muito pouco do país. Além da língua, há algumas dificuldades porque a cultura é diferente mas está tudo a correr bem”, disse a este jornal.

Calvin, por exemplo, recorda com entusiasmo a sua estadia em Timor-Leste que lhe permitiu conhecer uma cultura e realidade diferentes que o enriquecem profissionalmente. O jovem estudante espera arranjar emprego na área política e diplomática sino-lusófona.

Experiências de estudantes que são parte integrante de um projecto que torna Macau o “único lugar no mundo com um centro de investigação, mestrado e doutoramento com pessoas com capacidade para falar três línguas. Isto é o importante, é a materialização da importante cooperação interpessoal”, rematou Francisco José Leandro. Catarina Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Portugal – Conferência Internacional para promover a exploração científica em terra, no ar, nos oceanos e no espaço

Lisboa recebe em julho uma conferência internacional dedicada à exploração científica, em que serão abordados temas como os oceanos, as alterações climáticas e o espaço, anunciou a organização.

O evento, denominado “Global Exploration Summit (GLEx)”, decorre a 03, 04 e 05 de julho e tem o apoio do Turismo de Portugal, estando já prevista uma segunda edição, também na capital portuguesa, em 2021.

A iniciativa realiza-se em parceria com a The Explorers Club, organização fundada há cerca de 100 anos em Nova Iorque e que conta com 33 delegações espalhadas pelo mundo para promover a exploração científica em terra, no ar, nos oceanos e no espaço.

O GLEx insere-se também nas comemorações dos 500 anos da primeira viagem de circum-navegação e dos 50 anos da chegada do Homem à lua.

A organização promete reunir em Lisboa a “elite mundial” de exploradores, cientistas e investigadores, nas várias áreas do conhecimento, para partilhar experiências.

Entre os primeiros oradores confirmados estão Alexander More, cientista e diretor do World Ocean Forum, Bertand Piccard, médico e pioneiro na realização de um voo em balão à volta do mundo sem escalas, a arqueóloga Beverly Goodman, o explorador e cineasta Fabien Cousteau, e James Garvin, cientista-chefe da NASA, revelou a organização.

No final, será assinada uma declaração, a título individual, pelos participantes no encontro, apresentada como “Resolução de Lisboa”, cujo objetivo é ser “um documento orientador” para o futuro da exploração científica e da preservação ambiental.

Exploração científica, inovação, tecnologia e novas fronteiras serão alguns dos temas agendados para os três dias do encontro, que no primeiro dia vai decorrer à porta fechada, na Fundação Champalimaud.

O segundo dia será aberto ao público, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, e o terceiro terá um momento na Câmara Municipal de Lisboa, segundo o programa preliminar hoje apresentado.

“A primeira edição do GLEx constitui uma oportunidade única para cientistas e investigadores portugueses estabelecerem contatos com investigadores e exploradores de todo o mundo”, sendo a primeira vez que o grupo norte-americano realiza “uma cimeira” fora dos Estados Unidos, segundo o comunicado divulgado.

A curadoria está a cargo do The Explorers Club de Nova Iorque, apresentado como a mais antiga sociedade de exploração científica do mundo dedicada à “investigação de campo avançada”.

Entre os membros do clube, segundo a mesma fonte, estão o astronauta Buzz Aldrin, o realizador James Cameron, a cientista Jane Goodall e os empresários Jeff Bezos e Elon Musk, além de instituições como a NASA, o MIT e Harvard, entre outras.

Para a apresentação à imprensa, deslocaram-se a Lisboa, o presidente do clube norte-americano, Richard Wiese, e a vice-presidente, Ann Pascer. In “Mundo Lusíada” - Brasil com “Lusa”

Estados Unidos da América - Museu Histórico Português mostra cultura a 60 mil pessoas por ano

O número de visitantes no Museu Histórico Português em São José, Califórnia, aumentou nos últimos anos e chegou às 60 mil entradas anuais, disse o cofundador e presidente, Joe Machado



«Temos muito mais pessoas no museu», afirmou o responsável à agência Lusa, justificando a subida com a centralidade da localização, dentro do Parque Histórico do Kelley Park, e com as visitas de estudo que são organizadas pelas escolas da área.

De acordo com Joe Machado, «não há nenhum outro museu nos Estados Unidos exclusivamente dedicado à cultura portuguesa», o que também contribui para atrair visitantes.

O museu ocupa um espaço de 650 metros quadrados e tem uma grande componente dedicada à imigração portuguesa na Califórnia e às suas tradições, em especial religiosas.

Durante o Festival Português do Vale de São Joaquim, em Turlock, o museu expôs uma coroa de 1850 e uma capa de 1925 usadas por rainhas nas "Festas" católicas da comunidade, cujas tradições perduram até hoje.

«Na Califórnia, os portugueses construíram 41 igrejas», salientou Joe Machado, que foi coautor de um livro, "O Poder do Espírito", sobre a importância da religião na diáspora portuguesa.

No entanto, o Museu Histórico não se limita a esse aspeto e debruça-se sobre a cultura portuguesa de forma transversal, tendo como principal objetivo «chamar a atenção de visitantes não portugueses», mais que atrair membros da comunidade lusodescendente.

«Temos muitas pessoas que não fazem ideia da história de Portugal», salientou o presidente. «Vêm, aprendem sobre a época dos Descobrimentos, o Fernão de Magalhães, a imigração para os Estados Unidos e os portugueses no Mundo».

De particular importância, disse, é a oportunidade de ensinar às crianças em visitas de estudo «que o português é a 7.ª língua mais falada do mundo».

No início das visitas, por exemplo, muitas crianças acreditam que se fala espanhol no Brasil, não têm conhecimento sobre os vários países onde o português é a língua oficial nem do alcance dos lusodescendentes na região.

«A razão pela qual temos o museu é que a cultura dos portugueses na Califórnia é tão interessante», salientou Joe Machado.

O Portuguese Historical Museum, na sua designação original em inglês, foi criado em 1997 depois de oito anos de planeamento e é administrado pela Portuguese Heritage Society of California (Sociedade da Herança Portuguesa da Califórnia).

A Sociedade organiza o Day of Portugal/Dia de Portugal no segundo sábado de junho e na edição de 2019 vai focar a celebração no centenário da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, que fica a seis quilómetros do Museu e foi construída com madeira trazida de Portugal. In “Revista Port. Com” - Portugal

Lusofonia – Cidade do Porto recebe Seminário Luso-brasileiro de Direito Público

A Universidade Lusófona do Porto (ULP), em conjunto com o Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos (IBEROJUR) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), organizam o I Seminário Luso-brasileiro de Direito Público.

Para o encontro, a comunidade acadêmica vai apresentar comunicações ou outros trabalhos científicos no âmbito do simpósio, que será realizado nos dias 11 e 12 de Julho de 2019 na Faculdade de Direito e Ciência Política da ULP, no Porto.

O evento conta ainda com a participação do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), da Universidade Regional do Noroeste do Estado Rio Grande do Sul– UNIJUI, e da Universidade de Santiago de Compostela.

Segundo a organização, o IBEROJUR vem preencher uma lacuna nas relações jurídico-cientificas entre os países iberoamericanos, e tem como missão principal o estreitamento das relações dos profissionais e acadêmicos desses países, promovendo o desenvolvimento conjunto dos estudos jurídicos em línguas portuguesa, espanhola e inglesa.

Visando a integração entre os países iberoamericanos, o IBEROJUR juntamente com instituições parceiras organiza eventos científicos e cursos com a intenção de fortalecer o debate científico, o aprimoramento da legislação, doutrina e jurisprudência dos envolvidos.

O encontro é voltado para pesquisadores juristas, professores, coordenadores de projetos de investigação e pessoal de qualquer Administração Pública ou Privada que tenha relação cientifica com o Direito no espaço Iberoamericano.

Para envio de artigos – até 15 de maio – ou informações, entre em contato pelo email eventos@iberojur.com. In “Mundo Lusíada” - Brasil

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Galiza - Lusofonia no Festival Primavera do Cine de Vigo

O festival projetará mais de trinta longa-metragens e curta-metragens galegas e lusófonas até 5 de maio



Mais uma vez, a cidade de Vigo está já preparada para receber o Festival Primavera do Cine, que chega este ano à sua oitava edição. O encontro, auto-definido como “evento internacional de cine galego e das áreas lusófonas”, deu já começo ontem com a retrospetiva de cinema cubano. O ciclo continuará hoje às 19.30 horas nos Multicines Norte com ‘Por primera vez‘ (Octavio Cortázar, 1968) e ‘Lucía‘ (Humberto Solás, 1968). Nos próximos dias, o certame encherá de luz e histórias vários locais da localidade, entre eles os bairros de Navia, o Casco Vello e o Calvario com as projeções ao ar livre.

A associação Reencanto Producions -organizadora do festival- apresenta nesta edição uma escolha de dez longa-metragens galegas e portuguesas entre as que figuram Trote (Xacio Baño, 2018), No intenso agora (João Moreira Salles, 2019), Deslembro (Flavia F. Castro, 2018) ou La felicidad de los perros (David Hernández, 2018). No campo das curta-metragens, a cifra ascende até 9 filmes galegos e 12 lusófonos de criadoras e criadores de diverso perfil. Por último, o encontro também tem espaço para 13 peças de animação e 19 video-clips galegos e lusófonos.

IX Encontros Arraianos de Cinema

Em linha com o seu objetivo de estimular o diálogo entre fronteiras, o festival organiza o IX Encontros Arraianos de Cinema. Serão na próxima terça-feira 30 de Abril no auditório do Instituto Camões. O ato nasce da colaboração entre numerosos cineclubes, festivais de cinema –Cinema Rural ‘Carlos Velo’, Ao Norte…– e agentes públicos e privados que se reunirão desde as 11 até as 13 horas para pôr em comum propostas colaborativas concretas como uma base de dados de instituições e eventos arraianos ou uma candidatura conjunta para a obtenção de fundos europeus.

Além das projeções e encontros, o Festival Primavera do Cine também oferece formação em interpretação autodidata com o ator Antón ‘Morris’ Durán, o próximo sábado 4 de maio às 11 horas no Auditório do Concelho de Vigo. Já é possível realizar a inscrição, que terá um custe de 10 euros. In “Portal Galego da Língua” - Galiza

Macau - Concurso de declamação de poesia em português promove culturas e literaturas de língua portuguesa

Macau - O Instituto Politécnico de Macau (IPM) acolheu, na semana passada, mais um concurso de declamação de poesia em português, que reúne anualmente alunos de universidades macaenses e do interior da China, anunciou a organização.

Em 2019, a iniciativa que se realiza há 14 anos contou com a participação de 25 jovens provenientes de dez instituições. Além de quatro universidades de Macau, estiveram representadas seis faculdades do interior da China.

A organização distinguiu este ano três alunos de Macau: o primeiro prémio foi atribuído a um aluno da Universidade de São José, Carlos Angelo de Guzmán, o segundo foi conquistado por Lu Yuhan, do IPM, e o terceiro por Xie Hanuy, da Universidade de Ciência e Tecnologia.

"A competição é hoje um evento muito importante na promoção das culturas e literaturas de língua portuguesa, constituindo um estímulo e um incentivo à leitura", além de ser uma oportunidade "para apresentar o talento dos alunos que escolheram estudar português", destacou o IPM, em comunicado.

A iniciativa é co-organizada pelo IPM e pela Direção dos Serviços de Ensino Superior de Macau, com apoio da Fundação Rui Cunha e da Fundação Oriente.

Desde 2005, o IPM já convidou a participar no concurso mais de 30 instituições, sediadas em Macau e em vários pontos da China.

No ano letivo 2018/2019, o número de estudantes de português no IPM ronda os 500, de acordo com dados disponibilizados à Lusa no final do ano passado.

O IPM recebe ainda, todos os anos, 25 alunos do curso de licenciatura em tradução e interpretação chinês-português do Instituto Politécnico de Leiria. In “Sapo Timor-Leste” com “Lusa”

Brasil - Terceira edição da Desvairada – Feira de Poesia de São Paulo

Nos dias 4 e 5 de maio, acontece na Biblioteca Mário de Andrade a terceira edição da Desvairada – Feira de Poesia de São Paulo. Além da presença de 30 editoras independentes, a programação inclui sessões de debate e performances literárias.

Desde a sua primeira edição, em 2017, a Desvairada promove ainda um concurso de vídeo poesia, cuja proposta é estimular a difusão de poemas em vídeo. A Biblioteca Mário de Andrade está localizada na Rua da Consolação, 94, em São Paulo. In “Associação Oceanos” – Brasil / Portugal