Porto
Inglês – A jovem maiense Dulcineia Rosa afirmou que apesar do município não ter
ainda o mercado ideal que permite aos jovens empreendedores expandirem os seus
negócios, quer continuar a apostar na confecção de doces caseiros e conquistar
o mercado nacional.
Em
entrevista à Inforpress, Dulcineia Rosa que é também empregada de limpeza no
liceu Horace Silver, na ilha do Maio, diz-se uma empreendedora e apaixonada
pela confecção de doces caseiros desde criança, contou que sempre sonhou um dia
ter a oportunidade de criar o seu próprio negócio no ramo de doces, sentindo
neste sentido a necessidade de ter uma formação profissional na área.
“Realizou-se
na ilha do Maio uma formação na área de doces mas não pude participar porque
quando fiquei a saber da formação as acções já estavam na recta final, então
por ser uma coisa que desde sempre tive vontade de aprender, um belo dia decidi
pesquisar no Youtube, os vídeos que ensinam as pessoas como confeccionar doces
caseiros, quais os cuidados que devemos ter, e entre outros”, disse,
recordando, que quando criança fazia muitos doces de coco na sua localidade.
A
partir desse dia, lembrou, começou a fazer doces caseiros de diferentes
produtos como batata-doce, banana, goiaba, marmelo e leite, mostrando-se muito
satisfeita com o feedback que tem recebido dos clientes, que é “muito positivo”
e a motiva a continuar.
A
aposta na confecção de doces caseiros é, segundo Dulcineia Rosa, uma forma de
aproveitar e valorizar os produtos hortícolas, existentes na ilha do Maio e
oferecer doces de diferentes sabores aos clientes locais e nacionais.
“Estou
muito contente com este projecto e quero levar adiante, agora que já aprendi
como fazer e quais os cuidados a ter, quero continuar, até porque agora tenho
muita encomenda por parte dos hotéis e restaurantes locais, emigrantes que vêm
passar férias, turistas e quero abastecer o mercado local e outros mercados
porque são doces de produtos caseiros naturais feitos com muito amor”,
declarou.
Além
de apostar na confecção de doces, o seu projecto engloba igualmente a
preparação de temperos caseiros a base de alho, salsa, coentro e entre outros,
ajuntando que os produtos naturais são mais saudáveis e sempre a melhor opção.
Entretanto,
considerou por outro lado que ser empreendedor no Maio é um “grande desafio”
isto porque, justificou, a ilha ainda não tem o dinamismo e o mercado ideal
para permitir aos jovens empreendedores e não só expandirem seus negócios.
Uma
realidade que Dulcineia Rosa acredita que irá mudar e que estarão criadas as
condições visando promover e impulsionar do empreendedorismo jovem no município
do Maio.
“Estamos
esperançosos que a nossa situação irá realmente mudar com a requalificação do
porto do Maio, permitindo a ilha sair definitivamente do isolamento e fazer
parte da agenda de desenvolvimento do país. Mas apesar das circunstâncias
actuais da ilha penso que nós os jovens não devemos desistir ou ficar sem
tentar, pelo contrário, temos que correr atrás, e concretizar os projectos”,
concluiu. In “Inforpress” – Cabo Verde
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