Em nota, a diretora geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Audre Azoulay, condenou o crime, o repórter estava a receber ameaças de morte
A
Unesco pediu a abertura de um inquérito para apurar o assassinato do jornalista
Givanildo Oliveira, morto em 7 de fevereiro, na cidade de Fortaleza, capital do
estado brasileiro do Ceará.
Em
nota, a chefe da agência, Audrey Azoulay, disse que o crime é um ataque à
liberdade de expressão e de imprensa.
Caso
Audrey
Azoulay afirmou que as autoridades brasileiras devem empenhar-se com todos os
esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à justiça.
Givanildo
Oliveira trabalhava no sítio Pirambu News, onde era um dos fundadores. Já havia
recebido ameaças de morte de criminosos em Fortaleza, e foi alvejado a tiros
perto da casa onde vivia.
O
sítio do jornalista conhecido como Gigi publica informações sobre criminosos do
local, segundo relatos da Associação Brasileira de Jornalismo de Investigação.
Câmara de segurança
A
Comissão de Proteção dos Jornalistas, CPJ, afirmou que um jornalista em serviço
não pode estar sob tamanho risco apenas por informar e publicar notícias das
suas comunidades.
Segundo
as agências de notícias, há registos de câmara de segurança que mostram o
momento do assassinato, quando Givanildo Oliveira caminha pela rua perto de
casa e é atacado por um homem, que atira pelo menos três vezes contra a cabeça
e o peito da vítima e depois foge.
A
CPJ informou que é preciso saber se o crime está relacionado com o trabalho do
jornalista e se o assassinato foi uma forma de retaliação, que deve ser punida
pela justiça.
Segundo
dados da Unesco, a América Latina é uma das regiões mais perigosas para o
exercício do jornalismo. ONU News – Nações Unidas
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