O bambu é a figura central de uma exposição patente no espaço GalaxyArt, composta por obras de Louis To. O artista de Hong Kong pretende estabelecer uma “ponte” entre um ofício antigo e a arte contemporânea
Requintadas
obras de Louis To, artista de Hong Kong, preenchem a exposição “A Arte do
Bambu: de Qilin até à Arte Contemporânea”, patente até 15 de Maio na GalaxyArt.
As
obras exibidas no espaço gerido pela Fundação da Galaxy Entertainment Group
“reflectem o encanto único do património cultural imaterial e demonstram como a
cultura tradicional chinesa está inserida na comunidade de Macau”, sublinhou a
operadora de jogo, que através desta e outras iniciativas pretende “enriquecer
a oferta cultural e artística” do território.
A
exposição incorpora quatro secções para mostrar a essência das obras de bambu,
incluindo peças de arte dos animais místicos chineses Qilin e Chiwen. O artista
conduz ainda o público para uma jornada em torno do uso do bambu no quotidiano,
desde o papel desempenhado em andaimes até aos adereços utilizados em vários
rituais e que evoluíram para o palco durante espectáculos de dança e teatro. A
fechar a exposição, o artista combina as antigas esculturas em bambu com a arte
moderna ocidental.
Por
outro lado, um vídeo documental destaca a produção artística com bambu e o modo
como Louis To evoluiu de um ofício antigo para a arte contemporânea, na
esperança de inspirar jovens e aspirantes a artistas. Os promotores desta
mostra pretendem assim “dar um novo impulso ao património cultural imaterial
chinês e incentivar jovens artistas a preservar e herdar a arte do artesanato
em bambu”, acentuou a empresa.
A
Galaxy realça ainda que o bambu integra uma série de valores procurados por
escritores e filósofos chineses, como a sua flexibilidade, uma vez que não
quebra. “Incorpora humildade; de pé, a sua vivacidade perene projecta a
capacidade de sobreviver sob diferentes climas e condições, exalando força e
elegância”, frisa.
Louis
To é um artista autodidacta que estudou obras de outros mestres. Os seus
trabalhos variam entre a pintura chinesa e ocidental, bem como esculturas de
bambu e doces. Iniciou a carreira artística em meados da década de 1990 e as
suas pinturas renderam-lhe triunfos no Concurso da Fundação Phillippe Charriol
durante três anos consecutivos. Expôs no Museu de Arte de Hong Kong para a
Bienal de Arte Contemporânea em 1996 e 1998, ano em que realizou a sua primeira
grande exposição individual, no Centro de Artes de Hong Kong.
Entre
2013 e 2019, To foi contratado para criar o principal Qilin do Festival Cheung
Chau Bun. Tendo em conta que, normalmente, chove bastante durante o Festival,
inventou em 2015 um método para impermeabilizar o papel pintado que cobre a
escultura de bambu, permitindo assim que os dançarinos do ritual se apresentem
com o Qilin para cerimónias no mar.
Com
entrada gratuita, a exposição patente no espaço artístico do primeiro piso do
Galaxy Macau pode ser vista diariamente entre as 10:00 e as 22:00. In “Jornal
Tribuna de Macau” - Macau
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