Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Brasil - Unesco pede investigação de assassinato de jornalista no Ceará

Em nota, a diretora geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Audre Azoulay, condenou o crime, o repórter estava a receber ameaças de morte


A Unesco pediu a abertura de um inquérito para apurar o assassinato do jornalista Givanildo Oliveira, morto em 7 de fevereiro, na cidade de Fortaleza, capital do estado brasileiro do Ceará.

Em nota, a chefe da agência, Audrey Azoulay, disse que o crime é um ataque à liberdade de expressão e de imprensa.

Caso

Audrey Azoulay afirmou que as autoridades brasileiras devem empenhar-se com todos os esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à justiça.

Givanildo Oliveira trabalhava no sítio Pirambu News, onde era um dos fundadores. Já havia recebido ameaças de morte de criminosos em Fortaleza, e foi alvejado a tiros perto da casa onde vivia.

O sítio do jornalista conhecido como Gigi publica informações sobre criminosos do local, segundo relatos da Associação Brasileira de Jornalismo de Investigação.

Câmara de segurança

A Comissão de Proteção dos Jornalistas, CPJ, afirmou que um jornalista em serviço não pode estar sob tamanho risco apenas por informar e publicar notícias das suas comunidades.

Segundo as agências de notícias, há registos de câmara de segurança que mostram o momento do assassinato, quando Givanildo Oliveira caminha pela rua perto de casa e é atacado por um homem, que atira pelo menos três vezes contra a cabeça e o peito da vítima e depois foge.

A CPJ informou que é preciso saber se o crime está relacionado com o trabalho do jornalista e se o assassinato foi uma forma de retaliação, que deve ser punida pela justiça.

Segundo dados da Unesco, a América Latina é uma das regiões mais perigosas para o exercício do jornalismo. ONU News – Nações Unidas



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