A França e oito países africanos, dos catorze que a
utilizam, anunciaram um acordo para pôr fim ao franco CFA, moeda do tempo
colonial
Esta
"reforma histórica", como lhe chamou o Presidente francês, foi
anunciada durante a visita de Emmanuel Macron à Costa do Marfim.
O
franco CFA vai passar a chamar-se Eco, anunciou o Presidente marfinense,
Alassane Ouattara, em nome de oito países africanos: Benim, Burkina Faso, Costa
do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.
"Decidimos
uma reforma do franco CFA com três alterações principais, entre as quais a
mudança de nome", "o fim da centralização de 50 por cento das
reservas no Tesouro francês" e "a retirada de França das instâncias
de governança em que está presente", explicou Ouattara, em conferência de
imprensa, acompanhado por Emmanuel Macron.
"O
Eco terá vida em 2020, congratulo-me com isso", disse Macron, assumindo
que a França quer uma relação "descomplexada" com a África Ocidental.
Conhecido
como "o franco das colónias francesas de África" -- dos oito países
signatários apenas a Guiné-Bissau não cabe nesta definição, por ter sido
colonizada por Portugal --, o franco CFA foi criado em 1945 e era contestado
por uma grande parte das opiniões públicas dos agora países independentes como
um resquício da presença colonial francesa.
Camarões,
Costa do Marfim, Burkina Faso, Gabão, Benim, Congo, Mali, República
Centro-Africana, Togo, Níger, Chade, Senegal, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial
são os países que têm o franco CFA como moeda corrente. In “Notícias
ao Minuto” – Portugal com “Baía
da Lusofonia”
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