O Presidente da Namíbia lançou fortes críticas ao comportamento dos homens do seu país, que considera andarem a perder tempo em "coisas inúteis" como álcool e drogas, enquanto as mulheres fazem progressos nas suas vidas através dos estudos e do trabalho
Hage
Geingob disse mesmo que nos dias que correm os homens deparam-se com a
"situação embaraçosa" de terem em casa mulheres cada vez mais educadas
e capazes de lidar com a sociedade moderna enquanto eles, os homens,
"preguiçosos e ociosos" ficam pendurados num tempo passado.
O
embaraço, atirou ainda Geingog, aumenta quando todos os dados apontam para uma
situação em que as mulheres estão hoje claramente a ser preferidas para os
empregos ligados às novas tecnologias e melhor pagos porque se dedicam mais aos
estudos e são mais dedicadas que os homens.
Mas
o problema que o Presidente da Namíbia identifica pode ter consequências mais
graves porque, como explica, citado pelos media do país vizinho, com a
frustração de serem menos preparados e estarem em desvantagem no mercado de
trabalho, os homens reagem com violência e, por vezes, mesmo com o homicídio
das suas companheiras.
"Este
cenário pode frustrar um macho chauvinista que pode procurar diluir a sua
frustração na agressão ou mesmo no homicídio", disse o líder namibiano
citado pelo The Namibian.
Estes
recados foram largados no discurso de abertura do ano parlamentar namibiano, na
terça-feira, em Windhoek.
Estas
palavras de Hege Geingob traduzem uma realidade que se está a tornar universal,
incluindo nos países mais ricos, como o demonstram todos os estudos, onde a
frequências pelas mulheres das universidades é actualmente largamente superior
ao número de homens, exceptuando algumas áreas do saber, onde os homens ainda
são maioritários, como as engenharias.
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