Cidade
da Praia – A apresentadora da obra “O passado hoje”, de Maria Adriana
Carvalho, Fátima Bettencourt, considerou o livro como uma “obra prima”, no
sentido do rigor e do “trabalho exaustivo” que a autora teve para colher
“tantos dados”.
Fátima
Bettencourt falava hoje à Inforpress, momentos depois da apresentação da
referida obra, na Livraria Pedro Cardoso, cidade da Praia.
“Eu
estou muito habituada com os livros da Adriana, este é o segundo livro dela que
eu apresento. Ela sempre trata da história da educação. Se alguma vez a
educação tiver uma história sistematizada é graças a ela. Porque ela é que se
tem dedicado, que tem colhido dados”, afirmou.
Este
livro ora apresentado é, de acordo com Fátima Bettencourt, realmente uma “obra
prima” nesse sentido do rigor e do “trabalho exaustivo” que a autora teve para
colher “tantos dados” e “ter o cuidado de cada documento estar catalogado e
cada documento tem lá a sua origem, como é que ela conseguiu, de onde é que foi
tirado”.
“É
um trabalho fantástico”, acrescentou a também escritora, para quem, “com
certeza”, a presente obra fazia falta, principalmente para os estudantes
universitários que querem virar para uma área do género. Estes, disse, poderão
encontrar em “O passado hoje” uma “fonte de conhecimento que em nenhum outro
lugar encontram”.
Fátima
Bettencourt disse ainda que gostou “muito” de apresentar este livro de Maria
Adriana Carvalho.
“Acho
que o trabalho dela é um trabalho tão completo, tão perfeito, que não deixa
lugar para a gente fazer críticas. Então, a única coisa que podemos fazer é
aceitar, tentar explicar para quem está ouvindo, se por acaso não conhecer o
estilo da Adriana”, Finalizou.
“O
passado hoje – História do liceu em Cabo Verde de 1860 a 1975 (Praia |Ribeira
Brava| Mindelo”, obra da historiadora da Educação Maria Adriana Sousa
Carvalho, foi lançada hoje na cidade da Praia.
Editada
pela Livraria Pedro Cardoso, a obra foi apresentada por Fátima Bettencourt e
Jorge Sousa Brito.
Este
livro é, segundo os seus promotores, informativo, didáctico, despretensioso e
de leitura agradável, sem transgredir a verdade histórica.
Conta
uma história com 115 anos, que começa em 1860, com a fundação do primeiro liceu
de Cabo Verde, na cidade da Praia, na Câmara Municipal, passando pela história
do Liceu e Seminário, na Ribeira Brava, em São Nicolau (1866-1917).
A
obra analisa, igualmente, o processo de instalação do liceu laico no Mindelo
(1917), bem como as contendas travadas pela população para a sua sobrevivência
ao descaso da política colonial.
A
autora termina este livro com as tentativas de criação de um liceu público na
Praia, que explicam que entre o liceu criado em 1860 e a efectiva implantação
de um novo liceu na Cidade-capital (1960), se tenha passado um século.
Maria
Adriana Sousa Carvalho é licenciada em História pela Universidade de Coimbra,
doutora em Ciências da Educação, na Universidade de Lisboa. Dedicou quase toda
a sua vida profissional à educação em Cabo Verde.
Foi
Vice-Reitora e Pró-Reitora da Universidade de Cabo Verde, Pró-Reitora da
Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, Presidente do Instituto Pedagógico e
Directora da Escola de Formação de Professores do Ensino Secundário.
É
autora de várias obras, nomeadamente: “O ensino superior em Cabo Verde:
génese e desenvolvimento (2019)”; “O ensino superior em Cabo Verde: O
contributo da Fundação Calouste Gulbenkian (2018)”; “Memórias do liceu
da Praia (2013, com Lourenço Gomes)” e “O liceu em Cabo Verde: um
imperativo de cidadania 1917-1975 (2011)”. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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